José
Ribamar Ferreira de Araújo Costa, o José Sarney
(1930 - )
Presidente da república
brasileira (1985-1989) nascido em Pinheiro, MA, que adotou oficialmente por
sobrenome o prenome do pai, Sarney (1965) e eleito vice-presidente para o
primeiro governo civil brasileiro pós regime militar (1964), assumiu a
presidência após a morte de Tancredo Neves. Estudou no Colégio Marista e no
Liceu Maranhense de São Luís, e diplomou-se na Faculdade de Direito do Maranhão
(1953). Intelectual ligou-se em São Luís ao grupo da revista A Ilha, do
qual faziam parte Ferreira Gullar, Bandeira Tribuzzi e Lago
Burnett. Ainda estudante, foi eleito para a Academia Maranhense de Letras
(1952), na vaga de Humberto de Campos. Suplente de deputado federal pela
União Democrática Nacional, a UDN (1954) e eleito (1957),
tornou-se presidente do diretório regional do partido, vice-líder da oposição e
de seu partido na Câmara (1959) e vice-presidente do diretório nacional da UDN
(1961). Reeleito deputado federal (1962) e governador do Maranhão (1965).
Senador pela Aliança Renovadora Nacional, a Arena (1970), foi
vice-líder do governo Geisel no Senado, foi reeleito (1978) e tornou-se
presidente nacional da sigla partidária. Foi eleito para a Academia Brasileira
de Letras, na vaga de José Américo de Almeida (1980). Com a pluralização
dos partidos (1980), assumiu a presidência nacional do Partido Democrático
Social, o PDS, mas por divergências partidárias desligou-se do
partido (1984), mudando-se para o Partido da Frente Liberal, o PFL,
e foi indicado como candidato a vice-presidente e a chapa com Tancredo Neves.
Com a vitória no colégio eleitoral e com a doença de Tancredo, assumiu a
presidência da república em caráter interino e foi confirmado no cargo após a
morte do presidente eleito (1985). Obteve grande apoio popular, especialmente
após o lançamento do programa de estabilização econômica, conhecido como Plano
Cruzado (1986), administrado pelo seu Ministério da Fazenda, o empresário
Dílson Funaro, baseado no congelamento de preços e salários e extinção da
correção monetária. Com o fracasso do plano e a volta da inflação, terminou seu
mandato em franco descrédito, enquanto o índice inflacionário chegava a oitenta
por cento ao mês voltou a crescer (1989). Eleito senador pelo Amapá (1990),
assumiu a presidência do Congresso (1994). Entre suas principais publicações
são conhecidas uma coletânea de poesias Marimbondos de fogo (1980), o
livro de contos Norte das águas (1969) e Brejo dos guajas e outras
histórias (1985) e o romance O dono do mar (1995).
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