Estácio
de Albuquerque Coimbra
(1872 - 1937)
Advogado e político brasileiro
nascido no engenho Tentugal, em Barreiros, Zona Sul do Estado de Pernambuco,
Vice Presidente da República (15/11/1922-15/11/1926) no governo do 13º
Presidente do Brasil, Artur da Silva Bernardes. Primeiro filho de João
Coimbra, membro de uma modesta família de lavradores portugueses que veio
morar no Brasil, no começo do século XIX, mas que se torna advogado, senhor de
engenho e deputado estadual, e de Francisca de Albuquerque Belo Coimbra,
descendente de uma família aristocrática, tradicionalmente relacionada à
lavoura e proprietária do engenho Tentugal. Graduou-se bacharel (1892) na
Faculdade de Direito do Recife e, de volta à sua cidade natal, passou a exercer
a advocacia, junto com seu pai, ganhando fama como causídico nas cidades de
Barreiros, Rio Formoso e Água Preta. Casou-se com Joana de Castelo Branco
Coimbra, representante da nobreza rural pernambucana, cuja família era
proprietária do engenho Morim e o casal teve quatro filhos. Logo também passou
à atividade política e fundou o Partido Republicano de Barreiros, pelo qual foi
eleito prefeito do município (1894), deputado estadual (1895-1900) e deputado
federal (1900-1912). Integrou-se ao esquema político de Rosa e Silva,
vice-presidente da República durante o mandato de Campos Sales
(1898-1902). Acumulou (1907) os mandatos de deputado federal e deputado
estadual e como presidente da Assembléia Legislativa de Pernambuco assumiu
interinamente por pouco mais de três meses (1911) o governo do estado, enquanto
se processam novas eleições em razão da renúncia do governador e da recusa do
vice-governador em sucedê-lo. Abandonou temporariamente a vida política,
mas retornou como deputado federal em três legislaturas consecutivas (1915
/1918 /1921). Eleito vice-presidente da República na chapa de Artur
Bernardes exerceu o mandato (1922-1926) acumulando constitucionalmente o
cargo de presidente do Senado Federal. Retornou ao governo de Pernambuco
(1926)m mas foi destituído pela Revolução Constitucionalista (1930), sendo
obrigado a exílio na Europa em companhia de Gilberto Freyre, então seu
secretário particular. Anistiado, retornou ao país (1934), mas se manteve
afastado da política, dedicando-se exclusivamente aos seus negócios com lavoura
e indústria, especialmente a Usina Central de Barreiros, um dos pontos de
referência da indústria açucareira do Estado, e morreu no Rio de Janeiro, aos
65 anos. Ao mesmo tempo, um conservador e um reformador, entre suas realizações
mais importantes na vida política foram a fundação da Escola de Agronomia, em
Barreiros, a transformação da Escola Normal e do ensino em Pernambuco, o
estímulo à agricultura e o início do zoneamento econômico do Estado e do
cadastramento rural.
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