15 de junho de 2008

A história da Ostra


A história da Ostra*

“Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas"...

Pérolas são produtos da dor, resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia.

As pérolas são feridas curadas.

Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada NÁCAR. Quando um grão de areia a penetra, as células do NÁCAR começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.

Como resultado, uma linda pérola vai se formando. Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada...

Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de alguém?

Já foi acusado de ter dito coisas que não disse?

Suas idéias já foram rejeitadas, ou mal interpretadas?

Você já sofreu os duros golpes do preconceito?

Já recebeu o troco da indiferença?

Então, Produza uma pérola!

Cubra suas mágoas com várias camadas de amor. Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento. A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, deixando as feridas abertas, alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não permitindo que cicatrizem.

Assim, na prática, o que vemos são muitas "Ostras Vazias”, não porque não tenham sido feridas, mas, porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor. Um sorriso, um olhar, um gesto, na maioria das vezes, fala mais que mil palavras...

A Felicidade e o Tempo


***A Felicidade e o Tempo***
Meu nome é Felicidade...

Faço parte da vida daqueles que tem amigos,
pois ter amigos é ser Feliz.

Faço parte da vida daqueles que vivem cercados por pessoas como você, pois viver assim é ser Feliz!

Faço parte da vida daqueles que acreditam que ontem é passado, amanhã é futuro e hoje é uma dádiva, por isso chamado presente.

Faço parte da vida daqueles que acreditam na força do Amor, que acreditam que para uma história bonita não há ponto final.

Eu sou casada sabiam? Sou casada com o Tempo.

Ah! A meu esposo é lindo! Ele é responsável pela resolução de todos os problemas,
ele constrói corações,
ele cura machucados,
ele vence a Tristeza...

Juntos, eu e o Tempo tivemos três filhos:
A Amizade, a Sabedoria, e o Amor.

A Amizade é a filha mais velha.
Uma menina linda, sincera, alegre.

A Amizade brilha como o sol.
A Amizade une pessoas, pretendendo nunca ferir, sempre consolar.

A do meio é a Sabedoria, Culta, Íntegra, sempre foi mais apegada ao Pai, o Tempo. A Sabedoria e o Tempo andam sempre juntos!

O caçula é o Amor. Ah! como esse me dá trabalho!
É teimoso, às vezes só quer morar em um lugar...

Eu vivo dizendo: Amor, você foi feito para morar em dois corações, não em apenas um.

O Amor é complexo, mas é lindo, muito lindo! Quando ele começa a fazer estragos eu chamo logo pai dele, o Tempo, e aí o Tempo sai fechando todas as feridas que o Amor abriu!

Uma das pessoas mais importantes me ensinou uma coisa: Tudo no final sempre dá certo, se ainda, não deu, é porque não chegou o final.

Por isso, acreditei sempre na minha família. Acreditei no Tempo, na Amizade, na Sabedoria, e principalmente no Amor.

Aí, quem sabe um dia, eu, a Felicidade, não bato na sua porta!

Tenha Tempo para os Sonhos, Eles conduzem sua carruagem para as Estrelas.

Seja


Seja...
Fonte

Fonte de água pura e cristalina. Seja água abundante para quem tem sede de amor, de carinho, de força, de apoio, de diretriz. Se você não tem nenhum motivo para ser feliz, seja feliz por ser fonte. Por ser procurado por aqueles que precisam de você.


Seja Estrada
Estrada longa, gostosa de passear, estrada iluminada de dia pelo sol e de noite pelo luar. Seja estrada que guia, estrada que conduz a outros caminhos. Se você não tem outro motivo para ser feliz, seja feliz por ser estrada, estrada dos peregrinos da vida, estes plantarão flores aos seus pés. Seja estrada para os caminhantes do tempo, estes regarão as suas flores. Seja estrada para os andarilhos do mundo, estes poderão colhê-las, e sentir o seu perfume.

Seja Estrela

Seja a estrela que mais brilha no firmamento. Seja a estrela inspiradora dos poetas, dos românticos e apaixonados. Para ser estrela, ilumine os que te cercam, distribua luz gratuitamente. Seja estrela guia, estrela da sorte. Se você não tem outro motivo para ser feliz, seja feliz por ser estrela, por que as estrelas estão sempre no alto, são soberanas por que guiam os navegantes.

Seja Chuva

Chuva que molha os corações secos, vazios de amor, de esperança, de paz. Seja chuva que inunda os campos áridos, que molham os jardins, que dá vida a toda vegetação, e faz transbordar os rios. Se você não tem outro motivo para ser feliz, seja feliz por ser chuva, a chuva é sempre esperada, por que dela depende a continuidade de toda a humanidade.

Ser Fonte, Estrada, ser Estrela, ser Chuva é servir a Deus.

Saudade


Saudade


Em alguma outra vida, devemos ter feito algo de muito grave, pois:
Bater o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica,
cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade...
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele,
do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde!
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se
amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma
saudade que ninguém sabe como deter...
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre
ocupada, se ele tem assistido as aulas de inglês, se aprendeu a entrar na
Internet e encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a
estacionar entre dois carros, se ele continua preferindo Coca Cola, se ela
continua preferindo suco, se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos
apertados, se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor, se ele
continua cantando tão bem, se ela continua amando o MC Donald’s, e ele
continua detestando, se ela continua a chorar até nas comédias...
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber
como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear
as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um
silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os
amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você,
provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...

Pegadas na Areia


***Pegadas na Areia***

Uma noite eu tive um sonho... Sonhei que estava
andando na praia com o Senhor, e através do céu,
passavam cenas da minha vida. Para cada cena que se
passava, percebi que eram deixados dois pares de
pegadas na areia, um era meu e outro era do Senhor.
Quando a ultima cena da minha vida passou diante de
nós, olhei para traz, para as pegadas na areia, e notei
que muitas vezes no caminho da vida havia apenas um
par de pegadas na areia. Notei também que isto
aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos
do meu viver. Isso aborreceu-me, então perguntei ao
Senhor:

-Senhor, Tu me disseste que uma vez que resolvi te
seguir, Tu andarias sempre comigo, em todo o meu
caminho, mas notei que durante as maiores
tribulações do meu viver, havia apenas um par de
pegadas na areia. Não compreendo porque nas horas
em que necessitava de Ti, tu me deixastes...

O Senhor respondeu:
-Meu precioso filho, Eu Te Amo e jamais te deixaria
nas horas de tua prova e de teu sofrimento. Quando
vistes na areia apenas um par de pegadas, foi
exatamente aí, que Eu te carreguei nos braços.

LiÇãO de ViDa


LiÇãO de ViDa***


Havia no meu quintal um abacateiro que produzia pouquíssimos frutos. Por acreditar que uma árvore frutífera precisa ser produtiva, pedi a Deus que abençoasse aquele abacateiro permitindo-lhe frutificar bastante. A florada aconteceu e o abacateiro se encheu de centenas de frutinhos.

Quando eles já estavam grandes, para surpresa minha, o galho central, com 69 abacates, quebrou. Um outro galho também, por não suportar o peso, acabou caindo, levando tantos outros frutos.
Fiquei perplexo!

Deus havia permitido que o abacateiro ficasse recheado de frutos e logo depois quebrasse, sem que eu os aproveitasse. Por quê? A resposta veio logo.

Nem sempre temos estrutura para suportar o tamanho da bênção que pedimos a Deus. Por isso,
muitas vezes precisamos esperar algum tempo para recebê-la. Ela só virá quando nossa vida estiver profundamente enraizada no terreno fértil da fé em Jesus Cristo, enrijecida pela leitura constante da Palavra de Deus, fortalecida pela seiva da oração e produzindo os frutos abundantes da presença de Deus em nós.

Assim, na certeza de que a glória não é nossa, mas do Senhor Jesus, não sucumbiremos ao volume da bênção.

Será que estamos preparados para receber a bênção que pedimos a Deus??

Fim de Semana


Fim de Semana
Música


Te convidei, pra passar um fim de semana em minha casa;
Para ter momentos lindos do seu lado, te amar outra vez, eu e você;
Se eu demorei, pra ligar foi por um medo de machucar;
De ter as palavras nos meus lábios e não expressar, ah eu tentei, eu briguei com mim mesmo;
Te dou meu coração, sou aquele que precisa do seu beijo, e essa falta do corpo não tem jeito;
Quero você pra dizer que te amo, quero você pra ter falar, te sentir, te tocar outra vez;
Te levar pros meus sonhos, te pegar em meus braços;
Te daria o mundo por amor, voaria como um beija-flor;
Pra ver teu sorriso brilhando em meus olhos;
Abreria asas contra o sol, pra ver o teu brilho me ascender;
No fim de semana; Te levar pra cama;
E tê-la comigo, deitada em meus braços;
Te Amo!

Faça a Diferença


Faça a Diferença!!!!


Era uma vez um escritor que morava em uma tranqüila
praia, junto de uma
colônia de pescadores. Todas as manhãs, ele
caminhava a beira do mar para se
inspirar, e a tarde ficava em casa escrevendo.
Certo dia, caminhando na praia, ele viu um vulto que
parecia dançar. Ao chegar perto, ele reparou que se tratava de um jovem
que recolhia estrelas
do mar da areia para, uma por uma, jogá-las
novamente de volta ao oceano.
- Por que está fazendo isso? - Perguntou o escritor.
- Você não vê, explicou o jovem
- A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas
irão secar e morrer se ficarem aqui na areia.
O escritor espantou-se.
- Meu jovem, existem milhares de quilômetros de
praias por este mundo afora,
e centenas de milhares de estrelas do mar espalhadas
pela praia. Que diferença faz ?
Você joga umas poucas de volta ao oceano. A maioria
vai perecer de qualquer
forma. O jovem pegou mais uma estrela na praia,
jogou de volta ao oceano e
olhou para o escritor e disse:
- Para essa daqui eu fiz diferença.
Naquela noite, o escritor não conseguiu escrever,
sequer dormir. Pela manhã, voltou a praia, procurou o jovem, uniu-se a ele e,
juntos, começaram a jogar
estrelas do mar de volta ao oceano.

Era uma vez


Era uma vez...***

"Era uma vez uma flor que nasceu no meio das pedras.
Quem sabe como, conseguiu crescer e ser um sinal de vida no meio de tanta tristeza.
Passou uma jovem e ficou admirada com a flor. Logo pensou em Deus. Cortou a flor e a levou para a igreja.
Mas, após uma semana a flor tinha morrido."

"Era uma vez uma flor que nasceu no meio das pedras. Quem sabe como, conseguiu crescer e ser um sinal de vida no meio de tanta tristeza.
Passou um homem, viu a flor, pensou em Deus, agradeceu e a deixou ali; não quis cortá-la para não matá-la. Mas, dias depois, veio uma tempestade e a flor morreu."

"Era uma vez uma flor que nasceu no meio das pedras. Quem sabe como, conseguiu crescer e ser um sinal de vida no meio de tanta tristeza.
Passou uma criança e achou que aquela flor era parecida com ela: bonita, mas sozinha.
Decidiu voltar todos os dias. Um dia regou, outro dia trouxe terra, outro dia podou, depois fez um canteiro, colocou adubo.
Um mês depois, lá onde tinha só pedras e uma flor, havia um jardim"

Encerrando Ciclos

Encerrando Ciclos

- por Paulo Coelho

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário,
perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome
que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais?
Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu...
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não
entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas
em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.

Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa,
seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha,
seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo
quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios,
filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem
noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir algumas recordações,
mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso
coração e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço,
que descubram seu gênio, que entendam seu amor.

Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa,
que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos,
promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome
do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo:
diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela
pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos.
Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas
porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta e abra outra, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é."

A pessoa errada


A pessoa errada

"Pensando bem em tudo o que a gente vê, e vivencia e ouve e pensa Não existe uma pessoa certa pra gente
Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar É, na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa faz tudo certinho :
Chega na hora certa,
Fala as coisas certas,
Faz as coisas certas,
Mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça
Fazer loucuras
Perder a hora
Morrer de amor
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar
Que é pra na hora que vocês se encontrarem a entrega ser muito mais verdadeira
A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa
Essa pessoa vai te fazer chorar
Mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas
Essa pessoa vai tirar seu sono
Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível
Essa pessoa talvez te magoe
E depois te enche de mimos pedindo seu perdão
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado
Mas vai estar 100% da vida dela esperando você
Vai estar o tempo todo pensando em você.
A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo
Porque a vida não é certa
Nada aqui é certo
O que é certo mesmo, é que temos que viver Cada momento Cada segundo Amando, sorrindo, chorando,emocionando, pensando, agindo, querendo,conseguindo
E só assim é possível chegar àquele momento do dia em que a gente diz:
"Graças à Deus deu tudo certo" Quando na verdade Tudo o que Ele quer É que a gente encontre a pessoa errada
Pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente..."

A Pedra


O distraído nela atropeçou...
O bruto a usou como projétil.
O empreendedor usando-a,construiu.
O camponês cansado da vida,dela fez assento.
Para meninos foi brinquedo.
Drummond a poetizou.
Já, David matou Golias, e Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura...
E, em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra,mas no homem!

Não existe "pedra" no seu caminho que você não possa aproveitá-la para o seu próprio crescimento.

A Formiguinha e a Pombinha


A Formiguinha e a Pombinha***

Certa vez, junto de um rio, trabalhava a Formiguinha, fazendo esforço tremendo, prá cortar uma folhinha.
-Ai, ai, como estou cansada, trabalhei o dia inteiro, cortando folhinhas verdes, pra encher o meu celeiro.
Mas, oh!!!! Perdendo o equilíbrio a Formiguinha coitada, foi cair dentro do rio, gritando desesperada.
-"Socorro! Socorro!!
Felizmente, uma Pombinha que de um galho tudo ouvia, teve pena da formiga, que na água se debatia.
-Ohhh coitadinha!!! A correnteza na certa irá carregá-la, mas vou mandar-lhe um auxílio talvez consiga salvá-la.
E jogou-lhe uma folhinha, que dentro d'água boiou e a Formiga que era esperta, dêsse modo se salvou, subindo na folha.
-Ufa!!!!! Que susto passei, se não fôsse vc minha miguinha D.Pombinha, eu teria me afogado e adeus uma Formiguinha...
-Obrigada minha amiga, algum dia hei de recompensá-la...
-Mas fiz por amo minha amiguinha Formiga...
No entanto, chegou depressa , a hora da Formiguinha cumprir sua promessa.
Pois vejam só que perigo, a Pombinha descuidada, nem viu que muito de perto estava sendo observada por um caçador q está querendo agarrá-la, mas chegou a minha vez de lutar pra salvá-la.
-"Vou dar-lhe uma ferroada, bem no pé, ora se vou".
-"Ai..."e axim fêz a Formiguinha, e a Pombinha ouvindo o grito bateu asas e voou.
-"Muito obrigado, querida amiguinha, dessa vez devo-lhe a VIDA.
-"Naum me agradeça amiga, porque a pouko vc me salvou, agora eu salvei Você"

A Carta de Deus


Tu és um ser humano, és o Meu milagre.
E és forte, capaz, inteligente, e cheio de dons e talentos.
Conta teus dons e talentos. Entusiasma-te com eles.
Reconhece-te. Aceita-te. Anima-te.
E pensa que desde este momento podes mudar tua vida para o bem,
se assim te propões e se te enches de entusiasmo.
Tu és minha criação maior. És meu milagre.
Não temas começar uma nova vida. Não te lamentes nunca.
Não te queixes. Não te atormentes. Não te deprimas.
Como podes temer se és meu milagre?
Estás dotado de poderes desconhecidos para outras criaturas do Universo.
És ÚNICO. Ninguém é igual a ti.
Só em ti está aceitar o caminho da felicidade
e enfrentá-lo seguindo sempre adiante. Até o fim.
Simplesmente porque és livre.
Em ti está o poder de não amarrar-te às coisas.
As coisas não fazem a felicidade.
Te fiz perfeito para que aproveitasses tua capacidade,
e não para que te destruísses com teus enganos mundanos.

Te dei o poder de PENSAR.
Te dei o poder de AMAR.
Te dei o poder de IMAGINAR.
Te dei o poder de CRIAR.
Te dei o poder de PLANEJAR.
Te dei o poder de REZAR.

E te situei o poder dos anjos quando te dei o poder da escolha.
Te dei o domínio de escolher o teu próprio destino usando tua vontade.
O que tens feito destas tremendas forças que te dei?
Não importa! De hoje em diante esqueça o teu passado,
usando sabiamente este poder de escolha.



Opta por SORRIR em lugar de chorar.
Opta por CRIAR em lugar de destruir.
Opta por DOAR em lugar de roubar.
Opta por ATUAR em lugar de adiar.
Opta por CRESCER em lugar de consumir-te.
Opta por BENDIZER em lugar de blasfemar.
Opta por VIVER em lugar de morrer.

E aprende a sentir a Minha presença em cada ato de sua vida.
Cresça a cada dia um pouco mais no otimismo e na esperança!
Deixa para trás os medos e os sentimentos de derrota.
Eu estou ao teu lado. Sempre.
Chama-me. Busca-me. Lembra-te de mim.
Vivo em ti desde sempre e sempre te estou esperando para amar-te.
Se hás de vir até Mim algum dia.. que seja hoje, neste momento!
Cada instante que vivas sem Mim, é um instante infinito que perdes de Paz.
Procura tornar-te criança... simples, generoso doador,
com capacidade de extasiar-te
e capacidade para comover-te ante à maravilha de sentir-te humano.
Porque podes conhecer Meu amor, podes sentir uma lágrima,
podes compreender uma dor.
Não te esqueças de que és Meu milagre.
Que te quero feliz, com misericórdia, com piedade,
para que este mundo em que transitas possa acostumar-se a sorrir,
sempre que tu aprendas a sorrir.

E se és Meu milagre, então usa os teus dons e muda o teu meio ambiente,
contagiando esperança e otimismo sem temor porque...

EU ESTOU AO TEU LADO !

Ass: DEUS.

Ser tua


°° ♥ Ser tua...


Quero viver contigo

Um amor inconsequente

Sem pensar no passado

ou no futuro...

Viver o presente...(quente!)

Me jogar em tua cama

Ser 'dama' ou 'meretriz'

Tudo aquilo que você sempre

quis de uma mulher...

Eu posso... eu quero...

Eu vou te oferecer!

No teu corpo me perder

E me encontrar no teu prazer

Quero ser sua mulher amada,

Sua amante safada!

Despida de pudor

Me jogar na cama 'tua'

Totalmente nua!

Totalmente sua...

Se um dia você me perder


♥ Se um dia você me perder...


Se um dia você me perder
me procure na flor mais
vermelha e viva.
No silêncio da noite, na brisa
que sopra fria, no sereno quente
do seu corpo.

Procure-me no canto das gaivotas,
nas estrelas, no mar,
Certamente serei a onda
mais fulminante que encontrar
Procure-me numa lágrima,
numa música, num sonho,
quem sabe.

Me procure onde for lindo
Mas, se por acaso não me
encontrar, procure-me no
fundo do seu coração,
Certamente estarei lá ...

Chuva


♥ Chuva.....


O dia amanheceu chuvoso.
A natureza chora.
Chora também meu coração.
A saudade
que sua ausência me trás,
Aperta-me o peito.
Sufoca em mim a voz
Que teima em querer
Gritar alto e para todos,
o quanto amo você.
Mas o grito fica retido
No vazio da solidão
Em que me encontro.
Resta-me apenas o consolo
De poder molhar meu rosto
Nas águas da chuva
E misturar minhas lágrimas
Às lágrimas da natureza
Deixando-as, juntas, caírem
Fertilizando o solo que nos sustenta.!

Louca por você


♥ Louca por você...


Faz-me um carinho!
Sussurra-o ao meu ouvido, em segredo.
Abraça-me e diz-me o que eu quero ouvir.
Beija-me!Como se não houvesse amanhã
E nada mais importasse à nossa volta,
E como se o nosso desejo não se esgotasse
Nas palavras que nunca dissemos,
em cada momento, o que sonhamos ouvir.

Amo-te


♥ Amo-te...


Amo-te com ternura
Amo-te com loucura
Amo-te com doçura
Amo-te com a alma
porque teu amor me acalma
Amo-te com paixão
e com muita emoção
porque me dá vida ao coração
Amo-te com tesão
porque me acende a paixão
e me desperta atração
Amo-te com carinhos
porque conheço teus caminhos
Amo-te com desejo
porque quero teu beijo
Amo-te com calor
Amo-te por te amar
porque também sabes me amar
Amo-te porque és meu destino
Amo-te porque és minha vida
Amo-te, enfim
porque é doce amar-te assim
Amo-te ternamente
Amo-te apaixonadamente
porque vivo por teu amor, simplesmente...
Amo-te totalmente..

você somente


♥ você somente


Tu que foste capaz de me enfeitiçar,
Para dia e noite só em ti pensar,
Para eu só à luz conseguir chegar,
No momento em que em ti estou a tocar.

Antes andava eu na escuridão,
Vivia por mais um dia por viver,
Não tinha aquela pura sensação,
De te amar e não te querer perder.

Eu era incapaz de ver nos outros,
A sua boa e terna luz interior,
Ia sem saber morrendo aos poucos,
Sem nunca perceber o que era amor.

Aquele eterno e constante brilhar,
Da luz que são os nossos sentimentos,
Não há melhor que a luz de amar,
Ainda que brilhe em breves momentos.

Sò minha cama


♥ Sò minha cama...

So minha cama me ve todos os dias

So as paredes do meu quarto presenciam meus movimentos

Busco o calor do seu corpo em meio aos lençois e nada encontro

O vazio do quarto reflete o vazio que você deixou em minha vida.

Por onde você andara agora? Longe de mim,o que estara fazendo?Invejo a sua liberdade

Você anda pelas ruas,enquanto eu fico aqui trancada neste quarto. Distribui sorrisos a quem quizer,e eu derramo lagrimas no meu traveseiro.Vê pessoas,fala com elas.E eu nem chego na janela.Como conseguiu tirar me da sua vida,enquanto a sua presença permanece impregnada na minha existencia?

Bom pra você.Pessimo pra mim.Alguém tinha de perder.Será?.

Não poderiamos ganhar os dois? Você não quiz.Não vou julgar você. O amor que sinto me impede que eu faça qualquer julgamento.Só posso sofer.Não posso nem lhe perdoar,pois você não me pediu perdão.Para você,tudo foi normal.Sem necessidade de perdão ou desculpas.Era simplismente ir embora

E você foi...

Você meu pecado gostoso


♥ Você meu pecado gostoso...

Vσcê hαвiтα α þαrтє мαis sєηsívєl
Iηsαciάvєl є lµмiησsα đσ мєµ cσrþσ
Vσcê єxisтє þαrα qµє α тσđσ мσмєηтσ
єµ siηтα qµє hά тrємσr єм мєµ cσrþσ.
.
єssє cαlσr qµє єηrµвєscє мєµ rσsтσ
É αqµєlє qµє siηтσ qµαηđσ єxαlσ мєµ chєirσ
Cσηfµηđiđσ ησ sєµ cσrþσ
ηєssє мσмєηтσ, єxαlαмσs þαrα σ мµηđσ
σ chєirσ đє µм þєcαđσ gσsтσsσ.
.
þrєþαrєi þαrα sαciαr ησssσs cσrþσs αrđєηтєs
Cσrþσs qµє sє cσηsσмєм ηα đσçµrα
đє sµαs þαlαvrαs
Rєcriσ-мє sємþrє þαrα vσcê, є мє тєlє-тrαηsþσrтσ
Qµαηđσ мє chαмαs đє мєµ αмσr.
.
тє qµєrσ
тє đєsєjσ
тє αηsєiσ
тє єsþєrσ
.
є ηãσ sє єsqµєçα đє qµє é cσм vσcê qµє fαçσ
мєµ þєcαđσ gσsтσsσ ...

Toque-me


♥ Toque-me...
тσqµє ...


cσм sєµs lάвiσs α мiηhα вσcα,
cσм sµαs мãσs α мiηhα þєlє,
cσм sєµ sєr σ мєµ qµєrєr.

Rσµвє ..
đα мiηhα вσcα вєijσs qµєηтєs,
đα мiηhα þєlє σ đєsєjσ αrđєηтє,
đσ мєµ qµєrєr σ єηтrєgαr.

Cµвrα ...
мiηhα вσcα đє đєlíciαs,
мiηhα þєlє đє мαlíciαs,
мєµ qµєrєr só đє þєcαđσs.

тrαgα ...
ησs sєµs lάвiσs σ vєηєησ,
ηαs sµαs мãσs σ σвscєησ,
ησ sєµ sєr σ мєµ þrαzєr.

þσis þrєcisσ...
đσ мєµ cσrαçãσ αcєlєrαđσ,
đσ мєµ cσrþσ ємвriαgαđσ
đα þrєsєηçα đє vσcê !

Só para te amar um dia


Só para te amar um dia...


Mil almas eu teria
Para te encontrar um dia
Para ir bem mais além
Além de onde estou
Além do que querias

Mil almas sim...
Mil almas eu teria
Para buscar-te além dos montes
Por outros horizontes
Além do gris dos dias
Mil almas sim...
Mil almas eu teria
Só para te encontrar
Só para te amar
Para te amar um dia!

Balada de uma noite de fim de ano


Balada de uma noite de fim de ano


Negras paredes de tugúrio urbano. A cidade fechada na expectativa de uma explosão de luz, recolhe-se nas últimas horas do velho ano embranquecido. Chega a noite e veste-se de negro em sons que são já um tinir de copos e desejos. No seu burel de medo, o espanto dos amantes indefesos rondando o beco sem gente. Ela enroscada no centro íntimo do seu medo. A noite um abraço de silêncio, negros passos no asfalto seco. Negro o som duma balada estripada de um velho clarinete. Agudo o soluçar da noite, nas portadas cerradas para a vida. É a noite última dos tempos, aquela que anuncia um fim e traz um princípio sem no entanto ser mais que uma noite apenas, teimosamente brindando o passar do tempo, como se este se relativizasse e nos fizesse andar atrás nos sonhos, desembrulhando-os intocáveis, puros e serenos.
Lá dentro a noite é filme sem fita, ritual de sombras projectadas à rua do desejo. O vento ruge por entre as frestas e o mundo adquire a dimensão de um buraco negro. Apenas os gestos são claros na sua busca do negro esquecimento. Ela sonha-se no tempo, em noites míticas de calendários irreais. Corpos sedentos, recortados em luares de prata onde brilham olhos de gente. Há ausências com a duração de luas e urgentes como crateras abertas. Uma penumbra nos gestos doces, um sopro de entrega nas sombras projectadas em negras paredes. Húmidos antros, são ninhos se o amor os faz. Só a escuridão dos tempos penetra na noite dos amantes sem tempo, porque a cumplicidade é um carvão incandescente riscando a negro o vinil dos corpos. Não há rosto, nem voz, nem chamamento. O fluir apenas de um rio argênteo sob a negra noite onde se abrigaram os amantes. Lá dentro, despojos de uma guerra intemporal. E porém só o silêncio adivinhado nas paredes.
Ela quer apagar uma a uma as luzes do mundo em festa borbulhante. Quer o silêncio sentado no centro da sua noite. Uma nota pungente que se alongue, cantando só a nostalgia do tempo, de todos os anos passados e vindouros, de todos os desejos explicitados no caudal de cada ano, de tudo que não se fez, não se teve, não se viu, não se ganhou e se desembrulha no clarão dourado do novo ano...
Então ele veio, directamente do tempo em que as noites ainda tinham cor e os anos ainda passavam ornamentados de luz, cintilando na alma como faíscas luminescentes de desejo. A noite ganhou então o espaço lacunar de um instante de paixão suprema. Abraçaram-se sob um luar que só eles viam - o sortilégio último de um velho ano habituado a ver nos homens a escuridão do olhar, a única que enviuva os dias e vela as noites.
Quando chegou o novo ano, em vénias de espuma e sons, música, burburinho e risos, ela deixou-se ir no cintilante caudal da noite, arqueando o corpo uma e outra vez, no instante supremo em que a solidão abandona os corpos por um instante de silêncio e luz. O prazer escorreu pelos móveis reluzentes, num cenário de guerra e celebração, retinindo no seu peito com o som de cristal partindo-se. Cai a taça, ébria de emoção no soalho triste...

Cá fora, um gato apenas vivendo a noite só, do alto do seu beiral no telhado. Indiferente na sua negra silhueta de macho só, místico na sua negra inconsciência, enfrentado felino a exuberância luminosa do mundo. E então, depois de se restaurar o silêncio oco do beco sem gente, de novo se faz tão negra a noite, tão negra e indigente que a manhã será uma crua descoberta das imperfeições na parede.

* * *

Encantamento


Encantamento


Expiro e inspiro desordenadamente borboletas
de fumo na noite fria. Não fumo, bebo a noite
em lufadas de nostalgia procurando nas estrelas,
fiapos de mim dispersos na fragrância incerta do
nevoeiro, um corpo denso, arrojado e traiçoeiro.
Esvoaçam palavras privadas de maresia
arranco-os de mim - são bolbos vazios -
cancelo o ódio, desmonto a indiferença
- recuso a promíscua ilusão do mesmo vento
que nos banha o rosto a mim e ao mundo,
a mim e a muitos - ao mar e a todos.
Proclamo a pureza como invento, a verdade sem véus
o horizonte claro e pleno, arremesso as certezas do mundo
ervas sempre em pousio sereno,
desenho os corações voando leves no bosque do desejo,
as sereias cantando ao longe em ciclo ameno,
os homens afoitos de ouvidos mudos, boca cega ao seu lamento.
Proclamo a verdade, desafio o vento, recuso o engano,
lanço à noite um encantamento:
que do pântano se faça campo de centeio e as
borboletas se embriaguem de sol e pólen prazenteiro
e espalhem pelo mundo a nova luz, o novo amanhecer
e de cada olhar plantado no deserto
façam um novo reluzente farol espalhando para longe o nevoeiro
e o sol nos cubra os corpos de pólen verdadeiro...
Em cima do joelho e dedicado ao OrCa para lhe dar uma nesga de sol...
A todos, votos de boa noite e um amanhecer soalheiro!

Balada para uma menina triste


Balada para uma menina triste...

Dói-me
Tua lágrima
Seca na alma
Como sal
Antes da água
Enxuta...
Escorro
Os dedos
Em traços vermelhos
Sulcos
De afectos
Em que te digo
Calado...
E em ti
Me derramo
Desenhando
Teu rosto
No alvoroço
De ver-te sorrir
Outra vez...

Variações à volta do corpo


Variações à volta do corpo


sobre estas searas vestidas de estrelas
ancas como arcos à volta do ventre
cordas (in)tensas nas espigas nascentes

trémulas madrugadas caladas se acendem
eu sou a colina que desces ausente se
em tons de cristal teus lábios me sentem
em vagem aberta madura colhida
abre-se um rumor no centro da terra
sementes de sal brotam dessa ferida
e travas a fuga na dança da língua
cavalos esvoaçam na ponta das crinas
são espasmos galopes na terra menina
leves borboletas na ponta das unhas
arranhando a pele em lava contida
na seda cetim marcas de ave ferida
se te toco os lábios rasgas cegamente
os véus de veludo desejo lunar
que vesti para ti na pele de vestal
descem sobre mim as asas dos anjos
vindos nos teus dedos são golpes calados
lavrando courelas inundando vales
e o corpo soluça no sulco final

Ilusões de espelho côncavo


Ilusões de espelho côncavo ...


cicatrizes são ilusões vãs de espelho
côncavo que devolve apenas margens
e dúplice se perde no vórtice das areias
espantadas que o vento arrasta noite fora...
na cartografia do corpo são apenas sinais
indeléveis como os sulcos da memória
em afectos de mármore que o tempo
afaga nas primeiras chuvas de outono...
nada lhes acrescenta o fogo. apenas
o escultor lhes traça o rosto que os habita
(ou os renega como resto de poeiras estivais).
letra a letra morta nada conta no poema
apenas a claridade da hora que o revela
e a matéria do desejo na voz alvoroçada...

A Eternidade das Pedras


A Eternidade das Pedras


Eu tenho um poema a despontar,
Como pedras cravadas de ironia.
Eu tenho o poema de todas as manhãs
Que escorre como a humidade nas umbrias
E se resume a umas hastes sensações
Eternamente por todos os homens já sentidas.
Eu sinto a leve inquietação das nuvens negras
Que abriram já outras manhãs
E ensombraram outros espíritos,
Outro seres que no céu leram
Suas dores futuras,
Suas incertezas, suas indómitas dúvidas...
Eu tenho flores insaciadas de mulheres acesas
Em sol nas palhas,
De homens labutando em terras vastas,
De suor perlando as (suas) poucas falas,
De corpos ainda por sossegar,
Nas noites de físico repouso,
Raros sonhos, labuta que nunca verga,
Faina que nunca busca
A quimérica sombra do monte.
Eu tenho o poema das inquietações todas,
Da chuva que vem e traz aluviões,
Da seca que sedimenta,
Da geada que corrói.
Eu tenho o poema de todos os incertos tempos
E sei que sou apenas mais uma voz
Que dá corpo a um mesmo imutável lamento.
Eu tenho um poema...
Mas os sinais nos céus
E a inclinação das giestas
Apenas lembram que o meu sol declina
E em gargalhadas de irónico escoamento,
Cederei o meu lugar neste carrossel da vida
A outros olhos que irremediavelmente verão
As mesmas cores do mundo
E os seus sinais de inquietação
Ou a eternidade das pedras
E dos corpos em fusão...

Ay, flores...


Ay, flores...

- um divertimento floral, com flores e tudo... -
Oh Maria-sem-vergonha
Que fazes?
Margarida, minhas dores
que me acusas
por não falar em flores...
Fazes-te calêndula
sempre-viva
não ouvindo o pelargónio
nem o rir das campainhas
E fazes-me tais horrores
porque não és sensitiva
Deras tu pela begónia,
tão gentil com a perpétua
e serias flor da azálea
ou lilás, bela de lírio.
Mas não, queres só malmequeres
quanto muito a flor das chagas
e malmequer faz se quer
as chagas não vão com rosas
Girassol és tu e tanto
sem alegria da casa
Tanta inveja ao agapanto
por ser alto e ser azul...
Serias lírio do vale
mimosa até genciana
não passas de cinerária
Bem feito por seres fisálide
se o cravo to perdoar
e ouve bem o gerânio
tão amigo da perpétua
por prímulas e por papoilas
que entre si dão ao goivo...
Ao junquilho, ao açafrão
nem fales de tanta fúcsia
ou à peónia em ciclame
feita tão suave com malva
que é malícia-de-mulher
sentindo só o que quer
E nem rapôncio te salva
se soltares outros odores...
Mas nunca por nunca digas
Que não falei em flores!

Em Estado de Luz


Em Estado de Luz


o sol de novo aceso
na mansidão da maré
e tu no prodígio da manhã
vieste a mim a ver o sol
e o meu pensamento voou
até onde a boca pôde gritar
na incandescência do dia
ficou a planar uma nota azul
de música banal
rasguei todas as nuvens
abri as asas do sorriso
e vim cair iluminada
na foz maravilhada do amor
por isso hoje os círios são sóis
e nas catedrais abertas
à cegueira do mundo
arde lentamente o tempo
em chamas sagradas
de astros famintos
lançando inquietas faúlhas
desta Luz que hoje pressinto...

Monolítico Silêncio


Monolítico Silêncio


terra de mouras escondidas
nas fragas onde a lenda as faz belas
e por amores infiéis perdidas
mulheres espreguiçadas no horizonte
repousando em monolíticas pedras
onde a memória calada se acende
nos pelourinhos e antas abertas
uma cerca derruída - silêncio
aqui jazem pedras dispersas
aqui há pontes citiando os caminhos
há o granito silente das ruínas
o estanho ensimesmado dos objectos
entrando a pique no olhar faminto
e um passado morto fazendo ninho
nos coração dos velhos sobreiros
e eu sou a águia que passa sobre
o espanto do rochedo e grita
a alma das mouras penedias
a lenda das almas outras aflitas
o musgo que arde sedento e o silêncio
ornado de malmequeres e vida
eu sou o murmúrio que vem no vento
e vem pousar no poema arrefecido
porque a memória é uma anta vazia
e o passado um grito de ave sem sentido

Nau Frágil


Nau Frágil

Diz-se que os mares devolvem os corpos dos marinheiros sós. Vêm
enredados de algas, enfeitados de marés com harpejos de espuma,
respirando o mistério do desejo como se afagassem ainda o seu corpo
provocando o derradeiro acto-de fé da alma. Trazem no rosto o mistério
envidraçado dos dias baços aguardando o inclinar das quilhas e o erguer
dos mastros em laranjeiras suculentas contra o escorbuto da fala.
Mas tu que habitas a luz pura das estrelas, não segues só na rota dos abismos
siderais. Estende o olhar no horizonte e vê a espuma que deixas ao passar.
Não saberás, mas agora és serpente e moras no meu corpo, como se fosses
flor do desejo, um cardo seco - aberto frágil - ao sol do deserto e brotasses na
minha boca em forma de átomo, circundando o palato, os lábios em alvoroço,
ardendo, queimando, rodopiando louco.
Agora mesmo te quero como palavra acobertada nas coxas mordendo com
marcas de romã descritas sorvidas pelos dedos. Recebe o afago da memória
ardendo, uivando, querendo. E colhe-me - lambe a pele, as feridas a fundo
em espiral de fogo na fúria dos elementos, sacia a sede na fenda sísmica
tremendo, tremendo, ávido como águia, na polpa sumarenta da tua boca a
água que derramas sobre a chama, a chama no altar da carne não sei se em
oferenda se em apenas fome. E frágil a combustão do tempo.

Sabes como aqui amanhecemos por dentro - e os corpos se vazam no útero
juntos até à suspensão das marés - aqui as pedras expostas aos astros são
o leito frio onde a morte escorre para trás e nós presos no convés das noites,
as naus de regresso âncoras no cais fundeadas por dentro as vagas vazias
ao rés do vento para aterrarem a pique num corpo, o corpo de cal caindo
oblíquo na parede enclausurada..
Não te quero marinheiro naufragando só. Quero-te ave pousando como pedra
frágil no meu peito e bebendo o sol agora mesmo aceso e o beijo, um beijo de
musgo palpitando fresco. Como a âncora fundeada no lodo quero-te dentro.
Preso frágil nas palavras que moldaste na voz e cedo, cedo amanhecendo náufrago
entre o céu e o azul que me escorre dos dedos.

de
SaraComAmor

Desassossego


Desassossego
Trabalho sobre "Danae" de Klimt



Na verdade vos digo: a noite.
E a palavra ecoa num silêncio de mármore
Tal este vento oco que crepita no olhar triste das janelas.
Na verdade digo -
Ausência.
O quarto vazio na indiferença dos velhos móveis
Esta clausura que os habita
E move
Na verdade digo nuvem
E penso num poema algodoado
Como os amortecedores dos carros familiares
Com insonorização à prova de dor
Na verdade digo sol
E a noite arde num prelúdio de febre lenta
Sem remédio
Como uma teimosa flor venal
Crescendo dos céus em nome de todos os desejos,
Tão vagos como seixos
A noite, digo eu,
A noite investe sobre o meu corpo
Como pássaro negro
Uma porta uiva sobre o silêncio
E a cama cresce até à dimensão do medo
Digo a noite e penso, é cedo para o
Rumor do mar.
Pressinto o vento
Beijando as árvores no pinhal
- o mar das memórias encantadas
que dormem sonos lendários sob o rumor das pedras.
E o poema cresce na boca e desce à terra
Como a semente de todos os desejos
Crescendo, crescendo, cravados, calcados
Crispados na terra seca, medrando para dentro.
Em verdade vos digo:
eis a raiz eterna do desassossego
Bom fim de semana e obrigada a todos que vieram ler-nos e
aos quais o tempo não me permite responder como gostaria.
Um abraço muito forte e até breve...

A tarde caindo sobre o Tejo


A tarde caindo sobre o Tejo...


Curva-se o ombro da tarde
Na luz coada
Como se o tempo
Fora o rasgar da nuvem
Sobre o Tejo
Suspende-se o olhar
Sobre a janela
E o ar agora baço
É o esvoaçar da ave
Ferindo o nevoeiro...
O grito da outra margem
Gingão o cacilheiro
E o cais deserto...
Nem ontem nem hoje
Apenas o reflexo de ti batendo
E a tarde caindo sobre o Tejo...

Nota: desisti de desistir dos blogs! afinal pertenço aos meus afectos...

Don Badalo

Como se fosse lume


Como se fosse lume...

tão cedo
e é como se o sol viesse
rasgar a bruma do teu peito
esse rio de sangue ardente correndo
nas veias para dentro
é como se (eu) tivesse vindo desaguar
no apaziguamento das estrelas
no lago de luz aceso em nosso leito
despenhando-me para dentro
para o interior desse riso aceso
lentamente como quem em sonhos
sobrevoa o vento
é como se o poema nos viesse à boca
secreto calado pelo corpo adentro
e o verbo no gerúndio do esquecimento
nomeasse a zona azul da manhã
ainda tão cedo
é como se o tempo se calasse
na orla do presente e tu viesses ver-me
quente o veludo que embrulha a voz
dócil como seda - cego de amor
tão cego como as palavras que acendo
e ardem no meu peito a medo
é como se entre nós não pulsasse já
este quazar perdido no espaço já longe
sem tempo afastando-nos levando-nos
para a discórdia do silêncio

é como se eu questionasse
agora mesmo o mutismo do vento
será este o sol que me chama
a voz que me queima o corpo que (me) ama?

A Casa do Espanto



A Casa do Espanto
Ilustração: "Monte Alentejano" pintura de Rodrigo Pombeiro

I
Era nesta casa que habitava o medo.
Vinham depenadas almas pela chamainé abaixo,
acendendo a lareira de contos e de casos.
Dizia-se que calçavam os sapatos dos vivos e as almas
daqueles que as abrigavam no alvoroço dos sentidos.
A escuridão gritava nomes que não tinham corpo e as paredes
nomeavam cidades desconhecidas no mapa dos sonhos.
II
De manhã éramos cal viva virada ao sol na claridade aflita
das paredes emudecidas. A casa despertava como pão crescendo
no forno, estalando o tecto no seu caniçal ao rés do vento.
Havia sempre um touro no meu olhar investindo contra o mundo.
Este resumia-se ao lagar e ao açude onde erigia barragens
e paisagens desconhecidas.
III
Na imobilidade das coisas surgiam perfis estáticos de lobos.
Alimentavam a planura dos dias expiando-me, espantando
pegas e atouguias que nenhum espantalho arredava das searas
tal como nada arredava a monotonia. Eram pedras verde esmeralda
luzindo no brasido dos dias. Tão persistentes como as raposas
embalsamadas, colhidas em pleno gesto de pilhagem de galinhas.
Ainda povoavam as noites com gritos de gente que caíam a pique
no tecto da noite. E a casa ouvia.
IV
À tarde enfeitava-me com laços de melancolia para me lançar
no colo do sol, na falta do pai que trabalhava rente à noitinha.
Ficava na soleira da porta acompanhando o espanto da passarada
em fuga, levando-me, levando-me para a outra margem da vida.
Não havia crianças, só pássaros e galinhas.
V
Os homens dormiam sestas e apascentavam
dentro de si os rebanhos que lhes nasciam nos braços.
Semeavam alqueires de esperança no coração
e esvaíam-se em sementes no corpo húmido da terra.
Havia mulheres que se doavam nos palheiros num fervilhar
das ancas. Eram férteis investidas silenciando as tardes
no abafar dos gemidos. Nem todas conheciam o lume
que pode arder no silêncio que guarda as sestas. Uma mulher
guardava gansos e descobriu-se um dia que falava como eles,
no fundo da garganta o grito era sempre de espanto.
VI
A casa ainda hoje exala balidos de vento e os chocalhos
das memórias idas. Na caliça que se perde esboroam-se
traços de unhas e vidas que a humidade calcificou.
Uma solidão que saiu para fora da casa e me seguiu em busca
da cidade. Descobri que afinal o outro lado do mundo
era um aglomerado de pessoas a coberto de nenhum beiral.
VII
Sim, era nesta casa que habitava a infância.
As casas brancas do inconsciente são todas feitas de pedra
e apodrecem de pé.
Algumas têm portas que se fecham a cadeados como o esquecimento.
Às vezes são arrombadas por nortadas, outras escancaram-se mesmo sem vento.
Mas esta permanece aberta de par em par e eu lá dentro.

de
SaraComAmor

Naquele tempo


Naquele tempo...


Naquele tempo as noites uivavam por entre o arvoredo e
havia luas presas nos teus olhos. Eram então bíblicos
momentos...
Eu vinha sentar-me no teu colo sem saber que te
cresciam no peito velhas giestas cobertas pela solidão
do deserto.
Olhavas-me com a placidez dos pastores que guardam
pensamentos antigos na fome calada dos montes...
Vês o meu gesto de abandono? Sou de novo menina e o
teu colo é o baloiço dos meus sonhos.
Tu puxavas-me para o centro do teu corpo, no ponto
onde te crescia a solidão a fundo.
Então o dia clareava em volta dos teus olhos e tu sorrias
com a palidez do sol de Inverno. Talvez o teu amor
nascesse com as estações, nos primeiros botões da
amendoeira e morresse com elas em cada maçã serôdia,
cada folha seca a rastejar na poeira...
Talvez a realidade te habitasse desmesuradamente
para que não tivesses de a habitar mas o certo...
...é que um dia no teu olhar cresceu um tronco e nele
vieram pousar todos os pássaros mortos
da casa abandonada dos teus sonhos.
E eu desfis as tranças e parti para onde as mãos tangem o vento.
Porque naquele tempo ainda existias no fundo da minha boca
como verbo, como carne, como nome, como o ser gramatical
dos versos loucos.
E eu vertia sal na água das fontes, se te sentia à tona do meu corpo.
Ainda não sei se foi o tempo, se a neblina, se um excesso de musgo...
mas no pulsar dos dias perdi a latitude do teu rosto,
excessivamente cavada na memória.
Eu diria, se não fosse dizer pouco, que nasceram flores sobre o teu busto.


deSaraComAmor

Conta-me uma história


Conta-me uma história...

Conta-me uma história
Conta-me simplesmente uma pequena história de embalar
Como aquelas que me contavam quando eu era criança
Mas conta-me essa história agora
Quero que o meu riso de lembranças
Seja embalado pelo teu sorriso branco
Que tanto me evoca as pálidas e translúcidas pétalas das rosas
A sorrirem-me num canteiro de um jardim improvável de Veneza
Aonde eu nunca fui
Ou vogando tranquilas na superfície lenta de uma lagoa
Como barcos impossíveis dos deuses das florestas
Conta-me uma história
Conta-me aquela história cheia de risos e de sonhos
Como as que me contavam quando a juventude ardia em mim
E os dias nasciam na intensidade das paixões
E sempre tão preenchidos de Sol
Ou de neblinas feéricas de mistério e encantamento
Que nos perdíamos em mares de abismos glaucos
Ou de tremendas tempestades
A viver sonhos com olhos acordados de espanto
Conta-me uma história
Depressa
Uma outra história de combate
Feita com palavras urgentes de ferir como o ferro duro e frio das adagas
Como aquelas palavras segredadas que surgiam
Nas madrugadas cinzentas
Das afrontas dos medos e das incertezas
A cercarem-nos imperativas de violência
Como se estivéssemos sós
E o mundo quase todo à nossa volta nos não soubesse
Conta-me uma história
Podes contá-la agora
Quando a falta que o tempo me faz me torna o tempo maior
A história das histórias contadas
A trança de uma vida que eu faço e da qual vivo
Uma história com o sabor de exóticas especiarias
Mas que contenha também a doçura indizível dos doces caseiros
As ementas que me trazem o calor da minha mãe
Condimentadas com afectos entrelaçados por um cordão de mãos
Que alguma vez senti
Conta-me uma história
Uma história que me diga onde estás
Que me ajude a encontrar-me melhor porque te encontro
Ou a encontrar-te talvez se me procuro...