Ernesto
Geisel
(1908 - 1996)
Presidente militar da república
brasileira (1974-1979) nascido no município de Bento Gonçalves, Estado do Rio
Grande do Sul, cujo governo deu os primeiros passos em direção à abertura
democrática, após o golpe militar. Ingressou na na carreira militar ao entrar
para Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro (1925). Como tenente foi
nomeado secretário do Interior do Rio Grande do Norte (1931) e secretário da
Fazenda, Agricultura e Obras Públicas da Paraíba (1932). General no comando da
guarnição militar de Brasília, o presidente da república em exercício, Ranieri
Mazzilli, nomeou-o chefe da casa militar (1961) e participou ativamente da
implantação do sistema parlamentarista de governo como condição para a posse do
vice-presidente João Goulart, depois da renúncia do presidente Jânio
Quadros. Participou do movimento que resultou no golpe militar (1964) e foi
chefe do Gabinete Militar do governo (1964-1967) do presidente Castelo
Branco. Promovido a general-de-exército (1966), foi nomeado ministro do
Superior Tribunal Militar, e depois indicado pelo presidente Costa e Silva
para a presidência da Petrobrás (1969), onde consolidou sua reputação de
administrador (1969-1973) ao ampliar o campo de ação da empresa, aumentar as dotações
para pesquisa, construir novas refinarias e oleodutos, desenvolver a exploração
da plataforma submarina e conseguir acordos no exterior para a pesquisa e lavra
de petróleo, realizados por outra empresa subsidiária, a Braspetro, que
firmou convênios com o Iraque, o Egito e o Equador. Por meio de eleição
indireta, foi eleito presidente da república (1974), por um colégio eleitoral
composto dos membros do Congresso e delegados das assembléias legislativas dos
estados, e tomou posse em 15 de março do mesmo ano. No mesmo ano (1974), o
governo permitiu a realização de propaganda eleitoral e os candidatos do
partido da oposição, o Movimento Democrático Brasileiro, tanto à Câmara dos
Deputados como ao Senado tiveram expressiva vitória nos principais Estados do
país. Teve um governo dificultado pela crise internacional do petróleo, o que
provocou o aumento da dívida externa, porém conseguiu reduzir o consumo
nacional de hidrocarbonetos. Durante seu mandato, tomou medidas no sentido de
coibir os abusos dos órgãos de segurança e implantou reformas políticas que
visavam à normalização constitucional como a extinção daa censura prévia aos
órgãos da imprensa (1975). Passou o governo ao general João Figueiredo,
que ele próprio indicara. Trabalhou depois numa empresa petroquímica privada e
morreu no Rio de Janeiro.
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