29 de julho de 2017

Jânio da Silva Quadros

Jânio da Silva Quadros

(1917 - 1992)

  Presidente da república brasileira (1961) nascido em Campo Grande, MS, que alcançou a presidência da república (1961) após uma meteórica ascensão política e provocou uma das mais graves crises políticas da história do país  que culminou com o golpe militar de março (1964), após renunciar seis meses depois da posse. após morar em Curitiba e depois para São Paulo, onde graduou-se em direito (1939). Professor do colégio Dante Alighieri e estimulado pelos alunos e pais destes, inscreveu-se pelo Partido Democrata Cristão, o PDC, e elegeu-se suplente (1948) e, posteriormente, foi levado à Câmara firmando-se como opositor do então governador do estado, Ademar de Barros. Deputado estadual mais votado (1951), depois foi eleito para prefeito da capital (1953), quando adotou a vassoura como símbolo, com a qual prometia pôr fim à corrupção no país. Investindo em transporte, saneamento e educação, foi eleito governador (1954), onde ganhou fama nacional. Eleito deputado pelo Paraná, preparou-se para disputar as eleições presidenciais e fez com a família uma longa viagem ao exterior onde manteve contatos com grandes líderes mundiais como Mao Zedong (Mao Tsé-tung), Khrutchev, Nehru, Nasser, Tito e Ben Gurion, entre outros. Candidato à presidência pela União Democrática Nacional, a UDN, e foi eleito em 3 de outubro (1960). No poder, depois de de seis meses de uma atribulada gestão recheada de medidas extravagantes como a proibição de brigas de galo e corridas de cavalo nos dias úteis e o uso de biquínis nas praias. Na política, apesar de se dizer anticomunista, reatou relações com países socialistas, ao mesmo tempo que suas relações com os políticos se deterioraram, especialmente com o poderoso governador do estado da Guanabara, Carlos Lacerda, dono do jornal Tribuna da Imprensa, que o acusou de tramar um golpe de estado para se transformar em ditador. No dia seguinte, 25 de agosto, o presidente, surpreendentemente, apresentou sua renúncia em um gesto em que aparentemente pretendia, baseado em sua força popular, voltar ao poder,  fechar o Congresso e se firmar como ditador. Definitivamente afastado do poder, viajou para o exterior. Derrotado para o governo de São Paulo (1962), após o golpe militar teve seus direitos políticos cassados (1964). Após se manifestar contra o regime (1968), foi confinado em Corumbá, MT, durante 120 dias, por ordem do marechal-presidente Costa e Silva, que exercia a presidência da república. Depois dedicou-se à literatura, à pintura e à música. Recuperado os direitos políticos novamente foi derrotado na disputa pelo governo de São Paulo (1982), mas teve sucesso para prefeito da capital paulista (1985), pelo PTB, derrotando surpreendentemente o então favorito Fernando Henrique Cardoso, futuro presidente da república. Depois do término do mandato aposentou-se politicamente e morreu em São Paulo, em 16 de fevereiro. Na sua produção literária destacaram-se os livros Curso prático da língua portuguesa e sua literatura (1966), História do povo brasileiro (1967) e, em parceria com Afonso Arinos, Quinze contos (1983).
Figura copiada do site oficial da PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:
https://www.presidencia.gov.br/


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