Jânio
da Silva Quadros
(1917 - 1992)
Presidente da república
brasileira (1961) nascido em Campo Grande, MS, que alcançou a presidência da
república (1961) após uma meteórica ascensão política e provocou uma das mais
graves crises políticas da história do país que culminou com o golpe
militar de março (1964), após renunciar seis meses depois da posse. após morar
em Curitiba e depois para São Paulo, onde graduou-se em direito (1939).
Professor do colégio Dante Alighieri e estimulado pelos alunos e pais
destes, inscreveu-se pelo Partido Democrata Cristão, o PDC, e
elegeu-se suplente (1948) e, posteriormente, foi levado à Câmara firmando-se
como opositor do então governador do estado, Ademar de Barros. Deputado
estadual mais votado (1951), depois foi eleito para prefeito da capital (1953),
quando adotou a vassoura como símbolo, com a qual prometia pôr fim à corrupção
no país. Investindo em transporte, saneamento e educação, foi eleito governador
(1954), onde ganhou fama nacional. Eleito deputado pelo Paraná, preparou-se
para disputar as eleições presidenciais e fez com a família uma longa viagem ao
exterior onde manteve contatos com grandes líderes mundiais como Mao Zedong
(Mao Tsé-tung), Khrutchev, Nehru, Nasser, Tito
e Ben Gurion, entre outros. Candidato à presidência pela União
Democrática Nacional, a UDN, e foi eleito em 3 de outubro (1960). No
poder, depois de de seis meses de uma atribulada gestão recheada de medidas
extravagantes como a proibição de brigas de galo e corridas de cavalo nos dias
úteis e o uso de biquínis nas praias. Na política, apesar de se dizer
anticomunista, reatou relações com países socialistas, ao mesmo tempo que suas
relações com os políticos se deterioraram, especialmente com o poderoso
governador do estado da Guanabara, Carlos Lacerda, dono do jornal Tribuna
da Imprensa, que o acusou de tramar um golpe de estado para se transformar
em ditador. No dia seguinte, 25 de agosto, o presidente, surpreendentemente,
apresentou sua renúncia em um gesto em que aparentemente pretendia, baseado em
sua força popular, voltar ao poder, fechar o Congresso e se firmar como
ditador. Definitivamente afastado do poder, viajou para o exterior. Derrotado
para o governo de São Paulo (1962), após o golpe militar teve seus direitos
políticos cassados (1964). Após se manifestar contra o regime (1968), foi
confinado em Corumbá, MT, durante 120 dias, por ordem do marechal-presidente
Costa e Silva, que exercia a presidência da república. Depois dedicou-se à
literatura, à pintura e à música. Recuperado os direitos políticos novamente
foi derrotado na disputa pelo governo de São Paulo (1982), mas teve sucesso
para prefeito da capital paulista (1985), pelo PTB, derrotando
surpreendentemente o então favorito Fernando Henrique Cardoso, futuro
presidente da república. Depois do término do mandato aposentou-se
politicamente e morreu em São Paulo, em 16 de fevereiro. Na sua produção
literária destacaram-se os livros Curso prático da língua portuguesa e sua
literatura (1966), História do povo brasileiro (1967) e, em parceria
com Afonso Arinos, Quinze contos (1983).
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