João
Fernandes Café Filho
(1899 - 1970)
Presidente da república
brasileira (1954-1955) nascido em Natal, RN, que após afastamento para
tratamento de saúde foi impedido por, um movimento militar de reassumir a
presidência. Trabalhou na atividade jornalística nos estados de Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco e na capital, Rio de Janeiro, quando se envolveu na
campanha da Aliança Liberal. Com a vitória da revolução (1930) tornou-se chefe
de polícia em seu estado e foi eleito deputado federal (1934). Combatendo a
restrição às liberdades constitucionais em oposição ao governo de Getúlio
Vargas, exilou-se na Argentina após a instituição do Estado Novo, mas
voltou ao Brasil no ano seguinte (1938). Com o fim do Estado Novo elegeu-se
novamente deputado federal (1945) pelo Partido Social Progressista, para a
Assembléia Constituinte. Aliou-se a Getulio e foi eleito vice-presidente
(1950). Conservador, defendeu a Petrobrás, mas se opôs ao intervencionismo
estatal na economia e o que considerava excessos da legislação trabalhista. Na
crise de agosto (1954), propôs a renúncia do presidente e do vice. Com o
suicídio de Getúlio, exerceu a presidência por pouco mais de um ano, até sofrer
um ataque de coração e ser obrigado a passar o governo temporariamente ao presidente
da Câmara dos Deputados, Carlos Luz. Tentou retornar ao poder, mas foi
impedido por um golpe militar liderado pelo general Henrique Teixeira
Lott, então ministro da Guerra. O general Teixeira Lott, que
defendia a posse do presidente eleito para o período seguinte Juscelino
Kubitschek e do vice João Goulart, declarou Carlos Luz e o
presidente licenciado impedidos e passou o governo ao vice-presidente do
Senado, Nereu Ramos. "Deposto" deixou a política e já na
década seguinte, foi nomeado pelo governador Carlos Lacerda ministro do
Tribunal de Contas do Estado da Guanabara (1961). Faleceu no Rio de Janeiro, em
20 de fevereiro.
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