25 de abril de 2009

SUSAN BOYLE





Susan "A Feia" Surpreende Com uma Voz Maravilhosa


ENTREVISTA Qual Seu Nome, Querida ? - Susan Boyle. E De Onde Vocé É ? ( west Lothian . (Sclotland) E uma cidade grande ? Está mais para um tipo de ..... Um aglomerado de ... Vilarejos é o que eu acho. Qual é a sua idade ? Tenho 47 . E esta é somente uma parte de mim Certo uqal o seu sonho Estou tentando ser uma cantoura proficional E porque não deu serto ate agora Nunca mim deram uma chances antes, e espero que isso munde. E qual é o seu mudelo de sussesso. Elaine Paige. Elaine Paige , certo E o que vocé vai cantar? `` I Dreamed A Drean `` Fron `` Les Miserables ``. Ok, entao ta


MUSICA


Sonhei um Sonho Com o tempo já acabado Quando a esperança era alta E viver valia a pena Sonhei que esse amor Nunca Morreria Sonhei que Deus perdoaria Que eu era jovem e destimida Quntos foram feitos E usados e despediçados Nao ouve resgade a ser pago Nem canção não cantada Ou vinho não provado Mas os tigres vem a noite Com sua voz suavel Como um trovão Como eles despedaçam Sua esperança Transformando seus sonhos Em vergonha E ainda assim Sonhei que ele veio ate mim E que viveriamos os sonhos juntos Mas a sonhos Que não podemos ser E há tempestades Que não podemos prever Eu tive um sonho Que minha vida seria Tão diferente deste inferno Que estou vivendo Tão diferente daquilo que parecia E agora a vida Matou o sonho Que sonhei



Jurados do show


Ei volte aqui Pra la Muito abrigado susan Piers Sem duvida, essa é a maior supresa Que eu tive... Nestes tres anos de show. Quando vocé subiu e disse Que queria ser igual a Eliane Paige... Todos riram de você. Ninguem estar rindo agora. Foi imprecionante Uma performance fantastica Maravilhos estou chocado E você , Taylor? Eu estou emocionada porque eu sei Que todos estava contra você Eo hornestamente penso que Todos nós famos cinicos Esse foi o maior sinal de alerta de todos nos. Só quero dizer que esse foi um privilegio Ouvir isso.Foi brilhante. Eu soube , no minutoque você apareceu, neste palco , que iriamos presenciar algo extrordinario. Eu estava serto Que tocante Você é uma tigresa não é? Você é ok, hora fa verdade. Piers, `` sim`` ou ``não`` ? O maior sim que eu ja dei em alguem. Amanda? Sim claro foi brilhante Susan Amanda você tambem? Susan Boyle , você pode retornar para seu vilarejo... De cabeça erguida e com treis sim. Final dos jurados Parece que você aproveitou um pouquinho, hem? Só um pouco Que vos inclivel Parabens Meu deus Como estar se sentindo Maravilhosanmente bem Este foi o maio sim que deu em um show. Em tres edições Meu deus Foi o maior choque que ja tivemos. É emociante Innacreditavel emocinante e fantastico. Nunca é tarde para abrirmos mão dosa nossos preconseitos

18 de abril de 2009

História DA Portuguesa

História

A Associação Atlética Portuguesa surgiu em 20 de novembro de 1917, por iniciativa de Lino do Carmo, em assembléia com outros 14 descendentes de portugueses. A idéia de criar uma fundação esportiva já existia há três anos, quando trabalhadores lusitanos da Pedreira do Contorno, no bairro do Jabaquara, admiravam o esporte praticado no Espanha Futebol Clube.
Em 1950, a Briosa, como é popularmente conhecida, realizou a primeira excursão ao exterior. O destino foi Portugal, onde conquistou cinco vitórias e sofreu duas derrotas. Nove anos depois, a Portuguesa Santista realizou outra viagem, desta vez para Angola e Moçambique, países da colônia lusitana. Lá conquistou a Fita Azul do futebol brasileiro, título dado ao país que obteve maior sucesso atuando fora do Brasil. Nas 15 partidas realizadas na África, foram 15 vitórias, com 75 gols marcados.
Em 1964, a Portuguesa Santista conquistou o direito de disputar a Divisão Especial do futebol paulista ao ser campeã da Primeira Divisão. A decisão foi no dia 7 de março do ano seguinte, na vitória de 1 a 0 contra a Ponte Preta, gol marcado por Samarone.
A Briosa permaneceu na elite do futebol paulista até 1978, quando voltou à divisão de acesso. O clube conseguiu retornar à primeira divisão em 1996, quando foi vice-campeão da Série A2, perdendo o título para a Inter de Limeira, sob comando do ex-jogador Serginho Chulapa.



Briosa comemora 90 anos tentando resgatar tradição







Santos, SP, 19 (AFI) - Com o objetivo de manter o projeto de reestruturar os departamentos de futebol profissional e de dase, a Portuguesa Santista comemora 90 anos de fundação nesta terça-feira. Para o atual vice de Esportes do clube, Manoel Ruas, “estas próximas semanas serão importantes para definirmos os patrocinadores. Estamos nos reunindo diariamente para darmos sequência ao nosso planejamento”.

Um clube que se orgulha de ter revelado grandes nomes para o futebol brasileiro. Tudo começou no mês de novembro de 1914, onde os "canteiros" que trabalhavam na Pedreira do Contorno, no bairro do Jabaquara, tiveram o primeiro contato com o futebol.

Três anos depois, em 19 de novembro de 1917, como faziam todos os dias no final da tarde, os "canteiros" das Docas estavam reunidos no salão do barbeiro Alexandre Coelho, situado à Rua Dr. Manoel Carvalhal - hoje Rua Joaquim Távora, 342.

Foi quando Lino do Carmo lançou a idéia da fundação de um clube de futebol, que lembrasse a pátria distante, ao contrário do Lusitano, do Paquetá, que se referia apenas a raça. Foi no dia seguinte, dia 20 de novembro de 1917, que foi realizada uma assembléia para a fundação da Associação Atlética Portuguesa.

No ano de 1920, já na Divisão Principal do futebol santista, começou a luta para incrementar o campo de jogo, na Avenida Pinheiro Machado. O primeiro passo foi obter a permissão para cercar o terreno.

















do Sr. Ulrico Mursa (foto), seu superintendente. Enfim em 5 de dezembro de 1920, com apenas três anos e 15 dias de existência, a AA Portuguesa inaugurava sua bonita praça de esportes, que levaria o nome de Ulrico Mursa.

No primeiro jogo, vitória por goleada: 6 a 0 sobre o Syrio Futebol Clube. E a Portuguesa não parou de crescer. Em 1928, Benjamin Alves dos Santos e Anthero Corrêa viram o seu sonho, que era encarado com pura loucura, se tornar realidade. O clube construía a primeira arquibancada de concreto e coberta da América Latina. No dia 24 de outubro de 1938 a Portuguesa inaugurava também o sistema de iluminação em seu estádio.

Em 1959, a Briosa fez sua segunda excursão ao exterior. Nesta viagem, a Portuguesa Santista conseguiu uma importante conquista: a Fita Azul do Futebol Brasileiro. O título foi dado ao clube do País que obteve maior sucesso em uma excursão no exterior.

De 15 partidas disputadas em Angola e Moçambique, na África, de 16 de abril a 28 de maio de 1959, a Briosa do então técnico Filpo Nuñes venceu 15 partidas (invicta), marcou 75 gols e sofreu dez.

Isso foi conseguido graças ao apoio do Sr. Afonso Serra e, principalmente,
Muitos foram os jogos e conquistas marcantes na história da Portuguesa Santista. Porém, sem dúvida, há uma que ficou registrada de forma mais significativa. Foi o título da Primeira Divisão (Intermediária) de 1964, que levou o clube novamente à Divisão Especial.

A decisão aconteceu no dia 7 de março de 1965, no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, diante da forte Ponte Preta. Naquele jogo, a Briosa superou a equipe de Campinas pelo placar de 1 a 0 com gol de Samarone.

Em 94, conquistou o acesso para a Série A-2. Em 1996, com o vice- campeonato obtido, a Briosa retornou à elite do futebol paulista. Em 2000, foi reinaugurado o sistema de iluminação do Estádio Ulrico Mursa. O jogo que marcou o retorno das partidas noturnas da Portuguesa foi disputado contra o São Paulo.

Naquela partida a Briosa venceu por 3 a 1. Em 2003, a Briosa terminou o Estadual na terceira posição. No ano seguinte, terminou em sexto. Em 2007, voltou a disputar a série A-2. No próximo ano, estréia contra o XV de Jaú, em Santos.
Para o gerente de futebol, Fernando Matos, "o acesso à Divisão de Elite será uma consequência do trabalho que conseguirmos realizar na próxima temporada. Mas, para que este sonho se torne realizadde, nós vamos continuar precisando do apoio efetivo do nosso torcedor".



Hino da Associação Atlética Portuguesa Santista

Exuberante futebol,
O da Portuguesa
Faça chuva ou faça sol.

O teu passado,
A tua história,
Deixam teus atletas
acobertados de glória...

No teu presente
És fabril,
És a fita azul
Em rubro-verde
Do Brasil

Tens a façanha,
Bola no pé.
Massa em delírio,
É grito de olé. (BIS)

No teu plantel
Há galhardia,
Em Úlrico Mursa
Há juventude noite e dia.

E seu lema
É não desista,
Mais briosa
A Portuguesa Santista (BIS).
Hino de Patos


Autor Amaury de Carvalho
Num cantinho da minha Pátria amada
e dentro do meu coração,
está minha terra adorada
de sonhos e de tradição.
O seu nome foi tirado da Lagoa
dos Patos tranqüilos de lá.
No mundo uma terra tão boa
eu creio meu Deus que não há.
Patos, te amo Patos,
Patos eu sempre hei de amar.
Patos, te amo Patos,
Patos eu sempre hei de amar.
A riqueza escondida no seu seio,
não pode ninguém calcular.
De artista a cidade é um esteio,
são lindas as morenas de lá.
Nos seus cantos é bonita a alvorada,
nos rios que correm por lá.
As loiras meninas douradas,
derramam perfumes no andar.
Patos, te amo Patos,
Patos eu sempre hei de amar.
Patos, te amo Patos,
Patos eu sempre hei de amar.
O progresso foi chegando de repente
e os patos fugiram de lá,
deixando a saudade na gente
e a ânsia de vê-los voltar.
Os seus filhos nos lugares mais distantes,
sussurram o seu nome sutil.
São homens de feitos brilhantes,
amando e honrando o Brasil.

Patos, te amo Patos,
Patos eu sempre hei de amar.
Patos, te amo Patos,
Patos eu sempre hei de amar.

GOTA

Gota

Gota é uma doença conhecida desde a Antigüidade. Descrita por Hipócrates dois séculos antes de Cristo, foi chamada de “doença dos reis”, porque a nobreza, os intelectuais e as pessoas ricas da Idade Média e dos séculos XVII e XVIII pareciam mais vulneráveis a essa moléstia.
Não é novidade de que a gota está ligada ao ácido úrico cuja produção aumenta e provoca a formação de cristais que se depositam em várias regiões do corpo. Muita gente acha que certas bolhinhas que, às vezes, aparecem nas mãos e nos pés, são sinal de que os níveis de ácido úrico estão elevados no organismo e que a pessoa tem gota. Isso não é verdade. As dores articulares são o principal sintoma dessa enfermidade cujas crises, em geral, se agravam à noite e acometem mais as extremidades.
Gota é uma doença implacável que não tem cura, mas tem controle e as crises dolorosas podem ser evitadas desde que a pessoa não descuide do tratamento
Gota e ácido úrico

Drauzio – Qual a relação entre gota e ácido úrico?
Cristiano Zerbini – O ácido úrico é ul componente normal do metabolismo. Há um nível normal de ácido úrico circulante que advém da degradação da purina, um tipo de proteína que faz parte, por exemplo, dos nucleotídeos e do ácido nucléico (o DNA é um deles), componentes essenciais do nosso organismo.
Como os outros componentes, depois de utilizadas, as purinas são degradadas e transformadas em ácido úrico. Parte dele permanece no sangue e o restante é eliminado pela urina. O nível máximo que pode ficar no organismo sem ocasionar problemas é 7mg por 100ml de sangue no homem e 6mg por 100ml, na mulher.
Se esse nível subir, ou porque estamos produzindo muito ácido úrico, ou porque estamos eliminando pouco pela urina, ele pode cristalizar-se, ou seja, formar pequenos cristais semelhantes a agulhinhas, que se depositam em vários locais do corpo, de preferência nas articulações. Quando esses cristais aumentam um pouco de tamanho e se acumulam, são vistos como corpos estranhos pelo organismo, que reage na tentativa de dissolvê-los. Ao atacá-los, as células brancas liberam enzimas. É como se fosse um campo de batalha, com tiro sobrando para todo lado. Nesse caso, sobra enzima e a articulação sofre com isso.

Drauzio – Tão logo o ácido úrico sobe e ultrapassa o valor normal, os cristais começam a depositar-se nas articulações?
Cristiano Zerbini – Esse é um ponto importante a ser destacado. Hiperuricemia, ou ácido úrico alto, não é sinônimo de gota. Mesmo com níveis de ácido úrico um pouco elevados, muitas pessoas jamais terão gota. Todavia, quando os exames de sangue, em geral de rotina, revelam índice superior a 9mg por 100ml, o médico levanta a história clínica do paciente considerando a possibilidade da incidência de gota, uma doença de caráter genético e hereditário, mais masculina do que feminina, que se manifesta na proporção de nove homens para uma mulher.
Portanto, uma das primeiras preocupações é saber se há casos da doença na família do paciente. “Alguém teve gota em sua família, ou pedras nos rins e cólica renal? – são perguntas que o médico não pode deixar de fazer.

Drauzio – Gota em mulher é doença rara.
Cristiano Zerbini – Geralmente na mulher, as crises de dor nas juntas provocadas pelo ácido úrico ocorrem quando ela está tomando diuréticos tiazídicos para controlar a pressão alta. Esse grupo de medicamentos dificulta a eliminação do ácido úrico e ele é acumulado no organismo. Esse tipo de gota é chamado gota secundária e é diferente da gota primária que ocorre especialmente no homem por produção aumentada ou excreção diminuída de ácido úrico, resultado de herança genética.

Outros fatores de risco

Drauzio – Existem outros aspectos que precisam ser observados para o diagnóstico de gota?
Cristiano Zerbini - Se além da herança genética, o paciente estiver um pouco mais gordo, é preciso verificar se é portador de diabetes e hipertensão arterial. Outra conduta importante é pesquisar, na história da família, se há casos de pessoas com dor precordial, pois a gota está entre as doenças que compõem a síndrome plurimetabólica.
É muito bom falar nisso, porque parece que estamos atravessando uma epidemia dessa síndrome no momento. Seu nome científico é “síndrome de resistência à insulina”, mas é conhecida também por “síndrome X”, de certa forma um nome meio místico. Ela é mais comum em homens com excesso de peso, abdômen um pouco protuso e circunferência da cintura maior do que 102cm - nas mulheres, essa medida não deve ultrapassar 88cm -, sinais indicativos de possíveis problemas metabólicos.

Drauzio – Por que essa medida da cintura é importante?
Cristiano Zerbini – A gordura abdominal é diferente da gordura amarelada que existe sob a pele. É chamada de gordura marrom porque tem muitos vasos sangüíneos. Essa gordura provoca resistência à insulina, hormônio responsável pelo metabolismo da glicose, isto é, pela entrada do açúcar na célula.
A resistência à insulina está associada a vários problemas, como aumento de trombos e lesão na parede dos vasos sangüíneos. Sabemos também que a gordura abdominal está diretamente ligada à presença de coronariopatia no homem.
Portanto, aumento da gordura abdominal, coronariopatia, hipertensão, diabetes leve do tipo II e níveis mais altos de ácido úrico sem incidência de gota são características da síndrome plurimetabólica. Se o paciente declarar, porém, que pai ou um irmão já tiveram cálculos renais ou crise de gota, seus níveis de ácido úrico precisam ser baixados.

Drauzio - Nesse caso, a pessoa corre o risco de desenvolver gota?
Cristiano Zerbini - Mais ou menos 20% das pessoas com hiperuricemia assintomática, ou seja, ácido úrico elevado sem sintomas, correm o risco de ter gota. Não se justifica, porém, dar remédio para baixar os níveis de quem não tem história familiar da doença ou 8mg por 100ml desse componente no sangue.

Características da dor

Drauzio – De vez em quando, todos nós podemos sentir dor em alguma articulação. Quais são as características dessa dor articular provocada pela gota?
Cristiano Zerbini - Gota é uma das doenças mais bem estudadas e documentadas no mundo. Hipócrates, duzentos anos antes de Cristo, já havia levantado alguns postulados sobre ela. Dizia que os eunucos não tinham gota e que a doença tinha algo a ver com a alimentação. Artistas, intelectuais e políticos do passado descreveram os sintomas da forma como são bem conhecidos hoje.
A principal característica da gota é a inflamação intensa da articulação que provoca dor muito forte, em geral à noite e no dedão do pé. A dor é tão forte que chega a acordar o
paciente. Ele a descreve como se alguém estivesse espetando seu dedão com um garfo pontudo e afiado e que não dá nem para encostar o dedo no lençol da cama.
Essa inflamação que ocorre na lateral do dedão do pé (hallux) chama-se podagra e é o sintoma mais importante da doença.

Drauzio – O que a pessoa deve fazer quando é acordada por essa dor intensa?
Cristiano Zerbini – Deve permanecer em repouso, porque o ácido lático produzido pelo movimento pode piorar a crise de gota, e colocar imediatamente uma bolsa de gelo no local afetado.

Drauzio – Geralmente, ocorre o oposto. As pessoas colocam calor no local.
Cristiano Zerbini – O calor faz piorar a inflamação porque provoca vasodilatação que favorece a chegada de mais substâncias inflamatórias. O gelo, ao contrário, provoca constrição nos vasos, o que dificulta a chegada dos mediadores da inflamação.
Embora não se deva estimular a automedicação, nessa hora, se a pessoa tiver um antiinflamatório em casa pode tomá-lo para aliviar a dor, mas, na manhã seguinte, é bom procurar um médico.

Drauzio - Essa dor forte só ocorre no dedão do pé?
Cristiano Zerbini – Pode ocorrer também no joelho e, nesse caso, se chama gonagra.

Drauzio – Por que as crises de gota aparecem mais à noite e mais nos pés e nos joelhos
Cristiano Zerbini – Porque à noite é maior o período de jejum e o sangue se acidifica mais o que facilita a deposição dos cristais. As crises acometem mais os pés e os joelhos porque os cristais se precipitam com mais facilidade nas áreas mais frias do corpo, como são as extremidades.

Outros sintomas

Drauzio - Existe algum outro sintoma importante da gota?
Cristiano Zerbini – Outra manifestação importante é o aparecimento de tofos, isto é, de caroços brancos ou nódulos formados por cristais de ácido úrico que se depositam nas articulações. Na verdade, esses cristais são constituídos por urato de sódio (ácido úrico + sódio).
Se os depósitos de cristais se acumulam muito, os tofos podem inflamar e doer durante a crise. Às vezes, não doem, mas localizados nos pés dificultam calçar os sapatos e, nos cotovelos, incomodam bastante.

Drauzio – Os sintomas da gota se manifestam sempre no mesmo local ou migram?
Cristiano Zerbini – Geralmente, o indivíduo que tem podagra tem sempre podagra. Se o sintoma apareceu pela primeira vez no pé, a tendência é a crise se repetir no mesmo lugar.
Todavia, pessoas acima dos 65, 70 anos de idade podem apresentar dores poliarticulares características de uma forma pouco usual de gota, que provoca dores em várias articulações e não apenas em uma delas.

Drauzio – Essa crise de dor articular costuma durar quanto tempo?
Cristiano Zerbini – O quadro de gota é auto-limitado. Sem tratamento, a dor pode durar de quatro, cinco dias a duas semanas, mas desaparece por si. No entanto, é sempre melhor tomar alguma providência para o paciente não ficar sentindo dor por tanto tempo.

Cálculo renal

Drauzio – Existe alguma relação entre gota e cálculos renais?
Cristiano Zerbini - Embora não faça parte do espectro do quadro clínico da gota, muitos pacientes com a doença têm cálculo renal formado por ácido úrico.

Drauzio – Isso quer dizer que quem teve cálculo renal deve fazer exame de sangue para verificar os níveis de ácido úrico?
Cristiano Zerbini – Nós pedimos esse exame para todos os pacientes que apresentaram cálculos renais.

Tratamento

Drauzio – Como se conduz o tratamento para a gota?
Cristiano Zerbini – O primeiro passo é tentar caracterizar a doença. Há dois tipos de pacientes com gota: o hiperprodutor e o hipoexcretor de ácido úrico. O primeiro produz tanto ácido úrico que não consegue eliminar o suficiente; o segundo produz normalmente, mas elimina pouco.
Apenas 10% das pessoas com gota são hiperprodutoras; os 90% restantes são hipoexcretoras. Para estabelecer a diferença, o médico pede ao mesmo tempo exame de ácido úrico no sangue a na urina e combina os resultados. Nível de ácido úrico normal no sangue e baixo na urina, é sinal de que a pessoa excreta pouco. Nível alto no sangue e na urina indica que o rim deve estar fazendo o que pode, mas não consegue dar conta do recado porque a produção é grande demais.
A escolha do tratamento baseia-se nesses resultados, já que existem remédios que inibem a produção e outros que aumentam a excreção de ácido úrico. Infelizmente, algumas pessoas precisam dos dois tipos porque produzem muito e excretam pouco ácido úrico.

Drauzio – Esse tratamento precisa ser mantido pela vida toda?
Cristiano Zerbini – Nunca digo ao paciente que o tratamento tem de ser feito pela vida inteira, porque muitos tratamentos são intermitentes na medicina. Quando atendo um hiperprodutor com níveis elevados de ácido úrico, prescrevo remédio para baixar a produção e vou acompanhando a resposta com exames laboratoriais. Quando o nível se normalizou e o paciente está bem, as doses do remédio são diminuídas. Eventualmente, seu uso pode ser suspenso, desde que a cada dois ou três meses repitam-se os exames para verificar a evolução do quadro.
O tratamento não se restringe aos medicamentos. É fundamental mudar alguns hábitos de vida. O paciente deve emagrecer, cuidar da pressão arterial se for hipertenso e adotar alimentação saudável e equilibrada. Digamos que esse tratamento mais global, sim, deve ser mantido pela vida toda.

Importância da dieta

Drauzio – No passado, dava-se importância extrema à dieta no controle do ácido úrico. Pessoas com ácido úrico elevado eram proibidas de comer proteínas. Esse conceito está fora de moda. Qual é o papel da dieta nas pessoas com ácido úrico elevado atualmente?
Cristiano Zerbini – A dieta antiga era um verdadeiro castigo. A pessoa não podia comer carne de vitela, nem peixe, nem frutos do mar e devia evitar o consumo de grãos. Hoje, trabalhos provaram que, se conseguíssemos retirar toda a purina da dieta, o que é praticamente impossível, o ácido úrico iria baixar 2mg, no máximo 3mg.

Drauzio – Isso quer dizer que numa pessoa com gota ele cairia de 11mg para 9mg e que, apesar da dieta rigorosa, ela continuaria com a doença do mesmo jeito.
Cristiano Zerbini –Isso se a pessoa eliminasse totalmente a purina da dieta, mas ninguém consegue fazê-lo, e tanto sacrifício para baixar 1mg ou 2mg não vale a pena. O que se pergunta a esses pacientes – vou usar o masculino porque a doença acomete mais os homens – é se notaram que algum alimento dispara as crises. Se foi churrasco ou feijoada, pode continuar comendo, mas em menores porções. Está provado que a cerveja está mais ligada às crises do que o vinho e deve ser consumida com moderação.

Drauzio – Qual é a explicação para isso?
Cristiano Zerbini – Só sabemos que o álcool torna o sangue um pouquinho mais ácido e isso facilita a deposição de cristais nas juntas.

Drauzio – Existe alguma dieta que mereça ser recomendada para os pacientes com gota?
Cristiano Zerbini – Dietas pouco calóricas, com baixa ingestão de carboidratos, que privilegiem os ácidos graxos insaturados, são as mais recomendadas. Como o leite e derivados melhoram a eliminação do ácido úrico, devem ser incluídos na dieta que, acima de tudo, precisa ser saudável e favorecer o controle da obesidade e da hipertensão.

Adesão ao tratamento

Drauzio – Como as pessoas com gota reagem quando você recomenda que tomem remédio, emagreçam e adotem uma dieta saudável?
Cristiano Zerbini – A aderência ao tratamento é proporcional aos sintomas dolorosos, ao sofrimento. Ninguém quer ter uma crise de gota, nem sentir a dor e o mal-estar que a doença provoca. Por isso, adere ao tratamento e melhora. A tendência, então, é achar que nunca mais vai ter outra crise e daí relaxa nos cuidados, come e bebe mais, engorda, não controla a pressão arterial e os sintomas voltam intensos, porque gota é uma doença que não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada.

HARDMAN CAVALCANTE PINTO

HARDMAN CAVALCANTE PINTO
O EMPREENDEDOR DO SETÃO PARAIBANO
. * 15 de junho de 1924 ( Taperoá – PB )
+ 06 de setembro de 2003 ( João Pessoa – PB )


HARDMAN CAVALCANTE PINTO nasceu em Taperoá – PB, em 15 de junho de 1924, filho de Cezário Pinto e Henriqueta Cavalcanti de Queiroz, pequenos agricultores,de vida simples, onde a pobreza e a seca impunham-lhes grandes dificuldades, obrigando ainda criança a se transferir com a família, no lombo de animais, até á cidade de Cacimba de Areia.
Aos 17 anos de idade se mudou para Patos, para tentar a sorte como ajudante de pedreiro, na época da construção da Igreja que se tornaria a Catedral de Nossa Senhora da Guia, ocasião em que um dia doar uma imagem da Santa de sua devoção cuja dimensão fosse do tamanho de sua própria altura, fato que foi motivo de grande zombaria entre os colegas pedreiros, em face das mínimas condições de sobrevivência, á época.
No entanto, o tempo iria dar razão, quando realizou mais tarde o seu desejo doando a imagem esculpida em juazeiro do Norte – CE e que ainda hoje ornamenta a bela Igreja de Patos.

Notabilizou-se, nessa fase de pedreiro, pela grande disposição nos serviços, enorme senso de organização e capricho em tudo que fazia, chamando a atenção do pároco que se tornaria mais tarde Bispo de Goiâna-GO, o seu amigo a admirador Dom Fernando Gomes. Daí foi indicado a trabalhar na construção do antigo Cine Eldorado.
Nas horas de folga, trabalhava como garçom, no restaurante do Campo de Aviação, onde se praticavam apostas em jogos de baralho, amealhando gorjetas, gratificações e simpatias de clientes que se admiravam da cortesia e educação daquele homem sem letras, mas com um fino trato que lhe era peculiar. Foi ali que ele adquiriu um pequeno estojo de jóias e relógios, passando a negociar, de porta em porta, desabrochando um talento que seria sua marca registrada o comerciante nato.

Com a ajuda de alguns amigos, entre eles Sr.João da Perfumaria Glória, pôde se apresentar á sociedade oferecendo jóias e relógios comprados em Recife – PE, e fazendo clientela de Patos a Píancó.
Após o comércio de jóias (décadas de 1940 – 1950); tornou-se com destaque, representante da revendedora de automóveis Williams Overland do Brasil, em Patos e Campina Grande, (década de 1960) e, posteriormente, proprietário de importante empresa de ônibus neste Estado - EMPRESA PATOENCE LTDA. Com linhas conquistadas de João Pessoa a Cajazeiras, incluindo todas as principais cidades do alto-sertão paraibano; proprietário de quase uma dezena de postos de gasolina e de dezenas de transportes de combustíveis auxiliou ao proguesso e crescimento do Sertão da Paraíba, em especial da Grande Patos, nesse segmento.
HARDIMAN CAVALCANTE PINTO faleceu em João Pessoa – PB, em 06 de setembro de 2003, com insuficiência renal, deixando viúva MARIA AUXILIADORA NÓBREGA CAVALCANTI (DONA Cizinha) e sete filhos legítimos (Pedro Cezário, José Ricardo, Maria Madalena, Maria das Graças, Marta Niedja, Ana Bethânia e Hardman Junior (in memoriam)

Chuva forte alaga Patos

Chuva forte alaga Patos


Terça-feira, 14 de Abril de 2009
Chuva forte alaga Patos e deixa famílias desabrigadas

Uma forte chuva que durou cerca de seis horas atingiu a cidade de Patos PB, no interior do Estado, e deixou vários bairros alagados na noite desta segunda-feira (13). As primeiras informações são de que casas foram destruídas e famílias já estão desabrigadas.

O açude Jatobá, um dos cartões postais da cidade, transbordou devido à intensidade da chuva. A Polícia Militar, o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem e o Corpo de Bombeiros se mobilizam para bloquear o trânsito na ponte do açude e conter uma fissura que foi aberta com a força da correnteza das águas.

O temporal começou no final da tarde, por volta das 17h e só parou quase meia-noite. Em alguns locais, era impossível a passagem de carros e pessoas. Os bairros mais atingidos foram: Morro, Vila Cavalcanti, Novo Horizonte e Noé Trajano. Muros caíram e casas próximas aos córregos foram invadidas pelas águas.

Durante a noite, famílias deixaram suas residências para trás e protegendo as crianças. Foi o caso do servente de pedreiro Francisco de Assis, que viu a casa desabar e precisou de abrigo na sede da associação do bairro. "Eu perdi tudo. Só não perdi meus filhos e graças a Deus estou aqui contando a história".

A barragem dona Euvina, às margens da BR-230 transbordou e cobriu a pista. O motorista de um carro que passava na hora da chuva perdeu o controle do veículo e caiu em uma barragem. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, três estudantes estavam no carro mas ninguém ficou ferido.

De acordo com o Governo do Estado, somente nesta segunda-feira choveu aproximadamente 250 milímetros.

O Corpo de Bombeiros e Defesa Civil foram acionados, mas ainda não há números de quantas pessoas perderam casas ou ficaram desabrigadas. A Defesa Civil informou que as escolas municipais servirão de abrigo para as pessoas desalojadas por conta da chuva. O temporal também causou falta de energia.

Fonte:
Paraiba 1
Postado por Geonildo Italiano às 08:52
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• Técnicos da Defesa Civil nacional avaliaram os estragos causados pelas fortes chuvas que atingiram Patos PB.

PORTUGUESA SANTISTA

Portuguesa Santista completa 90 anos nesta terça-feira
Surgida no dia 20 de novembro de 1914, a Briosa celebra mais um aniversário rememorando suas glórias do passado e se preparando para o Paulistão de 2008


Com o objetivo de manter o projeto de reestruturar os Departamentos de Futebol Profissional e de Base, a Associação Atlética Portuguesa comemora 90 anos de fundação nesta terça-feira. Para o atual vice de Esportes do clube, Manoel Ruas, "estas próximas semanas serão importantes para definirmos os patrocinadores. Estamos nos reunindo diariamente para darmos sequência ao nosso planejamento".

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Três anos depois, em 19 de novembro de 1917, como faziam todos os dias no final da tarde, os "canteiros" das Docas estavam reunidos no salão do barbeiro Alexandre Coelho, situado à Rua Dr. Manoel Carvalhal - hoje Rua Joaquim Távora, 342. Foi quando Lino do Carmo lançou a idéia da fundação de um clube de futebol, que lembrasse a pátria distante, ao contrário do Lusitano, do Paquetá, que se referia apenas a raça. Foi no dia seguinte, dia 20 de novembro de 1917, que foi realizada uma assembléia para a fundação da Associação Atlética Portuguesa.

No ano de 1920, já na Divisão Principal do futebol santista, começou a luta para incrementar o campo de jogo, na Avenida Pinheiro Machado. O primeiro passo foi obter a permissão para cercar o terreno. Isso foi conseguido graças ao apoio do Sr. Afonso Serra e, principalmente, do Sr. Ulrico Mursa, seu superintendente. Enfim em 5 de dezembro de 1920, com apenas três anos e 15 dias de existência, a AA Portuguesa inaugurava sua bonita praça de esportes, que levaria o nome de Ulrico Mursa.

No primeiro jogo, vitória por goleada: 6 a 0 sobre o Syrio Futebol Clube. E a Portuguesa não parou de crescer. Em 1928, Benjamin Alves dos Santos e Anthero Corrêa viram o seu sonho, que era encarado com pura loucura, se tornar realidade. O clube construía a primeira arquibancada de concreto e coberta da América Latina. No dia 24 de outubro de 1938 a Portuguesa inaugurava também o sistema de iluminação em seu estádio.

Em 1959, a Briosa fez sua segunda excursão ao exterior. Nesta viagem, a Portuguesa Santista conseguiu uma importante conquista: a Fita Azul do Futebol Brasileiro. O título foi dado ao clube do País que obteve maior sucesso em uma excursão no exterior. De 15 partidas disputadas em Angola e Moçambique, na África, de 16 de abril a 28 de maio de 1959, a Briosa do então técnico Filpo Nuñes venceu 15 partidas (invicta), marcou 75 gols e sofreu dez.

Muitos foram os jogos e conquistas marcantes na história da Portuguesa Santista. Porém, sem dúvida, há uma que ficou registrada de forma mais significativa. Foi o título da Primeira Divisão (Intermediária) de 1964, que levou o clube novamente à Divisão Especial. A decisão aconteceu no dia 7 de março de 1965, no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, diante da forte Ponte Preta. Naquele jogo, a Briosa superou a Macaca pelo placar de 1 a 0, com gol de Samarone.

Em 1994, conquistou o acesso para a Série A-2. Em 1996, com o vice-campeonato obtido, a Briosa retornou à elite do futebol paulista. Em 2000, foi reinaugurado o sistema de iluminação do Estádio Ulrico Mursa. O jogo que marcou o retorno das partidas noturnas da Portuguesa foi disputado contra o São Paulo. Naquela partida a Briosa venceu por 3 a 1. Em 2003, a Briosa terminou o Estadual na terceira posição. No ano seguinte, terminou em sexto. Em 2007, voltou a disputar a Série A-2. No próximo ano, estréia contra o XV de Jaú, em Santos.

Para o gerente de futebol, Fernando Matos (foto), "o acesso à Divisão de Elite será uma consequência do trabalho que conseguirmos realizar na próxima temporada. Mas, para que este sonho se torne realizadde, nós vamos continuar precisando do apoio efetivo do nosso

GRUPOS MUSICAL


GRUPOS MUSICAL


O surgimento dos primeiros conjuntos musicais da cidade de Patos deriva-se da Filarmônica 26 de Julho e recai sobre a iniciativa do saudoso Hermes Brandão que, em 1947 fundou a orquestra “Cruzeiro do Sul”, inspirado no maestro Severino Araújo, seu amigo do tempo em que serviu ao Exército, proprietário do Grupo Tabajara, um dos mais famosos da época em todo o Brasil com o qual chegou a tocar. O idealizador patoense, que nasceu no sítio Mocambo, herdou do pai que tocava clarinete o interesse pela música. No início de sua carreira tocou trompa e com o passar dos tempos passou a dominar soprano, tenor, clarinete, pistão e saxofone. Além de grande músico não chegara a integrar o fenômeno nacional por decisão própria, uma vez que chegou a ser convidado para acompanhar o Grupo Tabajara no Rio de Janeiro. Naquela época Patos contava apenas com o coral da professora Rosalina Coelho Lisboa, destinado à divulgação de músicas sacras. Na década de 50 a Orquestra Cruzeiro do Sul reinou absoluta em terras sertanejas e, somente por volta de 1959 é que surgiu o Conjunto do saudoso Vavá Brandão, irmão de Hermes e um dos integrantes do seu grupo. Entre os vocalistas estavam Amaury de Carvalho e Antônio de Pádua e na parte instrumental os destaques ficavam para Antônio Moreno, Antônio Emiliano, Chico Cabaré, Pedrinho e Aguinaldo Sátyro. Naquela época o grande espaço de divulgação da nova Banda era o Programa de Ramalho Silva, intitulado Festival da Cidade, apresentado no Cine Eldorado e transmitido pela Rádio Espinharas de Patos.

Influenciadas pelo Movimento de Jovem Guarda, que nasceu no Brasil na década de 60, algumas opções musicais foram surgindo na Capital do Sertão, entre as quais o grupo “Os Sátyros”, formado pelos irmãos: Agnaldo, Antônio, Betinha e Luzia, com poucos anos de duração. Uma dupla que também passou a animar os eventos sertanejos era denominada “Os Brasas” e contava na sua composição com Salvan Wanderley e Zacarias de Evaristo. Comandado por Lula Fragoso nasceu o “The Six Boys”, com duração de quatro anos, época em que se tornou a atração oficial do Hotel JK e tendo em sua formação inicial, além do fundador, Gil, Everaldo, Cabral, Marcone e, mais tarde, Nilson Batista. Depois foi a vez de Juca Viana criar “Os Selvagens”, dotado de uma estrutura considerável e que se depararia com um grande concorrente a partir do ano de 1967, momento em que era criado o conjunto “Os Jovens”, cuja primeira apresentação aconteceu no dia 12 de julho e que além dos irmãos idealizadores, Antônio de Pádua e Aguinaldo Sátyro, os quais atuavam respectivamente como contra-baixo e “crooner”, detinha em sua composição: Antônio Vieira (baterista), Salvan Wanderley (base) e Rodrigues (solo). Seria o único Grupo musical a permanecer na atividade a partir do ano seguinte.

Os Jovens constituiu uma das maiores representações musicais de Patos em outras localidades, a exemplo de João Pessoa, Recife e inúmeras outras cidades do Nordeste. Para concorrer com sua grande estrutura surgiria o conjunto VAZ-7, fruto da união dos músicos: Virgílio Trindade, Antônio Emiliano e Zito, com sete componentes ao todo. Mais tarde, com a saída de dois fundadores, a denominação passou a ser simplesmente Z-7, ou seja, o Z relacionado a Zito e o número em referência a quantidade de integrantes. A vida do grupo perduraria até 1975 enquanto “Os Jovens” seguiria por mais dez anos, até chegar a encerrar as atividades, por conta do destino da maioria dos seus componentes que se transferiu para outros centros, afim de continuar os estudos.



Muitos foram os músicos que marcaram época. Especificamente, da década de 60 e até os dias atuais o número tem crescido consideravelmente, o que se tornaria impossível fazer referência a cada um deles. Por esse motivo elegemos um dos principais, para através de uma narração de sua trajetória homenagear todos os que enveredaram por esse setor para, em conseqüência, elevar o nome da cidade de Patos. Assim sendo, nada mais justo do que uma referência ao grande Antônio Emiliano que nasceu em Patos, no dia 06 de janeiro de 1928 e faleceu em 05 de novembro de 1977.

Partindo de uma afirmação do jornalista, professor, músico, economista e historiador, Virgílio Trindade, que definia Antônio Emiliano de Figueiredo como sendo um homem de poucas letras e muito conhecimento; de pouco dinheiro e muitos amigos, de pouca vaidade e muito talento, tentaremos chegar a constituição de uma pessoa completa em termos de cultura: gênio no violão, na piada e na improvisação. “Como violonista reinou em Patos, Campina Grande, Recife, Natal e várias outras cidades nordestinas. Tinha conhecimento completo do instrumento e era, igualmente, bom em solo e acompanhamento. Arrancava elogios de todos e fez fama por onde passou. Certa vez, com Vavá e seu Conjunto, acompanhou Orlando Silva numa temporada por várias cidades e foi, abertamente, de maneira rasgada, elogiado pelo “Cantor das Multidões”. Com seu violão teve momentos importantes no rádio, participou, comigo, na Rádio Espinharas, do Programa Um Astro ao Vivo, respondendo pela parte musical e fez, sozinho um belo programa de solo de violão que era o lenitivo dos boêmios das noites patoenses. Trabalhou, também, na Rádio Borborema de Campina Grande, nas Rádios Clube e Tamandaré do Recife e na Poty de Natal. Como compositor fez sucesso com dezenas de músicas. Algumas foram gravadas em disco e, a maioria, na memória dos amigos. Nos festivais era a figura central: foi campeão com “Preto Velho José” e deixou sua marca eterna com “Patos dos Meus Tempos”, imortalizados em discos, pelas vozes de Saraiva e Cândida Maria, respectivamente. Convém destacar que a grande maioria de suas composições, principalmente as de solo de violão, ficaram perdidas no ar, por falta de quem as repetissem no instrumento. As conservadas na nossa memória são, justamente, as de letra e música, em virtude da facilidade de serem decoradas. Como piadista, era espirituoso e suas histórias engraçadas ainda correm, de boca em boca, alimentando a alegria e a saudade dos seus amigos. Aliás, é bom que se diga, as suas “tiradas” eram improvisações talentosas, nascidas do ressentimento do dia-a-dia. Ele não as fazia para ser engraçado ou para zombar dos outros. Tanto que, quase todas, retratavam as suas próprias desventuras. Era o meio que ele usava para desabafar. Exemplo: certa vez ele estava acertando com o pai de um seu aluno o preço de suas aulas de violão. Depois de tudo ajustado o cara, um ricaço, em tom humilhante, provocou este diálogo:
-Vou pagar, mas quero esse menino tocando La Comparcita em trinta dias!
Emiliano percebendo o sentido da colocação não fez por menos e respondeu a altura:
-Colega, tome seu dinheiro! Faz trinta anos que eu toco e ainda não sei tocar La Comparcita!...
Além de um artista genial, Emiliano era um homem correto e um amigo leal. Tanto que nunca soube alinhar a própria vida, mas sempre soube encaminhar para o bem, a vida dos outros. Respeitador e educado, certa vez evitou, com talento e delicadeza, um romance perigoso com a filha de um amigo nosso, que se apaixonou por ele. O pai nunca soube de nada e a moça acabou entendendo e agradecendo a sua atitude. Muitas outras ações, do mesmo valor, ele praticou, ao longo da vida. Afinal, como dizem os mais velhos, “só era ruim para si mesmo!”, relato de Vírgilio para Patos Empresarial de 1990, intitulado de “Os Dedos de Ouro”.

Mesmo com bagagem suficiente para galgar grandes espaços e conquistar a independência financeira, Emiliano sempre foi humilde, a partir de sua profissão de fotógrafo dos tradicionais monóculos e ampliações, mais tarde professor de violão que ensinou muitos dos nossos instrumentistas, a exemplo de Washington Lustosa e Pedro Cesário. Casado com a senhora Nilza, deixou os filhos: Toinho, Dinarte e Luciana.

A composição que imortalizou Antônio Emiliano, terceira colocada do primeiro festival realizado em Patos no ano de 1971, por pouco não acabou se transformando no hino oficial da cidade. A interpretação perfeita de Cândida ficaria para sempre na lembrança da Rainha Sertaneja. Vale relembrar a letra de outras composições destacáveis do referido autor:
Preto Velho José

Preto Velho José/ vive triste, solitário/ seu consolo neste mundo/ é contar o seu rosário/ pra vê se noutra vida/ ganha salvação/ porque neste mundo/ só ganhou ingratidão/ Trabalhou pra sinhô branco/ dia e noite sem cessar/ hoje velho, cansado/ sem forças pra trabalhar/ sinhô branco, indiferente/ não lhe dá nem atenção/ preto velho desse mundo/ só leva desilusão/ mas não cansa de pedir/ a Deus em oração/ que perdoe a sinhô branco/ e lhe dê a salvação.
Mensagem da Conceição
Bate o sino além/ chamando alguém à oração/ Esse alguém é o meu bem/que não tem coração/ Talvez que a mensagem/ da capela da Conceição/ por ser muito bela/ faça com que ela mude de opinião.
Sentimento de Amargura
Fiquei sabendo que a saudade/ é sentimento de amargura/ mas sei que a felicidade/ é uma onda de ternura/ O meu amor brigou comigo/ fiquei sofrendo é verdade/ mas logo após me deu abrigo/ e agora é só felicidade/ Não sei como é que pode/ tanta gente por ai sem ter amor/ se sem amor/ a vida é dissabor.
Oração de Boêmio
Falas-me de sono/ se tenho a eternidade pra dormir/ assim falou Omar Cayam/ quando um amigo convidou-o a sair/ de uma boa brincadeira/ de uma boa bebedeira/ da qual não quis desistir/ É prova que boêmio/ não obedece a horário/ ele não vai à igreja/ boêmio não usa rosário/ Onde houver cabrocha/ o luar e um violão/ ai está o boêmio/ fazendo samba a sua oração.

Brasil em disparada
Avante Brasil gigante/ há tua hora chegou/ do teu sono tão profundo/ veio alguém e despertou/ Vamos correndo, correndo/ caboclo forte e viril/ vamos lutar com a flor/ e abandonar o fuzil/ com amor ao trabalho/ vamos pra frente Brasil/ Os teus filhos acreditam/ em ti por que estais desperto/ há muito canto esse amor/ porém pregado em deserto/ há muito canto esse amor/ porém pregado em deserto/ mas Deus nos mandou um homem/ que te deu caminho certo/ Teremos transamazônica/ asfalto em todo o país/ e do analfabetismo/ vamos cortar a raiz/ participação nos lucros/ pra ver nosso povo feliz.
Revolta
É tarde, é muito tarde/ é tarde pra você voltar pra mim/ eu recusá-la é ingratidão/ mas aceitá-la é covardia/ não quero mais a sua companhia/ Quando muito eu lhe queria/ de mim você não gostava/ francamente você ria/ decerto quando eu chorava/ agora você está de volta/ por capricho de mulher/ é grande a minha revolta/ agora sou eu quem não lhe quer.

Vaidosa
Você que é vaidosa/ e tem a impressão/ que é dona do mundo/ prepare sua alma/ pra sofrer muita mágoa/ e um desgosto profundo/ Quando olhar no espelho/ e vê seu rostinho transfigurado/ vai chorar no futuro/ lamentando o presente/ recordando o passado/ Você agora/ é linda flor em botão/ futuramente será/ uma flor murcha caída no chão/ então verá claramente/ pra você tudo acabado/ vai chorar no futuro/ lamentando o presente/ recordando o passado.
Ave sem ninho
Quantos dissabores por você eu já sofri/ todo direito de amar perdi/ Não tenho lar, um carinho/ onde possa por fim repousar/ sou uma ave sem ninho/ que pousa em qualquer lugar/ Francamente oh! Querida/ já não pude suportar/ ocultei a minha mágoa/ por fim tive que confessar/ peço que não censure o meu modo de dizer/ que sofrer assim dessa maneira/ é vegetar não é viver.

Voltando à retrospectiva da música patoense, vale registrar que poucos são os arquivos de outros grupos que, por curtas épocas, compuseram o cenário musical de Patos. Vale, porém, relembrar o Flor do Prado, Ataulfo Alves, Black Samba, Raios e a Banda Flor da Pele que levou o nome das Espinharas a lugares cada vez mais distantes e importantes do cenário brasileiro, dentro do seu gênero chegando a se destacar como o melhor grupo musical da Paraíba e se enquadrando entre os 10 principais do Brasil. Idealizado pelo empresário Jairo Dias, o grupo musical surgiu em 1990, através de uma parceria com amigos músicos e compositores, entre os quais: Lela, Iran, Lodinho e Assis da Embratel, com a denominação de “Baile”. O primeiro CD foi lançado em 1996 e obteve a melhor aceitação do público, motivo pelo qual outros vieram sucedê-lo, sempre repetindo o sucesso, chegando a receber o reconhecimento de todo o Nordeste, Capital Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Tocantins, entre outros, onde realizou shows permanentes. Por outro lado, a Banda Flor da Pele fez várias apresentações em rede nacional, através de programas do SBT, Record e TV Diário do Ceará. Vale salientar que o referido grupo musical já chegou a ser responsável pelo emprego indireto de cerca de 150 pessoas, ao ponto em que demonstrava uma certa insatisfação com relação aos promotores de eventos da Paraíba, que chegam a desconhecer a grande importância da prata da casa, o que não ocorre em outros centros brasileiros. Reclamou, também e com toda razão, o pouco espaço obtido nos meios de comunicação do Estado, a exemplo de rádios, jornais e revistas, que nem sempre abrem espaços para a divulgação dos nossos valores. Levando a efeito uma técnica extremamente profissional, a Banda Flor da Pele sempre foi responsável por um dos shows mais produzidos de todo o Brasil e os recursos gerados sempre foram aplicados na cidade de Patos, através dos empreendimentos do seu proprietário, sem falar na geração de emprego e renda.

ERNANI SATIRO






Ernani Ayres Sátyro e Sousa, nasceu em Patos, no dia 11 de setembro de 1911, filho de Miguel Sátyro e Sousa e Capitulina Ayres Sátyro e Sousa. Fez o curso primário na Capital do Sertão e entre os seus primeiros mestres figuraram: Maria Nunes, Alfredo Lustosa Cabral e Rafael Correia de Oliveira. Posteriormente estudou no Colégio Diocesano Pio X e Liceu Paraibano, em João Pessoa, onde fez o curso secundário. Em 1930, matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife, por onde se bacharelou, em 7 de dezembro de 1933.

Concluído o curso de direito, voltou a Patos, onde passou a exercer a advocacia, ingressando na política, para suceder o seu pai, um dos grandes chefes da região. Seu primeiro mandato eletivo foi o de deputado à Assembléia Constituinte Estadual, de 1935, na qual teve atuação marcante.

O Jovem Ernani Sátyro herdou do pai a característica de homem pacato e jamais o decepcionou quando o assunto era coragem. Nesse contexto não se curvou às investidas de seus adversários que em determinados momentos partiam para o desespero, com atitudes reprováveis e criminosas. Um dos casos que mais chamou à atenção ocorreu em 27 de setembro de 1936, quando foi vítima de atentado, à bala, momento em que conversava com amigos na Praça João Pessoa. O parlamentar escapou ileso, tendo o fato ampla repercussão no Estado. O autor material foi o soldado conhecido pela alcunha de “Caxeado”, protegido de um dos seus desafetos políticos.

Na vida administrativa do Estado, exerceu ainda os cargos de Chefe de Polícia e Prefeito da Capital. Com a implantação do Estado Novo, retirou-se da política, dedicando-se inteiramente a advocacia, notadamente nas Comarcas de Campina Grande e Patos.

Quando da redemocratização do País, em 1945, candidatou-se a deputado federal, elegendo-se para a Assembléia Nacional Constituinte de 1946, pela União Democrática Nacional-UDN, juntamente com Argemiro de Figueiredo, João Agripino, Osmar de Aquino, Fernando Nóbrega e outros. Reelegeu-se, sucessivamente, para a Câmara dos Deputados de 1950 a 1966, voltando a integrá-la de 1978 a 1982.

Em 1969 foi nomeado Ministro do Superior Tribunal Militar (MST), cargo que deixou para candidatar-se a governador do seu Estado, tendo sido eleito em 03 de outubro de 1970. Sua posse na condição de Chefe do Executivo Paraibano aconteceu em 15 de março de 1971 e entre as suas obras significativas estão: Centro Administrativo, Estádios: Almeidão e Amigão, Ceasas de João Pessoa e Campina Grande, Prédio da Assembléia Legislativa, Quartel do Corpo de Bombeiros da Capital, Adutora de Campina Grande, Rodovia Redenção do Vale; Barragem da Farinha, Fórum Miguel Sátyro, Grupo Escolar Rio Branco e Colégio Capitão Manoel Gomes em Patos.

Casado com Antonieta Sátyro, com quem festejou as Bodas de Ouro em 1985, o nome em destaque deixou os filhos: Bertholdo-Juiz do Trabalho em Brasília e as advogadas Sileide e Cleide.

Ernani Sátyro não foi apenas advogado e político. Seu talento intelectual, notadamente como romancista, poeta, ensaísta, cronista e orador de grandes recursos, o destacou. Seus principais livros são: O Quadro Negro, Mariana, Dia de São José, O Canto do Retardatário e Sempre aos Domingos.

Muitas foram as condecorações recebidas por ele que também integrou as Academias: Paraibana, Brasiliense e Campinense de Letras, o Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba e a Ordem dos Advogados do Brasil - Secção PB.

O Falecimento de Ernani Sátyro ocorreu em Brasília, onde foi sepultado, em 08 de maio de 1986. Seu corpo foi velado no Salão Nobre da Câmara dos Deputados. Seus restos mortais, por vontade sua, foram transladados para o Mausoléu da Fundação que traz o seu nome na cidade de Patos, em 08 de maio de 1993, em solenidade que contou com a presença do então Governador, Ronaldo da Cunha Lima, Senador Humberto Lucena, deputados, entre outras autoridades.

FUNDAÇÃO ERNANI SÁTYRO

Um dos grandes patrimônios culturais de Patos completou 14 anos de existência, com uma vasta folha de serviços prestados, não apenas à “Morada do Sol”, mas a toda a região sertaneja. A Fundação Ernani Sátyro, cujo objetivo é dinamizar a cultura do município de Patos e adjacentes, além de preservar a memória do seu patrono, tem como endereço o prédio de número 93, na rua Miguel Sátyro, antiga casa de habitação do seu patrono, a qual passou por um processo de restauração, com a preservação de suas características. Sua criação oficial data de 21 de julho de 1988, através do Decreto 5.048, assinado pelo então Governador Tarcísio Burity, sendo que a inauguração se deu em 5 de março de 1991. A sua presidência foi exercida pela competente professora, Emília Longo da Silva Fernandes, até o dia 20 de julho de 2004, quando veio a falecer, três dias antes da morte do seu esposo, Amaury Sátyro Fernandes. A referida docente foi substituída no cargo pelo historiador José Romildo Sousa.

A Fundação Ernani Satyro possui em seu acervo: uma biblioteca, arquivo particular e pertences do seu patrono, além das medalhas e condecorações a ele atribuídas. Todo esse material encontra-se em exposição permanente, na sede da entidade, constituindo uma grande importância para o estudo da vida política da Paraíba e do Brasil, haja vista que o saudoso patoense teve grande atuação no cenário político nacional, membro da famosa “Banda de Música” da UDN, presidente nacional e líder desse partido no Congresso; líder do Governo Costa e Silva na Câmara dos Deputados, relator dos projetos de anistia, das eleições diretas e do Código Civil, aprovado pelos legisladores com assento em Brasília.

Acham-se catalogados mais de 40 mil ítens, entre cartas, telegramas, manuscritos, originais datilografados, recortes de jornais, fotografias, livros, folhetos, panfletos, medalhas, objetos pessoais, dentre outros.

Na busca de atingir seus objetivos e finalidades, a Fundação, vem desenvolvendo atividades culturais consistentes sobre diferentes aspectos da vida literária, política, social, etc.

FREI DAMIÃO


FREI DAMIÃO



O maior Missionário do Nordeste sempre teve uma grande aproximação com o município de Patos, para onde convergia periodicamente e conseguia arregimentar verdadeiras multidões de fiéis. Nos seus últimos 32 anos de vida, Frei Damião teve a companhia assistencial de uma filha da terra, muito ligada aos trabalhos religiosos e que, só não chegou a ir para o convento por falta de condições financeiras para a compra do enxoval, época em que as dificuldades se avolumavam e seus pais, Gercino e Severina, eram pessoas desprovidas de recursos. Anita Meira estava concluindo o curso de enfermagem, momento em que foi convidada a peregrinar no roteiro do Frade Capuchinho para tratá-lo de problemas de saúde. A princípio estava prevista uma permanência de apenas seis meses, para a aplicação da vacina antibiogênica, paralelo ao acompanhamento de outros medicamentos, procedimento que a transformou em figura indispensável na trajetória do missionário.

Anita Meira, que mais tarde voltaria a residir na cidade de Patos, falou com orgulho das experiências vividas ao lado de Frei Damião e Frei Fernando, no Nordeste, em outras regiões do País e na Europa. Lembrava sempre de sua bondade, simplicidade, humildade, resistência e enorme fé em Deus. Recordava os momentos em que a doença tentava abatê-lo nos hospitais, inclusive na Capital Paulista, onde tudo parecia terminar e a conseqüente surpresa da recuperação que deixava médicos famosos, atônitos, surgia como num toque de mágica. Para se ter uma idéia do quanto passou a ser importante para o religioso basta lembrar que por diversas vezes ele escolheu a Capital do Sertão da Paraíba, para descansar ou recuperar-se de enfermidades, ficando hospedado na residência de Anita. Aqui também fez questão de comemorar os seus 50 anos de sacerdócio, em uma festa promovida pelos amigos.

Uma entrevista concedida por Frei Damião, a Revista Opinião, editada em Patos no início da década de 70 e assinada por Miriam Tourinho Diniz, justifica perfeitamente a admiração nordestina pelo saudoso missionário, desprovido de qualquer ambição, humilde por excelência e disposto a ajudar aos mais necessitados como grande missão de vida. Dentro da história de Patos vale registrar esse grande acontecimento, para que sirva de instrumento aos que não tiveram a satisfação de conhecê-lo e passarão a admirar o seu exemplo. A íntegra da entrevista:

Opinião - Se não fosse sacerdote, o que seria?
Frei Damião - Não sei não, porque desde pequenino entrei para o colégio, depois noviciado e, na idade de 11 anos, entrei para o apostolado. Nunca pensei em ser outra coisa.

Opinião - Quando não está trabalhando qual o seu passatempo?
FD - Não tenho não. Trabalho o ano inteiro, de janeiro a dezembro, nas missões. Não tenho tempo para divertimento.

Opinião - Qual o seu prato preferido?
FD - Nunca escolhi. Desde pequeno, me acostumei a comer o que me davam.

Opinião - Como foi a sua infância e como resolveu ser sacerdote?
FD - Desde pequeno freqüentava a igreja, era coroinha. Nasci assim com o desejo de servir a Deus.

Opinião - O senhor é um grande líder religioso. A que atribui sua liderança?
FD - Não sou nada não. Contam graças recebidas. O povo exagera.

Opinião - A mulher deve ter os mesmos direitos que o homem?
FD - Sem dúvida. Os direitos são iguais.

Opinião - E os anticoncepcionais?
FD - A Igreja sempre condenou. Ultimamente, o Papa confirmou a doutrina tradicional da Igreja. Não se pode fazer coisa alguma para tirar do ato conjugal a doutrina que lhe é própria. Os esposos devem utilizar o matrimônio de forma racional. Na limitação da prole não se pode empregar meios como anticoncepcionais. Não conhece a Encíclica Humanae Vitae? A própria Sagrada Escritura proíbe. Onã, filho de Judá, e sua mulher, faziam com que não aparecesse família, eles interrompiam. Diz a Sagrada Escritura que foi ferido de morte, porque fazia uma coisa detestável. Somente quando é um motivo razoável, os esposos devem esperar para usar o matrimônio nos dias estéreis. E nos dias fecundos, guardar a castidade.

Opinião - Como o senhor recebeu a notícia de que o homem havia conquistado a Lua?
FD - É a ciência que progride, é a ciência trabalhando, trabalhando, até conseguir chegar lá.

Opinião - Que acha da juventude no mundo atual?
FD - Ela precisa aprofundar-se também na ciência de Deus, conhecê-lo cada vez mais. A ciência não deve se afastar de Deus, mas conduzir a ele.

Opinião - Que recado tem para os pais?
FD - Que cuidem da saúde, da instrução civil dos seus filhos, mas, sobretudo, cuidem da vida espiritual. Os filhos pertencem mais a Deus que aos pais. É um depósito que receberam, por isso têm obrigação de criá-los de tal maneira que possam um dia sentir que estão na presença de Deus. Cuidar da vida natural, mas também, da vida sobrenatural.

Opinião - Muitos são unânimes em afirmar que o senhor já curou muitos enfermos e que possui alto grau de mediunidade. Que diz a isto?
FD - Não é assim não. Não curo nada. Pode ser que um tenha doença nervosa e podemos curar por sugestão. Não realizo curas. O dom dos milagres não é mediunidade, não. Para o bem da humanidade, nos primeiros tempos do cristianismo os milagres eram muito freqüentes. Era para converter. Converteram-se muitos. Assim, Nosso Senhor confirmava sua doutrina, com os milagres. Milagre é uma obra que só Deus pode fazer. O homem é somente instrumento.

Opinião - O senhor acredita que os espíritos podem se comunicar com os homens?
FD - Podem, se Deus consente a graça. É sempre uma coisa de ordem sobrenatural. Deus pode conceder para fins especiais. Para a sua glória e para o bem das almas.

Opinião - O senhor acha que o padre deve casar?
FD - O padre deve é trabalhar, trabalhar para a difusão da Igreja. Deve ser livre dos deveres de família. Isso não é da essência do sacerdócio. Nos primeiros tempos do cristianismo, tomavam um pai de família para ser sacerdote, mas para o bem da Igreja, para exercer melhor o apostolado é bom que o padre seja livre. Dedicar-se somente ao serviço de Deus e ao bem de toda a humanidade, que será sua família.

Frei Damião foi agraciado com o título de cidadão patoense, sancionado pelo então prefeito Aderbal Martins, no início da década de 70, em atendimento à propositura do vereador Adão Eulâmpio. A entrega solene aconteceu em frente à Prefeitura Municipal de Patos, para onde convergiu um grande número de populares e autoridades.



Patos em Revista

R, DE RECUPERAÇÃO de RONALDO




R, DE RECUPERAÇÃO



No vestiário do Milan, com o joelho estourado, Ronaldo chorava:
“Por quê, por quê?”. Acomodado na cadeira de rodas, achou que a
cura serviria apenas para jogar pelada e andar de bicicleta. Mas o craque tinha
um santo forte: o fisioterapeuta que flexionava sua perna até durante o sono
O estádio está cheio, em festa; é dia de jogo importante. Os árbitros e todos os jogadores estão no gramado à espera do apito inicial. Todos, menos um. O vazio no círculo central atende por um nome, que a torcida espera com ansiedade, por sua capacidade de dar ou mudar o tom de uma partida: Ronaldo. Só falta ele para o jogo começar. Onde o craque está?
A cena descrita aconteceu, mas foi num sonho, num quarto de hospital, numa das primeiras noites após o fatídico 13 de fevereiro de 2008, quando Ronaldo, com a camisa do Milan, teve ruptura total do tendão patelar esquerdo ao saltar para cabecear a bola. E o sonho foi do próprio Ronaldo. Ali, combalido por mais uma lesão seriíssima, que evocou do planeta mais uma vez a convicção de que sua carreira acabaria, o maior artilheiro das Copas teve um sonho.
Quando acordou, a realidade era bem mais dura. O joelho inchado, a perna incapacitada de dobrar, o monstro cinza da desistência à porta do quarto. Alguns dias depois, Ronaldo teve alta e foi levado de cadeira de rodas até o auditório do hospital para dar um tipo de entrevista coletiva que jamais imaginou que daria de novo. E desta vez, ao contrário do ocorrido em 2000, ele não declarou que “o guerreiro está ferido, mas não está morto”. Declarou que o guerreiro estava cansado, com o corpo surrado, pedindo arrego, dando sinais de que a aposentadoria era o mais provável.
Nem um – nem um – jogador de futebol teve tantas contusões graves quanto Ronaldo. A ruptura do tendão patelar é raríssima no esporte mais popular do planeta; só é vista, e mesmo assim de vez em quando, no esqui profissional. Duas rupturas de tendão patelar, uma em cada joelho, é fato mais remoto ainda. Mesmo assim, Ronaldo voltou de cada uma delas. Enfrentou as dores e os desânimos do tratamento e enfrentou, talvez com maior dificuldade, a descrença geral, salvo exceções que cabem nos dedos de uma mão e Ronaldo sabe quais são uma a uma. E voltou.
De forma ainda mais especial, os retornos de Ronaldo também não são nada corriqueiros. No do fim de 2001, quase levou a Inter de Milão ao “scudetto” tão esperado, que lhe escapou em jogo contra a Juventus sobre o qual pairam até hoje suspeitas pesadas; e, na Copa de 2002, fez nada menos que oito gols, sendo dois na final contra a Alemanha. Como resultado, foi eleito, pela terceira vez, o melhor do mundo pela Fifa. Nisso, aliás, Ronaldo também é único: só ele tem três prêmios da Fifa e duas Bolas de Ouro, o mais prestigioso título individual da Europa (Zidane tem apenas uma). E olhe que ficou sem atuar quatro dos 15 anos de sua carreira.
No retorno de 2009, Ronaldo começou surpreendendo com a escolha: decidiu jogar no Brasil e pelo Corinthians. Depois de muita especulação – além, é claro, das dúvidas, das acusações de ser “jogada de marketing”, das piadas de todo tipo – ele enfim estreou, apenas um ano depois da contusão (não os 18 meses da outra), e num jogo contra o Itumbiara, numa ocasião e num gramado que não parecia combinar com sua classe. O atacante que Jorge Valdano disse ter “uma Ferrari nos pés”... correndo numa pista de rali? No jogo seguinte, aconteceu: Ronaldo entrou no clássico de maior rivalidade da maior cidade do país do futebol, deu dribles e chutes e, aos 47 minutos do segundo tempo, fez de cabeça o gol do empate, comemorado como se fosse outro título mundial brasileiro, não apenas corintiano.
Sim, tem coisas que só ele faz. Só ele quinze gols em Copas; só ele duas vezes melhor do mundo aos 21 anos; só ele vitorioso sobre duas lesões de patelar e outras tantas mais; só ele autor de gol no Real Madrid pelo Barcelona e no Barcelona pelo Real Madrid, e no Milan pela Inter de Milão e na Inter de Milão pelo Milan etc. Mas esqueça o glamour de tantos troféus, o sentimentalismo sobre tantos retornos, a incrível onda de aclamação que se seguiu à sua volta para a terra natal. No escuro de um quarto de hotel, com a perna latejando de dor, os sonhos só vêm por teimosia. No vazio de uma academia de ginástica malequipada, sem nem mesmo água quente no chuveiro, como a do Flamengo, não há festas em castelos e comparações com Pelé. Na solidão de um dos três rostos mais famosos do mundo, a cada sessão de fisioterapia, a cada jogo visto pela TV, não tem ninguém falando em heroísmo.
O que tem é trabalho doloroso, que muitas vezes parece despropositado. Ainda mais para quem já ganhou dinheiro para garantir três gerações de Nazário de Lima e para quem todas as portas e mulheres se abrem. “Se o cara não for focado, não gostar realmente do que faz, ele não consegue”, diz o fisioterapeuta Bruno Mazziotti, 31 anos, há seis trabalhando com Ronaldo. Foi Mazziotti quem ouviu de Ronaldo o sonho do estádio lotado e precisou responder várias vezes durante meses a frase “Você vai voltar” a cada vez que o craque perguntava: “Você acha que eu vou voltar?”.
No vestiário do Milan, com Kaká ao lado, Mazziotti viu como Ronaldo ficou abalado. Ele saiu de campo chorando, repetindo “de novo, não”, perguntando-se “por quê, por quê?”, enquanto todos lhe pediam calma, embora houvesse ainda a especulação de que ele teria rompido também o ligamento cruzado anterior (o que não se confirmou). No trajeto para o hospital de Paris, onde até dormiria no corredor, Mazziotti conseguiu ser mais articulado: “Só tem um ser humano que pode provar isso para o mundo, que pode retornar de novo, e esse ser humano é você”.
Em outros momentos, a conversa passava pela religião. Que Deus é esse que pune tanto um profissional tão talentoso, que nunca fez mal a ninguém e tantas alegrias trouxe? – eis o que Ronaldo poderia se perguntar. E Mazziotti dizia para que ele pedisse mais forças, “ombros mais fortes”, e não se queixasse dessa “carga maior”. Ronaldo, que fala sempre “Fica com Deus” aos amigos e familiares toda vez que encerra um telefonema, desde então passou a fazer três vezes o sinal da cruz ao entrar em campo.
Mas o que lhe dava forças mesmo era o futebol. “Voltei por meu amor ao futebol”, diz Ronaldo. “Não existe outra razão”, acrescenta, já em tom irritado com os que afirmam que seu interesse é publicitário, como se ele precisasse aparecer mais do que aparece. Para Mazziotti, Ronaldo disse que não queria voltar se fosse para ter dores. “Um incomodozinho sequer e eu largo tudo”, ameaçou. Mazziotti replicou: “O.k., então vamos fazer um trato. Eu deixo seu joelho zerado, mas aí você volta”. Ronaldo ainda brincou: “Eu posso mentir para você”. E Mazziotti: “Então assim não vale”.
Ronaldo em vários momentos pensou que a cura poderia ser útil apenas para andar de bicicleta com seu filho Ronald, ou jogar uma pelada de vez em quando. Mesmo quando as coisas tinham melhorado muito, o fisioterapeuta perguntava ao craque para qual time iria e Ronaldo rebatia: “Eu ainda nem sei se vou voltar”. Nos primeiros três meses, diálogos como esse se repetiriam. Mas na maior parte do tempo o clima era o oposto: Ronaldo trabalhava e trabalhava, querendo e acreditando em sua volta. Mais do que boa disposição física, ele mostrou mais uma vez seu poder mental, sua capacidade de concentração, sua força interior. As mesmas qualidades que exibe em campo.
Sinais de que tudo poderia correr bem existiram desde o começo. No pós-operatório, o joelho inchou menos do que oito anos antes. Espertamente, Mazziotti percebeu que o segredo – o que chama de “evolução conceitual” da fisioterapia – era trabalhar muito logo no começo, para encurtar a recuperação lá na frente. Eram sete, oito horas diárias de esforço desse que um dia chamaram de “ex-atleta” e “ex-profissional”. Mazziotti flexionava a perna de Ronaldo até mesmo quando ele estava dormindo. O contato com o aparelho acordava o jogador, que resmungava: “Lá vem você de novo com esse negócio”. E em seguida ele fazia tudo, quase sempre de bom humor. Ele sabia, com sua vasta experiência, que Mazziotti estava certo ao dizer: “A natureza não dá saltos. Cada dia é uma vitória”.
Uma vez por mês Ronaldo ia a Paris fazer exames de ressonância e verificar os tecidos e as articulações. No segundo mês, já fazia 100% do arco de movimento da perna. No quarto mês, o resultado foi tão bom que o cirurgião Gerard Saillant o dispensou dos controles dos dois meses seguintes. No sétimo, teve a alta definitiva. Estava 70% melhor do que deveria estar; até já corria e jogava tênis com Mazziotti. Mesmo nas férias de duas semanas de julho em Ibiza, quando foi flagrado num barco, barrigudo e fumando, Ronaldo trabalhava todo dia numa academia, fortalecendo a musculatura da perna. Em agosto, já era procurado pelo Manchester City para atuar ao lado de Robinho e outros brasileiros. Em outubro, já treinando no Flamengo, era um atleta recuperado, precisando apenas emagrecer, readquirir condição cardiorrespiratória e voltar a treinar com bola. Em dezembro, assinou com outro clube de massa, o Corinthians, e em fevereiro de 2009 estava pronto para estrear de forma competitiva.
Ou seja, Ronaldo não apenas voltou, como voltou antes do previsto. A cada jogo foi aumentando sua participação – em tempo e em eficiência – para que chegasse às semifinais do Paulistão perto dos 100%. No correr das semanas, amarga quase 50% mais de carga de trabalho do que os colegas. E é desse jogador que dizem que não gosta de treinar? Na Europa, especialmente na nacionalista Espanha, a fama de que os brasileiros são “baladeiros” assombra todos os jogadores. Mas Raúl, Zidane ou Beckham não iam a menos baladas e, na hora dos treinos, faziam o mesmo que quase todos os jogadores europeus fazem: duas horas por dia, em geral com exercícios de força e alguns movimentos táticos.
O que ajudou Ronaldo a ter tantas lesões foi o descaso com suas características específicas, tanto na Espanha como na Itália. Mazziotti resume: “Ele tem muita potência para pouco freio”. Sua massa muscular hoje é de 84 quilos, distribuídos em 1, 84 metro de altura; seu peso ideal é 89 quilos, com 3,8 quilos de peso ósseo e 10% de taxa de gordura. Os tendões não são mais frágeis do que os de outros atletas, mas têm dificuldade para suportar essa carga muscular num jogador de alta velocidade, que dribla em ziguezague – ora como se fosse um esquiador – e é capaz de fazer um arranque em que percorre 30 metros em 3,4 segundos. Essa gloriosa união de força, velocidade e ginga, ironicamente, foi também seu karma.
Ronaldo não tem muita capacidade aeróbica e engorda com facilidade quando não está treinando, como aconteceu às vésperas da Copa de 2006. Mas ele tem alto índice de fibras musculares rápidas, e elas pedem o tratamento adequado no momento em que se machuca; além disso, tem um histórico de distúrbios articulares. Nem Real Madrid nem Milan souberam respeitar alguns dos prazos e fazer os exercícios específicos que Ronaldo precisava, até porque suas ausências eram sempre sentidas pelo time e pela torcida. Isso explica em parte o sobrepeso em tantas situações desde 2005, sua última temporada cheia. É um jogador de tiros curtos, que corre nos momentos em que precisa, logo não pode ser tratado como um Cafu. Reequilíbrio muscular é a chave.
Foi na medicina esportiva brasileira, curiosamente, que Ronaldo encontrou esse balanço entre treinamento comum e especializado. O que Ronaldo sabe sobre fisiologia, por sinal, o leitor não pode supor. “Eu digo sempre que ele está no quinto período da faculdade, prestes a se graduar”, diz Mazziotti. A idade e a musculatura fazem diferença, e só um observador cruel pode querer que ele tenha a mesma agilidade e leveza dos tempos do Barcelona. Mas ele agora caminha para a reabilitação total, o que significa poder dar arranques e realizar toda sua técnica – que ainda há quem não perceba que é muito mais do que velocidade e pontaria.
O estádio está cheio, em festa; é dia de jogo importante. Os árbitros e todos os jogadores estão no gramado à espera do apito inicial. Todos, menos um. O vazio no círculo central atende por um nome, que a torcida espera com ansiedade, por sua capacidade de dar ou mudar o tom de uma partida: Ronaldo. Só falta ele para o jogo começar. Olha, lá vem o craque.


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