1 de novembro de 2011

Biografia de Raul Santos Seixas




Raul Seixas

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Raul Santos Seixas

(Salvador, 28 de junho de 1945 São Paulo, 21 de agosto de 1989)

foi um famoso cantor e compositor brasileiro, frequentemente considerado

um dos pioneiros do rock brasileiro. Também foi produtor musical

da CBS durante sua estada no Rio de Janeiro, e por vezes é chamado de

"Pai do Rock Brasileiro" e "Maluco Beleza".Sua obra musical é

composta de 21 discoslançados em seus 26 anos de carreira

e seu estilo musical é tradicionalmente classificado como rock e baião, e de fato

conseguiu unir ambos os gêneros em músicas como "Let Me Sing, Let Me Sing"

Seu álbum de estreia, Raulzito e os Panteras(1968), foi produzido quando

ele integrava o grupo Os Panteras, mas só ganhou notoriedade crítica e de público com

as músicas de Krig-ha, Bandolo! (1973), como "Ouro de Tolo", "Mosca na Sopa",

"Metamorfose Ambulante". Raul Seixas adquiriu um estilo musical que

o creditou de "contestador e místico", e isso se deve aos ideais que vindicou, como a

Sociedade Alternativa apresentada em Gita (1974), influenciado por figuras como

Aleister Crowley.Raul se interessava por filosofia (principalmente metafísica e ontologia), psicologia, história, literatura e latime algumas crenças dessas

correntes foram muito aproveitadas em sua obra, que possuía uma recepção

boa ou de curiosidade por conta disso. Ele conseguiu gozar de

uma audiência relativamente alta durante sua vida, e mesmo nos

anos 80continuou produzindo álbuns que venderam bem, como

Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum! (1987) e A Panela do Diabo (1989),

esse último em parceria com Marcelo Nova, e sua obra musical tem

aumentado continuamente de tamanho, na medida que seus discos

(principalmente álbuns póstumos) continuam a ser vendidos,

tornando-o um símbolo do rock do país e um dos artistas mais cultuados

e queridos entre os fãs nos últimos quarenta anos.Em outubro de 2008,

a revista Rolling Stone promoveu a

Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira, cujo resultado colocou Raul Seixas figurando a posição 19ª, encabeçando nomes como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Heitor Villa-Lobos e outros.[6] No ano anterior, a mesma revista promoveu a Lista dos Cem Maiores Discos da Música Brasileira, onde seu Krig-ha, Bandolo! de 1973 atingiu a 12ª posição,[7] demonstrando que o vigor musical de Raul Seixas continua a ser considerado importante hoje em dia.


Raul Santos Seixas nasceu às 8 horas da manhã em 28 de Junho de 1945numa

família de classe média baiana que vivia na Avenida Sete de Setembro, Salvador

Seu pai, Raul Varella Seixas, era engenheiro da estrada de ferroe sua mãe,

Maria Eugênia Santos Seixas, se dedicava às atividades domésticas. No próximo

mês ele foi registrado no Cartório de Registro Civil de Salvador com o nome do

pai e do avô paterno. Em 16 de setembro do mesmo ano, batizaram-no

na Igreja Matriz da Boa Viagem.Em 4 de dezembro de 1948,

Raul Seixas ganhou um irmão, o único, Plínio Santos Seixas, com quem teria um bom

relacionamento durante sua infância.[Os estudos de Raul Seixas começaram

em 1952, onde frequentou o curso primário estudando com a professora

Sônia Bahia. Concluído o curso em 1956, fundou o Club dos Cigarros

com alguns amigos. O trágico percurso escolar de Raul Seixas se iniciaria em 1957,

quando ele ingressou no ginásio Colégio São Bento, onde foi reprovado na série

por três anos.Um dos motivos da reprovação, segundo alguns biógrafos, é que ele,

em vez de ir assistir as aulas, ouvia rock and roll em seus primórdios na loja

Cantinho da Música No mesmo ano, em 13 de Julho, Raul Seixas fundou o

Elvis Rock Club com o amigo Waldir Serrão. Segundo a jornalista Ana Maria Bahiana,

é através de Serrão que Raul Seixas começou a sair de casa e a manter uma

vida social mais ampla Segundo Raul, o encontro com Waldir foi fantástico:

"me preparei todo, botei a gola pra cima, botei o topete, engomei o cabelo, e fiquei

esperando ele, masclando chiclete". O Elvis Rock Club ra como uma gangue,

que procurava brigas na rua, fazia arruaça, roubava bugigangas e quebrava

vidraças. Embora Raul não gostasse muito disso, "ia na onda, pois o rock(pelo

menos a meu ver) tinha toda uma maneira de ser".Então, a famíliaresolveu

matricular Raul num colégio de padres, o Colégio Interno Marista, onde ele alcançou a

3ª série em 1960, mas acabou repetindo o estágio em 196 Ao que tudo indica,

nessa época Raul Seixas começou a se interessar pela leitura. O pai de Raul Seixas amava os livros e possuía uma vasta biblioteca em casa.Tão logo decifrou o mistério

das letras, o garoto pôs-se a ler os volumes que encontrava na biblioteca

do pai RaulSendo assim, as histórias que lia na biblioteca fermentavam sua imaginação e,

com os cadernos do colégio,fazia desenhos, criava personagens, enredos, para depois vender ao irmão

quatro anos mais novo, que acabava ficando interessado e comprava os

esboços. Segundo Raul, um dos personagens principais dessas histórias

era um cientista maluco chamado "Mêlo" (algo como "amalucado"), que viajava

para diversos lugares imáginarios como o Nada, o Tudo, Vírgula Xis Ao Cubo,

Oceanos de Cores. Segundo Raul, Melô era sua "outra parte, a que buscava

as respostas, o eu fantástico, viajando fora da lógica em uma maquinazinha

em que só cabia um só passageiro... Melô-eu." Plínio ficava horas ouvindo o irmão contar

suas histórias, dentro do quarto dos dois, e Raul frequentemente encenava

os personagens como um ator.[Ambos os irmãos tinham algo em comum: adoravam

literatura, mas odiavam a escolaMais tarde, já maduro, Raul Seixas diria:

"Eu era um fracasso na escola. A escola não me dizia nada do que eu queria saber.

Tudo o que aprendia era nos livros, em casa ou na rua. Repeti cinco vezes a segunda série

do ginásio. Nunca aprendi nada na escola. Minto. Aprendi a odiá-la." De um

modo ou de outro, Raul Seixas precisava frequentar a escola vez ou outra.

Em uma determinada ocasião, o pai perguntou a Raul como ele ia na escola e pediu seu

boletim. Raul mostrou um boletim falsificado, com todas as matérias resultando em um

pai questionava se ele havia estudado, mas Maria Eugênia interrompia,

dizendo algo como "Estudou nada, ficou aí ouvindo rocko tempo inteiro,

essa porcaria desse béngue-béngue, de élvis préji, de líri ríchi e gritando essas maluquices."

Os pais de Raul, como toda a geração da época, estranhavam o rock e ele

não era muito bem-vindo entre as famílias

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