10 de junho de 2018

Dalva de Andrade


Dalva de Andrade - Serenata Suburbana (1960)



Loronix server is down again (Arghh). Unfortunately, brand new, amazing, wonderful and awesome Caetano Rodrigues contributions will be directed to a slower route. However, the nut-sized brain of the parrot that runs Loronix was wise enough to make this album earlier. In fact I was missing some old and good female singer and this release should thrill you as I'm sure Thelma did.

This is Dalva de Andrade - Serenata Suburbana (1960), for Odeon, featuring orchestral arrangements by Maestro Lindolfo Gaya. Check the archives for another nice Dalva de Andrade LP, a Brazilian singer very connected with the golden times of Radio Nacional in Rio de Janeiro, A Era do Radio.
Tracks include:

01 - Serenata Suburbana (Capiba)
02 - Chora Tua Tristeza (Oscar Castro Neves / Luvercy Fiorini)
03 - Chorei Sozinha (Paulo Tito)
04 - Ser Só (Fernando César / Ted Moreno)
05 - A Grande Dor (The Big Hurt) (W. Shanklin / Vrs. Romeo Nunes)
06 - Se Tú Soubesses (Georges Moran)
07 - Bebeco e Doca (Ary Barroso / Luis Peixoto)
08 - Voltei Para Ficar (Stelinha Egg / Macedo Neto)
09 - Vou Fazer Um Samba (Evaldo Gouveia / Almeida Rego)
10 - Frustração (Osmar Navarro)
11 - Mais Que a Minha Vida (Pernambuco / Antônio Maria)
12 - Adeus (Roberto Martins / Mário Rossi)





JK



Que Juscelino era um homem bem-humorado, espirituoso e dono de uma simpatia irresistível todo mundo já sabe. O que poucos conhecem são os infinitos “causos” protagonizados pelo ex-presidente e imortalizados por quem teve acesso a essas histórias, seja por ter estado presente no momento exato do diálogo, seja pelo boca-a-boca ou seja por ter ouvido o episódio do próprio Juscelino.
Como bom mineiro que era e amante de uma bela conversa, o ex-presidente não só gostava de ouvir causos, como também de ser personagem deles. O escritor Ronaldo Costa Couto, consultor histórico da minissérie e autor de “Brasília Kubitschek de Oliveira”, obra que serve de referência para “JK”, selecionou alguns desses episódios que ilustram a trajetória da vida de Juscelino. Confira:
SARA?
Brasília, final de 1957. Os candangos trabalham até o limite das forças. Constroem o sonho de JK, agora também deles. Enfrentam turno e meio sem descanso, às vezes dois. A cidade é pura obra. Muito desconforto, poeira ou barro, comida improvisada, moradia precária, muito homem e pouca mulher. Um sufoco monumental. Durante visita ao futuro Palácio da Alvorada, acompanhado de dona Sarah Kubitschek, avisam JK que um candango acaba de desmaiar. Médico, ele corre para dar socorro. Toma o pulso, verifica a respiração e a dilatação da pupila. Percebe que o homem já está voltando. Conclui que é pura estafa, excesso de esforço. Resolve animá-lo: “Tudo bem, batuta! Você só precisa de mulher”. “Sara, presidente?”. “Não! A Sarah, não!”.                          
FRADE MISTERIOSO
Final de 1954, Palácio das Mangabeiras, pé da Serra do Curral, Belo Horizonte, lusco-fusco. O governador Juscelino Kubitschek de Oliveira está à vontade, repousando no andar superior. De repente, anunciam que um frade barbudo está esperando por ele na grande sala da entrada do andar térreo. Admira-se. Não espera ninguém. Terá se esquecido? Falha do Cerimonial? Compõe-se e desce a escada encaracolada. Age cordialmente, com naturalidade, como se cumprisse a agenda. Não questiona a presença do visitante. Pelo contrário. Cumprimenta-o alegremente, senta-se para conversar.  O frade demora pouco e nada pede. A não ser que JK jamais abandone os propósitos humanitários e se prepare, pois vai ser presidente da República. Dá-lhe a bênção, despede-se e vai embora. Perplexo, Juscelino manda verificar o que aconteceu. Está impressionado e preocupado. Quer saber mais sobre a estranha visita. Sobretudo como o frade passou pela portaria chefiada pelo disciplinado e eficiente cabo Lucas. O Palácio é encravado na montanha, cercado, somente acessível pela portaria, muito bem vigiada. Dá as ordens. Verificam tudo, checam tudo. Conclusão: ninguém entrou, ninguém saiu. JK contava esse episódio com convicção absoluta.
TANCREDO CONTRA
Brasília, Congresso Nacional, 11 de abril de 1964. Castello Branco não teve o voto de Tancredo Neves, seu amigo pessoal de longa data, companheiro na Escola Superior de Guerra, em  1956. Tancredo bateu o pé. Comunicou ao PSD que votaria em branco, apesar dos méritos e credenciais do general Castello Branco. Questão de princípio: era contra o golpe. Não queria nem um minuto de regime militar, não abria mão da democracia. Conta-se que, esgotados todos os argumentos dos pessedistas para convencê-lo, o amigo e ex-chefe JK, então senador por Goiás, fez um apelo: "Mas, Tancredo, o Castello é um sorbonniano, estudou na França. É militar diferente, um intelectual como você. Já leu centenas de livros!". Tancredo: "É verdade, Juscelino. Mas ele leu os livros errados".
Dois meses depois o governo cassou o mandato e os direitos políticos de JK, que partiu para o exílio e o sofrimento sem fim.  
POR CIMA
A eleição presidencial de 1955 pega fogo em Limoeiro, Pernambuco. Quase sai guerra entre as forças dos candidatos Juarez Távora, Adhemar de Barros, Plínio Salgado e Juscelino Kubitschek. O legendário coronel Chico Heráclio fecha com JK. Entra pesado na briga, radicaliza, passa pitos, ganha, esfrega a vitória na cara dos adversários.
 Já eleito, Juscelino se encontra com ele no Aeroporto de Recife. O escritor hoje Marcos Vilaça, da Academia Brasileira de Letras, então adolescente, estava lá todo enfatiotado, de paletó novo e camisa de linho branca. Ele não se esquece da alegria e das palavras dos dois ao se abraçar. JK: “Coronel, agora que eu sou presidente, o que o senhor quer de mim?”. “Nada, doutor Juscelino. Eu só quero ver o senhor cuspindo de cima.”
ADMIRÁVEIS DE JK
Início dos anos setenta, Rio, Ipanema, apartamento de Juscelino. O escritor José Cândido de Carvalho três personagens da história brasileira. JK, de bate-pronto: “D. João VI, Mauá e Vargas”. D. João, pela visão do Brasil que nascia. Mauá, pelo empurrão que deu na nação. Vargas, pelo sentido social de seu governo. Três figuras que viram o Brasil além do seu tempo e vidas, explicou. Um rei, um empresário, um estadista.







Quem são eles?
Saiba quem foram Olegário Maciel, Gustavo Capanema e Benedito Valadares
02

















Em 1933, Olegário Maciel era o interventor de Minas Gerais, cargo semelhante ao que é hoje o de governador. Ele morreu em maio daquele ano. Sua cadeira no governo foi ocupada interinamente por Gustavo Capanema, que tinha esperanças de permanecer no cargo. Os interventores não eram eleitos pelo povo, mas escolhidos e nomeados pelo presidente, Getúlio Vargas. E foi Benedito Valadares quem ele nomeou como titular do cargo, frustrando Gustavo Capanema. Ao tomar posse, Valadares nomeou Juscelino Kubitschek seu chefe da Casa Civil, proporcionando a JK sua estréia na política. Conheça um pouco mais sobre esses mineiros que ficaram na História
Olegário Maciel: Nasceu em 1855. Engenheiro, começou na política em 1880, ainda no período do Império, como deputado provincial. Desde então, ocupou diversos cargos públicos. Chegou a passar alguns anos afastado da política, mas retornou em 1922, como vice-presidente de Minas Gerais – na época, os estados tinham presidentes, não governadores. Em 1930, tornou-se presidente do estado. Quando Getúlio Vargas tomou posse da presidência do país, logo após a Revolução de 1930, todos os presidentes estaduais foram afastados e substituídos por interventores federais. Apenas Olegário foi mantido em seu cargo. No ano seguinte, o ministro Oswaldo Aranha tentou afastá-lo do governo, através de um golpe de estado, mas não conseguiu. Ao estourar a Revolução Constitucionalista de 1932, foi Olegário quem mandou tropas mineiras lutarem contra os rebeldes paulistas. Ele morreu em setembro de 1933.
Gustavo Capanema: Quando Olegário Maciel morreu, Gustavo Capanema, seu primo, era seu secretário do Interior e Justiça. Por alguns meses, ele ocupou interinamente o cargo de presidente de Minas, até que, em dezembro, Getúlio Vargas extinguiu o cargo e nomeou o pouco conhecido deputado Benedito Valadares para ser seu interventor federal no estado. Como compensação, o sempre getulista Capanema ganhou o Ministério da Educação e Saúde, em 1934, pasta que ele só deixaria com o fim do Estado Novo, em 1945. Como ministro, ele criou o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan, atual Iphan). Simpático aos artistas modernistas, Capanema tinha Carlos Drummond de Andrade como seu chefe de gabinete. Entre 1959 e 1961, foi ministro do Tribunal de Contas da União. Apoiou o golpe militar de 1964 e exerceu diversos cargos políticos até 1979, quando se aposentou. Morreu em 1985, aos 85 anos.
Benedito Valadares: Dentre tantos candidatos fortes à vaga deixada por Olegário Maciel, Benedito Valadares era o que parecia ter menos chances. Mas foi ele, aos 41 anos, o escolhido por Vargas, a quem apoiou com fidelidade nos embates políticos que viriam. De interventor, Valadares passou a governador em 1935, eleito pela Assembléia Constituinte. Como Vargas não deixou o poder, ele também não saiu, permanecendo como governador até 1945. Encerrou sua carreira política em 1971, como senador. Morreu em 1973.
Os horrores finais da guerra
Quinta-feira, 12/01/2006

Juscelino opera Leonardo. Guiomar pede que Antenor avise Salomé que ela precisa tomar cuidado com Licurgo. Leonardo acorda e reconhece Juscelino. Juscelino impede que os soldados desrespeitem as mulheres e que se apropriem de bens dos cidadãos. Sarah tenta ir para a frente de batalha encontrar Juscelino, mas é impedida de embarcar no trem. Juscelino salva muitos feridos, que o idolatram. Salomé e Zinque se casam. Leonardo conta para Padre Kobal que tentou localizar Salomé, mas foi mandado para a batalha antes. Licurgo exige que Zinque vá lutar por Minas. Zinque vai, com a esperança de conseguir o respeito do pai. Juscelino aconselha Leonardo a mandar uma carta para Salomé para o endereço de Júlia. Júlia entrega a carta de Leonardo a Maria. Licurgo vê Maria guardando a carta e a rasga. Juscelino fica amigo de Benedito Valadares. Os oficiais não gostam de Benedito, pois ele é nomeado chefe de polícia e tem poder para prendê-los. Licurgo espia Salomé. Antenor joga uma pedra na janela para alertar Salomé da presença de Licurgo. A guerra acaba. Juscelino comemora. Zinque chega numa cidade paulista arrasada, onde só sobraram velhos e crianças, e é hostilizado pelos moradores. Guiomar manda Antenor contar a Maria por que Licurgo brigou com ele. Juscelino entra num túnel que explode.


Que guerra é essa?
Entenda o que foi a Revolução de 1932, mostrada na trama

03
















Quando Getúlio Vargas tomou o poder, com a Revolução de 1930, o povo comemorou, porque via nisso uma solução para diversas mazelas sociais e econômicas do Brasil. No entanto, o tempo foi passando e o Governo Provisório de Getúlio não dava o menor sinal de que acabaria algum dia. Além disso, o país continuava sem uma constituição, o que deixava o povo completamente à mercê das vontades do presidente. Os brasileiros – especialmente os paulistas, os mais prejudicados com a nova ordem política – viram que era hora de lutar outra vez.
Em maio de 1932, para acalmar os ânimos, Getúlio marcou as eleições que escolheriam os integrantes da Assembléia Constituinte, os deputados que criariam a nova constituição. Mas essas eleições seriam apenas dentro de um ano. Getúlio também divulgou um novo Código Eleitoral, conjunto de normas legislativas que rege as eleições para cargos políticos. O novo código dava às mulheres o direito de votar e instituía o voto secreto, além de criar a Justiça Eleitoral. Eram inovações importantes, reivindicadas havia muito tempo, mas isso não foi o suficiente para calar os insatisfeitos.
Os paulistas vão à luta
Os paulistas estavam especialmente desgostosos, porque Getúlio havia destacado um pernambucano para ser seu interventor no estado de São Paulo. Quando o povo foi às ruas protestar contra o presidente, as reivindicações eram duas: uma nova constituição para o Brasil e um interventor paulista para São Paulo. No dia 23 de maio, os manifestantes decidiram invadir a sede do Partido Popular Progressista, a antiga Legião Revolucionária, que era o reduto dos tenentes que haviam ajudado Getúlio a tomar o poder. Os invasores foram recebidos a tiros, o que alimentou anda mais a fúria dos descontentes. Dentre os mortos estavam os jovens Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, cujas iniciais, MMDC, quase imediatamente deram nome a uma organização revolucionária.
Nas semanas seguintes, o MMDC se dedicou a angariar fundos para a compra de armas, a fim de tornar possível a revolução constitucionalista que estouraria em pouco tempo. Getúlio já tinha mudado o interventor de São Paulo, mas ainda faltava a constituição. No dia 9 de julho, o movimento revolucionário ganhou as ruas da capital e do interior de São Paulo. Era a Revolução Constitucionalista de 1932.
Uma guerra perdida
A guerra deveria ter sido uma revolta nacional, mas as falhas de sua organização fizeram com que apenas os revoltosos de São Paulo fossem à luta. Tropas da 2ª Região Militar e da Força Pública ocuparam pontos estratégicos da capital paulista. Sem um tiro, os rebeldes controlaram o estado. Intelectuais, industriais, estudantes e políticos ligados à República Velha apoiaram o movimento. Mas era impossível os paulistas vencerem sozinhos – os governos do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais, que a princípio viam com bom olhos a campanha pela constitucionalização, resolveram não enfrentar a força militar do governo federal.
A guerra foi mais longa do que se imaginava e os revoltosos não tinham preparo nem armamentos suficientes. No front, matracas e motocicletas eram usadas para fazer barulho e criar a ilusão de que os paulistas estavam armados até os dentes. A população doou ouro e pedras preciosas para ajudar – na primeira semana de revolução, 10 mil pessoas doaram jóias na capital de São Paulo. Muitas mulheres se organizaram num mutirão para costurar fardas e cuidar dos feridos. Pela primeira vez, o rádio foi usado para mobilizar a população para uma guerra.
A luta armada dos constitucionalistas ficou restrita ao estado de São Paulo. Isolados, os paulistas não tiveram condições de manter por muito tempo a revolução. Em outubro de 1932, assinaram a rendição. Saldo: 633 revoltosos mortos. A constituição só viria em 1934. E Getúlio Vargas permaneceria no poder por 15 anos, ao todo.

04

Sarah Kubitschek (I)  -  
Debora Falabella
Personagem real. Quando Sarah Lemos viu JK pela primeira vez, apaixonou-se perdidamente. Casou-se e desejou muito ter filhos, mas foram 11 anos de tentativas até nascer Marcia. Anos depois, adotaram Maria Estela. De família tradicional e cheia de políticos, ela era enérgica, determinada, bem-educada, e consciente de sua categoria social. Apesar de conservadora, esteve surpreendentemente à frente de seu tempo. Foi uma das primeiras-damas mais ativas do país e cumpriu exemplarmente seu papel, mas sofreu por não ser amada na mesma proporção em que amava Juscelino. Entre as primeiras-damas do Brasil, foi a primeira a se engajar em obras sociais

05
Juscelino Kubitschek (I)  -  
Wagner Moura
Personagem real. Juscelino Kubitschek teve infância pobre, mas conseguiu concluir os estudos e passar num concurso para telegrafista. Mudou-se para Belo Horizonte, onde concluiu a faculdade de Medicina. Especializou-se em urologia na França. Casou-se com Sarah, com quem teve uma filha, Marcia, e adotou outra, Maria Estela. Herdou dos pais suas características fundamentais: a boemia, jovialidade e alegria de João César; a disciplina e o sentido de responsabilidade de dona Júlia. Visionário determinado, inteligente, astuto, irrequieto, bem-humorado, de uma simpatia irresistível, dinâmico, otimista, dono de um grande espírito inovador. Adorava dançar. Entrou para política como secretário executivo do Governo de Minas Gerais, revolucionou a maneira de administrar na prefeitura de Belo Horizonte (1940-44), no governo de Minas Gerais (1950-54) e na presidência da República (1956-
Júlia Kubitschek (I)  -  
Julia Lemmertz

Personagem real. Dona Júlia Kubitschek de Oliveira era a mãe de Juscelino e Naná. Mulher bonita, forte, professora primária em Diamantina. Aos 28 anos, ficou viúva de João Cesar e criou, praticamente sozinha, seus dois filhos. Teve influência muito grande durante toda a vida de JK. Ao contrário do marido, que era alegre e boêmio, ela, de ascendência tcheca, era uma mulher dura e persistente. Seu amor pelos filhos é inquestionável, mas demonstrado de forma muito contida. É para Juscelino o paradigma da ética, da determinação e da honestidade.
Naná (I)  -  
Juliana Mesquita
Personagem real. Maria da Conceição Kubitschek de Oliveira era a única irmã de JK, um ano mais velha que ele. Desde a infância, eram muito unidos. Inventiva, procurava tornar a vida dura da família mais alegre e divertida, nos tempos difíceis. Durante toda a vida, foi a grande confidente de Juscelino. Alegre, comunicativa e generosa, casou-se com Julio Soares
Licurgo  -  
Luis Melo
Personagem fictício. O coronel é casado com Maria e é pai de Zinque. Típico coronel do interior, autoritário, brutal, reacionário. Falso cristão, prega as leis da Igreja, mas vive de acordo com suas vontades. Freqüentador assíduo do cabaré de Olímpia. Não aceita que o filho siga a vida religiosa.
Salomé  -  
Deborah Evelyn
Personagem fictício. Enfermeira, mãe de Silvinha. Quando jovem, apaixonou-se por Leonardo, mas o destino os separou de forma trágica. Pensando que seu amor havia morrido, casa-se com o primo Zinque, mas vivem como irmãos. Cansada de viver em conflito com o sogro, o coronel Licurgo, muda-se para Belo Horizonte para trabalhar na Santa Casa. Ao encontrar Leonardo e perceber que não poderão ficar juntos, muda-se de vez para o Rio de Janeiro com Guiomar e passam a viver na pensão da baronesa de Tibagi
José Maria Alkmim (I)  -  
Ranieri Gonzalez
Personagem real. Amigo de adolescência de Juscelino. Ambos foram telegrafistas e moraram na mesma pensão em Belo Horizonte. Político talentoso, iniciou a carreira como deputado da Assembléia Nacional Constituinte. Aparecia constantemente para resolver os problemas e dificuldades de JK. Seu desempenho foi fundamental para garantir a posse de JK à presidência diante da ameaça de um golpe de estado. Ministro da Fazenda de JK, foi contra a reforma cambial e impediu de todas as maneiras que os desequilíbrios financeiros comprometessem o êxito do programa de metas. Casou-se com Maria das Dores e teve
Leonardo Faria  -  
Caco Ciocler
Personagem fictício. Pai de Sergio Sá e Silvinha. É um homem bonito, sedutor e inteligente, que a vida transforma num político oportunista. Dançarino de tango para pagar os estudos, tem em Salomé sua parceira de dança. Os dois se apaixonam, mas são separados. Quando se reencontram, estão casados com outras pessoas e iniciam uma relação de desencontros e mágoas. Envolve-se com Maguí. Deputado pela UDN, faz oposição a JK.
Zinque  -  
Dan Stulbach
Personagem fictício. Filho de Licurgo e Maria. Sofre com a violência do pai. Casa-se com Madalena e assume seu irmão Antenor como filho. Viúvo, volta a se casar com a prima Salomé, com quem mantém uma relação de irmão. Quando ela engravida, também assume a paternidade de seu filho. Seu grande sonho é seguir a vida religiosa, mas é impedido pelo pai.
Olímpia Garcia  -  
Tuna Dwek
Cafetina espanhola, dona dos mais importantes bordéis e cabarés de Belo Horizonte na época em que JK era jovem. Manteve-se à frente do meretrício da cidade até o fim dos anos 30.
Luisinha Negrão (I)  -  
Louise Cardoso
Personagem real. Mãe de Sarah. Mulher bonita, elegante, vaidosa e bem-humorada. Casada com Jaime Lemos, teve cinco filhos: Amélia, Maria Luisa, Sarah, Geraldo e Idalina. O marido era uma figura importante na política mineira, mas teve grandes decepções que acabaram levando-o a morte. Não gostava do que a política fez com seu marido, mas teve que se conformar em ter três de suas filhas casadas com políticos: Amélia com Gabriel Passos, Maria Luisa com Clóvis Pinto e Sarah com Juscelino Kubitschek.
Julio Soares (I)  -  
Mateus Solano
Personagem real. Cunhado e grande amigo de Juscelino. Pouco mais velho que JK e cursando os últimos anos da faculdade de Medicina, conheceu o futuro presidente na pensão de dona Cota, onde moravam. Casou-se com Naná e convidou Juscelino para morar com eles. Quando JK recebeu o diploma de médico, convidou-o para sócio e formaram uma próspera clínica. Honesto, íntegro, grande companheiro, era considerado por Juscelino um verdadeiro irmão
Maria  -  
Cássia Kiss
Personagem fictício. Tia Maria é casada com Licurgo, mãe de Zinque. Mulher religiosa, calada, submissa, quase sem instrução, mas de boa índole. Sofre com os maus tratos do marido.
Amália Brant  -  
Manoela do Monte
Personagem real. Aluna de dona Júlia, foi a primeira paixão de JK
Augusto Elias  -  
Paulo José
Personagem real. Avô de JK e Naná, pai de dona Júlia. Homem simples, porém amante dos livros, admirador de Alexandre Dumas e Walter Scott, foi quem despertou em JK o gosto pela leitura
Benedito Valadares  -  
Otávio Augusto
Personagem real. Famoso político de Pará de Minas, iniciou a carreira política como vereador em sua cidade. Em 1930, apoiou Vargas e a Revolução que ele liderava, iniciando uma longa e proveitosa aliança de várias décadas. Por sua mão, JK foi levado para a política depois de se conhecerem na zona do túnel durante a Revolução de 32.
Celeste  -  
Maria Manoela
Personagem fictícia. Casa-se com Joaquim, mãe de Salomé. Morre quando a filha ainda é uma criança.
Gabriel Passos (I)  -  
Marcelo Vázea
Personagem real. Cunhado de JK, casado com Amélia, irmã de Sarah. Diplomado em Direito, jornalista de um jornal mineiro, professor de filosofia no Ginásio Mineiro. Ingressou na política em 1930. Foi candidato ao governo de Minas em 1950, tendo como adversário seu cunhado JK. Derrotado, afastou-se de Minas, indo trabalhar em São Paulo, convidado por Francisco Matarazzo. Em 1954, retornou à política, eleito deputado federal pela UDN. Foi um dos mais exacerbados adversários do governo JK
Guiomar  -  
Ana Carbatti
Personagem fictícia. Comprada pelo coronel Licurgo, vai morar em sua fazenda. Sofre com seus maus tratos e tem em Salomé, Zinque e Maria grandes aliados. Foge para Belo Horizonte e depois para o Rio de Janeiro, onde irá trabalhar como cozinheira na pensão da baronesa. Ali conhece Dora Amar, que lhe propõe sociedade para trabalhar como banqueteira. A conselho de Salomé, vai para Brasília onde monta uma pensão para candangos.
Irmã Maria  -  
Ida Gomes
Freira francesa, franzina e tímida, mas muito corajosa e valente. Era responsável por um pequeno hospital de campanha na Mantiqueira, durante a Revolução de 32, onde JK servia como oficial-médico. Esteve sempre ao lado de Juscelino, ajudando incansavelmente no tratamento dos feridos
Joaquim  -  
Ilya São Paulo
Personagem fictício. Irmão de Maria, casado com Celeste, pai de Salomé. Viúvo, assume a educação da filha. Quando mais velho, adoece e depende dos cuidados de Salomé
José Maria Alkmim (I)  -  
Ranieri Gonzalez
Personagem real. Amigo de adolescência de Juscelino. Ambos foram telegrafistas e moraram na mesma pensão em Belo Horizonte. Político talentoso, iniciou a carreira como deputado da Assembléia Nacional Constituinte. Aparecia constantemente para resolver os problemas e dificuldades de JK. Seu desempenho foi fundamental para garantir a posse de JK à presidência diante da ameaça de um golpe de estado. Ministro da Fazenda de JK, foi contra a reforma cambial e impediu de todas as maneiras que os desequilíbrios financeiros comprometessem o êxito do programa de metas. Casou-se com Maria das Dores e teve quatro filhos.
João César  -  
Fábio Assunção
Personagem real. Pai de JK e Naná, casado com Júlia. Caixeiro-viajante, era boêmio, alegre e afetivo. Violeiro, gostava de festas e diversão. Morreu tuberculoso quando Juscelino tinha apenas dois anos de idade
Julio Soares (I)  -  
Mateus Solano
Personagem real. Cunhado e grande amigo de Juscelino. Pouco mais velho que JK e cursando os últimos anos da faculdade de Medicina, conheceu o futuro presidente na pensão de dona Cota, onde moravam. Casou-se com Naná e convidou Juscelino para morar com eles. Quando JK recebeu o diploma de médico, convidou-o para sócio e formaram uma próspera clínica. Honesto, íntegro, grande companheiro, era considerado por Juscelino um verdadeiro irmão.
Juscelino Kubitschek (I)  -  
Wagner Moura
Personagem real. Juscelino Kubitschek teve infância pobre, mas conseguiu concluir os estudos e passar num concurso para telegrafista. Mudou-se para Belo Horizonte, onde concluiu a faculdade de Medicina. Especializou-se em urologia na França. Casou-se com Sarah, com quem teve uma filha, Marcia, e adotou outra, Maria Estela. Herdou dos pais suas características fundamentais: a boemia, jovialidade e alegria de João César; a disciplina e o sentido de responsabilidade de dona Júlia. Visionário determinado, inteligente, astuto, irrequieto, bem-humorado, de uma simpatia irresistível, dinâmico, otimista, dono de um grande espírito inovador. Adorava dançar. Entrou para política como secretário executivo do Governo de Minas Gerais, revolucionou a maneira de administrar na prefeitura de Belo Horizonte (1940-44), no governo de Minas Gerais (1950-54) e na presidência da República (1956-1960).
Júlia Kubitschek (I)  -  
Julia Lemmertz
Personagem real. Dona Júlia Kubitschek de Oliveira era a mãe de Juscelino e Naná. Mulher bonita, forte, professora primária em Diamantina. Aos 28 anos, ficou viúva de João Cesar e criou, praticamente sozinha, seus dois filhos. Teve influência muito grande durante toda a vida de JK. Ao contrário do marido, que era alegre e boêmio, ela, de ascendência tcheca, era uma mulher dura e persistente. Seu amor pelos filhos é inquestionável, mas demonstrado de forma muito contida. É para Juscelino o paradigma da ética, da determinação e da honestidade
Leonardo Faria  -  
Caco Ciocler
Personagem fictício. Pai de Sergio Sá e Silvinha. É um homem bonito, sedutor e inteligente, que a vida transforma num político oportunista. Dançarino de tango para pagar os estudos, tem em Salomé sua parceira de dança. Os dois se apaixonam, mas são separados. Quando se reencontram, estão casados com outras pessoas e iniciam uma relação de desencontros e mágoas. Envolve-se com Maguí. Deputado pela UDN, faz oposição a JK.
Licurgo  -  
Luis Melo
Personagem fictício. O coronel é casado com Maria e é pai de Zinque. Típico coronel do interior, autoritário, brutal, reacionário. Falso cristão, prega as leis da Igreja, mas vive de acordo com suas vontades. Freqüentador assíduo do cabaré de Olímpia. Não aceita que o filho siga a vida religiosa.
Luisinha Negrão (I)  -  
Louise Cardoso
Personagem real. Mãe de Sarah. Mulher bonita, elegante, vaidosa e bem-humorada. Casada com Jaime Lemos, teve cinco filhos: Amélia, Maria Luisa, Sarah, Geraldo e Idalina. O marido era uma figura importante na política mineira, mas teve grandes decepções que acabaram levando-o a morte. Não gostava do que a política fez com seu marido, mas teve que se conformar em ter três de suas filhas casadas com políticos: Amélia com Gabriel Passos, Maria Luisa com Clóvis Pinto e Sarah com Juscelino Kubitschek.
Madalena  -  
Ana Cecília Costa
Personagem fictícia. Amante de Licurgo, muda-se para a fazenda e casa-se com Zinque. Mãe de Antenor, morre tentando fugir de Licurgo.
Maria  -  
Cássia Kiss
Personagem fictício. Tia Maria é casada com Licurgo, mãe de Zinque. Mulher religiosa, calada, submissa, quase sem instrução, mas de boa índole. Sofre com os maus tratos do marido
Mata Machado  -  
Luciano Chirolli
Personagem real. Médico de Diamantina, amigo da família de JK. Foi quem ajudou JK a conseguir o emprego de telegrafista em Belo Horizonte, que lhe daria condições de estudar Medicina.
Naná (I)  -  
Juliana Mesquita
Personagem real. Maria da Conceição Kubitschek de Oliveira era a única irmã de JK, um ano mais velha que ele. Desde a infância, eram muito unidos. Inventiva, procurava tornar a vida dura da família mais alegre e divertida, nos tempos difíceis. Durante toda a vida, foi a grande confidente de Juscelino. Alegre, comunicativa e generosa, casou-se com Julio Soares
Odilon Bherens (I)  -  
Andre Frateschi
Personagem real. Colega de medicina de Juscelino. Farrista e bem-humorado, tornou-se amigo de JK e Alkmim na pensão de dona Cota. Formavam uma turma inseparável. Mineiro de Juiz de Fora, foi quem apresentou JK a Schmidt. Foi secretário da educação e das finanças de JK no governo de Minas Gerais e morreu quando desempenhava o cargo. De acordo com um pacto feito quando eram jovens, conta-se que, no seu velório, Juscelino colocou 500 cruzeiros no caixão, Thales pôs outros 500 e que, quando chegou a vez de Alkmim, este preencheu um cheque de 1.500 cruzeiros e o colocou no caixão, depois de pegar o dinheiro dos outros dois
Olímpia Garcia  -  
Tuna Dwek
Cafetina espanhola, dona dos mais importantes bordéis e cabarés de Belo Horizonte na época em que JK era jovem. Manteve-se à frente do meretrício da cidade até o fim dos anos 30.
Oscar Niemeyer  -  
Rodrigo Penna
Personagem real. Arquiteto carioca, reconhecido por seus projetos inovadores, com traços modernos, e por seu engajamento no trabalho. Boêmio, gostava de estar com os amigos, de tocar cavaquinho, de samba e de futebol. Quando conhece JK, já se revela preocupado com a pobreza do povo brasileiro e com as injustiças sociais. Impressionou JK por sua capacidade de trabalho e de encarar desafios e, principalmente, por sua ousadia. Participou dos projetos para construção do Conjunto Arquitetônico da Pampulha e de Brasília.
Salomé  -  
Deborah Evelyn
Personagem fictício. Enfermeira, mãe de Silvinha. Quando jovem, apaixonou-se por Leonardo, mas o destino os separou de forma trágica. Pensando que seu amor havia morrido, casa-se com o primo Zinque, mas vivem como irmãos. Cansada de viver em conflito com o sogro, o coronel Licurgo, muda-se para Belo Horizonte para trabalhar na Santa Casa. Ao encontrar Leonardo e perceber que não poderão ficar juntos, muda-se de vez para o Rio de Janeiro com Guiomar e passam a viver na pensão da baronesa de Tibagi.
Sarah Kubitschek (I)  -  
Debora Falabella
Personagem real. Quando Sarah Lemos viu JK pela primeira vez, apaixonou-se perdidamente. Casou-se e desejou muito ter filhos, mas foram 11 anos de tentativas até nascer Marcia. Anos depois, adotaram Maria Estela. De família tradicional e cheia de políticos, ela era enérgica, determinada, bem-educada, e consciente de sua categoria social. Apesar de conservadora, esteve surpreendentemente à frente de seu tempo. Foi uma das primeiras-damas mais ativas do país e cumpriu exemplarmente seu papel, mas sofreu por não ser amada na mesma proporção em que amava Juscelino. Entre as primeiras-damas do Brasil, foi a primeira a se engajar em obras sociais.
Thales da Rocha Viana (I)  -  
Marcelo Laham
Personagem real. Engenheiro. Um dos jovens que mora na pensão de dona Cota com JK, em Belo Horizonte. Bom de copo, contador de piadas e com grande repertório de palavrões, é uma das companhias favoritas de Juscelino. Casa-se com Virgininha, prima de JK e irmã de Maria das Dores, esposa de Alkmim
Yedda Ovalle Schmidt  -  
Alessandra Negrini
Personagem real. Sobrinha de Jayme Ovalle, casada com Augusto Schmidt. Mulher de beleza exuberante, charmosa e consciente de seu poder de sedução. Possuía uma energia invejável e praticava equitação, vôlei e yoga, além de ser uma exímia dançarina e de adorar a velocidade. Em sociedade, era a perfeita anfitriã ao promover reuniões e festas que reuniam a elite da sociedade, entre artistas, intelectuais, políticos e até militares. Extremamente elegante e vaidosa, ditava a moda na sociedade carioca. Com sua forte personalidade, não perdoava traições e guardava as mágoas de quem conseguia ofendê-la.
Zinque  -  
Dan Stulbach
Personagem fictício. Filho de Licurgo e Maria. Sofre com a violência do pai. Casa-se com Madalena e assume seu irmão Antenor como filho. Viúvo, volta a se casar com a prima Salomé, com quem mantém uma relação de irmão. Quando ela engravida, também assume a paternidade de seu filho. Seu grande sonho é seguir a vida religiosa, mas é impedido pelo pai

Em “JK”, o que não faltam são cenas dançantes em bailes, em shows de cabaré ou mesmo pelas ruas. Dependendo da época, do lugar ou dos personagens, a cada hora é um estilo de dança que se apresenta. Tem de tudo um pouco na minissérie: valsa, tango, maxixe e até cake walk.
Quem assumiu a tarefa de ensinar os atores a bailar conforme a música foi o professor de dança, bailarino e coreógrafo Jaime Arôxa. Jaime conta, todo orgulhoso, que está supersatisfeito com o resultado do trabalho e se derrama em elogios na hora de avaliar a performance dos atores na trama.
E não são poucos os que tiveram que aprender uns passinhos para fazer bonito na minissérie. A fama de pé-de-valsa que sempre acompanhou Juscelino confere ao ex-presidente a honra de encabeçar a lista de personagens que vão mostrar o molejo. Além dele, Salomé, Sarah, Naná, Amália, Leonardo Faria e até mesmo Zinque, entre outros, vão dançar ou já dançaram numa cena ou outra.
Clique no link acima e confira a história dos estilos de dança que são um show à parte na minissérie!

Dar conta de vestir um elenco já é uma tarefa complexa. Um elenco gigantesco como o de “JK”, que recria desde 1902 até 1976, então... Este sim é pano pra manga que não acaba mais!
São sete décadas e dezenas de personagens, que vão de presidentes a cidadãos comuns do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte, isso fora as participações especiais e as figurações. Cada mudança de fase é quase que uma outra minissérie: muda-se o figurino do elenco inteiro!
Quem vê o resultado na telinha mal imagina a mão-de-obra e a quantidade de pessoas envolvidas na dura e minuciosa tarefa de pesquisa, criação e confecção de toda esta indumentária. Com todo esse trabalhão, os responsáveis pelo guarda-roupa do elenco da minissérie, os figurinistas Emilia Duncan e Paulo Lois contam praticamente a história da moda brasileira dentro de “JK”.
Só que eles vão além de meramente acrescentar um novo estilo a cada fase. É que, apesar de a moda ter sofrido uma transformação absurda da década de 30 para a de 40, por exemplo, isso não aconteceu de um dia para o outro. Há, portanto, a preocupação de se mostrar essa transição na evolução dos trajes.
Para guiá-los nessa empreitada, Emilia e Paulo elaboraram pranchas - uma espécie de resumo em imagens -, uma para cada período que será retratado em “JK”. Estas colagens é que serviram de referência na hora de criar o guarda-roupa dos personagens de cada período. Clique no link acima e confira essas montagens que recriam as tendências dos anos 20 aos 70!
A Revolução de 1930
Entenda por que Juscelino comemorou a posse de Getúlio Vargas


Na minissérie, Juscelino Kubitschek aparece comemorando a Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas à presidência da república através da força. Vale a pena explicar o que foi esse movimento e por que ele foi tão bem recebido por JK e grande parte da população.
Desde o fim do século XIX, o poder central do país era dividido entre as oligarquias agrárias de São Paulo e Minas Gerais, o que ficou conhecido como Política do Café com Leite. Esse acerto político definia que a presidência do país ficaria sempre ora nas mãos de um mineiro, ora nas mãos de um paulista, alternadamente. Em âmbito regional, poderosos fazendeiros, chamados de coronéis, como o Licurgo da minissérie, mandavam e desmandavam em suas cidades e estados, controlando o voto de seus parentes, amigos e empregados. Só era eleito quem eles queriam.
Cutucando onça com vara curta
Em 1929, o presidente da vez era de São Paulo, Washington Luís. O esperado era que ele indicasse um mineiro para sua sucessão, mas ele preferiu apoiar outro paulista, Júlio Prestes. Ou seja: a Política do Café com Leite estava sendo posta de lado. Os oligarcas de Minas não gostaram de ver seus interesses sendo ignorados. Rompido com São Paulo, o estado de Minas se uniu ao Rio Grande do Sul e à Paraíba para indicar um candidato gaúcho às eleições presidenciais: Getúlio Vargas.
Mas quem ganhou a eleição, em março de 1930, foi mesmo Júlio Prestes. Os oligarcas mineiros, no entanto, não estavam dispostos a deixá-lo assumir. A essa insatisfação se somava o ímpeto revolucionário de jovens militares de todo o Brasil, chamados de “tenentes”, que passaram toda a década de 1920 tentando tomar o poder pela força. Oligarquias de estados menos poderosos também reclamavam sua fatia do bolo. Até a população estava insatisfeita, porque amargava o desemprego e a redução dos salários, conseqüências recentes da quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, e da desastrada política econômica brasileira. Além do mais, as crescentes massas urbanas passaram a exigir maior representatividade na política nacional, sempre dominada pelos cafeicultores. O panorama era de crise total. A gota d’água foi o assassinato de João Pessoa, candidato de Getúlio à vice-presidência, em julho de 1930 – não foi um crime político, mas o povo e a oposição tomou como se fosse.
Estoura a Revolução!
Com tudo isso, a Aliança Liberal, bloco de oposição formado pelos políticos dominantes de Minas, Paraíba e Rio Grande do Sul, mobilizou-se no plano de impedir a posse do presidente eleito. Outros estados aderiram à causa. Em 3 de outubro, a Revolução irrompeu em diversos estados e conquistou outros. No dia 24 do mesmo mês, os militares envolvidos já arrancavam Washington Luís da presidência da república. Júlio Prestes jamais assumiria o cargo. Em seu lugar, ficou uma junta governativa provisória, até que, em 3 de novembro, Getúlio Vargas tomou posse.
Getúlio foi recebido com festa pela população. Afinal de contas, aquele golpe de estado representava um basta no poder quase absoluto das oligarquias cafeeiras. Era o fim da República Velha. Mas não demorou até o povo perceber que a mudança política e econômica não o beneficiava diretamente. O país não tinha uma constituição, o que é o mesmo que dizer que os brasileiros não tinham direito algum garantido por lei. O que valia era a vontade do presidente. Um perigo.

Detalhes que você não viu
Os mil preparativos da cena do casamento de Naná e Júlio Soares


Fazer uma cena de casamento numa minissérie como “JK” dá quase tanto trabalho quanto preparar uma cerimônia matrimonial de verdade. A cena foi gravada no início de outubro e, de certa forma, começou a ser produzida meses antes. Afinal de contas, a gravação aconteceu no largo da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Tiradentes (MG), o que só foi possível porque o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) permitiu que se alterasse temporariamente a fachada da igreja e porque a população da cidade recebeu a equipe da minissérie de braços abertos
Primeiro, foi preciso pintar as fachadas da igreja e das casas em volta, para dar um aspecto envelhecido. Depois, veio a decoração da festa, feita ao ar livre, sendo que antes disso foi preciso pesquisar como eram as recepções de casamento nos anos 20. Diversos carros da época foram alugados de colecionadores apenas para ficarem estacionados na rua a lado da igreja. Como muitos convidados eram personagens pobres, também foram providenciados cavalos e charretes para ficarem “estacionados” por ali.
Doces tradicionais de Minas Gerais foram encomendados com uma doceira local. Moradores de Tiradentes foram escalados para fazer figuração na cena, como se fossem convidados da festa. No dia anterior à gravação, atores e figurantes tiveram aula de dança, para aprenderem como se dançava valsa e maxixe na época em que se passa a história. Músicos foram contratados para tocar ao vivo na cena.
No dia de gravar, foi preciso vestir e maquiar dezenas de atores e figurantes com as roupas e a pintura adequadas. A supervisora de caracterização, Marlene Moura, contava com um vasto cardápio dos penteados que estavam na moda nos anos 20, para poder arrumar cada mulher de um jeito. Emília Duncan, a figurinista, providenciou dezenas de vestidos, fraques, chapéus e acessórios com cortes, cores e modelos diferentes, sendo que nada poderia ofuscar o belo vestido da noiva. Ana Maria Magalhães, produtora de arte, era a responsável por conseguir os pratos, talheres, toalhas de mesa, arranjos, salgados, doces, velas, objetos de cena, enfeites e até os animais e os carros de época. E deu tudo certo.
Foi uma tarde inteira de gravação ao ar livre. E olha que a cena já começa na saída da igreja, sem mostrar a cerimônia em si! Em volta do Largo do Rosário, muitos moradores acompanharam com curiosidade o que acontecia, sem desconfiar que tanto trabalho aparecerá apenas por pouquíssimos minutos na TV. Mas é assim mesmo. São os detalhes que fazem a diferença.
Clique na galeria de fotos ali em cima para ver os bastidores da cena!

A minissérie “JK” tem particularidades de sobra para ser um marco na carreira de Wagner Moura. O ator que interpreta Juscelino Kubitschek dos 18 aos 43 anos conta que este é um trabalho de estréias: primeira minissérie, primeiro trabalho de época para TV, primeiro personagem que já existiu na vida real e primeiro trabalho com o diretor Dennis Carvalho. Boêmio assumido, assim como o ex-presidente, Wagner revela ainda que dançar é outra característica que o aproxima de Juscelino. Veja o que mais ele disse numa entrevista na sala de leitura do estúdio E, no Projac:
Como pintou o convite para ser o JK?
Quando eu estava fazendo ‘A Lua Me Disse’, o Dennis Carvalho foi lá no camarim e me convidou. Isso foi quase dois meses antes de a novela terminar. Adorei o convite. Na hora fiquei animado e afim de fazer. Não tinha planos de emendar outro trabalho na televisão depois da novela. Queria fazer teatro ou cinema etc. Mas foi irrecusável. Eu nunca tinha feito uma minissérie, nunca tinha feito uma trama de época, nunca tinha trabalhado com o Dennis e nunca tinha feito um personagem que já existiu. Tudo me atraiu.
Você se acha parecido com o Juscelino?
Não. Parecer fisicamente não tem jeito. Estou nas mãos da Marlene Moura (responsável pela caracterização dos personagens) e ela está fazendo um trabalho excelente, porque realmente não me pareço com ele. Essa parte da caracterização é importantíssima.
Como foi o processo de criação do personagem?
Comecei a estudar, a ver tudo sobre ele e a ler todas as biografias possíveis, inclusive a que ele próprio escreveu. O Juscelino contando a própria vida foi um prato cheio pra mim. Procurei estudar também a política da época: dos anos 30 até 1964. Há ainda a parte teórica de estudo de época. Já o contato com a família dele, eu não tive. Só fui conhecer a Maria Estela Kubitschek (filha de Juscelino), o Carlos Murilo (primo de Juscelino) e alguns outros integrantes da família na festa de estréia da minissérie, em Brasília. Fiquei muito feliz de tê-los conhecido. Eles me deram um retorno bacana do que viram. É que, durante a festa, passaram uns dez minutos da minissérie num telão e eles gostaram.
Quais recursos você utiliza para interpretá-lo?
Busquei as tão famosas características principais do Juscelino: o otimismo, o desenvolvimentismo, a perseverança, o bom-humor, a fé no futuro e a fé na humanidade e procurei isso tudo dentro de mim. Não adianta imitar uma pessoa que já existiu. Tentei buscar essas características dele dentro de mim.
Você é baiano. Como faz para disfarçar o sotaque, já que Juscelino era mineiro?
Procurei anular totalmente meu sotaque baiano e também meu sotaque carioca. Nem eu nem ninguém na minissérie está falando com o “chiado” do carioca. Quem não investiu no mineirismo teve que, pelo menos, anular os acentos. Não fui fundo no sotaque de mineiro, mas, no comecinho, fiz um trabalho com a Íris (Gomes da Costa, professora de prosódia), mais pra neutralizar. Ela é sensacional, é ótima profissional. Alguns atores chegaram a investir no mineirismo, como a Julia Lemmertz.
Você gosta de política?
Gosto muito. Sempre me interessei muito por política. Acompanho os episódios políticos como qualquer cidadão.
O JK tinha fama de boêmio. E você, também se encaixa neste grupo?
Sim. Gosto de beber, de sair... Mas tenho um lado caseiro também.
Em quais cenas você tem sentido mais dificuldade?
Na verdade, tive mais dificuldade no ritmo das gravações, que é muito intenso. Nas cenas de época também, só que mais no início. Às vezes a gente se sente meio preso, não só pelas roupas, mas também pela maneira de falar.
A minissérie vai mostrar o lado pé-de-valsa de JK. Você gosta dançar?
Gosto muito. Isso é até uma característica que a gente tem em comum. Tive aulas com o Jaime Arôxa (professor de dança) e aprendi valsa e outras danças da época para compor o personagem.
Jogo-rápido
Ator: Mateus Solano e André Frateschi.
Atriz: Debora Falabella.
Cantor: Caetano Veloso.
Cantora: Vanessa da Mata.
Esporte: Escalada. Tenho escalado o Pão de Açúcar.
Filme: “Oito e meio”, de Federico Fellini.
Um herói: Meu pai.
Idade: 29 anos.
Um livro: A Bíblia.
Prato preferido: Cheio.
Programa de TV: “JK” e “Sexo Frágil”.
Signo: Câncer.
Sonho de consumo: Férias.
Sonho profissional: Férias.
O time do coração: Vitória.
Uma viagem: Quero conhecer o Deserto do Atacama, no Chile.
O dia da posse
José Wilker chega para interpretar o JK presidente


Desde 3 de outubro que Wagner Moura tem interpretado o jovem Juscelino Kubitschek. Agora chegou a hora de José Wilker assumir o papel, fazendo a fase madura do personagem. O curioso é que Wilker toma posse justamente na cena que mostra JK tomando posse da Presidência da República
A dupla posse vai ao ar logo no primeiro capítulo da minissérie, no dia 3 de janeiro. Após um longo caminho político e muitas conspirações para impedir sua posse, Juscelino se prepara para assumir o mais alto posto do país. Enquanto se arruma para seguir ao Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, antiga sede do poder, seus pensamentos relembram importantes personagens que fizeram parte de sua história. As memórias de JK vão até sua infância, passam por sua adolescência, pela faculdade de medicina, o casamento com Sarah, a Revolução Constitucionalista de 1932, o início da vida na política, os cargos públicos, o governo de Minas Gerais. O  devaneio é interrompido por Sarah (Marília Pêra), que segue com o marido para a cerimônia de posse.

No Palácio do Catete, uma multidão saúda o novo presidente do Brasil. Entre aplausos, faixas e cartazes, Juscelino vê pessoas marcantes de sua trajetória: a mãe, dona Júlia (Julia Lemmertz), ainda jovem; sua irmã, Naná (Raquel Bonfante), em plena infância; o avô Augusto Elias (Paulo José); o Dr. Mata Machado (Luciano Chirolli), que o ajudou a ingressar na medicina; a vizinha Augusta Generosa (Aruana Zambi), que lhe contava fascinantes histórias quando ele era menino; e o casal Celeste (Maria Manoela) e Joaquim (Ilya São Paulo), que tanto ajudou sua família. A partir daí, JK inicia um relato de sua vida, começando pelo dia do seu nascimento, 12 de setembro de 1902, em Diamantina, Minas Gerais.

Clique na galeria de fotos lá em cima para ver como serão as primeiras cenas de José Wilker na minissérie!
dança através dos tempos
Valsa, maxixe, tango, rock'n'roll e muito mais!


A dança, em diversas modalidades, será um dos destaques da minissérie “JK”. Não poderia ser diferente, se levarmos em conta que Juscelino Kubitschek, o personagem principal, era um famoso pé-de-valsa, sujeito que dançava muito bem e não perdia uma oportunidade de exercitar o hobby. Mas isso não é tudo. A dança também será usada para ajudar a mostrar e demarcar cada época a ser abordada pela trama, que começa nos primeiros anos do século XX e termina em 1976. Por isso, vai ter valsa, tango, maxixe, rock e até uma certa cakewal
Para Wagner Moura, que interpreta JK dos 18 aos 43 anos, não tem sido problema algum dançar em cena, já que o ator gosta mesmo de sacudir o esqueleto. Só que ele tem precisado treinar danças que não são as que ele está acostumado a praticar nas festas. Para a cena do casamento de Naná, irmã de JK, ele teve aula de valsa e maxixe, por exemplo. Para uma cena do Cabaré de Olímpia, o maior bordel de Belo Horizonte nos anos 20, ele teve aula de tango. E por aí vai. Mas ele tira de letra. “O Wagner é, com certeza, o aluno mais aplicado”, aprova a professora de dança Ju Espíndola.
Tudo pelo personagem!
Quem também tem precisado de aulas são Caco Ciocler e Deborah Evelyn, que formarão uma dupla profissional de dançarinos de tango na minissérie. Portanto, eles não podem apenas “enganar” como dançarinos, eles precisam realmente estar muito à vontade com os passos da dança argentina. “Eu não sabia dançar tango, mas nem foi complicado a aprender. Faz parte do trabalho de criação do personagem”, diz Caco, que já interpreta seu papel com segurança.
Enquanto a trama estiver nos anos 20, muitos personagens aparecerão dançando maxixe, dança que foi considerada imoral por muitos anos. E olha que, na época, ela tinha passos muito mais comportados e pudicos que o forró de hoje em dia. Outra dança do mesmo período é a cakewalk, criação de escravos americanos que chegou tarde ao Brasil e não durou muito – um de seus passos obrigava a dançarina a carregar um bolo inteiro em uma das mãos enquanto se apresentava. Numa fase posterior da trama, haverá um núcleo de jovens que descobrem o rock’n’roll e se esbaldam nos bailões.
Clique na galeria de fotos ao lado para ver o elenco em diversas cenas e aulas de dança!
Cabaré de Olímpia
A sede da sensualidade em Belo Horizonte


Um dos cenários mais interessantes de “JK” é o Cabaré de Olímpia, casa noturna que realmente marcou época nos anos 20. Na trama, é lá onde o jovem Juscelino Kubitschek (Wagner Moura) eventualmente vai beber e conversar com os amigos. É também onde Salomé (Deborah Evelyn) e Leonardo (Caco Ciocler) ganham a vida como dançarinos de tango e o coronel Licurgo (Luís Melo) comete um de seus piores crimes. Mas a dona do pedaço é mesmo a cafetina espanhola Olímpia, interpretada pela atriz Tuna Dwek. A personagem, embora não tenha importância histórica, existiu de verdade e dará um brilho especial à minissérie
“O Cabaré de Olímpia é um centro de liberdade. É o lugar aonde os homens vão para ter um momento só deles. Não tem necessariamente a ver com sexo: os homens também vão lá para dançar, beber, conversar em paz com os amigos, sem a mulher para atrapalhar. É um cenário lindíssimo, que reflete muito da personalidade da Olímpia. Por exemplo: as taças de cristal, os talheres de prata e o bom gosto da decoração mostram que ela é uma cafetina elegante, atenta a cada detalhe, glamurosa. As rosas dos arranjos das mesas combinam com o bordô das cortinas, para você ter uma idéia do nível de capricho e detalhamento. Não é um ambiente de baixaria, é um ambiente de liberdade e alegria”, explica Tuna.
O Cabaré de Olímpia é um cenário enorme. Há um palco com piano, uma grande pista de dança rodeada de mesas, um bar, camarim, chapelaria, hall de entrada e até uma escada que desce para um subsolo de verdade, luxo incomum num cenário de TV. Tuna Dwek conta que esse cenário a ajudou a encarnar a personagem: “Todo ator é inseguro. Quando eu entro no estúdio para gravar, fico insegura, claro. Mas basta entrar nesse cenário maravilhoso para eu imediatamente me transformar na Olímpia, a dona do cabaré, a mulher que manda com o sorriso”.


Passeando pelos corredores dos estúdios de JK, a curiosidade só aumenta. Dos camarins ou das salas de maquiagem, toda hora sai um ator ou atriz caracterizado para uma década do passado. Como a minissérie retratará da década de década de 10 à de 70, alguns artistas especificamente fazem essa viagem para viver seus personagens ao longo do tempo.
Mas afinal, em qual dessas fases os atores gostariam de viver? Eles se sentiram entrando numa máquina do tempo ao responderem essa questão.
Samara Filippo diz que como já fez uma novela que se passava nos anos 20, se apaixonou pelos costumes da época. “É a era da inocência”, opina. Como ela, Mariana Ximenes também já interpretou mulheres nos anos 20, 30, 50. “Acho lindo tudo das décadas passadas”. Já Julia Almeida gosta dos anos 30 por conta da moda.
No time dos menos saudosistas estão Fábio Assunção e Marília Gabriela. “Se pudesse, gostaria de ir para frente, nunca para trás! Para o ano 2050, provavelmente”.
Quer ver mais? Então clique acima e veja outros artistas e essa viagem na máquina do tempo!

O Memorial JK, em Brasília, recebeu o elenco da próxima minissérie da TV Globo, que estréia dia 3 de janeiro, para a festa de lançamento desta superprodução. Mas se em JK as atrizes vão contracenar com figurinos de época, nesta comemoração elas estavam livres para abusar do próprio estilo.
Alessandra Negrini - que esbanjou sensualidade num longo tomara que caia - e Deborah Bloch fizeram bonito com estampas coloridas.
Em tons de azul, Debora Falabella e Louise Cardoso – que interpretam  Sarah Kubitschek em diferentes fases - optaram por modelos mais clássicos, como um longo frente única . Já Letícia Sabatella e Guilhermina Guinle apostaram em cores mais femininas como o rosa e o lilás.
Julia Lemmertz, que dá vida à mãe de JK na primeira fase, trouxe um pouco do estilo anos 50 num vestido que lembrava os modelos da era de ouro.
Dos mais sóbrios aos mais ousados, as atrizes da minissérie mostraram que estão em dia com a elegância. Clique no link acimA festa de lançamento
Elenco e equipe divulgam a minissérie num evento em Brasília


Ao chegarem ao Memorial JK, em Brasília, para a entrevista coletiva e a festa de lançamento da minissérie “JK”, realizadas na terça-feira, dia 13, parentes e amigos de Juscelino, artistas, autores, diretores e jornalistas relembraram momentos de uma época marcante na História do Brasil. Para entrar no prédio, os convidados percorriam um longo tapete vermelho, ladeado por membros dos Dragões da Independência, unidade militar criada em 1808  por D. João VI . Começava ali uma viagem à era JK.  
Logo após a coletiva de imprensa,  todos seguiram para a parte externa do Memorial,  onde foi montado um túnel com  19m de largura e 9,5m de altura, com um ambiente cenografado especialmente para a ocasião. A decoração, pautada nas cores branca, vermelha e preta, teve como referência as formas retas e simples do modernismo, representado a arquitetura de Oscar Niemeyer. A parte interna foi forrada com malha branca e os móveis de mesma cor contrastavam com o piso de carpete na cor preta. Arranjos de rosas e lírios vermelhos e brancos deram  vida a todos os objetos que, de alguma forma, retratavam a era do presidente mineiro.

Um drinque foi criado especialmente para o evento e fez sucesso entre os convidados: uma combinação de lima da pérsia, limão siciliano, uísque green label e canela. No cardápio,  um mix da culinária mineira de JK, apresentada com sofisticação em pratos como lombinho com milho verde,  polenta com frango e geléias com requeijão. As sobremesas traziam ingredientes inusitados, caso da musse de chocolate com pimenta e frutas vermelhas.

Muita emoção com a presença de descendentes de JK
Todos assistiram a um vídeo de dez minutos apresentado pelo diretor  de núcleo da minissérie, Dennis Carvalho, que adiantava trechos de algumas cenas já gravadas.  Elenco e  produção se  comoveram e aplaudiram os primeiros resultados de seu trabalho. A emoção também tomou conta da família e dos amigos do ex-presidente presentes  no evento, como sua filha Maria Estela, as netas Anna Christina e Júlia e os bisnetos André e Felipe. Os autores da trama, Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, e Dennis Carvalho receberam uma homenagem especial da família de Juscelino Kubitschek. Anna Christina entregou uma placa de homenagem aos três e agradeceu por estarem relembrando e apresentando um homem que marcou a História do Brasil com sua ousadia e entusiasmo.

Os atores se encontraram e trocaram informações com os personagens da vida real, como a filha de Juscelino, Maria Estela Kubitschek Lopes.  A atriz Marília Pêra, que interpreta  Sarah Kunbitschek, contou a ela que ficou surpresa ao saber que a esposa de JK era expansiva. "Ouvi as netas falando que ela  colocava tudo para fora. Para mim, isso é uma novidade", disse Marília. "Ela era uma mulher muito espontânea. Que coisa linda você fazer mamãe!", disse Maria Estela.

No meio da noite, uma surpresa

Uma surpresa bastante agradável da noite foi o show do cantor Milton Nascimento, apresentado por Dennis Carvalho. Antes de chamá-lo ao palco, o diretor contou que Milton, seu compadre, apresentou-o a Elis Regina, que fez um comentário que jamais esqueceu: "Se Deus cantasse, Ele teria a voz de Milton Nascimento". Ninguém conseguiu ficar parado enquanto o cantor  interpretava sucessos como “Maria, Maria” e “Coração de estudante”. O ponto alto da apresentação ficou por conta de “Peixe vivo”, cantiga tradicional que será o tema de abertura da minissérie. A cantora Marina Machado também subiu ao palco, para uma participação especial no show de Milton. Depois da apresentação, os convidados dançaram pra valer ao som de grandes sucessos dos anos 70 em diante.

Além dos autores Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira,  seus colaboradores Geraldo Carneiro, Letícia Mey e Rodrigo Amaral  e dos diretores Dennis Carvalho, Amora Mautner e Vinicius Coimbra, estiveram presentes os atores José Wilker, Wagner Moura, Marília Pêra, Débora Falabella, Julia Lemmertz, Débora Bloch, Marília Gabriela, Antonio Calloni, Alessandra Negrini, Louise Cardoso, Samara Felippo, Hugo Carvana, Paulo Goulart, Osmar Prado, Deborah Evelyn, Caco Ciocler, Fábio Assunção, Mariana Ximenes, Dan Stulbach, Luis Melo, Guilhermina Guinle, Nathalia Thimberg, Xuxa Lopes, Betty Gofman, Cássio Gabus Mendes, Tato Gabus, Denise del Vecchio, Ariclê Perez, Andrea Horta, Julia Almeida e André Frateschi.
Confira a galeria de fotos ao lado para ver como foi!
a e veja os vestidos que elas usaram e arrasaram!
Arte na produção
O difícil desafio de recriar várias épocas


Ana Maria Magalhães, produtora de arte da minissérie, tem 30 anos de profissão e acredita que este é seu trabalho mais desafiador, em especial pelo número de épocas que retrata a trama de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira. Somada à complexidade da reconstituição destes períodos diversos, a equipe de Ana Maria enfrentou ainda a dificuldade de encontrar as informações necessárias. “É um país sem historicidade, o que dificulta o nosso trabalho”, conta ela
Para compor os ambientes, a equipe de produção de arte buscou objetos em brechós, lojas e feiras de antiguidades. Algumas peças tiveram que ser compradas; outras, alugadas. Contaram também com peças feitas sob encomenda a alguns artesãos. Cada vez que uma fase muda, a equipe, composta por cinco pessoas – e que trabalha no projeto “JK” desde julho –, mergulha em pesquisas e ambienta as cenas de acordo com seus períodos.
Ambientação também reflete os personagens
Diamantina, mostrada em cenas realizadas na própria cidade e em Tiradentes, retrata alguns núcleos da minissérie, divididos de acordo com o perfil de cada personagem. “A casa de dona Júlia, mãe de JK, é simples; na família, são todos muito pobres, mas de uma dignidade ímpar. E são essas características que tentamos mostrar. Assim como a fazenda do coronel Licurgo, que possui uma situação financeira mais abastada, traz mais luxo, mas não deixamos de retratar o ambiente sombrio do grande vilão desta história”, explica Ana Maria.
Já para Belo Horizonte, os cenários e sua composição são mais luxuosos. Aí está o núcleo de Sarah Lemos, futura esposa de JK, vinda de uma família tradicional. Os ambientes e peças trazem a sofisticação da família. Os estilos art nouveau e art déco ganham destaque. O modernismo entra para retratar as décadas de 40 e 50.  “Em Santos, gravamos as cenas com o bonde, que estava em perfeitas condições de funcionamento e atendia às características necessárias para a gravação. Precisávamos mostrar JK nas ruas de Belo Horizonte na época de sua juventude e simulamos isso, pois Santos possui um estilo colonial e Belo Horizonte, moderno. Para conseguir contar quase cem anos de história, temos que lançar mão de algumas licenças poéticas”, explica a produtora.


Em “JK”, o que não faltam são cenas dançantes em bailes, em shows de cabaré ou mesmo pelas ruas. Dependendo da época, do lugar ou dos personagens, a cada hora é um estilo de dança que se apresenta. Tem de tudo um pouco na minissérie: valsa, tango, maxixe e até cake walk.
Quem assumiu a tarefa de ensinar os atores a bailar conforme a música foi o professor de dança, bailarino e coreógrafo Jaime Arôxa. Jaime conta, todo orgulhoso, que está supersatisfeito com o resultado do trabalho e se derrama em elogios na hora de avaliar a performance dos atores na trama.
E não são poucos os que tiveram que aprender uns passinhos para fazer bonito na minissérie. A fama de pé-de-valsa que sempre acompanhou Juscelino confere ao ex-presidente a honra de encabeçar a lista de personagens que vão mostrar o molejo. Além dele, Salomé, Sarah, Naná, Amália, Leonardo Faria e até mesmo Zinque, entre outros, vão dançar ou já dançaram numa cena ou outra.
Clique no link acima e confira a história dos estilos de dança que são um show à parte na minissérie

Com JK, Dennis Carvalho estréia sua sexta minissérie na TV Globo como diretor. Os 30 anos de carreira lhe garantem excelência o suficiente para que ele afirme: “Este é o trabalho mais importante que já fiz até hoje”. Segundo o diretor, um dos maiores desafios desta empreitada histórica vai ser “reconstruir” em um mês – ainda que sob o respaldo de muita computação gráfica e imagens de filmes e fotos da época - o que Oscar Niemeyer levou três anos para construir: Brasília. Para o público, Dennis garante um resultado além do esperado, o que só foi possível graças a uma equipe para a qual ele é só elogios. Veja o que mais disse o diretor sobre a minissérie na entrevista abaixo:
Como define este trabalho?
Tenho quase 30 anos de carreira e sempre tento trabalhar em algo que faça diferença para as pessoas. Com  a minissérie, vamos falar de JK e, claro, da história do Brasil. Contaremos 76 anos da história do nosso país.  Esse é o trabalho mais importante que fiz até hoje. É um presente na minha carreira. Além disso, conto com uma equipe e um elenco fantásticos. Não tenho dúvidas de que este será um grande trabalho.
Qual está sendo o seu maior desafio?
A “reconstrução” de Brasília, sem dúvida. Costumo brincar dizendo que Niemeyer teve três anos para fazer o que faremos em um mês. Para “reconstruir” Brasília, vamos usar muita computação gráfica e imagens de filmes e fotos da época. Precisaremos de muitos recursos especiais para refazer o Congresso da época, por exemplo, ou para retratar a comemoração da posse de JK, que aconteceu na Avenida Rio Branco, com multidão e muitos carros.

Como foi a escolha do elenco?
Logo de início pensamos no José Wilker e no Wagner Moura, que interpretam JK. Aí vieram Débora Falabella, Marília Pêra e outros nomes, todos de comum acordo com os autores. E teremos atores promissores, como Maria Manoela, Patrícia Werneck e Lucci Ferreira.
As gravações, como estão?
Começamos por Tiradentes, no dia 03 de outubro, e durante todo o mês gravamos aproximadamente 140 cenas. O resultado foi excelente. Contamos muito com a sorte e só cancelamos um dia de gravação por causa da chuva. Parecia que estávamos numa cidade cenográfica. De lá, seguimos para Diamantina e tivemos como locações vários lugares que fizeram parte da infância de JK, como sua casa e o colégio e a igreja que freqüentou. Já tivemos locações em Santos, onde gravamos no bonde da cidade e na rua do Comércio. Amora Mautner gravou em Belo Horizonte e Vinícius Coimbra fez em Gericinó as cenas da Revolução de 32. Além disso, também já demos início às gravações na Central Globo de Produção (CGP).
Gravar em cinco cidades – Tiradentes, Diamantina, Santos, Belo Horizonte e Rio de Janeiro – e quatro estados diferentes está sendo um desafio?
Um grande desafio que estou dividindo com os diretores Amora Mautner e Vinícius Coimbra. E se o resultado está acima do esperado, é porque contamos com uma equipe excelente - que consegue montar e desmontar estruturas e cenários seja em Diamantina, em Santos ou no Rio de Janeiro - e com um elenco de primeira, capaz de ir da década de 20 à de 50 em apenas duas cenas e que ora está com 18 ora está com 40 anos, sempre com muita veracidade.
Quais são as próximas etapas?
Continuar as gravações no estúdio e nas cidades cenográficas da CGP, além de algumas externas na cidade. Também gravaremos em Brasília, em janeiro. Mas a etapa mais importante que nos espera é a mudança de elenco. Até aqui gravamos as duas primeiras fases da minissérie e agora nos preparamos para receber o novo casal Kubitschek - José Wilker e Marília Pêra - e vários grandes nomes que ajudarão a contar a trajetória de JK no Governo de Minas e na presidência da República.
Equipe de JK:

Escrita por
  Maria Adelaide Amaral , Geraldo Carneiro , Alcides Nogueira

Colaboração
  Letícia Mey , Rodrigo Arantes do Amaral

Consultoria Histórica
  Ronaldo Costa Couto

Direção
  Dennis Carvalho , Vinícius Coimbra , Amora Mautner

Direção de Núcleo
  Dennis Carvalho

Cenografia
  Fábio Rangel , Keller Veiga , Marie Odile , Fabbio Gomes , Alexandre Gomes , Kaka Monteiro

Cenógrafos Assistentes
  Gilmar Ventura , Alexis Pabliano , Raquel Winter , Rosa Angélica , Renata Romano , Ricardo Teixeira , Liana Slipoi , Flavia Yared , Paula Camargo , Anne Marie Bourgoeis

Figurino
  Emilia Duncan , Paulo Lois

Figurinista Assistente
  Julia Brant , Jussara Santos , Tatiana Rodrigues , Valéria Leite , Ricardo Raposo , Mariana Sued , Patrícia Barbeitas , Maria Matilde Girelli , Elizabeth Ferreira , Diana Leste

Equipe de Apoio ao Figurino
  Luiz Correia , Maurício Carvalho , Shirley da Motta , Neide Aparecida , Ana Maria da Silva , Valéria Coelho , Marinice Nascimento , Fátima de Assis , Mara Silvia , Layde Nascimento dos Santos , Genilton Gomes , Carlos Alberto Santos , Claudio Luiz , Antonio Carlos , Angelo Fitelman , Wanderley Gouveia , Pierre Ramos , Odilon Tavares , Octacílio Coutinho , José Cabral , Ana Maria Gonçalves , Terezinha Cardoso , Maria Aparecida Pereira , Paulo Piovesan , Benedita Benta

Direção de Fotografia
  Ricardo Gaglianone

Direção de Iluminação
  José Alailton de Freitas , Carlos Alberto Ribeiro , Gustavo Amaral

Equipe de Iluminação
  Rafael Xavier Fernandes , Carlos Eduardo Gomes , José Luis da Silva , Dorgival Felix da Silva , Edson Ferreira , Fábio Rosa , Gabriel Coelho , Gerson Antonio Braz , André Luiz da F.Camelo , Jorgival da Luz de Eca , Otávio de Oliveira , Ruy Santos

Direção de arte
  Mario Monteiro

Produção de Arte
  Ana Maria de Magalhães , Cristina Médicis , Andréa Penafiel , Marco Cortez

Produção de Arte Assistente
  Mariana Barros , Mirian Vianna , Rafael Faustini , Angela Duarte , Julio Xerfan

Equipe de Apoio à Arte
  Sérgio Luiz P. Brandão , Carlos Eduardo Loureiro , Antonio Manoel Filho , Paulo Pereira Lisboa , Rogério Pestana , Edson Herdade , Carlos Alberto Guimarães , Ary Francisco Farias , Julio Cesar Souza e Silva

Produção de Elenco
  André Reis

Produção Musical
  Alberto Rosemblit

Direção Musical
  Mariozinho Rocha

Caracterização
  Marlene Moura , Rubens Libório , Vavá Torres

Equipe de Apoio à Caracterização
  Núbia Maisa , Sonia Silva , Mirian Beltrão , Jorge Henrique , Carlos Marques , José Alves Guedes , Maria de Lourdes , Marli Toledo , Márcia Vieira , Eliane Farinhas

Edição
  Célio Fonseca , Luiz Eduardo Guimarães , Rosemeire Barros

Sonoplastia
  Julio Correa , Humberto Donghia

Efeitos Visuais
  Tony Cid , Paula Souto

Efeitos Especiais
  Marcos Soares

Abertura
  Hans Donner , Alexandre Pit Ribeiro , Thiago Serial Costa

Apresentador
  Thiago Serial Costa

Direção de Imagem
  Cassiano Filho

Câmeras
  Antonio Carlos Laport , Maurício Azevedo , Thelso Batista , Jovani Rios , Valter Espírito Santo , João Ricardo

Equipe de Apoio à Operação de Câmera
  Valquir Pereira , Paulo Sérgio Rodrigues Oliveira , Alex Ferreira , Alexandre Teixeira Mattos , Jefferson Medeiros

Equipe de Vídeo
  José Carlos Gonçalves , Adhemar Ribeiro Moreira , Alexandre Carpi

Equipe de Áudio
  Marco Paula Duarte Damiano , Gilberto da Silva Medina , Carlos Roberto Moreira , Rogério Vasconcelos , Dilson Costa , Ricardo Knupp

Supervisão e Operação de Sistemas
  Murilo Morgado , J.Antonio F.Mendes , Marco Aurélio Cardozo

Gerente de Projetos
  André Ventura

Supervisor de Produção de Cenografia
  Helio Otávio Chaves Barbosa , Linaldo Vieira de Albuquerque , Jonas Martins Lemos , Vilma Lúcia Antunes Marinho , Docacildo Viana de Souza

Equipe de Cenotécnica
  Marcelo do Valle Neves , Luiz Sergio Dias de Freitas , André Geremias , Eduardo da Silva Pinheiro , Marcelo de Oliveira Corrêa , Marivaldo Silva de Moraes Sarmento , Glória Maria de Souza , Fábio Souza da Costa , Paulo Cesar Ribeiro da Silva , Ailton Gonçalves Moreira , Marcelo Evangelista de Oliveira , José Carlos Aleluia , Evandro Pimentel Cândido , Cláudio Pereira , Alexandre Macedo Ramos , Ivo Cipriano da Silva , Petterson Guimarães da Silva , João Henrique Rondão , Ronaldo Correia da Silva , Luiz Henrique Peixoto , José Norberto dos Santos , Francisco de Assis Gomes Barbosa , Carlos Roberto , Carlos Antonio da Silva , Roni Carvalho da Silva , José Fernandes dos Santos , André Luis França Correa , Valter Silva Santos , Jorge Luiz de Assis Coelho , Jorge Ricardo Paula dos Santos , Juarez Trindade , Jessé Ignácio Ramos

Pesquisa de Texto e Imagens
  Madalena Prado de Mendonça

Pesquisa de Texto
  Daniela Guedes

Continuidade
  Virgínia Marinho , Regina Wygoda , Claudia Lima

Assistente de Direção
  Cristiano Marques , Guto Arruda Botelho , Luisa Lima , Henrique Sauer

Produção de Engenharia
  Marcelo Bette

Equipe de Produção
  Ademi Gomes , Alexandre Almeida Santos , Caren Olivieri , Cláudio Nunes , Luize Nascimento , Mônica Fernandes , Nilton Canavezes , Rodrigo Ishikawa , Silvaldo Fernandes , Vanessa Nery

Coordenação de Produção
  Heleno Moura , Jayme Henriques , Cesar Nogueira , Renato Azevedo , Patrícia Loureiro

Acervo de Imagens
  Arquivo Nacional , Arquivo Público Mineiro , Arquivo Público do Distrito Federal , Família Bernardo Sayão , Library of Congress

Agradecimentos
  Affonso Heliodoro dos Santos , Ana Bentes , Alexandre Archer , Anna Christina Kubitschek Pereira , Antonio Beda , Augusto Guimarães , Baldomero Barbará Neto , Beatriz Lemos Vasconcelos , Boaventura da Cruz Filho , Carlos Chagas , Carlos Murilo e Déa Felício dos Santos , Celso Lafer , César Prates , Cirlene Ramos , Eliane Peyrot , Ernesto Silva , Família Aloízio Napoleão , Família Bernardo Sayão , Família Clóvis Salgado , Família Júlio Soares , Família Israel Pinheiro , Família Odilon Behrens , Família Thales da Rocha Viana , Ildeu de Oliveira , José Alves de Oliveira (Seu Zé) , José Maria Alkmin Filho , José Paulo Sepúlveda Pertence , Leandro Costa , Leonardo Alkmin , Maria Elisa Costa , Maria Estela Kubitschek Lopes , Maria Vitória Benevides , Mauro Sales , Memorial JK , Murilo Melo Filho , Newton Rossi , Olavo Drummond , Oscar Niemeyer , Paulo de Tarso e Lucia Flecha de Lima , Ponde de Leon , Rádio Nacional , Rodrigo Lopes , Rosental Ramos da Silva (in memoriam) , Sebastião Lacerda , Serafim Jardim , Sérgio Porto , Toninho Drummond , Vera Brant , Waldir Pinto Pereira , Povo de Tiradentes e de Diamantina

Decepção
Leonardo flagra Salomé feliz com Zinque e se sente traído


Leonardo se sente péssimo ao descobrir que Salomé está casada e morando em Diamantina, na casa do homem que tentou matá-lo. Ele nem imagina que a coitada foi obrigada a viajar e se casou mais por caridade e falta de perspectiva, porque pensava que ele estava morto. Também não suspeita que o tal casamento seja apenas uma fachada. Ele não se conforma: “Eu queria que a Salomé me dissesse olhando nos meus olhos por que não lutou por mim, por que se deixou levar para Diamantina, por que se casou com outro!”
As perguntas sem resposta são muitas: “Por que diabo não respondeu à minha carta? Eu disse que continuava à espera dela!”. Para aliviar seu coração, Leonardo decide que irá atrás de Salomé, para ouvir dela todas as respostas que lhe faltam. Mas ele nem precisa ir a Diamantina, graças a uma obra matreira do destino.
Como Zinque continua abalado pela guerra, Salomé o leva a Belo Horizonte para consultar um médico. Ela está muito preocupada com o primo/marido e faz de tudo para animá-lo. Até mesmo puxá-lo para dançar no meio da rua, à luz do dia, na frente de todo mundo. Os dois dançam com alegria, sorrisos estampados nos rostos. Quem vê pensa que se trata de um casal feliz, que se quer bem e se diverte junto, com o amor em flor. É essa cena que Leonardo presencia quando, por acaso, vê os dois na rua. É o que basta para ele acreditar que foi esquecido e deixado para trás por Salomé. Quando o mal-entendido for desfeito, Leonardo já terá superado esse baque e seguido com sua vida.

O próximo passo
Depois da chefiar a Casa Civil, JK se candidata a deputado federal


Benedito Valadares conseguirá fazer Juscelino pegar de vez o gosto pela política ao lhe oferecer uma candidatura a deputado federal. Seu objetivo é angariar votos em Diamantina, região onde seu partido precisa crescer. Como Juscelino é de lá, ninguém melhor que ele para conseguir o que Valadares deseja.
JK volta para sua cidade natal acompanhado por Sarah. Mesmo contrariada, ela aceita ajudá-lo na campanha. Assim que desce do trem, ele é aclamado por autoridades locais, parentes e curiosos, que disparam foguetes e lhe gritam vivas. Juscelino rapidamente apresenta Sarah aos seus familiares e segue com o cortejo, enquanto a esposa permanece na estação, imóvel, assustada com a multidão. Naná é quem a ajuda a seguir adiante.
Campanha difícil
Já na casa de seus familiares, Juscelino é alertado por Júlia de que, apesar da acolhida calorosa, seu partido não é o favorito na região. Especula-se que ele será derrotado com uma grande diferença de votos. Mas nada disso o desanima. Ao contrário: Juscelino fica estimulado a iniciar logo o trabalho. Em seu primeiro comício em Diamantina, ele conta não apenas com Sarah, Naná e Júlia, mas também com outros parentes, que lhe fazem companhia no palanque montado em uma praça da cidade. No discurso, JK destaca a necessidade da construção de pontes, estradas, escolas e ainda da restauração da cidade.
Quem não gosta nada de vê-lo em cima do palanque é Licurgo, mas o coronel não pode impedir os constantes avanços de JK na campanha. Em pouco tempo, filas de doentes em busca de tratamento formam-se diante do candidato médico, retratando a miséria e o desamparo da região, há muito esquecida pelos governantes. A eleição em Diamantina também é marcada por festas e serenatas, bem ao gosto da boemia da cidade, para tristeza de Sarah, que não consegue mais ficar a sós com o marido.
Amor em xeque
O sossego de Sarah termina no dia em que Juscelino se torna político


Sarah se casou com um médico, mas, como todo mundo já sabe, terminará como mulher de político. Mais do que isso: primeira-dama do Brasil. Só que o outro lado da glória é a decadência, e ela não queria ver seu marido passar pelo que seu pai passou: morrer desgostoso com o fim de sua carreira. Médicos se aposentam; políticos, não – eles nunca param, a menos que fiquem gravemente doentes, morram ou sejam colocados no ostracismo por obra de seus inimigos. A partir do dia em que Juscelino entra para a política, seu casamento com Sarah nunca mais é o mesmo
Tudo começa quando Benedito Valadares é nomeado interventor de Minas Gerais, por vontade do presidente Getúlio Vargas. Naquela época, 1932, os estados não tinham governadores, mas interventores, que acumulavam os poderes Executivo e Legislativo. Assim que assume o poder, Valadares se lembra de Juscelino, o médico que ele viu atuar com tanta dedicação na guerra da Revolução Constitucionalista. Então, ele faz um convite a JK: “Eu quero você como meu chefe da Casa Civil!”.
Ser chefe da Casa Civil de um estado significava avaliar a viabilidade dos projetos que o interventor pretendia pôr em prática, bem como ajudá-lo a atender ou pelo menos ouvir os pedidos da população. Um cargo estratégico. Mas Juscelino recusa o convite, pois sabe que Sarah tem pavor da idéia de vê-lo metido nesse tipo de coisa.
Golpe de mestre
Mas Valadares não desiste. Certa noite, ele manda um coronel à casa de Juscelino. O sujeito avisa: “Eu tenho ordem do doutor Valadares para só sair daqui depois que o senhor aceitar o convite dele!”. Sarah fica furiosa e praticamente o expulsa de sua casa, com o apoio do marido.
Até que, um dia, durante uma solenidade no saguão do Hospital Militar, onde Juscelino trabalha, Valadares aproveita a presença de tanta gente e faz um pronunciamento inesperado: “Não posso deixar de reiterar, aqui diante de todos, a minha admiração por aqueles que lutaram pelo Brasil e por Minas Gerais... Principalmente os médicos militares, que não mediram esforços! E para demonstrar esse meu apreço, escolhi para chefe da minha Casa Civil justamente o nosso capitão-médico, doutor Juscelino Kubitschek de Oliveira!”. Surpreso, Juscelino é imediatamente engolido por um mar de abraços, tapinhas nas costas, apertos de mão e todo tipo de cumprimento, ao som de vivas, parabéns e aplausos. Sarah pensa que foi a última a saber. Não foi. Tudo não passa de uma armadilha de Valadares para deixar JK sem jeito de recusar seu convite outra vez.
Briga em casa
Quando Sarah e Juscelino chegam em casa, ela vai logo se trancando no quarto: “Não temos mais nada para conversar!”. Muito choro e muito grito depois, ela aceita falar com ele, contrariada: “Eu não quero ver meu marido morrer aos poucos porque alguém lhe tirou o poder e a importância! Eu não quero ver meu marido amargurado com a solidão e magoado com a ingratidão dos outros!”. Juscelino tenta se explicar, mas ela não ouve: “Eu não quero perder você para a política... Não quero!”.
Como está escrito nos livros de História, a trajetória política de Juscelino Kubitschek começa aí e só reluz, numa linha ascendente de sucesso, popularidade e grandes realizações. Mas, como Sarah tanto temia, ele conhecerá, sim, a ingratidão dos outros e será posto de lado pelos inimigos que o sucederem. E antes disso, o marido dedicado dará cada vez mais lugar ao político ocupado.

Filho oferecido em sacrifício
Por pura maldade, coronel Licurgo manda Zinque para a guerra!


Zinque estará dançando com Salomé, feliz e contente, quando Licurgo, seu pai, jogará uma trouxa de roupa sobre ele: “Ocê pegue suas coisas, porque o trem que vai levar ocê pra guerra sai daqui a pouco!”. É isso mesmo: o terrível coronel alistou o filho como voluntário na guerra da Revolução Constitucionalista. Aquela pobre alma atormentada e bondosa será enviada para matar e morrer no front
Maria, a mãe do coitado, fica desesperada: “Como é que você tem coragem de dispor da vida do seu filho dessa maneira? Mandar para a guerra um homem que nunca pegou numa arma? Você quer matar o Zinque?”. Licurgo nem se abala. Diz que só assim seu filho vai aprender a ser homem.
Salomé até tenta convencer Zinque a desertar, fugir, mas ele se recusa a fazer isso: “Se eu não for vai ser pior! Ele vai me chamar de frouxo e covarde!”. Sua atitude é estranha, mas compreensível. Afinal de contas, ele cresceu ouvindo seu pai dizer que ele era um mariquinha desprezível, um verme, um nada. Não é fácil superar algo assim.
Experiência traumatizante
Então, Zinque vai à guerra. Só que, quando ele chega lá, o conflito já terminou. As trincheiras estão abandonadas. Aqui e ali, ele vê os corpos dos soldados mortos. Mas isso não significa que ele escapou da morte. É ali que Zinque vive a experiência mais traumatizante de sua vida.
Sem rumo e sem saber que a guerra acabou, Zinque vagueia até chegar a uma cidadezinha paulista. Conforme ele se aproxima, as pessoas lhe viram a cara e fecham as portas. Um velho grita pare ele: “Acabou tudo! Agora só tem velho e criança... Assassino!”. Uma senhora grita, chamando a atenção de todos: “Tem getulista aqui! Que cê quer mais? Eu só tinha um filho pra morrer!”. Zinque tenta explicar: “Não matei ninguém!”. Mas não adianta: as pessoas cospem no seu rosto, atiram-lhe paus e pedras, ameaçam-no com armas, tentam matá-lo.
Zinque sai correndo desesperado, lutando por sua vida. Justo ele, que jamais mataria sequer um inseto, torna-se alvo da vingança de um povo magoado por ter visto seus filhos morrerem na guerra. Ele só escapa porque encontra um conhecido que o salva. Mas Zinque não será mais o mesmo depois dessa experiência. Quando finalmente volta para casa, ele é um homem totalmente aéreo, imerso em seus traumas, sem se dar conta das pessoas e do mundo à sua volta, incapaz de esquecer o mais novo trauma de sua vida. E Licurgo nem se importa com isso.

Grávida do monstro
Licurgo mantém Guiomar em cativeiro até ela dar à luz seu filho


Guiomar, a moça que Licurgo comprou para ser sua escrava, também vai engravidar do monstro. A primeira a descobrir isso é Salomé, que decide ajudá-la a fugir. Mas as duas são flagradas pelo coronel enquanto falam de seus planos. Furioso, ele diz que Guiomar não pode dar sequer um passo sem o seu consentimento. A coitada se sente mal com tantos maus tratos e acaba perdendo o bebê, para maior irritação de Licurgo. Então, ele a engravidará novamente
Assim que a barriga de Guiomar começa a crescer, o coronel tranca a moça num casebre próximo à fazenda. Licurgo ordena a um jagunço que ele leve água e comida para sua prisioneira grávida uma vez por dia. Numa dessas visitas, ela pede que o jagunço avise ao coronel que está na hora de chamar a parteira. Licurgo não acredita e a deixa sozinha, trancada na casa, em trabalho de parto.

Maria consegue a chave do casebre e vai visitar Guiomar, aproveitando que Licurgo saiu com seus jagunços. Ela encontra a prisioneira transfigurada de dor. Como Juscelino está na cidade, Salomé pede sua ajuda para salvar Guiomar. O jovem médico atende prontamente ao chamado, mas só consegue salvar a mãe. O bebê morre durante o parto. É quando Licurgo chega – atordoado com a notícia, o coronel começa a delirar.

Juscelino vai à guerra!
Ele testemunha os horrores de um conflito absurdamente sangrento


O lado ruim de ser nomeado capitão-médico do Hospital Militar é que Juscelino terá que ir para a guerra. A Revolução Constitucionalista de 1932 estoura pouco depois de sua nomeação. A presença de um médico no front é imprescindível. Sem escolha, ele deixa Sarah para trás e vai ao encontro dos horrores da batalha. JK verá muita gente morrer, cuidará de muitos soldados mutilados e encarará diariamente o dilema de ter que escolher qual paciente terminal receberá seus cuidados primeiro.
O capitão-médico Juscelino Kubitschek é enviado a Santa Rita do Passa Quatro, em Minas Gerais, quase na divisa de São Paulo. Na cidade, pessoas saqueiam lojas e invadem as casas dos habitantes, muitos dos quais em fuga. Mulheres são agredidas, como Cândida (Isabella Parkinson), que é socorrida pelo padre Kobal (Chico Aníbal) e atendida por Juscelino. Para acalmar os ânimos da população e dos militares, Benedito Valadares (Otavio Augusto) é nomeado chefe da polícia em Passa Quatro. Ele se torna grande amigo de JK e virá a ser o grande responsável por sua entrada na política.
Aniversário no front

Juscelino comemora seu aniversário de 30 anos em plena guerra. Durante a festa improvisada num restaurante, duas surpresas: champanhe (algo impensável numa guerra) e a presença do cabo Firmino (Rodrigo Lima), que entra com o violão cantando os tradicionais versos da cantiga “Peixe vivo”.

Ao perceber a presença de Cândida, vestida de forma provocante, um oficial ordena que ela saia do restaurante. Porém, antes que ela deixe o local, Juscelino se aproxima e a convida para uma dança. Os dois valsam ao som da música de Firmino. Cândida se emociona com a atitude de JK e o padre Kobal começa a aplaudi-los, sendo seguido pelas demais pessoas presentes. Quando a dança termina, Cândida beija a mão de Juscelino em agradecimento por seu gesto.

Salomé decide morrer
Prisioneira de Licurgo, ela prefere se matar a ser assassinada por ele


Salomé perde o amor de sua vida, Leonardo, e também seu pai, Joaquim. Sua única parente viva fica sendo sua tia Maria, mulher do malévolo Licurgo. Moça solteira numa época em que não era direito morar sozinha – muito menos dançar num cabaré –, Salomé é obrigada a acompanhar o coronel até sua fazenda, onde ela terá que viver sob as ordens do homem que atingiu Leonardo pelas costas.
É uma sina dura demais para Salomé. Sua primeira idéia é fugir. Zinque a adverte: “Você vai morrer se tentar fugir, Salomé! Ou morre pelas mãos dele, ou morre na travessia!”. Então, ela cogita uma terceira opção: provocar sua própria morte. Salomé vai ao rio onde Madalena morreu e entra nas águas até perder o chão e afundar completamente. Ela não sabe nadar.
A sorte é que Antenor, o menino que é filho de Madalena com Licurgo, vê o que Salomé está fazendo e tenta fazer alguma coisa para impedi-la. Ela o ignora e parte para o fundo do rio. Desesperado, Antenor decide pedir ajuda. Ele não quer presenciar uma segunda morte por afogamento em tão pouco tempo. Só que o menino perdeu a fala no dia em que viu sua mãe morrer. Ele não consegue gritar.
A boa ação e a proposta de Zinque
Mas Zinque está chegando a cavalo e vê o alvoroço de Antenor. Ele vê Salomé se afogando e a salva, mesmo contra a vontade da prima. Depois que ela expele toda a água que engoliu, ele lhe passa um sermão: “A gente tem que mostrar a meu pai que ele pode muito mas não pode tudo... A nossa morte, para ele, seria um alívio... A presença da gente é o pior castigo... Ele sabe que somos testemunhas... Que sabemos dos seus crimes, Salomé!”.
Ela não está interessada nessa conversa: “Viver, morrer, que diferença faz? Viver nesta fazenda é morar no inferno com o demônio... Seu pai mata e seca todo o sentimento, toda a alegria, tudo pelo qual vale a pena viver!”. Zinque aponta a solução imediatamente: “Case comigo”. Salomé fica pasma com a proposta do primo.
Salomé é sincera: diz que não consegue esquecer Leonardo e que não é mais virgem. Mas Zinque não está preocupado com nada disso. Ele assume que não a ama e que pretende ser apenas um irmão para ela, não um marido. Ele apenas pensa que, casados, os dois ficarão mais fortes contra Licurgo. Ela acha a idéia muito esquisita, mas acaba aceitando. Afinal de contas, para quem estava disposta a morrer, não há nada de mais em se casar com um primo querido sem ter vida íntima com ele. É melhor que a morte.
O que ninguém naquela casa sabe é que o coronel Licurgo é louco por Salomé. Ele a quer para si.
Incurável paixão
Salomé não consegue resistir a Leonardo


Para conseguir pagar a faculdade de direito, Leonardo (Caco Ciocler) precisa trabalhar. E o seu trabalho é dançar tango no cabaré da cafetina Olímpia (Tuna Dwek), para entreter os clientes da casa. Salomé (Deborah Evelyn) se encanta por ele assim que o vê pela primeira vez. Mas, para ela, ele não é só um tipão – é também uma oportunidade de ela ganhar algum dinheiro. Como o jovem está sem parceira de dança, Salomé se oferece para formar uma dupla com ele. Assim, eles podem fazer shows de tango e fazer dinheiro juntos
No palco, a química entre os dois é perfeita. E fora dele também. Salomé e Leonardo se apaixonam perdidamente. Mas, infelizmente, essa relação está fadada a trazer muito sofrimento para ela.
Um amor marcado pela tragédia
O primeiro baque é quando Joaquim (Ilya São Paulo), o pai de Salomé, descobre que ela trabalha num cabaré. Ele imediatamente deduz que a filha é prostituta, o que não é verdade. Salomé apenas dança tango, e profissionalmente, com um parceiro fixo. Mas a história se passa nos anos 20, época em que as dançarinas eram consideradas mulheres vulgares e indignas. Sob o impacto da notícia, Joaquim, que já é muito doente, vê sua saúde se deteriorar em alta velocidade. Salomé testemunhará o sofrimento de seu pai sofrer, cujo desgosto o levará à morte.
A segunda tragédia é quando o coronel Licurgo (Luis Melo), tio de Salomé, resolve atirar em Leonardo pelas costas. Ela vê o grande amor de sua vida tombar e se esvair em sangue, em pleno cabaré. O jovem baleado é levado às pressas para fora dali, mas é negado a Salomé o direito de acompanhá-lo. Ela é impedida de chegar perto do seu amor. Desesperada, ela se debate, grita, chama por Leonardo – em vão.
Depois dessa, Salomé se encerra em tristeza. O jeito é aceitar a morte de Leonardo e seguir adiante. Mal sabe ela que esse amor ainda lhe renderá muitas outras tristezas, surpresas e prazeres ao longo de sua vida. A história dessa paixão incurável não termina com aquele tiro covarde.

Homenagem ao mestre
Na abertura de JK, Hans Donner usa projetos de Oscar Niemeyer


A abertura da minissérie “JK” – que estréia no dia 3  de janeiro, logo após a novela “Belíssima” – faz uma homenagem a Oscar Niemeyer.  Ela é desenvolvida a partir de traços do próprio arquiteto,  que foi o  responsável pelo projeto dos prédios na construção de Brasília durante o governo Juscelino Kubitschek. Aliando as novas tecnologias à genialidade de Niemeyer, a abertura foi criada pela Videographics da Central Globo de Comunicação, com direção geral de Hans Donner, direção de Alexandre Pit Ribeiro e animação de Thiago Serial Costa.

Na primeira imagem, serão exibidos os traços de Niemeyer para o Complexo da Pampulha,  em Minas Gerais, obra encomendada por JK. O desenho surge aos poucos, como se estivesse sendo desenhado na hora. Através de efeitos produzidos em computador, um "balé de linhas" transforma a obra do arquiteto numa silhueta de mulher. Deste novo desenho, os traços mais uma vez se movimentam para, então, mostrar a Brasília de Niemeyer. A figura seguinte é o logotipo da minissérie, que é preenchido por uma imagem em 3D do Memorial JK, outro projeto do arquiteto, inaugurado em 1981.  A abertura, mostrada antecipadamente para Niemeyer, teve a aprovação do criador de tantas obras consagradas pela inovação, beleza e singularidade. 

Escrita por Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira,   a minissérie “JK”  vai contar a trajetória de Juscelino Kubitschek desde seu nascimento, passando por sua juventude, sua carreira e a chegada à presidência da República, até sua vida no exílio e o acidente que o matou. A direção de núcleo é de Dennis Carvalho,  e a direção é de Amora Mautner e Vinicius Coimbra
Na galeria de fotos ali em cima, você vê alguns detalhes da abertura e imagens do ator Rodrigo Penna caracterizado para interpretar Niemeyer na trama!
Tragédia familiar
A morte do pai de JK


A professora Júlia Kubitschek (Julia Lemmertz) entra em trabalho de parto e, com a ajuda de Augusta Generosa  (Aruana Zambi), dá à luz o menino Juscelino. O pai da criança, João César (Fabio Assunção), caixeiro-viajante e violeiro, está longe, trabalhando, quando recebe a notícia e a anuncia numa profética gargalhada: "Nasceu o futuro presidente do Brasil".
No entanto, João César não pode acompanhar o crescimento de seu filho, já que, dois anos mais tarde, ele morre, vítima de tuberculose. A despedida coincide com o casamento de Joaquim  (Ilya São Paulo) e Celeste (Maria Manoela), comemoração que teria a música de João César, não fosse o seu trágico destino. Isolado em uma pequena casa do médico da família, o caixeiro-viajante não consegue ir aos festejos, mas os noivos e Júlia levam parte da alegria até ele, em suas últimas horas de vida.
Seus filhos, Juscelino (Vinicius Moreno) e Naná (Raquel Bonfante), a filha mais velha, observam de longe a morte levar o pai, que lhes dá um inesquecível sorriso de despedida. No cortejo fúnebre, acompanhado de perto por parentes e amigos, Nonô – apelido carinhoso de JK –  acredita ter visto o pai lhe piscar o olho, mesmo estando ele dentro do caixão e sendo levado para a sepultura. É isso o que faz o pequeno JK suportar com serenidade a falta de seu pai. No entanto, uma das conseqüências ruins da morte de João César afetará o menino durante toda sua infância e adolescência: a dificuldade financeira. Sem o marido para pôr dinheiro em casa, Júlia, que é professora, tem de se virar sozinha para sustentar os filhos.

Uma história de amor
Apenas a política atrapalha o romance de JK e Sarah Lemos


É ainda em seus dias de dificuldade financeira que Juscelino Kubitschek conhece Sarah Lemos (Débora Falabella), a mulher com quem ele há de se casar. O jovem estuda e trabalha tanto que só pode dormir das 7h às 11h30 da manhã. Ele não faz parte do grupo que freqüenta o Café Estrela nem tem dinheiro para ir ao célebre cabaré da espanhola Olímpia Garcia (Tuna Dwek). Limita-se a, aos domingos, assistir ao footing da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, onde mora nesta fase de sua vida. E é num desses domingos que ele vê Sarah passar ao lado de suas irmãs Amélia (Rafaela Mandelli), Maria Luisa (Rosana Holland) e Idalina (Luisa Mariani). Mas ela lhe parece inalcançável, pois ela é moça de família tradicional.
Mais tarde, quando Juscelino arruma um trabalho na enfermaria da Clínica Cirúrgica da Santa Casa, sua vida melhora um pouco. Ele já pode se dar o luxo de ir com os amigos ao cine Pathé ou ao Odeon e às festas beneficentes de BH. É num desses eventos que ele revê Sarah e a tira para dançar. Eles começam a namorar. O próximo passo é pedir Sarah em casamento a dona Luisinha Lemos (Louise Cardoso), mãe da moça. Surpreendentemente, não há oposição. O casamento, porém, só acontece depois que JK termina uma especialização em urologia, feita em Paris.
A felicidade nunca é completa
A carreira de JK é ascendente. Médico formado, ele atende os ricos em seu consultório, mas não se esquece dos pobres da Santa Casa. Naquele momento, Juscelino tem uma ambição: fazer parte do corpo médico do novo Hospital Militar, reformulado por Gustavo Capanema  (Marcos França), amigo de seu concunhado Gabriel Passos (Marcelo Várzea). Juscelino é nomeado chefe do Serviço de Urologia com a patente de capitão-médico. Com um currículo como esse, nada leva a crer que JK algum dia possa se interessar por política. Mas isso acontece, para horror de Sarah. Tudo que ela mais tinha medo na vida era de se tornar mulher de político.
Sarah tem um outro drama pessoal: ela quer muito ter filhos, mas não consegue engravidar. Começa, então, a se submeter a uma sucessão de tratamentos dolorosos em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro.

A infância difícil de JK
Mãe de Juscelino chega a passar fome


Juscelino Kubitschek de Oliveira é filho de um caixeiro-viajante, João César de Oliveira (Fabio Assunção), e de uma professora primária, a mestra Júlia Kubitschek (Julia Lemmertz). Quando JK nasce, em 12 de setembro de 1902, seu pai, que está viajando, explode numa sonora gargalhada e anuncia profeticamente: “Nasceu o futuro presidente do Brasil”. Assim é João César, um homem alegre e boêmio. Tem pressa de viver, como se soubesse que vai morrer jovem. Ele falece três anos depois, de tuberculose, e cabe a Júlia assumir sozinha a criação e educação dos filhos: Conceição, chamada de Naná (Juliana Mesquita/Denise del Vecchio), e o caçula Juscelino, apelidado de Nonô.
O dinheiro é contado, porque a viúva é professora em uma cidade onde não há escolas públicas, somente particulares - onde cada aluno paga o que pode. E a maioria pode muito pouco. Mãe e mestra, dona Júlia obriga Juscelino a ser o melhor da escola e a tirar a nota mais alta da turma.
O lado bom da infância
Há duas coisas que amenizam a dura vida do menino JK: a cumplicidade com Naná, que perdura a vida inteira, e as temporadas que  passa na modesta fazenda do avô materno, Augusto Elias (Paulo José), um homem reservado e de pouca conversa que troca tudo por um bom livro. E é pela mão desse avô que Juscelino aprende que nenhum homem é pobre quando tem uma rica imaginação. Outra pessoa que ajuda JK a enriquecer ainda mais sua criatividade é a vizinha Augusta da Generosa (Aruana Zambi), filha de escravos que lhe conta histórias do tempo em que Diamantina era o Arraial do Tijuco e os ricos contratadores mantinham suas negras numa existência luxuosa.
Indo à luta desde cedo
Quando Juscelino tem pouco mais de dez anos, seu avô morre também. À sua tristeza se junta a partida de Naná para o internato religioso. É nessa época que ele começa a notar que a comida em sua casa está minguando. Dona Júlia deixa de comer para ter o que oferecer ao filho. Ele decide procurar trabalho e vai de comerciante em comerciante oferecendo seus préstimos. Recebe alguns tostões, que não dão sequer para comprar um ingresso para o cinema. E JK quer muito ir ao cinema, mas limita-se a ficar na porta. Ali, ele fica sempre até o final da sessão, quando volta para casa sonhando com Amália (Manoela do Monte), sua primeira paixão. É na porta do cinema que ele se torna amigo de José Maria Alkmim (Ranieri Gonzalez), tão pobre quanto ele e também apaixonado por uma menina, Das Dores, com quem viria a se casar anos depois.
Aos 12 anos, Juscelino precisa continuar estudando e a única opção é o seminário. Dona Júlia tem de apertar ainda mais o orçamento para manter Naná e Nonô no colégio. Um par de sapatos, o primeiro que ele calça desde a morte de seu pai, faz parte do enxoval que Juscelino leva para o internato. Três anos depois, JK sai do colégio e começa a se preparar sozinho para o exame de admissão na faculdade de Medicina em Belo Horizonte. Lê sem parar e, como não tem dinheiro para comprar livros, vai à casa das pessoas mais abastadas de Diamantina e os pede emprestados. E algumas dessas pessoas efetivamente o ajudam, como o Dr. Mata Machado (Luciano Chirolli), que lhe faculta sua biblioteca.
Um dos atores que interpretam JK quando criança é Alberto Szafran, que você vê na foto acima.
Salomé, uma guerreira
Ela come o pão que o diabo amassou, mas nunca esmorece


Maria Salomé Campos Mourão (Deborah Evelyn) é filha única de família tradicional (mas empobrecida) de Diamantina. Aluna de dona Júlia Kubitschek (Julia Lemmertz/Ariclê Perez) e alguns anos mais jovem que JK (Wagner Moura/José Wilker), ela o reencontra na enfermaria da Santa Casa de Belo Horizonte, onde seu pai, Joaquim (Ilya São Paulo), está internado por conta de graves problemas renais. Para o tratamento, é necessário mudar para a capital do estado. Lá, eles se hospedam na pensão de dona Cota (Thais Garayp). No local, ela conhece o estudante de direito Leonardo Faria (Caco Ciocler), que se sustenta trabalhando como dançarino de tango. Quando ele fica sem parceira de dança, Salomé já está apta a substituí-la, de tanto assistir aos ensaios da dupla. O dinheiro vem em boa hora, para ajudar no tratamento do pai de Salomé. Dançando tango e fazendo apresentações do cabaré de Olímpia (Tuna Dwek), Leonardo e Salomé se apaixonam. 
Desencontros e muito sofrimento
Salomé dança em segredo, pois trabalhar num cabaré é inadmissível para os padrões morais da tradicional família mineira. Preocupado com as despesas, Joaquim escreve ao Coronel Licurgo (Luis Melo), seu cunhado, pedindo que ponha sua casa de Diamantina à venda. Licurgo resolve verificar pessoalmente as condições de Joaquim e Salomé e, ao conhecer a pensão de dona Cota e a alegre mocidade ali hospedada, começa a desconfiar de que sua sobrinha fora desencaminhada.
Licurgo, um falso beato e freqüentador assíduo do cabaré de Olímpia, acaba surpreendendo Salomé em uma de suas apresentações. A dançarina tenta enfrentá-lo, em vão. Licurgo atira em Leonardo pelas costas e a arrasta do local. É o primeiro de uma série de desencontros vividos por Salomé e Leonardo. Pensando que seu amado morreu, ela retorna a Diamantina com o pai, que decide abandonar o tratamento médico. Ele morre pouco tempo depois, deixando a jovem aos cuidados de Licurgo e de Maria (Cássia Kiss). Para que sua vida não se transforme num verdadeiro inferno, Zinque (Dan Stulbach), filho de Licurgo, propõe a Salomé que eles se casem e vivam como irmãos. Ela aceita, sem saber que Leonardo está vivo.

Rumo à presidência!
A notável (e inesperada) trajetória política de Juscelino Kubitschek


Juscelino Kubitschek (Wagner Moura/José Wilker) começa fazendo pequenos serviços para a vizinhança, torna-se telegrafista aprovado em concurso público, forma-se médico de sucesso e, em seguida, entra para a política, algo que ele nunca tinha pensado em fazer. A oportunidade bate à sua porta sem ele chamar
Tudo acontece por meio da amizade de JK com Benedito Valadares (Otávio Augusto). Quando o presidente Getúlio Vargas nomeia Valadares como interventor do estado de Minas Gerais, este, por sua vez, nomeia Juscelino seu secretário de governo. Como chefe de gabinete, JK estreita contato com os prefeitos e diretórios do interior e se elege deputado federal, juntamente com seu amigo e fiel companheiro José Maria Alkmim (Ranieri Gonzalez/Osmar Prado).
Desde o começo, um político inovador
A pedido de Valadares, JK ajuda a eleger prefeito e vereadores, inaugurando uma nova maneira de fazer política: ao contrário do velho estilo de favorecimentos e intimidações, ele visita casa por casa, incluindo a de seus adversários políticos, como a fazenda do coronel Licurgo (Luis Melo), onde pede o voto de seu filho Zinque (Dan Stulbach), de sua esposa Maria (Cássia Kiss) e de seus empregados. Interpelado pelo dono da casa, ele alega estar ali para abraçar Salomé (Deborah Evelyn), antiga aluna de sua mãe e uma leal correligionária. Muitas vezes, durante os comícios, ele é chamado para fazer partos e dar assistência a doentes em estado grave.
Mais tarde, Benedito Valadares nomeia Juscelino prefeito de Belo Horizonte. JK, a princípio, recusa e, depois, impõe como condição continuar exercendo seu ofício de médico. Às cinco horas da manhã, percorre as obras da cidade; às sete, segue para o Hospital Militar, de onde só sai no final da manhã para exercer a atividade de prefeito, quando, no entusiasmo dos seus 37 anos, muda a face da cidade e o modo de administrá-la. No final da gestão de JK, Belo Horizonte é a terceira mais importante capital do Brasil.
O passo seguinte para JK é o governo do estado de Minas Gerais. E depois, a presidência da república. Para desespero de sua esposa, Sarah (Débora Falabella/Marília Pêra), JK abandona a medicina e passa a se dedicar integralmente à política. É tudo o que ela mais temia.

Na vida real
Algumas falas de Geraldo Carneiro são escritas pelo filho do personagem


Interpretar um personagem que existiu na vida real é sempre uma baita responsabilidade para o ator. Agora imagine quando quem escreve as falas desse personagem é o próprio filho dele! É esse o desafio do ator Luiz Arthur. Em “JK”, ele vive Geraldo Carneiro, o secretário particular de Juscelino Kubitschek, sabendo que a trama é co-escrita pelo poeta Geraldinho Carneiro, herdeiro do personagem, como seu nome já indica
Como Geraldo Carneiro era uma figura de extrema importância na vida política de JK, sempre se soube que o personagem estaria na trama. E já que seu filho, Geraldinho, escreve a minissérie junto com os autores Alcides Nogueira e Maria Adelaide Amaral, natural que ele fosse consultado na hora de se escolher o ator que interpretaria seu pai na tela. Mas ele nem fazia questão disso: “Fui consultado várias vezes, mas disse que não precisava, porque a minissérie é ficção. Por mais que ela seja baseada em fatos reais, há liberdade de criação. Não estou preocupado com essa fidelidade estrita. A fidelidade que me preocupa , e que existe no texto, é ao espírito sólido do meu pai. Sua configuração física não é importante. Escrevo alguns diálogos dele e é uma delícia fazer isso, porque ele era muito meu amigo.”
Escolha endossada
Mesmo assim, quando Luiz Arthur foi escolhido para o papel, foi pedida a opinião de Geraldinho, como o próprio ator selecionado conta: “O Geraldinho recebeu uma foto minha e respondeu dizendo que eu não me parecia com o seu pai, mas que eu tinha um olhar forte e que isso poderia funcionar muito bem, já que o Geraldo Carneiro era um homem muito inteligente.” No fim das contas, Luiz Arthur acabou ficando mesmo parecido com o personagem, graças a sua interpretação e à cuidadosa caracterização realizada por Marlene Moura.
Para sua atuação ficar a melhor possível, Luiz Arthur contou com a colaboração de Geraldinho, com quem ele fez questão de se encontrar para conversar sobre seu pai. “O legal nesta minissérie é que eu encontro muita gente que teve contato real com estas pessoas que são mostradas na trama. É emocionante interpretar um personagem real e poder conhecer o filho dele”, conta o ator.
Que chique!
Vestido que Marília Gabriela usou na cena do baile é dela mesma


Viu como Marília Gabriela estava chiquérrima na cena do baile da posse de JK? Pois saiba que aquele vestido é da própria atriz, que fez questão de usá-lo na minissérie. De qualquer forma, a peça não saiu direto do guarda-roupa de Marília para a gravação – a figurinista Emília Duncan e sua equipe precisaram fazer adaptações.
“O vestido é um vintage de um maravilhoso estilista chamado Ugo Castellana, que já teve um grande ateliê em São Paulo. No original, ele é todo transparente, difícil de usar! O trabalho da Emília foi fazer esse forro, que ficou muito lindo, furta-cor, que ora é verde, ora é dourado.” Ou seja: agora que o vestido já não é transparente, Marília não precisa mais ter receio de usá-lo. “Tive dificuldade de usar antes porque os homens lá em casa fazem bico e não gostam. Homem adora decote, mas resiste à transparência”, ela conta.
Além do forro, o vestido precisou de uma outra adaptação, para ficar adequado aos anos 50, época em que a cena se passava: “Naquele tempo, os vestidos eram marcados bem na cintura, mas este meu vestido é de cintura baixa. Então, foi preciso mudar isso.” Ficou bárbaro!

É de mentira!
Antonio Calloni usa barriga postiça para viver seu personagem


Muita gente se assustou ao ver Antonio Calloni na minissérie com uma barriga tão grande. Justo ele, que tinha emagrecido tanto! Mas aquela barriga é postiça. Para ficar parecido com o poeta Augusto Frederico Schmidt, seu personagem, o ator teve que contar com a ajuda de uma grande quantidade de espuma. “Acho muito legal usar esta barriga falsa, porque, no caso do meu personagem, ela é importante, já que ele era realmente muito gordo. Então, não dá para fazer de conta que ele não era”, conta o ator
A novidade foi motivo de muito bom humor no primeiro dia de gravação do ator. O diretor Dennis Carvalho e a atriz Deborah Evelyn se divertiram com a silhueta do colega. “Este é o maior Antonio Calloni que eu já vi!”, disse o diretor. “Literalmente, né?”, concordou a atriz. Quem também não poupou comentários foi a atriz Alessandra Negrini, que vive a esposa de Augusto, Yedda: “Eu nem sei como é que vou abraçar esse homem com uma barriga tão grande!”.
Calloni está se divertindo tanto quanto os seus companheiros de minissérie. “Está sendo muito gostoso. Como ator, eu gosto muito de truques, seja qual for. E algumas coisas você tem que fazer para se aproximar do personagem. Então, para mim não tem problema nenhum usar esta barriga. Sabendo que é falsa, está valendo”, ele diz, aos risos.

Olga à espreita
Ana faz Camila Morgado relembrar personagem que ela fez no cinema


Para viver a jornalista judia e comunista Ana Rosenberg em “JK”, Camila Morgado trocou seu visual louro cacheado da novela “América” por este ruivo lisinho aí da foto. E ela está felicíssima com a mudança. “Pessoalmente, esta é a cor de cabelo que eu mais gosto. Quando fiquei sabendo que ia fazer uma judia, falei com a Marlene Moura, supervisora de caracterização da minissérie: preto ou ruivo! Decidimos ficar com o ruivo, já que preto lembraria a Olga Benário”, ela conta, referindo-se à personagem histórica – também judia – que ela interpretou no filme “Olga”, de 2004
O curioso é que Olga será citada por Ana Rosenberg na minissérie. Tudo porque, em uma de suas falas, a jornalista comenta, revoltada, o fato de Getúlio Vargas ter entregado a mulher de Luís Carlos Prestes (Olga) para os nazistas. “Acho que vou rir. Vai levar um bom tempo até eu falar esta frase, porque todo mundo vai me olhar com cara de ‘Como assim, Camila?’. Será engraçado”, ela diz, na expectativa.


Na vida real
Eva Wilma abre o baú e mostra que foi garota-propaganda do carro JK


O envolvimento de Eva Wilma com a Era JK vai além da ficção. A atriz que interpreta dona Luisinha Negrão, mãe de Sarah Kubitschek, viveu intensamente os anos dourados do presidente Juscelino quando ela era jovem. “Eu me lembro perfeitamente. Eu lancei o carro JK, tenho a foto e tudo: eu jovenzinha lançando o carro JK no primeiro Salão do Automóvel Brasileiro”, ela conta. As fotos que você vê aqui são do arquivo pessoal da atriz
Também é curioso notar que Eva Wilma é atualmente conselheira da Rede Sarah de Hospitais do Aparelho Locomotor, instituição que nasceu de dois hospitais fundados por dona Sarah Kubitschek. “Tenho reuniões sempre lá, é uma rede muito importante. Estou muito ligada à história de JK”, acrescenta a atriz.
Por tudo isso, Eva Wilma está muito à vontade no papel de dona Luisinha, que ela define como uma mulher integradora acima de tudo, não só da família como das questões sociais. “Ela era devota de Santa Rita e fez construir uma igreja para a santa. Ela era uma mulher alegre, feliz, que basicamente sabia unir as pessoas”, ela conta.
Uma pioneira social
Obra de assistência iniciada por Sarah Kubitschek rende frutos até hoje


Muitas primeiras-damas não foram mais do que elegantes esposas a posar sorridentes ao lado de seus poderosos maridos. Não foi o caso de Sarah Kubitschek. A mulher de Juscelino trabalhava duro, dedicando-se a grandes obras de caridade e assistência social desde os tempos em que JK era governador. Seu trabalho nesse sentido começou timidamente, como foi mostrado na minissérie, mas acabou se tornando imenso e gera frutos até hoje, fazendo de seu nome um sinônimo de ajuda aos pobres.
Assim que JK chegou ao governo de Minas, Sarah começou a mobilizar as senhoras da alta sociedade a fim de arrecadar doações para os mais necessitados. Em outubro de 1951, o grupo ganharia o nome de Pioneiras Sociais. As voluntárias se reuniam na garagem do Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, para ajudar crianças, mães e mulheres grávidas. Em pouco tempo, a iniciativa passou a se dedicar também à educação, com a criação de escolas. Depois vieram os lactários, lugares onde era distribuído leite para as crianças. Núcleos das Pioneiras foram se espalhando pelo estado, com dezenas de voluntárias oferecendo-se para preparar e servir merenda escolar, confeccionar uniformes para os alunos, prestar auxílio médico à população e distribuindo roupas, alimentos, cadeiras de rodas e aparelhos mecânicos para deficientes físicos.
A obra social adquire vida própria
Quando JK foi eleito presidente, ele e a esposa foram morar na capital federal. Com isso, Sarah estendeu a atuação das Pioneiras ao Rio de Janeiro e o grupo se desvinculou do governo, tornando-se autônomo. Como primeira-dama do Brasil, Sarah pôde angariar ainda mais recursos para suas ações sociais. Ela fundou escolas pelo interior e criou diversos hospitais – entre eles, um que levava o nome de sua mãe, o Centro de Pesquisa Luiza Gomes de Lemos, no Rio de Janeiro, que hoje se chama Hospital do Câncer III e faz parte do Inca (Instituto Nacional do Câncer), um centro de referência mundial. Sarah também foi a responsável pela fundação do Hospital Júlia Kubitschek, em Belo Horizonte, e de dois hospitais com seu próprio nome (um na capital mineira, outro no Rio), referências internacionais em tratamento de problemas motores. Em diversos estados, ela instalou hospitais-volantes, espalhados pelo interior. Na Amazônia, foram os hospitais flutuantes.
Àquela altura, as Pioneiras Sociais já eram totalmente independentes de Sarah e geravam frutos em todo o país, o que continua acontecendo. Os hospitais Sarah Kubitschek se multiplicaram e hoje formam uma rede que já não têm relação alguma com a família de JK, tendo como gestora a Associação das Pioneiras Sociais, que agora é uma instituição pública não-estatal. Além da assistência médica, essas instituições têm o objetivo de formar profissionais de saúde, desenvolver pesquisa cientifica e gerar tecnologia. E tudo isso começou com uma simples reunião de senhoras convidadas por Sarah.
Passando o bastão
O desafio de assumir um personagem que era interpretado por outro


Com o início da nova fase de “JK”, muitos personagens passaram a ser interpretados por outros atores. Embora o novo elenco seja composto por profissionais mais experientes, não é tarefa fácil para ninguém assumir um papel que já vinha sendo brilhantemente defendido por outro colega. Como ser fiel ao personagem, seguir a interpretação de quem veio antes e ainda ter liberdade para criar?
Denise del Vecchio, a atriz que faz a Naná da nova fase, responde: “Eu nunca tive essa experiência de pegar um personagem já começado. Fiquei apreensiva, porque eu tinha que pegar a linha que a Juliana Mesquita imprimiu ao papel, já que foi ela quem interpretou a fase mais jovem da Naná. Sou refém do que ela fez, não posso inventar outra coisa. Mas a direção me orienta direitinho para manter a unidade da personagem. E eu troquei bastante informação com a Juliana. Ela me contou da conversa que teve com a Beatriz, filha da Naná, e isso me ajudou muito.” 
Juliana Mesquita ajudou a colega no que pôde: “Quando eu recebi os primeiros capítulos, mostrei tudo a ela e combinamos algumas coisas. Como a Dê já era minha amiga, o processo foi mais confortável, porque a gente pôde ‘trocar figurinhas’ e informações sobre tudo o que a gente achava da Naná. Aliás, foi uma surpresa quando me chamaram para fazer teste para o papel. Disseram que eu era parecida com ela, e eu não achava isso. Se bem que, quando saímos juntas, muita gente pensa que ela é minha mãe. Sempre achamos isso engraçado. Mas só agora, com a Naná, é que eu acabei achando que a gente tem um ‘quê’ parecido, sabe?”.
Sem estresse
José Wilker e Wagner Moura também se entenderam às mil maravilhas na hora de combinar como eles interpretariam Juscelino Kubitschek. “A gente se via, se olhava, se abraçava e ia fazendo, sem combinar muita coisa. Na medida do possível, tentamos servir ao personagem, e um foi servindo ao outro. Eu vinha assistindo ao trabalho do Wagner e gostei muito do que ele fez, felizmente”, conta Wilker.
Semelhança física e profissional
Ariclê Perez, que agora interpreta a fase mais madura de dona Júlia Kubitschek, acha que foi uma grande sorte ter sido antecedida por Julia Lemmertz no papel: “Eu tenho grande admiração pelo trabalho de Julia Lemmertz e considero que nós duas somos atrizes de uma mesma linhagem. Então, eu me sinto muito à vontade em pegar o trabalho agora, acredito que vai ficar parecido. Como a minha atuação tem que dar continuidade à personagem, eu a estudei como se fosse interpretá-la desde o começo. Eu li tudo a respeito de JK. Fui a Diamantina conhecer aquelas pedras por onde a dona Júlia caminhava, aquelas subidas íngremes que ela percorria diariamente. Isso me deu uma boa idéia da força física, não apenas moral, que ela deveria ter.”
Um imprevisto e uma revelação
Os atores fizeram o possível para entrar em acordo e ajudar um ao outro, mas, às vezes, nem tudo sai conforme o planejado, como conta Louise Cardoso, que fez dona Luisinha, a mãe de Sarah, na fase anterior da trama: “Eu gosto de trabalhar em conjunto e foi muito tranqüilo dividir a personagem com a Eva Wilma, porque nós somos muito amigas. A gente combinou que as duas fariam um determinado gesto, um jeito de mexer no cabelo que seria uma marca da Luisinha, uma coisa para o telespectador entender que a atriz mudou mas a personagem é a mesma. Só que eu acabei não fazendo o tal gesto, porque não saiu na hora, não ficou bom, sei lá. Mas isso não será problema para a Eva, que é maravilhosa. Até porque ela ficará no papel por pouco tempo, já que a Luisinha morre logo, pouco antes da posse de JK como presidente”, ela adianta.
Padre Eustáquio
Sacerdote a quem Sarah recorreu deve ser beatificado este ano


Padre Eustáquio, o sacerdote a quem Sarah falou sobre seu desejo de ter um filho, não apenas existiu como está prestes a ser beatificado pelo papa Bento XVI. Mesmo antes de ele morrer, em 1943, o povo de Minas Gerais e do interior de São Paulo e Rio de Janeiro já lhe atribuía diversas graças alcançadas – entre elas, a gravidez de Sarah Kubitschek, que passara tantos anos sem conseguir gerar um filho. Mas foi apenas em dezembro do ano passado que o Vaticano reconheceu um milagre ocorrido por intercessão do religioso
O padre Eustáquio nasceu na Holanda, em 1890, e veio para o Brasil nos anos 20. Membro da Congregação dos Sagrados Corações, ele era tratado como santo pela população de Poá (MG). Ele não gostava da fama de milagreiro, mas as pessoas simplesmente se diziam curadas de todo tipo de doença por intermédio de sua bênção. Mesmo quem não era católico procurava por ele.
Popularidade e morte
No início dos anos 40, a aglomeração popular em torno do padre Eustáquio já era incontrolável. Jornais e rádios de vários estados noticiavam quase diariamente relatos de milagres realizados por ele. Para poupá-lo, a Igreja chegou a determinar que o padre atenderia no máximo 50 pessoas por dia, com distribuição de senhas por ordem de chegada e horário de atendimento restrito. Mas padre Eustáquio não negava sua bênção a ninguém.
Diante de incontrolável assédio, padre Eustáquio viu sua saúde definhar lentamente, até que ele morreu, em 1943. Conta-se que, no momento exato de sua morte, ele apareceu a uma religiosa que estava a mais de 50 quilômetros de distância. Ele teria lhe dito: “Venho cumprir minha promessa. Pela misericórdia de Deus, não passarei pelo purgatório. Vou direto para o céu.”
O milagre reconhecido pela Igreja
O milagre que o papa Bento XVI reconhece como tendo sido realizado por intercessão de padre Eustáquio aconteceu em 1962, em Belo Horizonte. O beneficiário da graça foi o padre Gonçalo Belém, que na época recebera o diagnóstico de um tumor canceroso na laringe. Na véspera da cirurgia de altíssimo risco a que ele se submeteria para tentar retirar o tumor, os médicos já não encontravam o menor vestígio da doença. Junto com o tumor, desapareceu a rouquidão que afetava o paciente desde o início da enfermidade. Padre Gonçalo, que hoje tem 81 anos e ainda mora em Belo Horizonte, onde é pároco emérito, diz que seu único remédio foram as preces feitas ao padre Eustáquio.
Com a comprovação científica desse milagre, após décadas de investigação, o Vaticano acaba de divulgar que o padre Eustáquio já pode ser beatificado, o que deve acontecer muito em breve. Com isso, ele passará a ser chamado de Beato Eustáquio e a população brasileira fica autorizada a cultuar sua lembrança e a lhe pedir graças, como a um santo. A diferença é que beatos são venerados apenas nos seus locais de nascimento e morte, enquanto os santos são louvados no mundo inteiro. Para que o padre Eustáquio seja canonizado e ganhe o status de santo, é preciso que outro milagre atribuído a ele seja provado cientificamente e reconhecido pela Igreja.

A nova fase vem aí!
Veja quem vai interpretar a família Kubitschek a partir do dia 26!


Está previsto para o dia 26, quinta-feira, o início da nova fase de “JK”. Como a trama dá um salto no tempo, novos atores vão assumir os personagens reais que você vem acompanhando desde o primeiro capítulo, como Juscelino Kubitschek e toda a sua família. Nomes de peso como Marília Pêra, José Wilker, Ariclê Perez, Eva Wilma e Denise Del Vecchio já começaram a gravar as suas participações na minissérie. “Acho que a Débora Falabella está me passando o bastão com muito talento, segurança e propriedade. Além de ver todos os capítulos, eu conversei com a dona Maristela, que é filha de Sarah e Juscelino. Conversei também com a secretária de dona Sarah, que a acompanhou até a sua morte”, conta a atriz Marília Pêra, que interpreta Sarah Kubitschek na segunda fase de “JK”
Para compor a personagem, Marília não abriu mão de conversar com o diretor Dennis Carvalho e com os autores da trama, Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira. “O texto é lindo e a direção é primorosa. A direção de arte é deslumbrante. Os figurinos de Emília Duncan são como se cada peça fosse uma jóia. O trabalho dela é lindo. A caracterização de Marlene Moura também. Para mim é um privilégio estar participando desta obra tão importante para o Brasil”, diz a atriz, bastante empolgada.
Denise Del Vecchio é a nova Naná
Quem também está muito feliz com seu papel é Denise Del Vecchio. “Eu estudei para o papel, li um monte de livros. Adoro História, tem tudo a ver comigo”, ela diz. A atriz, que interpreta Naná na segunda fase da minissérie, está muito empolgada com a importância histórica de “JK”. “Acho que é um privilégio pode fazer parte deste projeto, porque eu acredito que ele tem grande importância neste momento do nosso país, para levantar assuntos que estão emergindo na política brasileira. Através da minissérie, vamos buscar as raízes de tudo que estamos vivendo hoje”, explica, pronta para assumir o papel que até agora estava com a atriz Juliana Mesquita.
Dona Júlia Kubitschek fica a cargo de Ariclê Perez
Ariclê Perez, que também estréia nesta segunda fase, faz a dona Júlia, mãe de JK. “A participação da dona Júlia nesta fase é uma intensificação da personalidade dela. Ela é uma mulher de muita força moral, caráter e disciplina, com uma dose razoável de ternura e doçura”, diz a atriz. Para Ariclê, chegou o momento de dona Júlia colher os frutos de tanto esforço e luta. “Na primeira fase, que foi a Julia Lemmertz quem fez, ela estava educando o filho, o futuro presidente. Agora, na nova fase, ela já está idosa e verá, então, a ascensão do seu filho, o que é uma experiência muito bonita”, acrescenta.
Eva Wilma assume o papel de dona Luisinha
Apesar de todas as pesquisas que os atores fizeram para compor seus personagens, ninguém teve mais facilidade de voltar à Era JK do que Eva Wilma. A atriz, que vive dona Luisinha na segunda fase, vivenciou o governo de Juscelino na sua juventude. “Eu vivi esta história, me lembro perfeitamente. Aliás, eu até já fiz um espetáculo no Memorial JK, em 1994. Para este novo trabalho, eu só tive que mergulhar no texto de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira na maneira que eles propuseram, através de sua dramaturgia, para contar a história”, conta Eva Wilma, que teve reuniões com Louise Cardoso, a dona Luisinha da primeira fase, para construírem juntas a personagem.
José Wilker, o JK maduro
Quem também já se sentia familiarizado com o assunto é José Wilker, que faz Juscelino na nova fase da minissérie. “Desde que aprendi a ler que eu me interesso em ler sobre o Brasil. Depois de certo tempo, passei a me interessar especificamente pela história da república no nosso país. Então, na verdade, minha fonte de inspiração é o texto escrito por Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, além da direção do Dennis Carvalho”, conta o ator.
Novos personagens
Elenco da segunda fase da minissérie já começou a gravar suas cenas


No final de janeiro, a minissérie entra em nova fase, com a entrada em cena de uma série de personagens novos. O elenco de “JK” aumentará bastante, incluindo atores como Nathalia Timberg, Antonio Calloni, Alessandra Negrini, Hugo Carvana, Betty Gofman e Claudia Netto, que já começaram a gravar
“Um homem fantástico, versátil e com mil possibilidades”. É desta forma que o ator Antônio Calloni define Augusto Schmidt, seu novo personagem, que vai estrear na segunda fase da minissérie JK. “Está sendo um prazer fazer este grande homem. Ele realmente tinha uma capacidade muito grande. Foi um grande poeta, empresário e jornalista”, conta Calloni. 
O momento histórico que esta minissérie retrata também empolga o ator. “Eu me sinto muito orgulhoso com este projeto. Espero colaborar com a minha parte. Espero fazer uma grande homenagem a esta figura , que é fantástica, completa”, diz.
Para se preparar para interpretar aquele que foi responsável pelo principal slogan do ex-presidente Juscelino Kubitschek, “50 anos em cinco”, Calloni entrou a fundo na história de Schmidt. “Conversei com a filha dele, com seu secretário e também com a Letícia Mey, sua biógrafa. Li sua biografia e conheci sua casa na Rua Paula Freitas. Eu me cerquei das informações que eu tinha para compor esta figura extremamente contraditória, alegre, vibrante, ao mesmo tempo melancólica e triste”, conta.
Mulheres divertidas
Alessandra Negrini, que vive na segunda fase de “JK” a esposa de Augusto Schmidt, Yedda, também está muito animada com o seu papel. “Estou muito feliz. Ela é engraçada, destemida, verdadeira, fala tudo o que pensa, além de ser muito chique”, fala Negrini. A atriz, que está usando lentes de contato azul por causa do papel, também conversou com Letícia Mey e leu a biografia de Schmidt para compor a sua personagem.
Dora Amar, Jorge Sampaio, Abigail Fernandes e a Baronesa do Tibagi também são personagens que marcam o começo das gravações da segunda fase de “JK”. Porém, ao contrário de Augusto e Yedda Schmidt, eles são fictícios, existem apenas na minissérie.
Dora Amar é vivida pela atriz Deborah Bloch, que está muito empolgada com o seu papel na minissérie: “Ela é muito divertida, uma corista de teatro de revista que, na verdade, quer encontrar um homem com grana para sustentá-la. Dora Amar é uma alpinista social, exagerada, usa casacos de pele... É uma delícia de fazer.” Para compor a personagem, Deborah assistiu a filmes da época e leu sobre as vedetes. “O sonho de Dora Amar era ser uma vedete, uma estrela, mas ela não é nem uma coisa, nem outra”.
Prósperos e decadentes
Interpretada por Betty Gofman, Abigail Fernandes também tem um tom cômico. “A Abigail é uma bibliotecária apaixonada por Carlos Lacerda. Ela tem um pouco de humor, uma coisa meio ‘rodrigueana’. Ela se apaixona por Antenor e permite que ele tenha o que quiser, com quem quiser, porque ela não vai fazer nada antes do casamento, mas ele continua sendo o noivo dela”, conta a atriz aos risos.
Tanto Dora Amar quanto Abigail vão se hospedar na pensão da Baronesa do Tibagi. Vivida por Nathalia Timberg, ela é uma dama da alta sociedade aristocrata carioca que, ao ficar pobre, transforma seu casarão numa pensão familiar.
Ao contrário da Baronesa, porém, Jorge Sampaio é rico. Empresário carioca do ramo hoteleiro, do show-business e do rádio, ele é interpretado por Hugo Carvana: “Meu personagem é um milionário, um playboy, bon vivant, amante do uísque e das mulheres, corrupto, sempre interessado em fazer negociatas, em mamar nas tetas públicas. Gente boa, né?” (risos)

“JK” assumiu o desafio de representar na telinha boa parte dos anos da república do nosso país. Foram períodos que marcaram a memória dos brasileiros com tamanhas conquistas, golpes, progressos, revoluções entre tantos outros acontecimentos. Parte integrante de todos estes eventos históricos, os lugares que abrigaram toda essa evolução política também ficaram na lembrança.
Mais do que apropriado, estas construções monumentais que foram os cenários da vida real servem de cenário da mesma forma para a trama. São palácios suntuosos que imprimem um toque de luxo e glamour às cenas em que dão o ar de sua graça. E palácio é o que não falta na minissérie. O da Liberdade, o Tiradentes, o do Catete e o das Laranjeiras são alguns dos que aparecem em “JK”.
Quando Juscelino assume o posto de governador de Minas Gerais, por exemplo, é o Palácio da Liberdade a sede do governo. No Rio de Janeiro, o Palácio Tiradentes é pano de fundo para a cena em que o então presidente da Câmara dos Deputados Antônio Carlos - vivido pelo ator Raul Cortez - faz o tão aplaudido pronunciamento no plenário. Já o Palácio do Catete e o Palácio das Laranjeiras assumem o mesmo papel que tiveram na vida real: a sede do governo presidencial e a residência oficial do presidente, respectivamente.
Clique no link acima e conheça um pouco mais sobre essas construções magníficas que, assim como em JK, foram palco do cenário político brasileiro.
Voto de cabresto
O que Licurgo fez nas eleições da trama acontecia na vida real


As cenas que mostraram Licurgo obrigando seus empregados a votarem no seu candidato são um retrato do que acontecia nas eleições brasileiras nos anos 30. Aquilo é o que os livros de História chamam de voto de cabresto: os poderosos coronéis do interior usando a força para eleger quem eles queriam
Por várias décadas, as eleições brasileiras estiveram sujeitas a todo tipo de fraude. Para votar, o eleitor só precisava levar um pedaço de papel com o nome do seu candidato e depositar na urna. Era um papel qualquer, que ele levava de casa mesmo. Para os coronéis, bastava entregar a cada um de seus empregados um papel já preenchido. A maioria deles era analfabeta, só sabiam assinar seus nomes, e analfabetos não podiam votar. Mas isso não era problema para os coronéis, já que eles mesmos escreviam nos papéis. Como os criados não sabiam ler, muitas vezes eles votavam sem saber o que estava escrito no papel que depositaram na urna.
Getúlio Vargas traz mudanças
Em 1932, o presidente Getúlio Vargas finalmente adotou uma série de medidas que reduziram o poder dos coronéis nas eleições, como o voto secreto. Ele também permitiu que as mulheres votassem pela primeira vez, mas só as funcionárias públicas, o que aumentava o número de eleitores urbanos, que não tinham relação alguma com os coronéis. Como Vargas exonerou todos os governadores (com exceção do de Minas Gerais, Olegário Maciel) e substituiu-os por interventores de sua confiança, os coronéis ficaram ainda mais isolados.
Conforme o Brasil se industrializava, as populações rurais foram migrando para as grandes cidades, que cresciam sem parar, tornando o número de eleitores urbanos mais expressivo que o do interior. Com isso, o coronelismo ficou para trás. Mesmo assim, o sistema eleitoral continuou passando por sucessivas mudanças ao longo do século XX, até chegar à atual urna eletrônica, a fim de reduzir ao máximo a possibilidade de fraude.

Declaração de amor
Marisa toma coragem e diz a Juscelino que é apaixonada por ele


Marisa sente tanta culpa por amar Juscelino, um homem casado, que ela decide se jogar nos braços do detestável Sampaio só para tentar abafar esse amor proibido. Como ninguém sabe desse segredo, as pessoas não entendem por que uma moça tão jovem, bonita e virtuosa decidiu se casar com um canalha desagradável com idade para seu pai ou até mesmo avô. Nem JK entende. Então, ele pergunta a ela: “O que seus pais diriam desse seu casamento? Por que vai fazer essa besteira?”. Ela responde com a verdade: “Por amor. Por um amor infinito, maior que a vida e a morte... Eu vou casar com o Sampaio porque amo o senhor!”
JK fica espantadíssimo. Ele jamais imaginaria ouvir essa resposta. Além de ser uma revelação bombástica, a situação é constrangedora, porque esse diálogo acontece no Palácio Laranjeiras, a residência oficial do presidente. Sob aquele mesmo teto, Sarah está oferecendo um chá beneficente, tentando arrecadar doações de senhoras ricas para suas obras de caridade. A esposa em questão não é uma mulher qualquer – é uma mulher maravilhosa.
A reação de JK
“Que sandice é essa?! Você nem me conhece direito”, JK quer saber. Com lágrimas nos olhos, Marisa se explica: “Não é sandice nem tolice, é a mais pura tradução dos meus sentimentos... Eu amo o senhor de um amor infinito, um amor acima da aspiração de todas as moças, que é ver seu sonho maior se concretizar... É amor que exige sacrifícios porque o senhor pertence a outra mulher, a sua admirável Sarah, senhor presidente.”
Quanto mais Marisa fala, mais JK fica espantado. Mas ele percebe que as lágrimas da moça são reais, assim como o seu amor. Ele tenta fazê-la desistir dos tais sacrifícios e do casamento, mas ela está certa de que nunca deixará de amá-lo. Nenhum homem ficaria indiferente a uma declaração de amor tão profunda e sincera como essa. Com Juscelino não será diferente.

Ele está de volta!
Zinque retorna à trama para ajudar a resolver os problemas dos outros


Depois de passar vários anos longe, atuando como frade dominicano, Zinque chega ao Rio de Janeiro para reencontrar seus entes queridos: Salomé, Guiomar e Antenor. Mas ele já não é frade. Antes de fazer a viagem até a capital, Zinque se desliga da ordem religiosa, embora sua missão no Rio seja ajudar um padre a realizar uma obra assistencial numa favela carioca.
Guiomar fica muito emocionada ao revê-lo. O mesmo vale para Salomé, que não esperava ter Zinque a seu lado outra vez. E Antenor fica feliz da vida em poder abraçar o homem que ele considera seu pai. Em sua nova fase, Zinque será fundamental para todos eles, sempre disposto a ajudá-los a resolver seus problemas. Isso vale principalmente para Salomé. Leonardo pedirá ao ex-frade que o ajude a reconquistar sua amada, jurando ter se arrependido de todos os seus erros. O político até chora de desespero, com medo de nunca mais ter Salomé em seus braços. E Zinque se dispõe a interceder por ele.
O curioso é que Guiomar, ao reencontrar Zinque, percebe que ele já não é o mesmo: “Você está diferente... Não sei o que é, mas...”. Ele já tem a resposta na ponta da língua: “Estou mais velho, Guiomar!”. Mas ela sabe o que está falando: “Não é isso. Eu não sei o que é, mas é bom, é muito bom!”.
O que será?

Situação complicada
Marisa decide se casar com Sampaio. Veja o que Camilinha faz!


Sampaio leva Marisa para conhecer Brasília e, ao encontrar Juscelino, apresenta a jovem como sua futura esposa. A miss primavera não gosta de ser denominada desta forma, mas, depois de um tempo, aceita o pedido de casamento com a condição de que eles dois viverão para sempre como irmãos. Sampaio topa, acredite se quiser
Com o novo casal de volta ao Rio de Janeiro, a novidade não demora a se espalhar. Silvinha pede para ser a dama de honra do casamento e Carmem Dulce promete animar os convidados cantando. Enquanto alguns manifestam alegria, outros parecem não aprovar a união. Salomé e Guiomar não entendem por que Marisa decidiu se casar com Sampaio. A cozinheira acredita que a modelo deveria namorar alguém mais jovem e a enfermeira não acha que ela ame o noivo de verdade. A decisão, no entanto, já está tomada. Marisa vai mesmo se casar com aquela criatura detestável.
O encontro com a ex
Marisa está se arrumando para ir ao bingo beneficente promovido por Sarah quando é surpreendida por uma visita de Camilinha, a esposa oficial de Sampaio. Ela traz uma camisola nas mãos e a oferece à miss primavera. Mas não é provocação nem despeito. O presente simboliza sua tranqüilidade diante da união do ex-marido com uma jovem que tem idade para ser sua filha. Camilinha explica que descobriu a vida além do casamento e que nada conseguiria abalar sua satisfação por se sustentar sem a ajuda de homem algum.
Nesse momento, Ana chega ao local e avisa a Marisa que, ao lado de Sampaio, ela levará uma vida igual à de Camilinha no passado, cheia de humilhações. A jornalista completa dizendo que não há razão para não enfrentar de peito aberto seus verdadeiros sentimentos em relação a Juscelino. Cheia de dúvidas, Marisa não quer nem ouvir os conselhos da amiga.  Ana chora e pede que a modelo não se case, mas não adianta nada.

Sonho inatingível
Yedda jamais conseguirá realizar seu desejo de dar à luz uma criança


Yedda está feliz por finalmente ter conseguido engravidar de novo. Ela não sabe ainda, mas está grávida de gêmeos. Bênção em dose dupla? Não. É um trauma em dose tripla, porque além de perder os dois bebês, Yedda nunca mais poderá engravidar
A gravidez é de alto risco. E tudo piora por conta dos artigos que Carlos Lacerda escreve e publica no jornal quase diariamente, muitas vezes atacando Schmidt. Yedda fica furiosa com as críticas e acusações, perde o controle, o que a deixa sempre estressada. Até que acontece o inevitável: o aborto espontâneo.
Schmidt ficará destroçado. Mas, como Carmem Dulce bem disse quando tirou cartas para o casal, embora o ano seja de grandes dificuldades, tudo será superado. Ele sofre, mas aceita o destino, coisa que Yedda não consegue fazer: “Eu não ter perdôo, Senhor Deus! Não vou te perdoar nunca!”, ela pragueja, revoltada. Na impossibilidade de realizar seu maior sonho, ela acabará cometendo uma loucura impensável.

Márcia piora!
Saúde da filha de Sarah e JK mostra-se cada vez mais preocupante


JK volta de Brasília, onde a construção da nova capital está a pleno vapor, e recebe uma notícia ruim: a saúde de Márcia está piorando. Sarah repara na postura da filha e comenta com o marido. Juscelino e Júlio Soares examinam a jovem sob o olhar tenso de Sarah e a ansiedade de Márcia, que deseja saber o que está acontecendo. Seu tio tenta desconversar e diz para ela ir brincar com a irmã, Maria Estela, mas a jovem insiste em saber a verdade. Juscelino explica, então, que a escoliose piorou, fazendo com que a filha caia em prantos enquanto a mãe a abraça, emocionada. Márcia diz que sabia que iria piorar, pois viu o pássaro preto nos últimos dias, deixando o pai ainda mais aflito
Longe da filha, Juscelino explica para a esposa que alguns médicos sugerem que seja feita uma cirurgia, mas que, antes disso, Márcia precisa se consultar com um espanhol especialista em ortopedia que leciona em Oxford. Atribulado com os diversos problemas políticos que enfrenta, o presidente não sabe como fazer para deixar o Brasil sem ser deposto pela UDN. Sarah responde firmemente que levará a filha aonde for preciso, mesmo que seja sozinha. E assim será. Mas, apesar de se mostrar muito forte, a primeira-dama tem muito medo do que pode acontecer na operação.

Adeus sensual
Magui deixa Leonardo em paz, mas se despede em alto estilo


Salomé não quer mais nada com Leonardo, mas o safado terá ao menos uma boa notícia nos próximos dias: Magui vai embora do Brasil para morar nos Estados Unidos. Assim, ele fica longe da tentação e livre de qualquer obrigação
Magui vai até a boate de seu pai para se despedir de Leonardo, porque sabe que ele está lá, à noite. O sujeito a recebe na maior grosseria: “Por que não me deixa em paz e fica com os seus amigos?”. Humilde, ela estende a bandeira branca: “Eu queria pedir desculpas... Por ter ido procurar você naquele dia!”. Magui está se referindo à vez em que ela provocou uma situação que acabou fazendo Salomé abandoná-lo. Mas Leonardo não está interessado em perdoar ninguém – ele simplesmente dá as costas a Magui e sai.
Ela insiste: “Não faça isso comigo... Estou indo embora... Vou para os Estados Unidos... E você vai ficar livre de mim”. Ela lhe estende a mão, num gesto de paz, mas com seu típico toque de safadeza: “Fica de bem comigo... Eu sou uma boa menina”. Mas Leonardo não se comove. Ele vai embora deixando a mão de Magui no ar.
Amor no mar
Sozinho, Leonardo caminha em direção ao mar. É tarde da noite e ele tira a roupa para dar um mergulho. Magui vai atrás dele, nadando: “Vim me despedir de você”. Como a carne de Leonardo é fraquíssima, ele cede.
Depois de uma noite de amor tendo apenas o mar, a lua e as estrelas como testemunhas, Magui comete o equívoco de achar que reconquistou Leonardo. É claro que ele continua querendo distância dela: “O que aconteceu não mudou em nada o que penso a seu respeito!”. Ela não se conforma: “Você me usou!”. Mas não adianta espernear. O jeito é ir mesmo para os Estados Unidos. E é o que ela faz, para alívio do seu amante canalha.

Cena rara
Ver a família Kubitschek reunida assim fica cada vez mais difícil



As preocupações de Sarah e Juscelino com a saúde de Márcia e com as crises do governo têm dificultado a convivência do casal, que passa vários dias sem se ver, o que é uma ameaça para qualquer casamento. Ver Sarah, JK e suas filhas juntinhos assim será algo cada vez mais raro. Na foto, eles estão assistindo a um filme na sala de cinema do Palácio das Laranjeiras, às gargalhadas. Mas repare que Sarah é a única com o semblante sério. É que ela sabe que o marido tem estado muito distante. Por isso, ela passa a sessão inteira de mãos dadas com ele, como nos velhos tempos. E ela nem sabe ainda da existência de Marisa



Rompante de paixão
Sexta-feira, 17/02/2006


Zinque aparece na casa da  Baronesa. Lott desiste de pedir demissão e o governo de Juscelino se consolida. Raul e Salomé exigem que Yedda fique de cama e evite ler jornais, para não se aborrecer. Luís Felipe sai da casa de Sampaio e vai para a pensão da  baronesa para morar perto de Camilinha. Sampaio diz a Marisa que nunca sentiu por mulher alguma o que sente por ela. Yedda perde os gêmeos que estava esperando e recebe a notícia que não poderá mais engravidar. Luís Felipe escreve um poema para Camilinha, que lhe dá um beijo. Zinque conta para Salomé que vai se desligar de sua ordem religiosa e ajudar padre Lebret em seu trabalho com os pobres. Sarah e Márcia voltam da Inglaterra. A jovem precisará ser operada. Leonardo diz a Zinque que ama Salomé de verdade. O padre fica penalizado. Abigail vê Antenor e Dora juntos. Camilinha e Luís Filipe ficam juntos, mas ela garante que isso não se repetirá. Sarah lamenta estar passando tanto tempo longe de Juscelino, mas se recusa a deixar de acompanhar o tratamento de Márcia. Abigail tenta contar a Fialho o que viu, mas ele não lhe dá atenção. Sampaio convida Marisa para conhecer Brasília