20 de junho de 2017

A você que Partiu


A você que Partiu



Partistes, mas continuas viva em nossos corações
e permanecerá viva a estrela que sempre brilhou em nosso lar.



Hoje senti sua falta, como sempre sinto. Senti saudades de mim, saudades de você, saudades de nós, saudades da minha felicidade, do seu sorriso, do seu viver. Hoje mais do que nunca senti sua falta. Falta dos teus olhos, falta dos meus olhos nos seus. Falta do seu olhar, falta da alegria no meu olhar. Hoje senti que preciso de você, senti sua falta. Falta de ouvir "amor meu", falta de ser o amor seu. Falta de ter com quem falar, falta de ter você comigo! Sinto saudades, saudades de você.Saudades do seu carinho...Saudades da sua certeza...Saudades da menina, da mulher.Saudades de você, amor meu...Senti falta de ouvir que sou o amor seu... Hoje senti sua falta, como sempre sinto...Saudade de você meu anjo



14-12-2008
Eterna Saudade

O NEGO E A BANDEIRA



O NEGO E A BANDEIRA

A palavra NEGO consta na bandeira da Paraíba para registrar um fato histórico que teve muita repercussão nas décadas de 20/30. João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque era Presidente (Governador) da Paraíba desde 22.10.28. João Pessoa tinha muito prestígio por ser sobrinho do ex-Presidente Epitácio Pessoa e Ministro do Supremo Tribunal Militar, daí ter sido indicado para presidir a Paraíba.
Na época, era Presidente da República Washington Luiz, paulista. Em 1929, iniciou-se o processo de eleição para o novo Presidente da República. Existia a chamada aliança café-com-leite, pela qual São Paulo e Minas se revezavam no exercício da Presidência da República: esse acordo era apoiado por Epitácio Pessoa. Washington Luiz rompeu o acordo e indicou como seu candidato à Presidência outro paulista, de nome Júlio
Prestes. João Pessoa, inconformado, NEGOU o apoio da Paraíba ao candidato Júlio Prestes, apoiando a candidatura de Getúlio Vargas, gaúcho, lançado pelo Presidente de Minas Gerais, Antônio Carlos.
Foi formada então a Aliança Liberal, composta dos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, sendo João Pessoa escolhido candidato a vice-presidente na chapa aliancista.
João Pessoa teve a coragem cívica de passar um telegrama ao Governo Federal negando qualquer apoio, daí o famoso NEGO, inserido na bandeira da Paraíba, num vermelho de sangue e preto de luto;
O NEGO de João Pessoa foi um gesto de altivez que teve repercussão nacional, sendo registrado como um fato histórico: mudou a bandeira da Paraíba que, no seu todo, representa uma homenagem a João Pessoa, assassinado logo após, em 26.07.30, ainda no exercício do governo do Estado da Paraíba. A bandeira foi idealizada nas cores vermelha e preta, sendo que o vermelho representa o sangue derramado por João Pessoa e o preto, o luto que se apossou da Paraíba com sua morte.
Todos esses fatos desencadearam a Revolução de 1930, que culminou com a deposição de Washington Luiz em 24.10.30.



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O GOVERNO DE JOÃO PESSOA



O GOVERNO DE JOÃO PESSOA

João Pessoa - um governante contra as oligarquias
Capítulo mais importante da História da Paraíba, a Revolução de 30 vinculou-se de tal maneira à ação político-administrativa do presidente João Pessoa que este terminou como ator histórico cuja morte precipitou sua deflagração.
Sobrinho de Epitácio e Ministro do Supremo Tribunal Militar, onde suas decisões revelavam-se severas para com oficiais superiores e indulgentes com subalternos e praças de pré, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque fazia-se, no Rio de Janeiro onde residia, importante peça da oligarquia epitacista. Sua função consistia em representar o tio junto aos poderes da República, intermediando verbas e discutindo providências da alçada das autoridades paraibanas. Sua correspondência revela-o atualizadíssimo com o que se passava no estado e consciente da problemática paraibana.
A indicação de João Pessoa para Presidência do Estado, unilateralmente formulada por Epitácio, verificou-se diante de (nova) crise da oligarquia epitacista. Esta estivera ameaçada em 1924, na sucessão de Solon de Lucena. Então, só a muito custo o candidato João Suassuna obteve assentimento do governo federal.
Uma vez no poder, Suassuna não foi bem sucedido. Administrativamente, o antigo jornalista, diretor do Tesouro e deputado federal, favoreceu a cultura algodoeira e valeu-se da prefeitura da capital para renovação das posturas desta, mas seu governo praticamente reduziu-se a isso.
Com pouca disposição para a coisa pública, passando mais tempo fora do palácio que neste, Suassuna representou o coronelato sertanejo no poder. Em seu governo, os chefes políticos tiveram as mãos inteiramente livres, com o que, na prática, organizou-se estrutura paralela de poder, superposta ao estado. Graves conflitos tiveram lugar em Ingá, Areia (Remigio), Catolé do Rocha, Misericórdia (atual Itaporanga), Mamanguape (Rio Tinto) e Teixeira. Nesses lugares a oposição não dispunha de garantias porque o governo atuava como parte nas disputas locais. A Justiça, também partidária, curvava-se aos poderosos. Favorecido pela leniência da presidência do estado, o cangaço ressurgiu com ímpeto e as queixas começaram a avolumar-se junto ao ministro João Pessoa, no Rio de Janeiro e Embaixador Epitácio Pessoa na Europa.
Mesmo assim, Suassuna começou a articular a própria sucessão. Da indicação de seu chefe de polícia Júlio Lyra e coronéis José Pereira e José Queiroga - a chamada chapa dos três Jotas para as presidências, primeira e segunda vice-presidências do estado, transparecia a intenção de montar esquema próprio, sertanista.
Epitácio seria figura simbólica e não foi consultado. O patriarca da oligarquia, então, decidiu intervir. Com a escolha do sobrinho tornava-se claro que a situação havia chegado a ponto extremo. No Rio, João Pessoa confessou a José Américo, convidado para a secretaria geral que iria para a Paraíba "dar uma vassourada".
Esta começou com discurso de posse a 22 de outubro de 1928. João Pessoa ameaçou céus e terras. Declarou que desejava assegurar garantias a todos e que levaria a polícia a vasculhar propriedades à procura de armas que abasteciam o cangaço. Muitos coronéis do epitacismo eram notórios coiteiros e engoliram em seco a advertência.
No exercício do governo, Pessoa revelou-se rápido e inflexível. Drásticas transferências alcançaram as mesas de rendas para retirá-las do controle dos potentados locais - ninguém escapava porque a lei era para todos. Desarmaram-se os proprietários e caminhões carregados de armas começaram a fazer o percurso entre pontos críticos do interior e a capital. Promotores de justiça comprometidos com o coronelato foram demitidos e Juízes de Direito postos em avulsão. A polícia foi reformulada, subordinando-se à Presidência do Estado. Jovens bacharéis foram nomeados para as delegacias de polícia, à margem de qualquer interferência política. Os prefeitos municipais, escolhidos pelo Presidente do Estado, passaram a dispor de mandato de quatro anos, proibida a recondução. Eleições para os conselhos municipais realizaram-se a trinta e um de dezembro de 1928 e onde a oposição triunfou, como em Sousa e teve boa votação na capital, não só seus mandatos foram respeitados como o governo dela se aproximou. Uma terceira força, o Partido Democrata de tendências urbanas e reformistas, principiou a adquirir espaço.
O curioso é que as reformas de João Pessoa voltavam-se contra o epitacismo que formalmente, constituía sua base de sustentação. Ocorre que não poderia deixar de ser assim. Os epitacistas encontravam-se no poder há treze anos e pactuavam com os desacertos que infelicitavam a Paraíba. Da Europa, preocupado, Epitácio escreveu, recomendando cautela. Populista, o sobrinho reformulou seus apoios, ligando-se diretamente a grupos urbanos de comerciantes, mulheres, estudantes e funcionários públicos e seguiu em frente.
Institucionalmente, sua orientação consistia em estabelecer a supremacia do Estado a que os coronéis se deveriam subordinar, com as funções de segurança e arrecadação vedadas a interferências político-partidárias. Nesse sentido, a orientação pessoista foi coerente. Arrecadação, segurança, obras públicas, crédito bancário, justiça e administração municipal foram recapturados ao coronelato e transferidos para o interior do Estado. Foram criadas quatro novas secretarias para exercício dessas funções. Os campos de experimentação algodoeiros, que funcionavam dentro das propriedades dos coronéis, passaram a ser conveniados com as prefeituras.
Na área financeira, João Pessoa lançou mão de agressiva política tributária - a dos impostos de barreira - para fazer com que as mercadorias que, ajudadas pelo contrabando, escoavam para as praças vizinhas, passassem a ser exportadas pelo porto de Cabedelo. Alíquotas elevadas incidiam sobre as mercadorias, quando comercializadas pelo sertão, mas essas taxas se reduziam, quando as operações se verificavam pelo litoral. Na imagem de um analista, a Paraíba viu-se cercada por muralha chinesa com a única porta do porto de Cabedelo.
As rendas públicas elevaram-se e João Pessoa pôde empreender realizações concentradas, sobretudo na capital. Era evidente a intenção de superar o isolamento desta, assim como a desaceleração do litoral.
Em dois anos de governo, João Pessoa restaurou a economia paraibana, praticamente falida, reorganizou o Banco do Estado, estimulou a agricultura e a indústria, abriu a Avenida Epitácio Pessoa, na Capital e várias estradas dentro do Estado, construiu pontes e aeródromos, remodelou o Liceu Paraibano, iniciou a reforma do Palácio da Redenção e a construção do Paraíba Palace, do Pavilhão do Chá, do Porto de Cabedelo, construiu o Palácio das Secretarias e a Praça Antenor Navarro, criou o Centro Educativo de Pindobal, entre outras obras.
Os beneficiários da antiga desarticulação econômica do Estado, porém reagiram. A Associação Comercial de Fortaleza, que controlava a produção paraibana do alto sertão, subscreveu moção de repúdio e sua congênere de Pernambuco levantou a possibilidade de intervenção federal na Paraíba. Os protestos mais veementes partiram do Recife, onde o grupo mercantil dos Pessoa de Queiroz contestou a orientação pessoista. Eram primos do governante paraibano, julgavam-se preteridos pelo tio Epitácio Pessoa e por isso mesmo, a polêmica azedou. Dispunham de jornal de larga circulação - o Jornal do Commercio do Recife - que tachou o governo paraibano de cupim tributário. A União respondeu no mesmo tom.
Na Guerra Tributária, travada de março a julho de 1929, pela Imprensa, já se esboçava o quadro da futura guerra civil de Princesa. Isto porque, enquanto João Pessoa contava com apoios na capital e centros urbanos, tinha contra si a burguesia compradora do porto da Recife, a que se ligavam os grandes proprietários de algodão e cana-de-açúcar. Entre esses destacavam-se o coronel José Pereira Lima, como mais influente chefe político do sertão e eminência parda do governo Suassuna e os Ribeiro Coutinho da várzea do Paraíba, cujos açúcar e gado a presidência do estado desejava taxados.
Eleições nacionais, guerra civil e Revolução de 30
O enlace de João Pessoa com a Revolução de 30 principiou em julho de 1929, quando da abertura da sucessão nacional. Rompendo a chamada aliança café-com-leite, por meio da qual São Paulo e Minas se revezavam no exercício da Presidência da República, o presidente Washington Luiz, paulista, fixou-se na candidatura de outro paulista de nome Júlio Prestes. Com este formaram dezessete Estados. A Paraíba foi esquecida, mas quando consultada, João Pessoa atendeu recomendação de Epitácio para que o sobrinho não se fiasse nos mineiros, mas se esses, porventura levantassem candidato de outro Estado a Paraíba deveria acompanhá-las.
Ora, o Presidente mineiro Antônio Carlos estava articulando a candidatura de Getúlio Vargas, presidente do Rio Grande do Sul e ex-ministro da Fazenda de Washington Luiz. A 29 de julho de 1929, João Pessoa resolveu apoiar Vargas. Era em relação ao governo federal, o Négo. A expressão não é autêntica, mas fidedigna. Quer dizer, não há como se pensar num telegrama - Négo! - mas o governante paraibano agiu como se assim houvesse procedido. Constituía-se, em oposição à candidatura oficial, a Aliança Liberal composta dos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba. João Pessoa seria escolhido candidato a vice-presidente da República na chapa aliancista.
Não tardou a repercussão desses acontecimentos sobre a política interna da Paraíba. A reação do Catete consistiu em hostilizar o governo paraibano, através da burocracia federal do Estado. Dívida contraída perante o Banco do Brasil foi imediatamente cobrada... e paga... Oficiais do exército, com que João Pessoa desejava contar para o comando da polícia não foram liberados. Alfândega, Correios, Telégrafos, Procuradoria da República e Juizado Federal, Obras contra as Secas, Delegacia Fiscal - todas essas repartições passaram a ser ostensivamente utilizadas contra o governo estadual. Os liberais foram delas excluídos para que prevalecessem as indicações da oposição.
Esta era, até então, muito pequena na Paraíba. Tratava-se do antigo Partido Republicano Conservador (PRC), sob a chefia do desembargador Heráclito Cavalcante, que até esses acontecimentos se aproximara de João Pessoa. Nas eleições do período, o PRC nunca elegeu qualquer representante, mas sua importância cresceu em função do suporte do governo federal. As ações deste na Paraíba, em termos de estradas, açudes e porto de Cabedelo, passaram a ser agenciadas pela Coligação Republicana da Paraíba cujo chefe, desembargador Heráclito, foi recebido por Washington Luiz. O Partido Republicano da Paraíba (de João Pessoa) viu-se desafiado no próprio território. A única exceção residiu no Serviço de Defesa do Algodão onde o agrônomo Alpheu Domingues prosseguiu prestando excelentes serviços ao governo paraibano. No algodão de que a Paraíba era o primeiro produtor nacional residia a chave da questão.
As eleições para Presidência da República, Senado Federal e Câmara dos Deputados estavam marcadas para primeiro de março de 1930 e registraram campanha muito agitada na Paraíba.
Paralisaram-se as obras que o governo do estado considerava fundamentais - porto de Cabedelo e estrada de ferro de penetração - o que motivou protestos da imprensa liberal. Esta, exaltada, insuflava a opinião pública contra os representantes do governo federal e seguidores da chapa Júlio Prestes-Vital Soares que freqüentemente solicitavam garantias ao 22° Batalhão de Caçadores. O comando deste também experimentou mudanças para atender à nova situação. Era visível o desencontro entre autoridades federais e estaduais. Entre essas últimas não tardou a se constituir grupo que, levando a autonomia do Estado às últimas conseqüências, pregava a revolução. Inicialmente, João Pessoa não queria nem ouvir falar nesta. Aceitou-a mais tarde, pressionado pelas circunstancias.
Às vésperas do pleito, a dezesseis de fevereiro, João Pessoa convocou a Comissão do PRP para composição da chapa de senador e deputados federais. Sua idéia consistia em renová-la, inteiramente, o que significava o sacrifício da candidatura de João Suassuna a deputado federal. Pessoa, todavia, preservou um primo, Carlos Pessoa, mantido na chapa. Conforme auxiliares, o presidente, já rompido com um ramo da família - os Pessoa de Queiroz - não queria perder o apoio do outro, os Pessoa de Umbuzeiro, sua terra natal.
Este fato representou o pretexto para ruptura do coronelato governista com a Presidência do Estado. João Pessoa encontrava-se em excursão de propaganda política pelo interior onde, em Princesa Isabel, a recepção, a cargo do ex-deputado José Pereira, fez-se sintomaticamente fria. Pereira ouviu em silêncio o sacrifício do amigo Suassuna e o presidente recomendou à polícia que controlasse a situação no município. Os dois adversários mediam-se para luta que não tardaria.
João Pessoa ainda não havia regressado à capital quando José Pereira lhe enviou veemente telegrama de rompimento. A mensagem aludia às garantias que seriam oferecidas a seus correligionários e a Presidência respondeu ao mesmo tom. Apressadamente, a Coligação Republicana da Paraíba reformulou a chapa de deputados federais nela incluindo candidatos marginalizados pelo PRP - entre eles João Suassuna e Flávio Ribeiro, potentados do sertão e várzea do Paraíba. A refrega iria travar-se em todos os níveis.
Ato continuo, José Pereira organizou sua gente e marchou sobre Teixeira, reduto dos Dantas, seus aliados. O destacamento policial de Princesa retirou-se para Piancó, enquanto, pelo outro lado, formação de polícia precipitava-se sobre Teixeira. Ambos os lados pretextavam garantir as eleições. O choque foi inevitável.
A chamada guerra de Princesa principiou por Teixeira, no dia do pleito para Presidência e vice-presidência da República, senado e deputação federal, a primeiro de março de 30.
Financiados pelos Pessoa de Queiroz e apoiados pelo governo paulista de Júlio Prestes, os partidários do coronel José Pereira mobilizaram aproximadamente dois mil homens, dos quais oitocentos e cinqüenta na primeira linha, em armas. A essa última cifra subia o contingente da Polícia Militar do Estado.
José Pereira Lima era o mais poderoso coronel do sertão da Paraíba pelo qual falava como espécie de primeiro ministro. Vaidoso e simulado, assistira à erosão da autoridade sob o governo João Pessoa. Rico produtor de algodão, economicamente também vinha experimentando perdas. Seu algodão, destinado ao porto do Recife, onde os Pessoa de Queiroz o comercializavam, era exportado sem pagar impostos pelo Estado de Pernambuco. Com a política tributária de João Pessoa, via-se obrigado a sair por Cabedelo por meio de estradas insatisfatórias que só conectavam com a linha férrea em Campina Grande, a mais de trezentos quilômetros de Princesa. Os prejuízos do coronel tornavam-se elevados, o que o levava a secundar as reclamações dos Pessoa de Queiroz.
Vários outros coronéis também pensavam assim, daí porque o movimento de Princesa espalhou-se por Misericórdia, Conceição, Vale do Piancó, Catolé do Rocha, Pombal e Monteiro. Colunas pereiristas incursionaram sobre esses municípios defrontando-se com a polícia. A Secretaria de Segurança estabeleceu quartel-general em Piancó e dividiu suas forças em pequenos grupos para conter os revoltosos. Estes retraíram-se mas a luta chegou a um impasse - os pereiristas não conseguiram conflagrar o sertão para propiciar a intervenção do governo federal, mas os legalistas não lograram tomar Princesa. O ponto máximo da penetração da polícia foi o distrito de Tavares, onde coluna comandada pelo capitão João Costa passou de sitiante a sitiada. Seus integrantes alimentavam-se de milho torrado e bebiam a água pútrida das cacimbas.
Em matéria de organização, os pereiristas sacavam vantagem. Senhor absoluto dos comandados, José Pereira Lima decretou o Território Livre de Princesa que contava com Constituição (sic), jornal, bandeira e hino, tudo preparado no Recife. Do lado legalista, as coisas tornavam-se difíceis. O comando inicial da polícia não correspondia, e a corporação carecia de armas e munições, pois o governo federal recusava-se a fornecê-las. A posição do Presidente da República Washington Luiz era ambígua: o governo federal simpatizava com a rebelião, mas o Presidente que se recusava a apoiar o governo constituído de João Pessoa, proclamava que se o depusessem recorreria ao Exército para repô-lo no poder.
Dispondo de prestígio na capital e centros urbanos, João Pessoa recorreu à obtenção de donativos em armas e balas. Mineiros e gaúchos enviaram alguma coisa, mas a vigilância das autoridades federais na Paraíba dificultava o recebimento do material. Quando Pessoa pediu licença ao governo de Pernambuco para penetrar em seu território, a fim de cercar Princesa pela retaguarda, o governador Estácio Coimbra recusou o pedido. Os governantes do Ceará e Rio Grande do Norte também hostilizavam João Pessoa. O cerco à Paraíba era quase total.
Foi dentro desse quadro que se verificaram as apurações das eleições de primeiro de março. O juiz federal licenciou-se e igualmente o seu substituto, de modo que os trabalhos foram procedidos por elementos ligados à Coligação Republicana da Paraíba. Isso gerou distorções: para Presidente e vice-presidente da República, a chapa Getúlio Vargas-João Pessoa obteve maioria de vinte mil votos, mas seus candidatos ao Senado e Câmara foram derrotados. A Comissão de Reconhecimento do Senado e Câmara Federal confirmou os resultados e os senadores e deputados eleitos, num total de cinco, ficaram com os heraclistas. Sob a liderança de A União, a imprensa pessoista reagiu com vigor, o mesmo acontecendo com os deputados liberais na Câmara dos Deputados no Rio de Janeiro. A representação Paraibana foi taxada de "bancada dos cangaceiros de Princesa".
Reunindo as últimas energias, João Pessoa tentou solução no campo de batalha. Sob a coordenação de José Américo e Irineu Rangel, formaç8es legalistas foram reestruturadas e coluna com duzentos homens, transportada em caminhões, lançou-se ao assalto a Princesa. A incursão resultou em desastre. Em Água Branca, os legalistas foram emboscados, com perda de oitenta soldados e destruição dos veículos. Positivava-se o impasse.
Enquanto isso a conspiração arrefecia no plano nacional. Como o governo federal degolara toda representação paraibana e um terço da mineira, poupando a gaúcha, suspeitava-se de acordo secreto entre o Rio Grande do Sul e o Catete. Em contrapartida, João Pessoa aproximava-se da Revolução. O Tesouro Paraibano encontrava-se esvaziado, mas dois mil contos de réis foram enviados para financiamento do levante contra a República Velha. Sem os gaúchos, todavia, nada seria possível. Entre esses, partidários da revolução a qualquer preço, como Osvaldo Aranha e João Neves, pareciam isolados.
Na Paraíba, o prosseguimento da guerra civil de Princesa e o confronto entre os governos federal e estadual estimulavam ódios que cresciam. Os ressentimentos avolumaram-se quando, na capital, a polícia pretextando apreender armas, invadiu o escritório do advogado João Dantas, de prestigiosa família de Teixeira, cidade por onde começaram as ações armadas. Antes, um irmão de Dantas fora preso e inexplicavelmente remetido para o quartel-general legalista em Piancó.
Filho do coronel sertanejo Franklin Dantas, João Dantas era conhecido pelo ardor com que se dedicava à causa da Coligação Republicana da Paraíba. Considerando insuficiente a ação política, viajava seguidamente entre Recife, Princesa, Natal e Maceió. Não faltava quem enxergasse nesses deslocamentos tentativas de abertura de segunda frente que, partindo do vale do Camaratuba, na fronteira da Paraíba com o Rio Grande do Norte e sob cobertura do governo deste, poderia derrubar João Pessoa.
João Dantas não aceitou passivamente a violação do escritório. De temperamento aguerrido, recorreu ao Jornal do Comércio do Recife para publicação de violentos artigos contra Pessoa. A vinte e dois de julho, A União iniciou o revide, mediante explosiva série de reportagens diárias. Essas continham acusações contra os Dantas e outros dirigentes oposicionistas. A do dia vinte e cinco foi a mais contundente. Nela os Dantas eram considerados responsáveis pela apropriação de verbas federais. Pela ótica da correspondência então divulgada, isso causava divergências nas hostes oposicionistas onde cada chefe procurava apropriar-se de um quinhão dos recursos públicos.
No sábado, vinte e seis de julho, enquanto A União prosseguia divulgação das cartas políticas sobre o malbaratamento dos recursos federais na Paraíba, João Pessoa passou o governo ao primeiro vice-presidente Álvaro de Carvalho e viajou a Recife. Ali, avistou-se com o juiz federal Cunha Melo, com quem combinou medidas em prol da importação de armas para sua polícia. À tardinha, encontrava-se tomando chá, na confeitaria Glória, com dirigentes da Aliança Liberal de Pernambuco, quando foi alvejado à queima-roupa. O autor dos disparos, advogado João Dantas, encontrava-se acompanhado de um cunhado.
Na troca de tiros que se seguiu, o chofer de João Pessoa atingiu Dantas que, ferido, foi capturado. Pessoa foi conduzido a farmácia próxima, onde faleceu. A pregação contra o governo federal, responsabilizado pelo desfecho, começou na mesma hora. Liderava-a o professor e sindicalista Joaquim Pimenta, publicista cearense radicado no Recife que procurava oferecer conteúdo social à Aliança Liberal.
Na capital paraibana, o telegrama da morte de João Pessoa ocasionou enorme comoção. A sirene de A União tocou, convocando a população e imediatamente formaram-se grupos para vingança. Famílias perrepistas viram-se ameaçados e estabelecimentos comerciais depredados. Tiros e bombas de dinamite repetiam-se a curtos intervalos. Vários incêndios foram ateados. Os presos da cadeia pública, sensibilizados com a política de direitos humanos da presidência estadual, saíram às ruas. A Usina São João, dos Ribeiro Coutinho em Santa Rita, esteve na mira da exaltação popular. Autoridades federais e lideranças perrepistas recolheram-se ao quartel do 22° B.C., em busca de proteção. A exaltação alcançou outras cidades paraibanas como Campina Grande onde a família Agra se fez particularmente visada. Em Guarabira, o armazém da firma Vergara foi depredado.
Dois dias depois, o cadáver de João Pessoa foi transferido para a capital paraibana onde era cada vez maior a perda de controle da situação pelas autoridades. Parcialmente reprimida a conspiração revolucionária retomou impulso. Sua bandeira era agora o sacrifício do presidente paraibano. O sepultamento deste, no Rio de Janeiro, motivou discursos inflamados. A revolução passava à ordem do dia.
A luta de Princesa cessou e o substituto de João Pessoa, Álvaro de Carvalho, aproximou-se da guarnição federal para contenção da trama revolucionária. Para tanto, esperava o apoio do 22° Batalhão de Caçadores e seus auxiliares de governo. Em verdade, nem contava com um, nem com outros. O 22° B.C. estava minado por oficiais tenentistas, partidários da Aliança Liberal e da Revolução. Quanto aos secretários de governo, sob a liderança de José Américo e Ademar Vidal eram todos autonomistas, favoráveis à revolução. Isolado, Carvalho deixaria o governo, a quatro de outubro, quando da irrupção do movimento rebelde na Paraíba.
Os setenta dias que transcorreram entre a morte de João Pessoa e a Revolução de 30 constituíram um dos períodos mais dramáticos da História da Paraíba. Como as passeatas, discursos e boletins exaltados se sucedessem, o exército tentou intervir, o que aumentou a tensão. As autoridades federais reagiram, transferindo a sede da região militar e contingentes de todo nordeste para a Paraíba, mas os soldados que foram ocupar Princesa cruzaram a divisa com Pernambuco dando vivas a João Pessoa.
Nas ruas, a população era a lei. Enquanto estudantes e normalistas invadiam as repartições, mulheres e funcionários públicos ocupavam as galerias da Assembléia Legislativa, ovacionando os deputados liberais e apupando os perrepistas. Pronunciamentos arrebatados se sucediam. O nome da capital foi mudado para João Pessoa e o deputado Irenéo Joffily, filho do historiador, fez aprovar moção suspendendo de funções o segundo vice-presidente Júlio Lyra - acusado de participação na morte de João Pessoa - e colocando fora da lei o Presidente da República Washington Luiz. Transformada em Convenção Revolucionária, a Assembléia Legislativa aprovou a mudança da bandeira do Estado e o presidente Álvaro de Carvalho vetou a resolução. A Assembléia revogou o veto e a divergência afastou Carvalho definitivamente, das fileiras revolucionárias.
Quando outubro de 1930 fez seu aparecimento, a Paraíba encontrava-se ocupada por forças federais do Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe e Bahia, estacionadas em Sousa, Santa Luzia, Princesa Isabel, Campina Grande, João Pessoa e Cabedelo. Duas pequenas embarcações da marinha de guerra patrulhavam o Rio Paraíba. Em contrapartida, os revolucionários contavam com a polícia militar, opinião pública (estadual e nacional), grupos armados de civis e quatro tenentes da guarnição federal que a quatro de outubro, levantariam o 22° B.C. O capitão Juarez Távora também se encontrava na Paraíba para chefiar o levante.
Este, que irrompeu na tarde de três de outubro em Porto Alegre, rebentou na madrugada seguinte, na Paraíba. Delegacias de polícia, estradas e comunicações foram controladas pelos revolucionários que, sob o comando do tenente Agildo Barata, tomaram de assalto o quartel do 22° B.C. em Cruz das Armas. O comandante da região militar Lavanère Wanderley, foi mortalmente ferido na operação. Em todo o estado, a guarnição federal transferiu-se para o lado revolucionário, sem maiores problemas, salvo em Sousa, onde o comandante Pedro Ângelo resistiu até a morte.
Na manhã de quatro de outubro, os jornais já circulavam anunciando a vitória da Revolução de 30 na Paraíba. Para os acontecimentos nacionais, isso tornou-se importante porque, irmanados, polícia da Paraíba e exército constituíram Grupo de Batalhões de Combate (GBC) que, sufocando resistência legalista em Recife, estendeu a revolução até a Bahia e Rio de Janeiro. Neste último, Washington Luiz seria deposto a 24 de outubro, encerrando-se a República Velha, isto é, a República das Oligarquias e dos coronéis.
(HISTÓRIA DA PARAÍBA - Lutas e Resistência - José Octávio)


OLA UMA  BOA TARDE ESPERO O SEU COMENTARIO


O NOME DA CIDADE



O NOME DA CIDADE

Após a morte de João Pessoa, que ecoou dolorosamente na Paraíba, o povo quis lhe prestar uma homenagem. Cogitou-se, então, em mudar o nome da Capital para João Pessoa. E, na Assembléia Legislativa, os deputados Generino Maciel, Argemiro de Figueiredo, João José Maroja e João Maurício de Medeiros elaboraram o projeto de lei para a mudança, que tomou o número de Projeto nº 04. Foi aprovado e se transformou na Lei nº 700, de 04 de setembro de 1930.
Vê-se, assim, que a denominação João Pessoa para a Capital paraibana não ocorreu de modo gratuito. Surgiu de um contexto histórico formidável, sendo de se observar que somente em poucos momentos a História da Paraíba tenha passado momentos tão significativos.
(Carmem Coelho de Miranda Henriques - historiadora paraibana)


Biografia de Dom Pedro I,



Biografia de Dom Pedro I,
o primeiro Imperador do Brasil




Imperador D. Pedro I
     Dom Pedro I - Imperador do Brasil e Rei de Portugal - nasceu em Lisboa no dia 12 de Outubro de 1798. Herdeiro da coroa portuguesa em 1801, era filho de D. João VI e de D. Carlota Joaquina. Veio para o Brasil quando contava apenas com 9 anos de idade. Isso ocorreu em 1808, quando houve a invasão de Portugal pelos franceses, e a família real veio para o Rio de Janeiro.
     Em março de 1816, com a elevação de seu pai a rei de Portugal, recebeu o título de príncipe real e herdeiro do trono em virtude da morte do irmão mais velho, Antônio. No mesmo ano casou-se com Carolina Josefa Leopoldina, arquiduquesa da Áustria.
     A família real retornou à Europa em 26 de abril de 1821, ficando D. Pedro como Príncipe Regente do Brasil. A corte de Lisboa despachou então um decreto exigindo que o Príncipe retornasse a Portugal. Essa decisão provocou um grande desagrado popular e D. Pedro resolveu permanecer no Brasil. Isso desagradou às Cortes Portuguesas, que em vingança suspenderam o pagamento de seus rendimentos. Mesmo assim resistiu, naquele que ficou conhecido como o "Dia do Fico" (09/01/1822).
     Com a popularidade cada vez mais em alta, quando ia de Santos para a capital paulista, recebeu uma correspondência de Portugal, comunicando que fora rebaixado da condição de regente a mero delegado das cortes de Lisboa. Revoltado, ali mesmo,em 7 de setembro de 1822, junto ao riacho do Ipiranga, o herdeiro de D. João VI resolveu romper definitivamente contra a autoridade paterna e declarou a independência do Império do Brasil, rompendo os últimos vínculos entre Brasil e Portugal.
     De volta ao Rio de Janeiro, foi proclamado, sagrado e coroado imperador e defensor perpétuo do Brasil. Impulsivo e contraditório, logo abandonou as próprias idéias liberais, dissolveu a Assembléia Constituinte, demitiu José Bonifácio e criou o Conselho de Estado que elaborou a constituição (1824). Em meio a dificuldades financeiras e várias e desgastantes rebeliões localizadas, instalou a Câmara e o Senado vitalício (1826). Porém, um fato provocou desconforto geral e o seu declínio político no Brasil. Com a morte de D. João VI, decidiu contrariar as restrições da constituição brasileira, que ele próprio aprovara, e assumir como herdeiro do trono português, o poder em Lisboa como Pedro IV, 27º rei de Portugal.
     Foi a Portugal e, constitucionalmente não podendo ficar com as duas coroas, instalou no trono a filha primogênita, Maria da Glória - então com sete anos - como Maria II, e nomeou regente seu irmão, Dom Miguel. Contudo, sua indecisão entre o Brasil e Portugal contribuiu para minar a popularidade e, somando-se a isto o fracasso militar na Guerra da Cisplatina (1825-1827), os constantes atritos com a assembléia, o seu relacionamento extraconjugal (1822-1829) com Domitila de Castro Canto e Melo - a quem fez viscondessa e depois marquesa de Santos - o constante declínio de seu prestígio e a crise provocada pela dissolução do gabinete, após quase nove anos como Imperador do Brasil, abdicou do trono em favor de seu filho Pedro (1830) então com cinco anos de idade.
     Voltando a Portugal, com o título de duque de Bragança, assumiu a liderança da luta para restituir à filha Maria da Glória o trono português, que havia sido usurpado pelo irmão, Dom Miguel, travando uma guerra civil que durou mais de dois anos. Inicialmente criou uma força expedicionária nos Açores (1832), invadiu Portugal, derrotou o irmão usurpador e restaurou o absolutismo.
     No entanto, voltara tuberculoso da campanha e morreu no palácio de Queluz, na mesma sala onde nascera, com apenas 36 anos de idade, em 24 de setembro de 1834. Foi sepultado no panteão de São Vicente de Fora como simples general, e não como rei. No sesquicentenário da Independência do Brasil (1972), seus restos mortais foram trazidos para a cripta do monumento do Ipiranga, em São Paulo.
Curiosidade: O nome de batismo de Dom Pedro I é "Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon".
Fonte: E-Biografia.net



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A MORTE DE JOÃO PESSOA



A MORTE DE JOÃO PESSOA

A MORTE DE JOÃO PESSOA
Barbosa Lima Sobrinho
Desde o Recife, as manifestações provocadas pela morte de João Pessoa tomaram feição fantástica de luta, de revolta, de pesar. E seria apenas o início de uma série de demonstrações como o Brasil dificilmente verá iguais.
Na Paraíba, ao ter notícia do crime, a multidão ia para as ruas, expandindo-se em depredações contra os adversários. Perto de duzentos presos saíam da cadeia pública, e reunindo-se à turba enfurecida, caíam sobre as propriedades dos inimigos políticos, para destruí-las, para reduzi-las à cinzas. De toda a parte, ouviam-se tiros, deflagração de bombas de dinamite. As labaredas dos incêndios ateados pelo povo dentro em pouco subiam na treva da noite, como se outra pira não parecesse digna do morto que todos choravam. O governo nada podia fazer. A maior parte da polícia estava no sertão, na luta contra José Pereira; o exército não saía dos quartéis, para não irritar ainda mais, as expansões dessa noite trágica. Os próprios bombeiros não acudiam aos incêndios, pois que a multidão lhes estragara os aparelhos no desejo de evitar que pudessem atalhar a obra vingadora das chamas.
Imaginemos uma cidade, em que todos os habitantes houvessem perdido, no mesmo dia e na mesma hora, o parente mais querido e mais amigo. Reunamos todas essas almas augustiadas numa procissão colossal. Os oradores trocam as palavras por soluços, que se comunicam aos ouvintes e juntam-se no soluço enorme de toda a cidade; os músicos não conseguem tirar dos pulmões o sopro necessário aos instrumentos, tanto é a comoção que lhes aperta a garganta.
Quando o navio desamarrou de Cabedelo, trazendo para o Rio o corpo do Presidente assassinado, a multidão imensa, acumulada no cais, alucinada pela dor de quem sente partir-se o coração, exclamava, numa voz que o desespero tornava soturna :
- ADEUS, ADEUS, ADEUS, JOÃO PESSOA !
Daí por diante, de Cabedelo ao Rio, as manifestações repetem-se, num tom pouco menos dramático do que na Paraíba ou no Recife. Na Capital da República, sob os olhos do governo do país, o cortejo que se formou foi dos maiores que já desfilaram em tais circunstâncias. Nenhuma caravana política de tantas que percorreram o Brasil na propaganda das candidaturas aliancistas, pôde fazer pela causa o que esse cortejo fúnebre vai conseguindo.
Na Câmara dos Deputados, abrindo o debate a propósito do assassinato de João Pessoa, o líder gaúcho, sr. Lindolfo Color, no termo de um libelo contra o sr. Washington Luiz, fazia vibrar no recinto uma imprecaução acusadora: "Caim, que fizeste de teu irmão? Presidente da República, que fizeste do Presidente da Paraíba?"
A exaltação de ânimos permitia o exagero, que, concordava perfeitamente, com as exigências dessa hora dramática.


BIOGRAFIA DE JOÃO PESSOA



BIOGRAFIA DE JOÃO PESSOA


JOÃO PESSOA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE nasceu na cidade de Umbuzeiro, Estado da Paraíba, em 24 de janeiro de 1878. Era sobrinho de Epitácio Pessoa, que chegou à Presidência da República na década de 20.
João Pessoa iniciou seus estudos no Liceu Paraibano, em João Pessoa (PB), tendo assentado praça em 1894 no 27º Batalhão de Infantaria, aquartelado na Paraíba, seguindo depois para o Sul do País. Ingressou, mais tarde, na Escola Militar do Rio de Janeiro, onde foi, posteriormente, desligado por haver sido acusado de tomar parte em um movimento revolucionário. Desterrado pra Belém do Pará, foi incluído no 4º Batalhão de Artilharia de Posição, como soldado raso, sendo, em 7 de abril de 1895, excluído por incapacidade física.
Em 1899 foi nomeado amanuense da Faculdade de Direito do Recife, onde concluiu o curso jurídico, colando grau como Bacharel em Direito no dia 19 de dezembro de 1903.
Exerceu sucessivamente as funções de professor da Escola Normal Pinto Junior e de Delegado do Ensino do distrito de Graça, em Recife.
Exerceu a advocacia até 1910. Emigrando para o sul, foi logo nomeado representante da Fazenda, nos processos de desapropriação para execução de melhoramentos dos portos. A 29 de dezembro de 1910. após aprovação em concurso público para a Justiça Mlitar, é nomeado Auditor da Marinha, em 1918, promovido a Auditor Geral, e, dois anos depois, com a reforma da Justiça Militar, foi aproveitado nas altas funções de Ministro do Supremo Tribunal Militar.
Eleito a 22 de junho de 1928 presidente do Estado da Paraíba, foi empossado quatro meses depois. Era chefe do Partido Republicano local.
João Pessoa era o que se pode chamar de um homem fora de série. Chegando à Paraíba e tomando o já então escritor José Américo de Almeida como seu braço direito, passou a governá-la com métodos que começaram a escandalizar os mais conservadores e politiqueiros. Detestava os medalhões e os cobria de ridículo, nas conversas que mantinha com os mais achegados.
Combateu a sonegação de impostos, a malversação dos dinheiros públicos e lutou tenazmente visando pôr cobro a déficit que encontrou no pagamento do Estado, contando com a inestimável ajuda de José Américo, secretário e confidente.
(Mais detalhes sobre seu governo na seção Governo de João Pessoa)
Sobrevindo a luta da sucessão presidencial do Presidente da República, Dr. Washington Luiz, foi o seu nome indicado pela Aliança Liberal, candidato à Vice-Presidência da República, quando a morte o colheu em circunstâncias dolorosas na cidade do Recife.
(excertos do livro "João Pessoa Perante a História", do historiador paraibano José Octavio)

AUTOBIOGRAFIA DE JOÃO PESSOA

Auto biografia de João Pessoa, narrada aos participantes da caravana de propaganda pela Aliança Liberal, na ocasião do banquete que lhe foi oferecido a bordo do Orania, atracado no Recife, em 24 de janeiro de 1930.
"Essa singela narrativa feita aqui, neste ambiente íntimo, servirá de exemplo aos moços, de incentivo aos homens de meia idade e de registro aos que já a ultrapassaram.
"Tinha oito irmãos e, na qualidade de mais velho, quando desaparecesse o progenitor, cabia-lhe, como única herança, orientar a família. Torturado pela necessidade, um dia foi obrigado a abandonar a casa paterna. Após incansáveis esforços, inenarráveis padecimentos, conseguiu, tempo depois, ingressar num estabelecimento militar da República. Sem qualquer adjutório, sem, ao menos, uma pequena mesada, as suas necessidades, se não eram maiores, eram; em todo caso, prementes. Inúmeras vezes não tinha 200 réis no bolso para ir à cidade em visita a um parente, que muito estimava, o qual, mais tarde, quando teve o poder nas mãos, grandemente o auxiliou.
"Um dia, porém, em virtude de um movimento perturbador da ordem militar, a escola foi fechada. Todos os alunos expulsos a bem da moralidade administrativa. Voltou à casa paterna. Lá, as vicissitudes ainda mais aumentaram, e quis partir para o norte. Nesse entrementes, regressa à Escola anistiado e, dois anos depois, é novamente afastado do estabelecimento de ensino, em conseqüência de um novo movimento revolucionário. Foi então deportado. Percorreu as costas do Brasil a bordo do Carlos Gomes, que levou 45 dias do Rio de Janeiro ao Pará. Tinha por leito o tombadilho do navio. Não tinha sido permitido conduzir a bagagem. Era obrigado a fazer das botinas, enquanto existiram, o seu travesseiro. (Pelo visto lhe roubaram as botinas. enquanto dormia).
"Chegando ao Pará, as dificuldades da vida se lhe tornaram maiores, sendo que a estremecida mãe jamais deveria ter conhecimento da situação miserável em que o filho se encontrava. Passava fome, dormia nos jardins e, afinal, quando a fome era mais cruenta, tinha hospitalidade no coração de uma generosa preta, que lhe dava um pouco do que fazia para vender, à porta de sua pobre casinha. Essa preta o acolheu com verdadeiro amor maternal, compreendendo que tinha fome, dividia carinhosamente com ele um pouco do seu alimento, adquirido com o produto de suas vendagens. Assim, dias e meses se passaram.
"Foi forçado a abandonar a vida militar, empregando-se no comércio em uma casa de estivas. Logo no primeiro mês adoeceu, sendo recolhido a um hospital, onde ficou abandonado e à morte. A família, tendo ciência do que lhe sucedia, resolveu telegrafar à casa comercial, pedindo que pagasse as despesas do seu ex-empregado até o seu Estado. Regressou a
bordo de um navio do Lloyd, trancado em um camarote. Chegando ao porto do destino, mãos carinhosas arrancaram o infeliz, já desalentado, de dentro do beliche. Levado à casa, ainda sofreu mais de seis meses e, restabelecido pretendia voltar novamente para a Amazônia, a fim de cuidar de vida nova, quando a boa sorte lhe bate à porta.
"Fora nomeado pelo parente já referido para exercer uma função pública na Faculdade de Direito do Recife. Aí matriculou-se formando-se mais tarde. Veio a fortuna. Quando esta lhe sorriu, não olvidou a preta que o socorrera na desgraça, mitigando-lhe a fome. Infelizmente, não mais a encontrou. Continua, entretanto, guardando dessa pobre velhinha a mais viva lembrança, como sinal de imorredoura gratidão.
"Quereis saber de quem se trata? o humilde candidato à vice-presidência da República, que nesta hora vos fala".
(João Pessoa, edição do Governo da Paraíba, julho de 1930



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O POLÍTICO JOÃO PESSOA



O POLÍTICO JOÃO PESSOA


Presidente João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque
JOÃO PESSOA (1878/1930) foi o maior vulto da história da Paraíba. Sua vida foi marcada por uma atuação dinâmica e brilhante em todos os setores em que participou. Como político, advogado, magistrado e Presidente do Estado da Paraíba, foi reconhecido e admirado por toda a população brasileira, apesar dos precários meios de comunicação da época. Sua morte trágica, provocada por circunstâncias políticas, chocou o Brasil, constituindo o estopim para a deflagração da revolução de 1930. João Pessoa hoje é lembrado em inúmeras cidades do País, através da aposição de seu nome em diversos logradouros públicos. Ruas, avenidas, praças e outros logradouros de todo o País hoje levam seu nome; entre as capitais, seu nome é o segundo mais aplicado nos logradouros, perdendo apenas para Getúlio Vargas e superando, inclusive, seu tio Epitácio Pessoa, que foi Presidente da República.
Algumas informações sobre sua vida pessoal e política estão dispostas nos capítulos abaixo:
A Revolução de 1930 (saiba mais)



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Thomas Edison



Thomas Edison

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

(em inglêsA Day with Thomas Edison (1922)
Thomas Alva Edison (MilanOhio11 de fevereiro de 1847 — West OrangeNova Jérsei18 de outubro de 1931)[2] foi um empresário dos Estados Unidos que patenteou e financiou o desenvolvimento de muitos dispositivos importantes de grande interesse industrial. O Feiticeiro de Menlo Park (The Wizard of Menlo Park), como era conhecido, foi um dos primeiros a aplicar os princípios da produção maciça ao processo da invenção.[3]
Na sua vida, Thomas Edison registrou 2 332 patentes.[2] O fonógrafo foi uma de suas principais invenções. Outra foi o cinematógrafo, a primeira câmera cinematográfica bem-sucedida, com o equipamento para mostrar os filmes que fazia. Edison também aperfeiçoou o telefone, inventado por Antonio Meucci, em um aparelho que funcionava muito melhor. Fez o mesmo com a máquina de escrever.[4]Trabalhou em projetos variados, como alimentos empacotados a vácuo, um aparelho de raios X e um sistema de construções mais baratas feitas de concreto.
Entre as suas contribuições mais universais para o desenvolvimento tecnológico e científico encontra-se a lâmpada elétrica incandescente,[5]o fonógrafo, o cinescópio ou cinetoscópio, o ditafone e o microfone de grânulos de carvão para o telefone. Edison é um dos precursores da revolução tecnológica do século XX. Teve também um papel determinante na indústria do cinema.
Biografia
Thomas Alva Edison nasceu numa família de classe média, em 11 de fevereiro de 1847, em Milan OhioEstados Unidos. O pai, Samuel Edison, canadense de origens holandesas, usava a mão com o que podia: vendia bugigangas, era marceneirocarpinteiro e negociante de imóveis. A mãe, Nancy Eliot Edison, ex-professora canadense, tinha a cargo sete crianças, das quais três faleceram ainda pequenas.[2] Thomas é o mais novo, e, por isso, sua mãe lhe dedicava especial atenção.
Em 1853, a família mudou-se para Port Huron. Na escola, a única da cidadezinha, o rapaz tinha problemas. Seu professor, o padre Engle, dizia que ele "tem o bicho no corpo, que é um coça-bichinhos estúpido, que não para de fazer perguntas e que lhe custa a aprender". Além disso, o garoto recusava-se a fazer as lições. Vão-se três meses de aulas e Thomas Edison deixa a classe. Nunca mais voltaria a frequentar uma escola. A mãe toma a seu cargo a educação do menino e ele, por seu lado, aprende o que mais lhe interessa. Acaba por devorar todos os livros da mãe com temas sobre ciência. Monta um laboratório de química no sótão e, de vez em quando, faz tremer a casa.
Arranja, entretanto, um emprego como ardina no comboio que faz a ligação entre Port Huron e Detroit. Vende jornais, sanduíches, doces e frutas dentro dos trens. O guarda da estação local deixa-o guardar os doces e os jornais num vagão vazio. Sobrava tempo para leituras e para experiências no laboratório que, sorrateiramente, Edison havia instalado num dos vagões.[6][7]
Thomas aprendeu no código Morse e construiu telégrafos artesanais. Havia mais tarde de apelidar como "Dot" (ponto) a filha e "Dash" (traço) o filho.[8] Frequentava um curso e tornava-se telegrafista na terra natal. Mas, como não dispensa a companhia dos instrumentos, provoca outro acidente e quase faz explodir o gabinete.
Carreira
Durante cinco anos trabalhou por toda a parte. Aproveitou um emprego que tinha, à noite, para se entreter com as suas engenhocas. Para evitar surpresas (às vezes mete-se a dormir), inventa um sistema elétrico que envia de hora a hora um sinal aos vigilantes. Inventa também uma ratoeira elétrica para caçar os ratos no quarto da pensão.
Edison registrou seu primeiro invento - uma máquina de votar, pela qual ninguém se interessou - quando tinha 21 anos. Muda-se para Nova Iorque em 1869 para se estabelecer como inventor independente. Chega esfomeado e sem dinheiro. Dois anos mais tarde, inventou um indicador automático de cotações da bolsa de valores. Vendeu-o por 40 mil dólares e ainda assinou um contrato com a Western Union, situação que lhe permitiu estabelecer-se por conta própria em Newark, subúrbio de Nova York.
No Natal de 1871, casou-se com uma jovem de 16 anos, Mary Stilwell, uma de suas empregadas, que era perfuradora de fitas telegráficas. Ele a pediu em casamento batendo uma moeda em código Morse. Diz-se que, terminada a cerimônia, o noivo esqueceu as núpcias, enfiou-se na oficina e de lá só voltaria de madrugada. Mary morreria doze anos depois, de febre tifóide. Edison se casaria mais uma vez, com Mina Miller.[4] Nos dois casamentos, teve seis filhos, três de cada um.
Em 1876, já famoso, a grandeza de seus recursos e a amplitude de suas atividades motivaram a construção de um verdadeiro centro de pesquisas em Menlo Park. Era quase uma cidade industrial, com oficinas, laboratórios, assistentes e técnicos capacitados. Nessa época, Edison chegou a propor-se a meta de produzir uma nova invenção a cada dez dias.[4] Não chegou a tanto, mas é verdade que, num certo período de quatro anos, conseguiu patentear 300 novos inventos, o que equivale praticamente a uma criação a cada cinco dias.
Em 1877 inventou o fonógrafo. O aparelho consistia em um cilindro coberto com papel de alumínio. Uma ponta aguda era pressionada contra o cilindro. Conectados à ponta, ficavam um diafragma (um disco fino em um receptor onde as vibrações eram convertidas de sinais eletrônicos para sinais acústicos e vice-versa) e um grande bocal. O cilindro era girado manualmente conforme o operador ia falando no bocal (ou chifre). A voz fazia o diafragma vibrar. Conforme isso acontecia, a ponta aguda cortava uma linha no papel de alumínio.
Quando a gravação estava completa, a ponta era substituída por uma agulha; a máquina desta vez produzia as palavras quando o cilindro era girado mais uma vez. Thomas Edison trabalhou nesse projeto em seu laboratório enquanto recitava a conhecida canção infantil "Maria tinha um carneirinho" (Mary had a little lamb), e reproduzia-a.
Em 1878, com 31 anos, propôs a si mesmo o desafio de obter luz a partir da energia elétrica. Outros pesquisadores já haviam tentado construir lâmpadas elétricas. Nernst e Swan, por exemplo, haviam obtido alguns resultados, mas seus dispositivos tinham vida bastante curta.
Edison tentou inicialmente utilizar filamentos metálicos. Foram necessários enormes investimentos e milhares de tentativas para descobrir o filamento ideal: um fio de algodão parcialmente carbonizado. Instalado num bulbo de vidro com vácuo, aquecia-se com a passagem da corrente elétrica até ficar incandescente, sem porém derreter, sublimar ou queimar. Em 1879, uma lâmpada assim construída brilhou por 48 horas contínuas e, nas comemorações do final de ano, uma rua inteira, próxima ao laboratório, foi iluminada para demonstração pública. Alguns anos se passaram e conta-se que Thomas Edison, antes de conseguir fazer a ideia da lâmpada funcionar, admitiu que havia criado 100 maneiras erradas de se construir uma lâmpada[9].
Edison ainda aperfeiçoou o telefone (com o microfone a carvão empregado até hoje), o fonógrafo, e muitas outras invenções. Em conjunto, essas realizações modificaram os hábitos de vida em todo o mundo e consagraram definitivamente a tecnologia.
Em 1903, houve uma disputa comercial entre Edison e o inventor Nikola Tesla. Um defendia o uso da corrente alternada e, o outro, da corrente contínua. Edison teve, então, a desumana ideia de eletrocutar animais, dentre eles uma elefanta, para convencer o público dos perigos da corrente alternada.

Vídeo Eletrocutando um elefante1903, gravado pelo próprio Thomas Edison, no qual a elefanta Topsy é friamente eletrocutada.
Thomas Alva Edison morreu a 18 de outubro de 1931. Encontra-se sepultado em Edison National Historic SiteWest OrangeCondado de EssexNova Jersey nos Estados Unidos.[10]
Invenções

O fonógrafo de Edison
Em 1868 patenteia seu primeiro invento, um contador automático de votos. Dois anos depois, funda uma empresa em NewarkNova Jersey. Inventa um equipamento electromecânico que transmite telegraficamente as cotações da bolsa de valores. Enriquece com a comercialização do aparelho e inventa outros dispositivos sem aplicações comerciais. Cria um aparelho que facilita as transmissões em código Morse: uma pena elétrica que simplifica a duplicação em mimeógrafo. O microfone de carvão, outro invento, torna possível as transmissões telefônicas.[11]
Muda-se para Menlo Park, Nova Jersey. Diversifica suas pesquisas, abordando as mais diversas tecnologias. Aplica-se na investigação em telefonia, aperfeiçoa o fonógrafo, cria a primeira lâmpada incandescente com filamento de carvão. Trabalha já com uma grande equipe de profissionais, constrói o primeiro dínamo de alta potência. Patenteia muitas invenções, como o gerador de alto vácuo para a fabricação de lâmpadas, o contador de electricidade, o regulador de corrente para máquinas de soldar elétricas.

Fotografia de Thomas Edison
Em outubro de 1879 a Edison Electric Light Company é já uma potência económica dominando a época da electricidade nos Estados Unidos. Patenteia a lâmpada incandescente de filamento fino de carvão a alto vácuo. O produto, devido à nova tecnologia, permite aumento substancial da vida útil do produto. Em 1883, após ter descoberto o efeito Édison, regista o primeiro dispositivo termiónico, um díodo termiônico ou válvula de Edison, precursora da válvula de rádio, ou válvula termiônica.
Edison General Electric é fundada em 1888. Será um dos maiores conglomerados industriais do planeta. Fabrica todos os tipos de dispositivos elétricos, como geradoresmotores, gigantescas válvulas solenóides. A empresa transforma-se num dos maiores fabricantes multinacionais.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a General Electric entra no campo de metalurgia naval, produzindo gigantescas máquinas e novos equipamentos para os navios construídos em diversos estaleiros americanos. A GE entra no ramo da indústria química, aperfeiçoando os métodos de fabrico de novos produtos e substâncias.

Edison é considerado um dos inventores mais prolíficos do seu tempo, registrando 2.332 patentes em seu nome. Esse número é discutivel, sendo que todos os inventos feitos pelos empregados da "Edison General Eletric" eram registrados em seu nome. A maioria desses inventos não é completamente original, mas as patentes compradas por Edison foram melhoradas e desenvolvidas pelos seus numerosos empregados. Edison tem sido criticado por não compartilhar os seus créditos.



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