2 de fevereiro de 2009

Delfim Moreira da Costa Ribeiro




Delfim Moreira da Costa Ribeiro


Vice Presidente



(1868 - 1920)



Presidente militar da república brasileira (1918-1919) nascido em Cristina, MG, que deu especial atenção aos problemas educacionais. Estudou no seminário de Mariana, MG, e diplomou-se (1890) pela Faculdade de Direito de São Paulo. Promotor público em Santa Rita do Sapucaí e em Pouso Alegre, MG, onde iniciou a carreira política como vereador e foi eleito deputado estadual (1894-1902). Foi secretário do Interior de Minas Gerais no governo de Francisco Sales, e eleito para a Câmara Federal (1909), mas voltou à secretaria do Interior no governo de Júlio Bueno Brandão, a quem sucedeu na presidência do estado (1914-1918). Vice-presidente da república eleito (1918), assumiu de imediato a presidência da república em 15 de novembro do mesmo ano, em virtude do impedimento do presidente Rodrigues Alves, que contraíra a gripe espanhola. Com a morte de Rodrigues Alves em 16 de janeiro (1919), e também com problemas de saúde, confiou praticamente os encargos do governo ao ministro da Viação, Afrânio de Melo Franco, e presidiu novas eleições (1919) em que foi eleito seu candidato, o senador Epitácio da Silva Pessoa. Morreu em 1º de julho, em Santa Rita de Sapucaí e para cumprimento do restante de seu mandato de vice-presidente, foi eleito o senador mineiro Francisco Álvaro Bueno de Paiva.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:


Estácio de Albuquerque Coimbra




Estácio de Albuquerque Coimbra


Vice Prisidente



(1872 - 1937)



Advogado e político brasileiro nascido no engenho Tentugal, em Barreiros, Zona Sul do Estado de Pernambuco, Vice Presidente da República (15/11/1922-15/11/1926) no governo do 13º Presidente do Brasil, Artur da Silva Bernardes. Primeiro filho de João Coimbra, membro de uma modesta família de lavradores portugueses que veio morar no Brasil, no começo do século XIX, mas que se torna advogado, senhor de engenho e deputado estadual, e de Francisca de Albuquerque Belo Coimbra, descendente de uma família aristocrática, tradicionalmente relacionada à lavoura e proprietária do engenho Tentugal. Graduou-se bacharel (1892) na Faculdade de Direito do Recife e, de volta à sua cidade natal, passou a exercer a advocacia, junto com seu pai, ganhando fama como causídico nas cidades de Barreiros, Rio Formoso e Água Preta. Casou-se com Joana de Castelo Branco Coimbra, representante da nobreza rural pernambucana, cuja família era proprietária do engenho Morim e o casal teve quatro filhos. Logo também passou à atividade política e fundou o Partido Republicano de Barreiros, pelo qual foi eleito prefeito do município (1894), deputado estadual (1895-1900) e deputado federal (1900-1912). Integrou-se ao esquema político de Rosa e Silva, vice-presidente da República durante o mandato de Campos Sales (1898-1902). Acumulou (1907) os mandatos de deputado federal e deputado estadual e como presidente da Assembléia Legislativa de Pernambuco assumiu interinamente por pouco mais de três meses (1911) o governo do estado, enquanto se processam novas eleições em razão da renúncia do governador e da recusa do vice-governador em sucedê-lo. Abandonou temporariamente a vida política, mas retornou como deputado federal em três legislaturas consecutivas (1915 /1918 /1921). Eleito vice-presidente da República na chapa de Artur Bernardes exerceu o mandato (1922-1926) acumulando constitucionalmente o cargo de presidente do Senado Federal. Retornou ao governo de Pernambuco (1926)m mas foi destituído pela Revolução Constitucionalista (1930), sendo obrigado a exílio na Europa em companhia de Gilberto Freyre, então seu secretário particular. Anistiado, retornou ao país (1934), mas se manteve afastado da política, dedicando-se exclusivamente aos seus negócios com lavoura e indústria, especialmente a Usina Central de Barreiros, um dos pontos de referência da indústria açucareira do Estado, e morreu no Rio de Janeiro, aos 65 anos. Ao mesmo tempo, um conservador e um reformador, entre suas realizações mais importantes na vida política foram a fundação da Escola de Agronomia, em Barreiros, a transformação da Escola Normal e do ensino em Pernambuco, o estímulo à agricultura e o início do zoneamento econômico do Estado e do cadastramento rural.
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SENADO FEDERAL:


Fernando de Mello Viana




Fernando de Mello Viana


Vice Prisidente


(1878 - 1954)



Advogado e político brasileiro nascido em Sabará, Estado de Minas Gerais, que foi presidente de Minas Gerais (1924-1926) e vice-presidente da república no governo do 14º Presidente do Brasil, Washington Luís (15/11/1926-24/10/1930). Filho do Comendador Manuel Fontes Pereira de Mello Viana e de Blandina Augusta de Araújo Viana, formou-se em ciências jurídicas pela Faculdade de Direito de Ouro Preto (1900). Exerceu os cargos de Promotor Público em Mar de Espanha, em Minas Gerais, foi Juiz de Direito em Serro, Stª Luzia de Carangola e Uberaba (1912-1919), Procurador-Geral do Estado de Minas Gerais (1919-1922) e foi nomeado Secretário do Interior de Minas Gerais (1922), no Governo de Raul Soares. Como Secretário do Interior investiu significativamente na educação, fazendo notáveis inovações no sistema educativo, com repercussão no Brasil inteiro, como a criação de caixas escolares e na assistência médico- dentária escolar. Assumiu o governo do estado de Minas Gerais (1924) onde investiu fortemente no desenvolvimento rodoviário e promoveu o desenvolvimento econômico mineiro, não tampouco negligenciando os setores de educação, saúde, transporte e siderurgia, setor em que combateu os interesses e abusos de grupos internacionais, organizando empresas com a cooperação do capital nacional. Deixou o cargo dois anos depois, quando foi eleito vice-presidente da República (1926), com Washington Luís na chefia do governo, e como vice exercendo constitucionalmente a presidência do Senado. Aliou-se (1929) à Concentração Conservadora, movimento incumbido de promover a campanha de Júlio Prestes em Minas Gerais, candidato governista às eleições presidenciais a serem realizadas no ano seguinte. Com a vitória da Revolução de 30 exilou-se por oito anos na Europa, voltando anistiado e por causa da Guerra. Afastado da política partidária, exerceu a advocacia em Minas e no Distrito Federal e foi eleito Presidente da Ordem dos Advogados por duas vezes. Com a queda de Vargas, voltou à política e foi eleito Senador Constituinte na legenda pelo Partido Social Democrático (1945) e logo depois tornou-se presidente da Assembléia, obtendo a maioria dos votos junto aos constituintes. Durante a Assembléia Nacional Constituinte (1946) foi colocada em votação a emenda 3165 de autoria de Miguel Couto Filho pedindo a proibição da entrada no país de imigrantes orientais de qualquer idade e de qualquer procedência, sob a alegação de serem aqueles de uma raça inferior Tal emenda obteve votação empatada de 99 votos contra e 99 votos a favor, cabendo a ele, como presidente da assembléia, dar o voto de minerva e sabiamente a rejeitou. Após a promulgação da nova carta (1946) assumiu a vice-presidência do Senado. Depois de exercer seu último mandato como senador (1946-1950), morreu no Rio de Janeiro, a pouco mais de um mês para completar 76 anos.
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SENADO FEDERAL:


Nereu de Oliveira Ramos




Nereu de Oliveira Ramos


Vice Presidente


(1888 - 1958)



Político brasileiro nascido em Lages, SC, presidente interino da república brasileira no período que antecedeu a eleição e posse do presidente Juscelino Kubitschek (11/11/1955-31/01/1956). Membro de uma tradicional família de políticos de Lages. Bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo (1909) e dois anos depois foi eleito deputado estadual por Santa Catarina (1911) e reeleito (1919). Eleito deputado federal (1930), apoiou a Aliança Liberal, mas com a Revolução (1930) e o fechamento do Congresso, perdeu o seu mandato, mas com a Assembléia Constituinte foi novamente eleito, com a maior votação em seu estado. Eleito governador (1935), com a implantação do Estado Novo continuou no comando do governo estadual como interventor até o final do Estado Novo. Com o término do regime de exceção de Getúlio Vargas (1945), foi um dos fundadores do Partido Social Democrático (PSD) em Santa Catarina, sendo eleito para a Assembléia Constituinte (1945) como deputado e senador. No ano seguinte concorreu à vice-presidência na chapa de Eurico Gaspar Dutra e foi eleito. Com o término do seu mandato, foi eleito para a Câmara dos Deputados, tornando-se seu presidente (1951-1954), quando passou ao Senado. No ano seguinte, tornou-se presidente do Senado e com o golpe dado pelo general Henrique Teixeira Lott assumiu a presidência com o impedimento de Café Filho e Carlos Luz. No ano seguinte transferiu o governo para o presidente eleito Juscelino Kubitschek e assumiu o Ministério da Justiça. Um ano depois (1957) deixou o ministério e voltou ao Senado. Faleceu em 16 de junho (1958) um desastre aéreo em Curitiba, Paraná.
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Eurico Gaspar Dutra




Eurico Gaspar Dutra



(1883 - 1974)



Presidente da república brasileira (1946-1951) nascido em Cuiabá, MT, que assumiu o governo em 31 de janeiro, juntamente com a abertura dos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte, em clima da mais ampla liberdade (1946). Ingressou no Exército (1902), na Escola Preparatória e Tática de Rio Pardo, RS. Pela atitude coletiva de revolta contra a vacinação obrigatória, toda a sua turma foi desligada da Escola Militar de Porto Alegre (1908). Anistiado, foi readmitido em seguida na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro. Casou-se (1914) com D. Carmela Leite Dutra, viúva de um capitão e alcançou o generalato (1932) depois de se distinguir na repressão à revolução constitucionalista de São Paulo, embora não tenha participado das revoltas anteriores (1922/1924/1930). Promovido a general-de-divisão (1935), foi nomeado comandante da I Região Militar, do antigo Distrito Federal, e nesse ano comandou a resistência à intentona comunista de 27 de novembro, no Rio de Janeiro. Nomeado (1936) ministro da Guerra, permaneceu nesse posto até o fim do governo de Getúlio Vargas (1945), quando se afastou para se candidatar à presidência da república. No ministério, construiu a Academia Militar das Agulhas Negras, a AMAN, a Escola de Estado-Maior, a Escola Técnica do Exército e o palácio da Guerra. Apoiou a implantação do Estado Novo (1937) e organizou a Força Expedicionária Brasileira, a FEB, que lutou na Itália. Neste período passou a defender o restabelecimento o regime democrático no Brasil.o que levou à fundação da União Democrática Nacional, a UDN. Com o fim da censura à imprensa e a candidatura do brigadeiro Eduardo Gomes à sucessão de Vargas. As forças políticas que apoiavam o ministro fundaram o Partido Social Democrático (PSD), e o lançaram candidato para disputar a eleição. Os dois candidatos puseram-se contra Vargas, que foi deposto e o poder entregue ao presidente do Supremo Tribunal Federal, José Linhares. Vargas e amigos fundaram Partido Trabalhista Brasileiro, o PTB, e apoiou seu ex ministro, assegurando-lhe uma fácil vitória. Em um governo sem oposição, completou a institucionalização do regime, organizou o Conselho Nacional de Economia, o Tribunal Federal de Recursos e as Comissões de Planejamento Regional. Fechou os cassinos (1946), o Tribunal Superior Eleitoral considerou fora da lei o PCB (1947) e rompeu relações com a União Soviética (1948). Criou a Companhia Hidrelétrica do São Francisco, a CHESF, com a construção da usina de Paulo Afonso. Criou da indústria petrolífera e asfaltou a primeira grande rodovia do país, a Rio-São Paulo, que recebeu seu nome, e aberta a Rio-Bahia. Na política externa, reforçou a aliança com os Estados Unidos. Deixou o governo em 31 de janeiro (1951) e morreu no Rio de Janeiro, 23 anos depois.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:


José Linhares




José Linhares



(1886 - 1957)



Presidente interino da república brasileira (1945) nascido na fazenda Sinimbu, distrito de Guaramiranga, município de Baturité, província do Ceará, que convocou a Assembléia Constituinte e eleições para presidente. Filho do Coronel Francisco Alves Linhares e de Dona Josefa Caracas Linhares, fez seus estudos secundários no Liceu do Ceará e mudando-se para a capital da República, iniciou o curso de medicina, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1903). Voltando para o Nordeste, fixou sua residência em Recife, Estado de Pernambuco, e deixou medicina pela advocacia. Matriculou-se na Faculdade de Direito de Recife, no curso de ciências jurídicas e sociais, diplomando-se em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo (1908). Voltou a morar no Rio de Janeiro, onde passou a exercer profissionalmente a advocacia, tornando-se um jurista e magistrado de prestígio nacional. Ingressou por concurso na magistratura e foi nomeado juiz da Segunda Pretoria Criminal, no Rio de Janeiro (1913), juiz de direito da 5.ª vara criminal (1928), desembargador da Corte de Apelação (1931), quando também fez parte do Tribunal Superior da Justiça Eleitoral, e ministro do Supremo Tribunal Federal (1937), na vaga gerada por aposentadoria de Ataulfo Napoles de Paiva. Foi nomeado Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal pelo Presidente da República (1940) e assumiu à presidência (1945), com a aposentadoria do Ministro Eduardo Espínola, nomeado pelo Presidente da República. Assumiu a chefia do governo (1945), que lhe foi delegada pelas forças armadas, após a deposição de Getúlio Vargas. Presidiu a comissão encarregada de elaborar a nova legislação eleitoral e exerceu a presidência da república até 31 de janeiro do ano seguinte, quando o ministro de Guerra, Eurico Gaspar Dutra, tomou posse. Novamente foi eleito para a Presidência do Supremo Tribunal Federal (1946) para o triênio seguinte (1946-1949) e reeleito novamente (1951) e (1954). Aposentou-se (1956) e morreu em Caxambu, MG. Foi membro titular da Sociedade Brasileira de Direito Internacional e de outras sociedades científicas nacionais e estrangeiras e era casado com D. Luzia Cavalcanti Linhares.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:


Getúlio Dornelles Vargas




Getúlio Dornelles Vargas



(1882 - 1954)



Político, ditador (1930-1945) e presidente eleito (1951-1954), do Brasil, nascido em São Borja, RS, a mais expressiva figura política da república brasileira, chefe do getulismo, movimento político-social de sua inspiração. Estudou as primeiras letras com um mestre-escola na cidade natal e depois da revolução federalista (1893-1894), continuou os estudos em Ouro Preto, MG, onde já se encontravam dois irmãos mais velhos, Viriato e Protásio, cursando a Escola de Minas. Porém um incidente entre estudantes gaúchos e paulistas, de que resultou a morte de um jovem de São Paulo, levou-os de volta a São Borja. Assentou praça como soldado raso no 6º batalhão de infantaria em São Borja (1898) e a seguir foi promovido a sargento (1899). Entrou na Escola Preparatória e de Tática de Rio Pardo, RS (1900), da qual logo se desligou em solidariedade a colegas expulsos e concluiu o serviço militar em Porto Alegre. Apresentou-se como voluntário em Corumbá (1903) diante da ameaça de guerra entre Brasil e Bolívia, na questão do Acre. De volta ao sul entrou na faculdade de direito de Porto Alegre (1904) e foi um dos fundadores do Bloco Acadêmico Castilhista, que propagava as idéias de Júlio de Castilhos. Participou do lançamento do jornal O Debate (1907), do qual se tornou secretário de redação. Diplomado (1907), foi nomeado para o cargo de segundo promotor público no tribunal de Porto Alegre, mas logo depois voltou para São Borja. Exercendo a advocacia, iniciou a carreira política pelo Partido Republicano Rio-Grandense. Eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Sul (1909) e reeleito (1913), mas rompeu com Borges de Medeiros e renunciou ao mandato. Retornou a São Borja, onde voltou a atuar como advogado. Reconciliado com Borges de Medeiros (1917), elegeu-se novamente deputado estadual e tornou-se líder da maioria. Eleito deputado Federal (1923), foi autor da lei de proteção ao teatro, que levou seu nome, e participou ativamente da reforma constitucional do governo Artur Bernardes, que fortaleceu o poder executivo. Foi presidente da comissão de finanças da Câmara de Deputados, assumiu o Ministério da Fazenda (1926) no governo de Washington Luís, e formulou um plano de estabilização monetária, que previa a criação do cruzeiro, mas deixou a pasta (1928) para se candidatar e eleger-se presidente do estado pelo Partido Republicano do Rio Grande do Sul para o mandato seguinte (1928-1930). No ano seguinte Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba organizaram a Aliança Liberal e lançaram a chapa Getúlio Vargas/João Pessoa para a sucessão de Washington Luís na presidência. Com as denúncias de fraudes na eleição de Júlio Prestes (1930), a situação nacional agravou-se com o assassinato de João Pessoa e, com o apoio do movimento tenentista, a revolução foi deflagrada no Rio Grande do Sul, Washington Luís foi deposto, e uma junta de governo transmitiu o poder ao chefe civil da rebelião. O novo chefe do governo suspendeu a constituição, fechou o Congresso Nacional e reduziu de 15 para 11 o número de juízes do Supremo Tribunal Federal. Nomeou interventores para os estados e criou os Ministérios do Trabalho, da Indústria e Comércio e da Educação e Saúde. Promulgou uma nova lei sindical e anunciou um programa de 17 pontos, que incluía as principais promessas da Aliança Liberal. Esmagou a revolução constitucionalista em São Paulo (1932), promulgou uma nova constituição (1934) e foi eleito de forma indireta presidente da república por quatro anos e deu início a processos de reformas que puseram o Brasil agrário e semicolonial no caminho do desenvolvimento industrial, lançou as bases de uma legislação trabalhista e inaugurou o populismo e a intervenção do estado na economia. Criou a previdência social e os institutos de aposentadorias e pensões. Pôs os partidos esquerdistas na ilegalidade (1935) e com a aproximação das eleições diretas marcadas (1938), alegou a existência de um plano comunista para desencadear a guerra civil e conseguiu poderes excepcionais ao Congresso. Com eles, dissolveu a Câmara e o Senado, fez prender e exilar os principais líderes da oposição, revogou a constituição em vigor, suspendeu as eleições e instaurou no país o chamado Estado Novo. Sob essa ditadura, reprimiu toda a atividade política, adotou medidas econômicas nacionalizantes, como a criação do Conselho Nacional do Petróleo e da Companhia Siderúrgica Nacional, além do início da construção do complexo siderúrgico de Volta Redonda e criou as bases para a formação de um corpo burocrático profissional, com a instalação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP). Na segunda guerra mundial, após o afundamento de 37 navios brasileiros no Atlântico e a pressão da opinião pública, declarou guerra à Alemanha (1942) e pôs em prática o processo de redemocratização do país. Porém, após II Guerra Mundial, a crise econômica européia e norte-americana agravara a situação do estado totalitário brasileiro. Na tentativa de salvar seu poder, decretou a anistia ampla para centenas de presos políticos, entre eles o chefe comunista Luís Carlos Prestes (1945) e marcou as eleições para 2 de dezembro do mesmo ano, mas terminou deposto em outubro por um golpe militar. Assumiu o governo José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal, o STF, e ele retornou para São Borja. Nas eleições de 2 de dezembro, foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul e por São Paulo e deputado federal pelo Distrito Federal e mais seis estados, mas manteve-se em São Borja, em exílio voluntário. No governo de Eurico Dutra, com a elaboração de uma nova Constituição Brasileira (1946), a quinta Constituição Brasileira que, entre outras determinações, restabelecia o regime democrático no país e o direito à educação, resolveu assumir sua cadeira no Senado. Candidatou-se à presidência (1950) pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) contra o brigadeiro Eduardo Gomes, que concorria pela União Democrática Nacional (UDN). Eleito tomou posse em janeiro (1951), mas sua política nacionalista, como a que orientaria a criação da Petrobrás (1954), encontrou fortíssimos adversários, entre eles o jornalista Carlos Lacerda. A nomeação de João Goulart para o Ministério do Trabalho (1953) desagradou os círculos militares, políticos e empresariais. Em fevereiro (1954) foi entregue ao ministro da Guerra um manifesto assinado por 48 coronéis e 39 tenentes-coronéis, que exprimia o descontentamento das forças armadas. Para controlar a situação, nomeou Zenóbio da Costa para o Ministério da Guerra e demitiu João Goulart. O aumento de cem por cento para o salário-mínimo junto com o pedido aos trabalhadores que se organizassem em defesa do governo e o atentado a tiros no Rio de Janeiro ao jornalista Carlos Lacerda, no qual morreu o major-aviador Rubens Vaz, que o acompanhava, precipitaram uma crise política sem precedentes. A prisão do suposto criminoso e suas revelações de ligação com a guarda pessoal do presidente e Gregório Fortunato e outros membros da guarda palaciana foram presos e descobriram-se várias irregularidades. O presidente reconheceu que, sem seu conhecimento, corria sob o palácio um mar de lama e os militares exigiam sua renúncia. O presidente reuniu o ministério e propôs se licenciar até que todas as responsabilidades pelo atentado fossem apuradas, porém o Exército não aceitou o afastamento temporário. A pressão foi demais e o presidente retirou-se da reunião e no mesmo dia, no palácio do Catete, no Rio de Janeiro, RJ, suicidou-se com um tiro no coração em 24 de agosto (1954), deixando uma carta-testamento de natureza fundamentalmente política.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:


Getúlio Dornelles Vargas







Getúlio Dornelles Vargas



Presidente

(1882 - 1954)





Político, ditador (1930-1945) e presidente eleito (1951-1954), do Brasil, nascido em São Borja, RS, a mais expressiva figura política da república brasileira, chefe do getulismo, movimento político-social de sua inspiração. Estudou as primeiras letras com um mestre-escola na cidade natal e depois da revolução federalista (1893-1894), continuou os estudos em Ouro Preto, MG, onde já se encontravam dois irmãos mais velhos, Viriato e Protásio, cursando a Escola de Minas. Porém um incidente entre estudantes gaúchos e paulistas, de que resultou a morte de um jovem de São Paulo, levou-os de volta a São Borja. Assentou praça como soldado raso no 6º batalhão de infantaria em São Borja (1898) e a seguir foi promovido a sargento (1899). Entrou na Escola Preparatória e de Tática de Rio Pardo, RS (1900), da qual logo se desligou em solidariedade a colegas expulsos e concluiu o serviço militar em Porto Alegre. Apresentou-se como voluntário em Corumbá (1903) diante da ameaça de guerra entre Brasil e Bolívia, na questão do Acre. De volta ao sul entrou na faculdade de direito de Porto Alegre (1904) e foi um dos fundadores do Bloco Acadêmico Castilhista, que propagava as idéias de Júlio de Castilhos. Participou do lançamento do jornal O Debate (1907), do qual se tornou secretário de redação. Diplomado (1907), foi nomeado para o cargo de segundo promotor público no tribunal de Porto Alegre, mas logo depois voltou para São Borja. Exercendo a advocacia, iniciou a carreira política pelo Partido Republicano Rio-Grandense. Eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Sul (1909) e reeleito (1913), mas rompeu com Borges de Medeiros e renunciou ao mandato. Retornou a São Borja, onde voltou a atuar como advogado. Reconciliado com Borges de Medeiros (1917), elegeu-se novamente deputado estadual e tornou-se líder da maioria. Eleito deputado Federal (1923), foi autor da lei de proteção ao teatro, que levou seu nome, e participou ativamente da reforma constitucional do governo Artur Bernardes, que fortaleceu o poder executivo. Foi presidente da comissão de finanças da Câmara de Deputados, assumiu o Ministério da Fazenda (1926) no governo de Washington Luís, e formulou um plano de estabilização monetária, que previa a criação do cruzeiro, mas deixou a pasta (1928) para se candidatar e eleger-se presidente do estado pelo Partido Republicano do Rio Grande do Sul para o mandato seguinte (1928-1930). No ano seguinte Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba organizaram a Aliança Liberal e lançaram a chapa Getúlio Vargas/João Pessoa para a sucessão de Washington Luís na presidência. Com as denúncias de fraudes na eleição de Júlio Prestes (1930), a situação nacional agravou-se com o assassinato de João Pessoa e, com o apoio do movimento tenentista, a revolução foi deflagrada no Rio Grande do Sul, Washington Luís foi deposto, e uma junta de governo transmitiu o poder ao chefe civil da rebelião. O novo chefe do governo suspendeu a constituição, fechou o Congresso Nacional e reduziu de 15 para 11 o número de juízes do Supremo Tribunal Federal. Nomeou interventores para os estados e criou os Ministérios do Trabalho, da Indústria e Comércio e da Educação e Saúde. Promulgou uma nova lei sindical e anunciou um programa de 17 pontos, que incluía as principais promessas da Aliança Liberal. Esmagou a revolução constitucionalista em São Paulo (1932), promulgou uma nova constituição (1934) e foi eleito de forma indireta presidente da república por quatro anos e deu início a processos de reformas que puseram o Brasil agrário e semicolonial no caminho do desenvolvimento industrial, lançou as bases de uma legislação trabalhista e inaugurou o populismo e a intervenção do estado na economia. Criou a previdência social e os institutos de aposentadorias e pensões. Pôs os partidos esquerdistas na ilegalidade (1935) e com a aproximação das eleições diretas marcadas (1938), alegou a existência de um plano comunista para desencadear a guerra civil e conseguiu poderes excepcionais ao Congresso. Com eles, dissolveu a Câmara e o Senado, fez prender e exilar os principais líderes da oposição, revogou a constituição em vigor, suspendeu as eleições e instaurou no país o chamado Estado Novo. Sob essa ditadura, reprimiu toda a atividade política, adotou medidas econômicas nacionalizantes, como a criação do Conselho Nacional do Petróleo e da Companhia Siderúrgica Nacional, além do início da construção do complexo siderúrgico de Volta Redonda e criou as bases para a formação de um corpo burocrático profissional, com a instalação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP). Na segunda guerra mundial, após o afundamento de 37 navios brasileiros no Atlântico e a pressão da opinião pública, declarou guerra à Alemanha (1942) e pôs em prática o processo de redemocratização do país. Porém, após II Guerra Mundial, a crise econômica européia e norte-americana agravara a situação do estado totalitário brasileiro. Na tentativa de salvar seu poder, decretou a anistia ampla para centenas de presos políticos, entre eles o chefe comunista Luís Carlos Prestes (1945) e marcou as eleições para 2 de dezembro do mesmo ano, mas terminou deposto em outubro por um golpe militar. Assumiu o governo José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal, o STF, e ele retornou para São Borja. Nas eleições de 2 de dezembro, foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul e por São Paulo e deputado federal pelo Distrito Federal e mais seis estados, mas manteve-se em São Borja, em exílio voluntário. No governo de Eurico Dutra, com a elaboração de uma nova Constituição Brasileira (1946), a quinta Constituição Brasileira que, entre outras determinações, restabelecia o regime democrático no país e o direito à educação, resolveu assumir sua cadeira no Senado. Candidatou-se à presidência (1950) pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) contra o brigadeiro Eduardo Gomes, que concorria pela União Democrática Nacional (UDN). Eleito tomou posse em janeiro (1951), mas sua política nacionalista, como a que orientaria a criação da Petrobrás (1954), encontrou fortíssimos adversários, entre eles o jornalista Carlos Lacerda. A nomeação de João Goulart para o Ministério do Trabalho (1953) desagradou os círculos militares, políticos e empresariais. Em fevereiro (1954) foi entregue ao ministro da Guerra um manifesto assinado por 48 coronéis e 39 tenentes-coronéis, que exprimia o descontentamento das forças armadas. Para controlar a situação, nomeou Zenóbio da Costa para o Ministério da Guerra e demitiu João Goulart. O aumento de cem por cento para o salário-mínimo junto com o pedido aos trabalhadores que se organizassem em defesa do governo e o atentado a tiros no Rio de Janeiro ao jornalista Carlos Lacerda, no qual morreu o major-aviador Rubens Vaz, que o acompanhava, precipitaram uma crise política sem precedentes. A prisão do suposto criminoso e suas revelações de ligação com a guarda pessoal do presidente e Gregório Fortunato e outros membros da guarda palaciana foram presos e descobriram-se várias irregularidades. O presidente reconheceu que, sem seu conhecimento, corria sob o palácio um mar de lama e os militares exigiam sua renúncia. O presidente reuniu o ministério e propôs se licenciar até que todas as responsabilidades pelo atentado fossem apuradas, porém o Exército não aceitou o afastamento temporário. A pressão foi demais e o presidente retirou-se da reunião e no mesmo dia, no palácio do Catete, no Rio de Janeiro, RJ, suicidou-se com um tiro no coração em 24 de agosto (1954), deixando uma carta-testamento de natureza fundamentalmente política.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:




João de Deus Menna Barreto




João de Deus Menna Barreto, o general



(1874 - 1933)



Militar e político brasileiro nascido em Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul, integrante como general da Junta Militar Governativa Provisória (1930) com o contra-almirante Almir José Isaías de Noronha e o também general, Augusto Tasso Fragoso, quando o presidente Washington Luís foi deposto e seu sucessor eleito Júlio Prestes foi impedido de tomar posse. De uma família de tradição militarista, era filho de um general de carreira e iniciou a sua própria por volta dos seus 16 anos (1890). Combateu (1893-1895) a Revolução Federalista deflagrada em seu estado contra o presidente Floriano Peixoto e, posteriormente, ingressou na Escola Militar do Rio de Janeiro (1898). Promovido a major, tornou-se (1911) adjunto do seu tio marechal, o então Ministro da Guerra, Antônio Adolfo da Fontoura Mena Barreto. Como comandante da 2ª Brigada de Infantaria, participou (1922) da repressão ao levante militar ocorrido no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, contra o surgente movimento político-rebeldista conhecido como tenentismo. Também participou da repressão a rebelião em Manaus (1924) e, em seguida, foi o comandante da 1ª Região Militar (1924-1926), cargo que deixou para ser inspetor do 1º Grupo de Regiões Militares, ano em que, também, foi eleito presidente do Clube Militar (1926). Durante a crise no processo de sucessão presidencial (1930), liderou na capital federal o golpe militar contra o presidente Washington Luís e o conseqüente impedimento da posse de seu sucessor eleito Júlio Prestes. Integrou a Junta Militar Governativa Provisória (1930) que governou o país por dez dias, antes de dar posse ao futuro ditador Getúlio Vargas. Vale observar historicamente, que a Junta Governativa não deixou registros de sua investidura no Livro de Posse do governo federal. Retomou suas funções de inspetor do 1º Grupo de Regiões Militares, até que foi nomeado interventor federal no Estado do Rio de Janeiro (1931). Renunciou ao cargo três meses depois por discordar dos temos do Código dos Interventores, mas ainda homem de confiança do Governo Vargas, em seguida foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Militar (1931). Integrante das fileiras do Partido Trabalhista Brasileiro, procurou cumprir o papel de mediador no confronto então surgido entre os constitucionalistas de São Paulo e o governo federal (1932) e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, aos 58 anos. Não confundir com o homônimo e também militar, Visconde de São Gabriel (1769-1849).
Figura copiada do


CONTEXTO POLÍTICO:





João de Deus Menna Barreto, o visconde
(1769 - 1849)
Militar e político brasileiro nascido em Rio Pardo, no Estado do Rio Grande do Sul, primeiro e único visconde de São Gabriel. Filho de Francisco Barreto Pereira Pinto e de Francisca Veloso, assentou praça no regimento dos dragões, em Rio Pardo, tomando parte da campanha (1801) quando, devido a atos de heroísmo, foi promovido a sargento. Participou da campanha (1811) como tenente-coronel, guarnecendo o território das missões. Na guerra contra Artigas (1816), derrotou inicialmente a tropa do próprio Jose Artigas e depois derrotou definitivamente o caudilho José Antonio Berdún que mantinha domínio sobre Quaraí, Ibirocaí e Inhaduí, na Batalha de Carumbé. onde ele foi ferido em combate, porém sem muita gravidade. Recuperado, participou também das vitórias militares nas batalhas de Catalão e do arroio Gabiju (1817) e foi promovido a marechal. Foi presidente da província do Rio Grande do Sul (1822-1823) e participou na Guerra Cisplatin, porém sem comando formal, coordenando trapas mercenárias e voluntárias, tendo como principal vitória a no Passo Sarandi. Com problemas de saúde, desligou-se oficialmente do exército (1832), mas voltou as batalhas durante a Revolução Farroupilha (1836), participando da retomada de Porto Alegre pelos legalistas. Depois da Paz de Ponche Verde retirou-se definitivamente para Rio Pardo, onde faleceu aos 80 anos. Foi dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro, comendador da Imperial Ordem de Avis e foi agraciado visconde de São Gabriel (1836). Casado com Rita Bernarda Cortes de Figueiredo Menna e pai de Gaspar Francisco Menna Barreto e João Manuel Menna Barreto, tornou-se o patriarca da família Menna Barreto, ao retirar o seu sobrenome Pereira Pinto e reconstituir seu nome completo com o Menna da esposa. Não confundir com o homônimo general integrante da Junta Militar Governativa Provisória (1930). João Manuel Menna Barreto foi comandado do pai, morreu em combate durante a Guerra do Paraguai e tornou-se Patrono do 2º Regimento de Cavalaria.

Augusto Tasso Fragoso




Augusto Tasso Fragoso



(1869 - 1945)



Historiador e militar nascido em São Luís, Estado do Maranhão, chefe da Junta Governativa Provisória (1930), cuja atuação foi decisiva na deposição de Washington Luís. Diplomado em artilharia pela Escola Militar (1885-1889), depois cursou a Escola Superior de Guerra, onde foi discípulo de Benjamin Constant. Ainda jovem travou conhecimento, no Rio de Janeiro, com as idéias positivistas divulgadas por Constant e participou como alferes-aluno da operação militar pela proclamação da República (1889). Escolhido, contra a sua vontade, deputado à Assembléia Nacional Constituinte (1890) pelo Maranhão, renunciou ao mandado sem tomar parte de qualquer sessão parlamentar. Recusou o convite do presidente Floriano Peixoto para assumir a Prefeitura do Distrito Federal, no entanto aceitou a intendência do Departamento de Obras e Viação Geral daquela prefeitura, exercendo o cargo até o mês de abril do ano seguinte. Durante a revolta da armada que pretendia derrubar o governo de Floriano Peixoto, foi gravemente ferido no combate da ponta de Armação, em Niterói, Estado do Rio de Janeiro (1894), mas recuperou-se. Viajou (1908) à Europa como membro do estado-maior do ministro da Guerra, Hermes da Fonseca, a fim de comprar armamentos para o Exército. Foi nomeado chefe da Casa Militar (1914) pelo presidente Venceslau Brás, permanecendo nessa função nos três anos seguintes. Nesse período, desempenhou papel importante na implantação do serviço militar obrigatório e na remodelação do Exército. Alcançou o generalato (1918) e exerceu o cargo de chefe do Estado-Maior do Exército (1922-1929), onde destacou-se no processo de remodelação do Exército orientada por uma missão militar francesa e saiu por discordar de pontos de vista do governo sobre a reestruturação do ensino militar no país. Na chamada Revolução de 30, integrou, a comissão que se dirigiu à residência de Washington Luís para forçar seu afastamento do poder central. Depois que Washington Luís foi deposto em 24 de outubro (1930), assumiu o governo do Brasil com os generais João de Deus Mena Barreto e Alfredo Malan d'Angrogne. O golpe de estado liderado por ele, foi desenvolvido para impedir que o presidente eleito Júlio Prestes assumisse a presidência da república. Garantindo o chamado movimento getulista, dez dias depois a presidência foi entregue a Getúlio Vargas, que contava com o apoio popular e de movimentos militares de Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Com Vargas no poder voltou novamente à chefia do Estado-Maior do Exército e, depois, tornou-se ministro do Supremo Tribunal Militar (1933) onde ficou até se aposentar compulsoriamente por limite de idade (1939). Casado com dona Josefa Graça Aranha, morreu no Rio de Janeiro, aos 76 anos. Destacado historiador militar, escreveu História da guerra entre a Tríplice Aliança e o Paraguai (1934) e A revolução farroupilha (1938).
Figura copiada do PROJETO VIP:


Almirante Almir José Isaías de Noronha




Almirante Almir José Isaías de Noronha



(1873 - 1963)



Militar da Marinha do Brasil nascido no Rio de Janeiro, então capital imperial brasileira, integrante como contra-almirante da Junta Militar Governativa Provisória (1930) com os generais Augusto Tasso Fragoso e João de Deus Menna Barreto, quando o presidente Washington Luís foi deposto e seu sucessor eleito, Júlio Prestes, impedido de tomar posse. De uma família de tradição militarista, era filho do general-de-divisão Manuel Muniz de Noronha e de Zulmira Augusta Aguiar, era sobrinho de Júlio César de Noronha, Ministro da Marinha (1902-1906), e primo de Sílvio de Noronha, ministro da Marinha (1946-1951). Ingressou no curso preparatório da Escola Naval (1887), seguindo o exemplo de muitos membros da sua família que se destacaram na carreira militar e alcançou a patente de contra-almirante (1923). Assumiu então a direção da Escola Naval por dois períodos não consecutivos (1923-1925 / 1926-1927) e foi nomeado comandante-em-chefe da esquadra brasileira (1927-1928). Dois anos depois (1930), com o início do movimento revolucionário promovido pelas forças de oposição ao governo federal, membros da alta oficialidade das Forças Armadas anteciparam-se aos revoltosos e depuseram o presidente Washington Luís.e inviabilizaram a posse de seu sucessor eleito, Júlio Prestes. Foi indicado como representante da Marinha, acumulava, ainda, o cargo de ministro da Marinhapara compor uma junta governativa que governou o país quando da eclosão da Revolução (1930), constituída assim que o presidente foi deposto. Vale observar historicamente, que a Junta Governativa não deixou registros de sua investidura no Livro de Posse do governo federal. A junta mesmo com poucos dias de governo (24/10-03/11), organizou um novo ministério, do qual faziam parte, entre outros, o general José Fernandes Leite de Castro como Ministério da Guerra, Isaías de Noronha como Ministério da Marinha, e Afrânio de Melo Franco como Ministério das Relações Exteriores. Com a situação na capital sob controle, a junta entregou o poder para Getúlio Vargas, comandante das forças revolucionárias, que assumiu a presidência em 3 de novembro (1930) com o apoio popular e de movimentos militares de Minas Gerais e Rio Grande do Sul garantindo a suspensão total das hostilidades em todo o país. Pediu demissão da pasta da Marinha no mês seguinte e no ano seguinte, foi promovido a vice-almirante e elegeu-se para a presidência do Clube Naval ( 1931). Morreu em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, aos 89 anos e meio, e seu nome foi dado ao primeiro navio rebocador de porto da Marinha do Brasil construído no Brasil (1972).
Figura copiada de página da WIKIPÉDIA:


http://en.wikipedia.org/wiki/Isa%C3%ADas_de_Noronha

Washington Luís Pereira de Sousa




Washington Luís Pereira de Sousa



(1869 - 1957)



Presidente da república brasileira (1926-1930) nascido em Macaé, RJ, conhecido como o último presidente do período da República Velha, deposto, 21 dias antes do término do mandato. Estudou no Rio de Janeiro como aluno interno do Colégio Pedro II e bacharelou-se (1891) pela Faculdade de Direito de São Paulo. Nomeado promotor público em Barra Mansa, RJ, depois passou a se dedicar à advocacia em Batatais, SP, onde iniciou a carreira política. Elegeu-se vereador (1897), prefeito (1898) e deputado estadual para a legislatura (1904). Foi secretário estadual de Justiça e Segurança Pública (1906-1914), assumiu o cargo de prefeito da capital paulista (1914) e à presidência do estado (1920). Filiado ao Partido Republicano Paulista, o PRP, foi eleito para o Senado Federal (1925) e no ano seguinte, presidente da república, substituindo um período de agitações políticas no governo de Artur da Silva Bernardes. Libertou presos políticos, não prorrogou o estado de sítio, enfrentou a crise internacional do café e com seu ministro da Fazenda, Getúlio Vargas, buscou estabilizar o câmbio e equilibrar a economia nacional. Construiu a rodovia Rio-Petrópolis (1928), mais tarde Rodovia Washington Luís. As eleições de 1º de março (1930) deram a vitória a Júlio Prestes, contra Getúlio Vargas, porém as denuncias de fraude nas eleições e o assassinato, em Recife, de João Pessoa, companheiro de chapa de Getúlio, desencadeou a revolução em 3 de outubro 3 e, no dia 24 de outubro as forças armadas depuseram o presidente, que se exilou na Europa e só retornou ao país (1947) após a queda da ditadura Vargas. Além de político, foi historiador e publicou diversos trabalhos, entre os quais um importante estudo, Na capitania de São Vicente (1956) e morreu em São Paulo.
Figura copiada do site oficial da


PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:


Artur da Silva Bernardes




Artur da Silva Bernardes



(1875 - 1955)



Presidente da república brasileira (1922-1926) nascido em Viçosa, MG, cujo governo foi marcado por revoltas militares e crises políticas que o levaram a governar quase que durante todo o mandato, sob estado de sítio. De formação básica no colégio do Caraça, trabalhou como comerciário para continuar os estudos em Ouro Preto, onde se matriculou na Faculdade Livre de Direito. Transferiu-se posteriormente para São Paulo onde formou-se (1900). Voltando a Viçosa foi eleito vereador e presidente da Câmara Municipal (1906) e no ano seguinte deputado estadual. Eleito deputado federal (1909), ocupou o cargo de secretário das Finanças do estado de Minas Gerais. Novamente eleito para a Câmara dos Deputados, foi conduzido ao governo de Minas (1918-1922). Numa campanha histórica por sua violência concorreu à presidência da república contra Nilo Peçanha. Antes da sua posse ocorreu o episódio das cartas falsas, a ele atribuídas, com grosseiros insultos às forças armadas e alusões desabonadoras ao marechal Hermes da Fonseca, publicadas pelo jornal Correio da Manhã. A questão levantou acirrada polêmica e protestos entre os militares, sobretudo a oficialidade jovem, e deu origem ao histórico levante do Forte de Copacabana (1922). Essa primeira manifestação do tenentismo foi debelada e ele assumiu a presidência em 15 de novembro. Para conter o surto revolucionário e as agitações operárias, o presidente muniu-se de poderes especiais por meio do Decreto no 4.743 (1923), chamado lei infame pela imprensa oposicionista. Decretou novo estado de sítio (1924) para combater a revolução chefiada pelo general Isidoro Dias Lopes, em São Paulo. Dominado o levante em São Paulo, o capitão Luís Carlos Prestes sublevou a guarnição de Santo Ângelo, RS, para se reunir em Foz do Iguaçu, PR, com os revolucionários paulistas, dando início ao movimento denominado Coluna Prestes, que percorreu 36.000km no interior do país e travou uma série de combates com as forças legalistas. Após o mandato presidencial foi eleito senador por Minas Gerais (1927), pela Aliança Liberal. Apoiou a revolução constitucionalista de São Paulo (1932) e foi preso em Viçosa, remetido para o Rio de Janeiro e deportado para a Europa, onde permaneceu durante quase dois anos. Novamente no Brasil, elegeu-se deputado federal (1935), mas o golpe de novembro (1937) afastou-o da ação política durante o governo comandado por Getúlio Vargas. Eleito deputado à Assembléia Nacional Constituinte (1946) fundou o novo Partido Republicano, após divergências com a União Democrática Nacional (UDN). Foi presidente da Comissão de Segurança Nacional da Câmara dos Deputados (1947) e assumiu a liderança no debate sobre o petróleo, em defesa do monopólio estatal. Ainda como deputado, combateu a internacionalização da Amazônia e morreu no Rio de Janeiro.
Figura copiada do site oficial da


PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:


Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa




Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa



(1865 - 1942)



Presidente da república brasileira (1919-1922) nascido em Umbuzeiro, Estado da Paraíba, tornando-se o único paraibano a chegar ao mandato máximo da nação brasileira, cujas ações de governo centraram-se no desenvolvimento siderúrgico, na recuperação econômica do Nordeste e no incentivo a produção do café. Descendente de importantes proprietários rurais pernambucanos, ficou órfão dos pais, José da Silva Pessoa e Henriqueta Barbosa de Lucena, após uma epidemia de varíola (1873) e foi educado pelo tio materno Henrique de Lucena, então governador de Pernambuco. Ingressou na Faculdade de Direito de Recife, bacharelou-se (1886) e, um mês depois, foi nomeado promotor público na cidade de Bom Jardim. Depois foi promotor na cidade de Cabo (1887-1889) e professor de Direito na FDR. Após uma breve passagem pelo Rio de Janeiro, com a proclamação da República retornou à Paraíba (1889), convidado pelo então presidente da província, Venâncio Neiva, para assumir o cargo de secretário-geral do Estado. Elegeu-se deputado à Assembléia Constituinte (1890-1891), mas na oposição a Floriano Peixoto, abandonou temporariamente a política. Neste período esteve na Europa e casou-se com Maria da Conceição de Manso Saião. Voltou a cena política nomeado ministro da Justiça (1898) pelo presidente Campos Sales. Com grande prestígio junto ao presidente, revelou-se um administrador competente e ganhou o respeito até da imprensa oposicionista e marcou sua passagem pelo ministério, apresentando o Projeto do Código Civil, elaborado com a coordenação de Clóvis Beviláqua, e o encaminhando ao Congresso Nacional (1901) e que seria sancionado anos depois (1916). Exerceu simultaneamente o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal e procurador-geral da República (1902-1905). Aposentado como ministro do Supremo Tribunal Federal (1911), voltou à Paraíba e elegeu-se para o Senado. Depois de passar algum tempo na Europa, com a eclosão da I Guerra Mundial (1914) voltou a Paraíba e elegeu-se para o governo do estado (1915). Com o fim da Primeira Guerra Mundial, foi nomeado delegado do Brasil na Conferência de Versalhes (1919) e, neste mesmo ano, foi eleito presidente da república, tomando posse em 28 de julho. Disputou a sucessão de Delfim Moreira pela presidência da República com Rui Barbosa, vencendo as eleições sem precisar sair da França. Eleito pelo Partido Republicano Mineiro, na presidência enfrentou um dos períodos políticos mais conturbados da Primeira República, com a Revolta do Forte de Copacabana, a crise das cartas falsas e a revolta do clube militar e o surgimento do Tenetismo, além de muitas greves operárias e a pressão do empresariado e dos então poderosos produtores de café. Como administrador inovou nomeando civis para as pastas militares, como a do historiador Pandiá Calógeras como Ministro da Guerra. Fechou um contrato pioneiro com a Itabira Iron para a instalação de uma usina siderúrgica de 150.000 toneladas, fortaleceu as exportações de matérias-primas, ampliou o parque industrial do país, fabricando aqui produtos antes importados, e deu impulso sem precedentes ao combate à seca no Nordeste, com a construção de mais de 200 açudes na região, certamente a maior de suas obras sociais. Construiu mais de 1000 km de ferrovias no sul do país, criou a Universidade do Rio de Janeiro. Fez a primeira transmissão radiofônica do país como parte das comemorações oficiais do centenário da proclamação da Independência: um discurso comemorativo do presidente transmitido para os visitantes da Exposição Internacional do Rio, nas instalações pioneiras daquela que seria inaugurada no ano seguinte como a primeira estação de rádio do Brasil (1923), a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada por Edgard Roquete Pinto e Henry Morize. Sua sucessão foi marcada por uma agitação da campanha presidencial e um clima altamente agitado nas Forças Armadas, que culminou com o levante dos 18 do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, sufocada pelo poder central. Após deixar a presidência em 15 de novembro, substituiu Rui Barbosa na Corte Internacional de Haia (1922-1930). Com forte prestígio na política nacional, indicou o sobrinho João Pessoa para a presidência da Paraíba e apoiou Getúlio Vargas, na campanha presidencial (1930). Sofreu grande golpe emocional ao ser surpreendido em Haia da trágica notícia do assassinato de seu sobrinho. A morte de João Pessoa, o desmotivou politicamente, deixou Haia e a atividade pública e, acometido do mal de Parkinson (1936), morreu em 13 de fevereiro, no sítio Nova Betânia, nos arredores de Petrópolis, interior do Estado do Rio de Janeiro. Seus restos mortais, como os da sua esposa, foram transportados para João Pessoa, Paraíba, e inumados na cripta do Fórum Epitácio Pessoa. Em vida publicou o livro Pela verdade (1925).
Figura copiada da página ESPECIAL:


BANDEIRA E REPÚBLICA / NM:


Delfim Moreira da Costa Ribeiro




Delfim Moreira da Costa Ribeiro



(1868 - 1920)



Presidente militar da república brasileira (1918-1919) nascido em Cristina, MG, que deu especial atenção aos problemas educacionais. Estudou no seminário de Mariana, MG, e diplomou-se (1890) pela Faculdade de Direito de São Paulo. Promotor público em Santa Rita do Sapucaí e em Pouso Alegre, MG, onde iniciou a carreira política como vereador e foi eleito deputado estadual (1894-1902). Foi secretário do Interior de Minas Gerais no governo de Francisco Sales, e eleito para a Câmara Federal (1909), mas voltou à secretaria do Interior no governo de Júlio Bueno Brandão, a quem sucedeu na presidência do estado (1914-1918). Vice-presidente da república eleito (1918), assumiu de imediato a presidência da república em 15 de novembro do mesmo ano, em virtude do impedimento do presidente Rodrigues Alves, que contraíra a gripe espanhola. Com a morte de Rodrigues Alves em 16 de janeiro (1919), e também com problemas de saúde, confiou praticamente os encargos do governo ao ministro da Viação, Afrânio de Melo Franco, e presidiu novas eleições (1919) em que foi eleito seu candidato, o senador Epitácio da Silva Pessoa. Morreu em 1º de julho, em Santa Rita de Sapucaí e para cumprimento do restante de seu mandato de vice-presidente, foi eleito o senador mineiro Francisco Álvaro Bueno de Paiva.
Figura copiada do site oficial da


PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:


Venceslau Brás Pereira Gomes




Venceslau Brás Pereira Gomes



(1868 - 1966)



Presidente da república brasileira (1914-1918) nascido em São Caetano da Vargem Grande, hoje Brasópolis, MG, conhecido por seu pragmatismo, habilidade e moderação e um dos impulsionadores da indústria no Brasil, em um processo de substituição de importações. Formado em direito em São Paulo (1890), retornou a Minas Gerais, onde exerceu as funções de promotor público em Jacuí e Monte Santo, onde foi eleito vereador e presidente da Câmara Municipal. Eleição para deputado estadual (1892) e federal (1896), consolidou seu comando político durante o governo de Silviano Brandão em Minas Gerais, quando ocupou a Secretaria do Interior e Justiça (1898-1902). Reeleito para a câmara federal, foi o líder da bancada mineira durante o governo de Rodrigues Alves (1902-1906). Ainda na câmara federal assumiu o governo de Minas Gerais (1909), em substituição a Bueno Brandão, vice-presidente do estado em exercício, devido à morte do presidente estadual João Pinheiro (1908). Candidato como vice-presidente da república na chapa presidencial com Hermes da Fonseca, elegeu-se para o mandato seguinte (1910-1914). Um acordo entre os políticos de São Paulo e Minas, conhecido como acordo do café com leite, que contrariou as pretensões de Pinheiro Machado, vice-presidente do Senado Federal e chefe do Partido Republicano Conservador, resultou na sua eleição para a presidência da república (1914), coincidindo com o período da primeira guerra mundial. Adotou uma política financeira de redução nos gastos públicos, bem como de estímulo às exportações de matérias-primas e de alimentos, estimulando ao mesmo tempo a implantação de novas indústrias para fazer frente às dificuldades de importação. Rompeu relações com os impérios centrais (1917), devido aos sucessivos afundamentos de navios brasileiros, reconhecendo e proclamando afinal o estado de guerra com a Alemanha em 26 de outubro (1917). A cooperação brasileira com os aliados, além do fornecimento de gêneros essenciais, cingiu-se à ajuda no patrulhamento do Atlântico e ao envio de uma missão médico-militar à Europa. No último ano do governo (1918), entre outubro e novembro, o país foi assolado pela gripe espanhola, com milhares de vítimas, principalmente na cidade do Rio de Janeiro. Após completar seu mandato, recolheu-se a Itajubá, MG, como presidente vitalício de um grupo de empresas de âmbito regional, ali falecendo.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:


Hermes Rodrigues da Fonseca




Hermes Rodrigues da Fonseca


(1855 - 1923)



Presidente da república brasileira (1910-1914) nascido em São Gabriel RS, que como ministro da Guerra no governo Afonso Pena instituiu o serviço militar obrigatório no Brasil. Sobrinho do marechal Deodoro da Fonseca, ingressou na Escola Militar (1871), onde foi aluno de Benjamin Constant, de quem herdaria seu pensamento positivista. Como capitão participou do movimento de 15 de novembro pela proclamação da república ao lado do tio (1889) e por ocasião da revolta da esquadra (1893), destacou-se na defesa do governo de Floriano Peixoto. Comandou a Brigada Policial do Rio de Janeiro (1899-1904), quando assumiu o comando da Escola Militar do Realengo. Promovido a marechal pelo presidente Rodrigues Alves, foi ministro da Guerra no governo seguinte, de Afonso Pena. Nesse ministério reformou os serviços técnicos e administrativos e instituiu o serviço militar obrigatório. Após regressar de uma viagem à Alemanha (1908), e numa disputa contra Rui Barbosa, foi eleito e empossado como o sexto presidente da república. Logo no início do governo enfrentou a revolta dos marinheiros (1910), seguida de um levante no batalhão de fuzileiros navais. Restabelecida a ordem pública e apoiado pelo Partido Republicano Conservador, liderado por Pinheiro Machado, retomou o esquema das administrações anteriores, porém teve que "administrar" o surto militarista que visava a derrubada das oligarquias que dominavam as regiões Norte e Nordeste e colocar militares na chefia dos estados, em substituição aos políticos. Em política externa promoveu uma aproximação com os Estados Unidos e no plano interno prosseguiu o programa de construção de ferrovias e de escolas técnico-profissionais, delineado no governo Afonso Pena. Concluiu as reformas e obras da Vila Militar de Deodoro e do Hospital Central do Exército, entre outras, além das vilas operárias, no Rio de Janeiro, no subúrbio de Marechal Hermes e no bairro da Gávea. Após deixar a presidência, em novembro, foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul (1915), mas não assumiu a cadeira, em virtude do assassinato de Pinheiro Machado, no dia em que deveria ser diplomado, em setembro daquele ano. Viajou para a Europa e só retornou ao Brasil seis anos depois, quando iniciava-se uma nova campanha presidencial. Na presidência do Clube Militar, apoiou a candidatura de Nilo Peçanha, no movimento reação republicana. Sua prisão foi então decretada pelo presidente Epitácio Pessoa e, seis meses depois, foi libertado graças a um habeas corpus. Doente, retirou-se para Petrópolis, RJ, onde morreu.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:


Nilo Procópio Peçanha




Nilo Procópio Peçanha



(1867 - 1924)



Presidente da república brasileira (1909-1910) nascido em Campos dos Goitacases, RJ, que como presidente da república, procurou manter-se neutro durante a disputada campanha eleitoral entre Hermes da Fonseca e Rui Barbosa, pela sua sucessão. Filho de camponeses humildes, formou-se pela Faculdade de Direito de Recife, PE (1887), onde depois criou um escritório de advocacia. Atraído pela política, fundou, com Francisco Portela, o Clube Republicano de Campos e foi membro do Congresso Constituinte (1890-1891) e da primeira legislatura do Congresso Nacional. Reeleito sucessivamente, foi eleito presidente do estado do Rio de Janeiro (1903), onde se mostrou um administrador dinâmico e eficiente. Compondo como vice a chapa vitoriosa de Afonso Pena, assumiu a presidência com a morte do titular. Após passar o governo para o eleito Hermes Rodrigues da Fonseca, foi para Europa (1910-1912), só voltando para assumir a cadeira de senador pelo Rio de Janeiro. Eleito presidente do estado do Rio de Janeiro (1914), antes do término do mandato foi nomeado para o Ministério das Relações Exteriores (1917). Formou uma chapa oposicionista com José Joaquim Seabra, presidente da Bahia, com o apoio dos maçônicos da Grande Oriente do Brasil, na chamada Reação Republicana (1921), contra o candidato das correntes oficiais, Artur Bernardes, presidente de Minas Gerais, apoiado pela Igreja Católica, e foi derrotado (1922). Publicou os livros Impressões da Europa (1913), com suas observações sobre a primeira viagem ao exterior, e Política, economia e finanças (1922), com os discursos de campanha da Reação Republicana, e morreu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de março.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:



Afonso Augusto Moreira Pena


(1847 - 1909)


Presidente da república brasileira (1906-1909) nascido em Santa Bárbara, MG, que desenvolveu um governo caracteristicamente menos político e mais administrador. Estudou no Colégio Caraça, dos padres lazaristas, em Minas Gerais, e bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo (1870), onde foi colega de Rodrigues Alves, Rui Barbosa e Castro Alves. Inicialmente dedicado à magistratura, voltou-se para a carreira política e foi deputado provincial e, por quatro vezes deputado geral pelo Partido Liberal (1878-1889). Com a subida dos liberais ao poder (1878), foi ministro da Guerra, da Agricultura e da Justiça. Com a proclamação da república, tomou parte na Assembléia Constituinte mineira e foi relator da constituição estadual. Renunciou ao mandato de deputado em protesto contra a dissolução do Congresso Nacional pelo marechal Deodoro da Fonseca e apoiou Floriano Peixoto contra o então presidente, defendendo firmemente a realização de eleições normais, o que contribuiu decisivamente para que a república retornasse à normalidade constitucional. Com o afastamento de Cesário Alvim da presidência de Minas Gerais, foi eleito para completar seu mandato e tomou a iniciativa de transferir a sede do governo da então capital Ouro Preto, para Curral del-Rei, onde deu início a construção da nova capital, Belo Horizonte (1894), a primeira cidade brasileira totalmente planejada e com toda a infraestrutura urbana projetada. Fundou a Faculdade de Direito de Minas Gerais, onde foi professor durante o período em que governou a província. Ocupou a presidência do Banco do Brasil, no mandato de Prudente de Morais, e a presidência do conselho deliberativo de Belo Horizonte (1900), cargo correspondente ao hoje de prefeito. Com a morte de Francisco Silviano de Almeida Brandão, eleito mas não empossado, elegeu-se vice-presidente da república (1902-1906). Sem oposição elegeu-se presidente da república (1905) com Nilo Peçanha, para a sucessão de Rodrigues Alves. Viajou por todos os estados litorâneos brasileiros, ouvindo os governos locais e a opinião pública e deu ênfase às questões econômicas. Incentivou a imigração como meta de povoamento e colonização, promoveu o crescimento industrial, reformou o sistema monetário, por intermédio da Caixa de Conversão, facilitando o câmbio com moedas estrangeiras como marcos, francos, liras, dólares e libras esterlinas. Fomentou a construção de ferrovias e apoiou a obra de penetração de Rondon, encarregado-o de ligar por telégrafo a Amazônia à capital da república (1907). Criou também o Serviço Geológico e Mineralógico, para pesquisa e aproveitamento das riquezas minerais do país. Sua maneira de tratar a política em segundo plano provocou uma grave crise sucessória, gerando a famosa campanha civilista. Em plena crise, após rápida enfermidade, morreu no palácio do Catete, no Rio de Janeiro, em 14 de junho.
Figura copiada do site oficial da

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:

https://www.presidencia.gov.br/



Afonso Augusto Moreira Pena


(1847 - 1909)



Presidente da república brasileira (1906-1909) nascido em Santa Bárbara, MG, que desenvolveu um governo caracteristicamente menos político e mais administrador. Estudou no Colégio Caraça, dos padres lazaristas, em Minas Gerais, e bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo (1870), onde foi colega de Rodrigues Alves, Rui Barbosa e Castro Alves. Inicialmente dedicado à magistratura, voltou-se para a carreira política e foi deputado provincial e, por quatro vezes deputado geral pelo Partido Liberal (1878-1889). Com a subida dos liberais ao poder (1878), foi ministro da Guerra, da Agricultura e da Justiça. Com a proclamação da república, tomou parte na Assembléia Constituinte mineira e foi relator da constituição estadual. Renunciou ao mandato de deputado em protesto contra a dissolução do Congresso Nacional pelo marechal Deodoro da Fonseca e apoiou Floriano Peixoto contra o então presidente, defendendo firmemente a realização de eleições normais, o que contribuiu decisivamente para que a república retornasse à normalidade constitucional. Com o afastamento de Cesário Alvim da presidência de Minas Gerais, foi eleito para completar seu mandato e tomou a iniciativa de transferir a sede do governo da então capital Ouro Preto, para Curral del-Rei, onde deu início a construção da nova capital, Belo Horizonte (1894), a primeira cidade brasileira totalmente planejada e com toda a infraestrutura urbana projetada. Fundou a Faculdade de Direito de Minas Gerais, onde foi professor durante o período em que governou a província. Ocupou a presidência do Banco do Brasil, no mandato de Prudente de Morais, e a presidência do conselho deliberativo de Belo Horizonte (1900), cargo correspondente ao hoje de prefeito. Com a morte de Francisco Silviano de Almeida Brandão, eleito mas não empossado, elegeu-se vice-presidente da república (1902-1906). Sem oposição elegeu-se presidente da república (1905) com Nilo Peçanha, para a sucessão de Rodrigues Alves. Viajou por todos os estados litorâneos brasileiros, ouvindo os governos locais e a opinião pública e deu ênfase às questões econômicas. Incentivou a imigração como meta de povoamento e colonização, promoveu o crescimento industrial, reformou o sistema monetário, por intermédio da Caixa de Conversão, facilitando o câmbio com moedas estrangeiras como marcos, francos, liras, dólares e libras esterlinas. Fomentou a construção de ferrovias e apoiou a obra de penetração de Rondon, encarregado-o de ligar por telégrafo a Amazônia à capital da república (1907). Criou também o Serviço Geológico e Mineralógico, para pesquisa e aproveitamento das riquezas minerais do país. Sua maneira de tratar a política em segundo plano provocou uma grave crise sucessória, gerando a famosa campanha civilista. Em plena crise, após rápida enfermidade, morreu no palácio do Catete, no Rio de Janeiro, em 14 de junho.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:





Francisco de Paula Rodrigues Alves



(1848 - 1919)



Presidente da república brasileira (1902-1906) nascido em Guaratinguetá, SP, primeiro político brasileiro a ser duas vezes eleito presidente do país. Estudou no internato do Colégio Pedro II, na cidade do Rio de Janeiro (1859-1865) e graduou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo (1870). Filiado ao Partido Conservador, elegeu-se deputado provincial em três mandatos, deputado-geral em dois mandatos e presidente da província de São Paulo (1887-1888). Aderiu ao regime a republicano e tornou-se deputado constituinte (1890). Ministro da Fazenda (1890-1892). elegeu-se senador (1893) e voltou ao Ministério da Fazenda no governo de Prudente de Morais. Novamente senador (1897) e governador do estado de São Paulo (1900), candidatou-se e, vitorioso, sucedeu a Campos Sales na presidência da república (1902), onde desenvolveu um mandato histórico por importantes empreendimentos. Apoiou a campanha de erradicação e saneamento da febre amarela do Rio de Janeiro, sob o comando de Osvaldo Cruz, a remodelação da capital federal, a cargo do prefeito Pereira Passos, e a construção do porto e da avenida Central, mais tarde avenida Rio Branco, obras executadas por Lauro Müller. Na política externa, contou com a atuação destacada do barão do Rio Branco, que solucionou a questão do Acre com a assinatura do Tratado de Petrópolis (1903). No campo econômico, procurou disciplinar as finanças e manter o câmbio a taxa fixa e promoveu à reforma do Banco da República, transformado em Banco do Brasil (1905). Depois de um afastamento temporário da política assumiu o governo de São Paulo (1912-1916) e.elegeu-se novamente para o Senado (1916). Eleito novamente para a presidência da república (1918), não chegou a ser empossado, pois, vítima da gripe espanhola, morreu no Rio de Janeiro, em 16 de janeiro do ano seguinte e a presidência foi assumida, então, pelo vice-presidente eleito, Delfim Moreira.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:





Francisco de Assis Rosa e Silva



(1857 - 1929)



Presidente interino da república brasileira (1900) nascido em Recife, PE, que como vice-presidente da república no governo Campos Sales, ocupou a presidência, interinamente, de 17 de outubro a 8 de novembro (1900), durante viagem do titular à Argentina. Diplomado bacharel pela Faculdade de Direito de Recife (1877), onde também obteve o grau de doutor (1879). Esteve na Europa (1880-1881) e, de volta ao Brasil, ingressou na política, filiando-se ao Partido Conservador. Elegeu-se deputado provincial em três legislaturas consecutivas (1882-1887) e deputado por Pernambuco (1886-1889), na última legislatura do império. Foi Ministro da Justiça no último anodo império, no gabinete da abolição (1889), mas aderiu ao novo regime e participou do Congresso Constituinte (1890-1891). Defendeu o sistema parlamentarista e uma maior representação para os estados do Norte. Um dos fundadores do Partido Republicano Federal, sob a chefia de Francisco Glicério, presidiu a Câmara dos Deputados (1896). Eleito senador federal (1896), tornou-se companheiro da vitoriosa chapa de Campos Sales, como vice-presidente da república (1898). Reeleito senador (1902), apresentou projeto para assegurar a representação das minorias, o qual se transformou na lei de voto cumulativo, a Lei Rosa e Silva (Lei nº 1.269, 1904). Elegeu-se governador de Pernambuco (1911), porém a Assembléia Legislativa proclamou eleito o opositor general Dantas Barreto, com o apoio de Pinheiro Machado. Reconciliado com Pinheiro Machado, ainda se elegeu novamente para o Senado (1915/1918/1924) e morreu no Rio de Janeiro RJ em 1º de julho.
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FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO:





Manuel Ferraz de Campos Sales



(1841 - 1913)



Presidente da república brasileira (1898-1902) nascido em Campinas, SP, cuja política conservadora não foi das mais populares, porém se mostrou eficaz na obtenção de créditos internacionais e no saneamento das finanças. De uma rica família de fazendeiros de café, formou-se em direito em São Paulo (1863) e filiou-se ao Partido Liberal. Um dos promotores da convenção de Itu, que organizou o Partido Republicano Paulista (1873), elegeu-se deputado geral (1885). Com a proclamação da república, tornou-se o primeiro ministro da Justiça do governo de Deodoro da Fonseca. Assumiu o governo de São Paulo (1894) e foi eleito presidente da república (1898), com o apoio da chamada concentração, grupo formado pelas bancadas dos grandes estados, dissidentes do Partido Republicano Federal. Seu governo enfrentou uma séria crise econômica e sua política financeira acarretou numerosas falências, acompanhada de manifestações de protesto estudantis e operárias, mas através de uma rigorosa política deflacionária instituiu a contenção das despesas públicas e cumpriu o pagamento da dívida externa nos termos do empréstimo de consolidação acertado no governo de Prudente de Morais. Na política interna reduziu as chances da oposição, favorecendo as vitórias parlamentares de oligarquias estaduais aliadas. Na política externa, o fato mais importante foi o retorno à vida pública de Joaquim Nabuco, como advogado do Brasil na questão da Guiana Inglesa e a nomeação do barão do Rio Branco como embaixador em Berlim, depois de ter resolvido a questão do Amapá. Entregou o governo ao eleito Rodrigues Alves com o crédito internacional reestabelecido e com o país em condições de desenvolver um programa de modernização. Morreu em Santos, SP.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:





Prudente José de Morais Barros



(1841 - 1902)



Presidente da república brasileira nascido nos arredores de Itu, SP, primeiro presidente civil do Brasil (1894-1898) e primeiro a ser eleito por sufrágio universal. Com menos de três anos perdeu o pai, comerciante de animais, assassinado por um escravo. Após o segundo casamento da mãe, passou a residir na cidade, onde concluiu o curso primário. Graduou-se em direito em São Paulo, SP (1863) e transferiu-se para Piracicaba, SP, onde iniciou a carreira política. Eleito vereador (1865) pelo Partido Liberal, presidiu a Câmara Municipal e (1876) declarou-se republicano, tendência que representou na Assembléia Provincial e depois na Assembléia Geral do império (1885). Proclamada a república, foi um dos integrantes da junta de governo de São Paulo e governador (1889-1890). Elegeu-se em seguida senador e presidiu a constituinte (1890-1891) e disputou numa eleição indireta, e perdeu, a presidência da república para Deodoro da Fonseca. Depois presidiu o Senado até o fim do mandato e tornou-se sucessor de Floriano Peixoto, candidato pelo Partido Republicano Federal. Assumiu (1894), durante a guerra civil que só findou no ano seguinte, e dedicou todos os seus esforços à pacificação das facções, que tinham em seus extremos os defensores do governo forte de Floriano e os partidários da monarquia. Enfrentou a ocupação da ilha da Trindade pelo Reino Unido e a revolta da Escola Militar (1896) fechando a escola e o clube militar. Combateu na Bahia os amotinados de Antônio Conselheiro, mas obrigado a submeter-se a uma cirurgia, passou o cargo ao vice-presidente, Manuel Vitorino Pereira. Na volta ao governo nomeou ministro da Guerra o general Carlos Machado Bittencourt, que derrotou os fanáticos, mas morreu em um atentado, em Salvador. Obtida a paz interna, o que lhe deu grande popularidade ao fim do mandato, negociou com os banqueiros ingleses a consolidação da dívida externa, operação financeira que ficou conhecida como funding loan, com seus ministros da Fazenda, Rodrigues Alves e Bernardino de Campos, base da política executada por Joaquim Murtinho no governo de Manuel Ferraz do Campos Sales. Após deixar a presidência, retirou-se para Piracicaba, onde morreu.
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Floriano Vieira Peixoto




Floriano Vieira Peixoto



(1839 - 1895)



Presidente militar da república brasileira (1891-1894) nascido no engenho do Riacho Grande, em Ipioca, AL, cuja determinação com que enfrentou as sucessivas rebeliões pós proclamação da república lhe deram o cognome de o marechal de ferro. De origem humilde foi criado por um tio e padrinho, o coronel José Vieira de Araújo Peixoto. De formação primária em Maceió, transferiu-se para o Rio de Janeiro (1955), onde se matriculou no Colégio São Pedro de Alcântara, assentou praça (1857) e ingressou na Escola Militar (1861). Com a patente de primeiro-tenente (1863), foi servir em Bajé, RS. Participou ativamente da Guerra do Paraguai, como das batalhas da retomada de Uruguaiana e da batalha final em Cerro Corá, onde foi morto Solano López. Terminada a guerra, foi promovido a tenente-coronel e, após concluir o curso de ciências físicas e matemáticas, serviu depois no Amazonas, Alagoas e Pernambuco. Promovido a brigadeiro (1883), foi presidente da província de Mato Grosso (1884-1885). Embora não tenha participado das conspirações republicanas, foi solidário ao marechal Deodoro da Fonseca, recusando-se a cumprir ordens do visconde de Ouro Preto (1889) para dispersar os rebeldes do Campo de Santana e foi nomeado ministro da Guerra (1890) do novo governo. No ano seguinte elegeu-se vice-presidente pelo Congresso Constituinte em 25 de fevereiro e com a renúncia de Deodoro, em 23 de novembro, assumiu a presidência (1891). Destituiu os governadores estaduais que haviam apoiado Deodoro e negou aos oposicionistas novas eleições constitucionais. Ameaçado por um manifesto pela renúncia do governo assinado por grupo de generais e almirantes (1892), demitiu e reformou todos os signatários. Em seguida suspendeu as garantias constitucionais e ordenou prisões e desterros em massa e, assim conseguiu do Congresso (1892) a legitimação do seu mandato presidencial até 15 de novembro (1894). Decretou uma anistia geral e no ano seguinte (1893) sufocou com violência a revolução federalista do sul e a revolta da armada, no Rio de Janeiro, que juntos pretendiam restaurar a monarquia, especialmente no Paraná e em Santa Catarina, com centenas de fuzilamentos. Após cumprir integralmente seu mandato presidencial e com a saúde abalada, seguiu para uma estação de repouso em Cambuquira, MG, e depois transferiu-se para Divisa, hoje Floriano, no município de Barra Mansa, RJ, onde morreu em 29 de junho do ano seguinte.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA: