31 de março de 2012

Radioamadores usam comunicação para enfrentar trânsito de SP

Radioamadores
usam comunicação para enfrentar trânsito de SP




Notícia publicada em Segunda, agosto 18 @ 09:55:32 BRT por azael


Do G1, em São
Paulo 18/08/08
Com aparelhos
nos veículos, eles trocam informações sobre lentidão.
Conheça um pouco mais sobre esse hobby.

Luciana Bonadio/G1
José Alberto Julio mostra equipamento instalado dentro de
carro (Foto: Luciana Bonadio/G1)


Os radioamadores usam a comunicação para
enfrentar os longos congestionamentos na capital paulista.
Com aparelhos para operação móvel instalados nos veículos,
alimentados pela bateria do carro, eles trocam informações sobre pontos de
lentidão na cidade. Mas, caso as filas sejam inevitáveis, o
rádio ajuda a passar as horas ociosas dentro do veículo.

“Saindo do escritório, essa uma hora e meia no trânsito passa muito rápido.
É um horário que estou utilizando o rádio para conversar com o pessoal da
Europa”, diz o engenheiro elétrico José Alberto Julio, de 43 anos,
presidente da Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão (Labre-SP). Ele
trabalha na Lapa, na Zona Oeste de São Paulo, e mora na Zona Leste.

O rádio ajudou o vice-presidente da entidade, o comprador José Armando de
Macedo Soares Júnior, de 29 anos, a fugir da lentidão na época dos ataques
promovidos pela quadrilha que age a partir dos presídios de São Paulo. No
dia 15 de maio de 2006, os paulistanos, com medo, saíram mais cedo do
trabalho, o que travou o trânsito. “Todo mundo estava preso no trânsito e
eu cheguei na minha casa em 40 minutos”, lembra.

O microempresário João Roberto de Almeida, de 42 anos, é radioamador desde
1978 e também conta com os equipamentos para fugir da lentidão. “Eu tenho
rádio e a gente usa para ter informações de trânsito. E também temos um
passatempo para enfrentar esse trânsito maluco”, conta. De acordo com o
vice-presidente da Labre-SP, há cerca de 3.200 radioamadores na capital
paulista – mas nem todos têm o equipamento no carro.

Regulamentação

Luciana
Bonadio/G1
José Armando
fala de estação instalada dentro da Labre, em São Paulo (Foto: Luciana
Bonadio/G1)
Mas não pense que é só instalar
equipamentos de rádio no carro e sair falando. Um radioamador precisa de
uma licença – e muito conhecimento - para operar a estação. O Certificado
de Operador de Estação de Radioamador (COER) é obtido junto à Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel) por meio de um teste para comprovar
que o interessado tem capacidade técnica para operar a estação de
radioamador.

“O objetivo do radioamador é comunicar, aprimorando a capacitação técnica e
conhecendo novos horizontes. É a janela para o mundo”, explica Julio. Na
associação, há aulas que habilitam os interessados para os testes da
Anatel. “Tentamos despertar a curiosidade do público para se tornar um
radioamador. Para as pessoas não pensarem que a gente causa interferência
na TV do vizinho”, afirma.

Entre as preocupações do radioamador está
o uso adequado dos aparelhos. “Todo equipamento tem de atender a uma norma
para não gerar interferência”, explica Julio. A licença da Anatel é
dividida em três classes (A, B e C) e os radioamadores precisam respeitar
as faixas de freqüência, tipos de emissão e potência permitidos à classe da
certificação.

Pé de mexerica
Em
tempos de internet, os radioamadores defendem essa comunicação, usada há
muitas décadas. “A diferença é a parte de conhecimento técnico. Na
internet, você entra e acaba falando com qualquer um. Já os radioamadores
são pessoas de todas as camadas sociais que têm uma afinidade. Existe um
gosto que não dá para explicar”, diz José Armando.

Julio, por exemplo, teve o primeiro contato com o radioamadorismo quando
ainda era adolescente, e o pai trocou o videogame dele por um rádio. “Aos
15 anos, eu montei uma antena, pendurei no pé de mexerica da minha avó e o
primeiro contato que fiz foi com Fortaleza”, lembra. Conhecer pessoas de
lugares muito distantes é uma das paixões do radioamador. “Você vai
estudando, se alimentando com aquelas informações”, afirma, dizendo que
aprendeu inglês, espanhol, italiano e francês com o rádio.

Luciana
Bonadio/G1
Detalhes de
equipamentos usados pelos radioamadores (Foto: Luciana Bonadio/G1)
As histórias dos radioamadores têm um
ponto em comum: eles conheceram esse tipo de comunicação muito cedo. O
administrador de empresas Antônio Nikola, de 35 anos, começou em 1987,
quando tinha 14 anos. “Meu pai tinha uma lancha em São Vicente [com um
rádio] e aquilo me fascinou bastante. Eu fui me aprimorando no assunto. Até
hoje continuo com minhas antenas, investindo em equipamentos”, lembra.

Ele conta que o rádio já permitiu a comunicação de familiares dele com
parentes que estavam distantes. “Minha tia morava no Zaire e a comunicação
por telefone era muito precária. Em 1992 ou 93, ela passou seis meses aqui
e a gente usava diariamente para se comunicar com meu tio”, lembra.

Os radioamadores são muito procurados em todo o mundo durante tragédias e
guerras – ocasiões em que a comunicação por telefone, por exemplo, costuma
ser interrompida. O funcionário público Maurício Pitorri, de 39 anos,
radioamador desde 1988, lembra um caso ocorrido há alguns anos.

“Ouvi um homem que estava desesperado porque queria contato com o Egito.
Mas não conseguimos e os italianos tomaram conta da situação. Ele queria
notícias da família. À noite, quando eu ligo a TV, vejo a notícia de
que havia tido um terremoto no Egito”, conta.

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Radioamadores clandestinos tentavam desviar rotas de trens em Ourinhos

Radioamadores clandestinos tentavam desviar rotas de trens
em Ourinhos



Identificados pela Operação Linha Cruzada, da Polícia
Federal, tentavam desviar a rota dos trens

Além de atrapalhar a comunicação entre os trens e a estação
de controle na cidade de Ourinhos (SP), os interceptadores identificados pela
Operação Linha Cruzada, da Polícia Federal, tentavam desviar a rota dos trens.
De acordo com o vice-presidente da Liga de Amadores Brasileiros de Rádio
Emissão de São Paulo (Labre-SP), José Armando de Macedo Soares Júnior, os
infratores passavam instruções falsas para os maquinistas.

“Essas pessoas são criminosas, não deu para entender qual
era a intenção delas”, afirma. Ele explica que as interceptações foram feitas
por equipamentos de uso de radioamadores, mas quem os utilizava não pode ser
considerado radioamador. “Para ser um radioamador, é preciso atuar apenas
dentro da faixa estabelecida pela Anatel [Agência Nacional de
Telecomunicações]. Mesmo tendo autorização, se utilizar a comunicação fora da faixa,
é considerado clandestino”, diz.

A Labre está auxiliando a Polícia Federal nas investigações,
fazendo a intermediação das informações entre os radioamadores locais e as
autoridades policiais. “Existe uma lei do silêncio na cidade, a pessoa que
aparece nas gravações exerce grande influência ou temor nos moradores”, diz
Júnior. Para ele, ações como essas prejudicam a imagem dos radioamadores junto
à sociedade.

Em trechos da gravação da interferência, aos quais a Agência
Brasil teve acesso, um homem reclama do apito do trem, que passa próximo à sua
casa, e faz ameaças aos operadores. O clandestino não se intimida nem ao ser
informado de que as conversas estavam sendo gravadas e seriam analisadas pela
Polícia Federal. Durante a conversa, o operador da empresa alerta para o risco
de um acidente por causa das interferências.

O delegado responsável pela Operação Linha Cruzada, José
Navas, disse que foram identificadas interferências procedentes tanto de
equipamentos clandestinos quanto de autorizados. Segundo ele, a maioria dos
equipamentos apreendidos era utilizada por radioamadores sem autorização da
Anatel para operar. No entanto, também foram recolhidos equipamentos de pessoas
com autorização, para verificar se elas também poderiam estar interferindo na comunicação
dos trens.

De acordo com Navas, a Polícia Federal de Marília (SP) está
ouvindo dezenas de pessoas que podem estar envolvidas na comunicação
clandestina. Os equipamentos foram enviados para a perícia e o delegado deve
pedir a prorrogação do prazo de 30 dias estabelecido para a conclusão do
inquérito.

A operação apreendeu cerca de 20 equipamentos de radioamador
que poderiam estar interferindo na operação de deslocamento dos trens e vagões
que cruzam a área urbana de Ourinhos. Pelo local, passam diariamente vagões com
quase 500 mil litros de álcool combustível e outros 250 mil litros de materiais
inflamáveis.




Tags Radioamadores, clandestinos, tentavam, desviar, rotas,
de, trens, em, Ourinhos
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Radioamadores auxiliam nas comunicações

Radioamadores auxiliam nas comunicações
Sábado, 29 de Novembro de 2008, às 17:05
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Bairros isolados, em situação de risco, sem energia elétrica e sem acesso
aos habituais serviços de telecomunicações. Nesses momentos os radioamadores se
tornam pessoas fundamentais para estabelecimento de comunicações emergenciais
as populações em áreas de calamidade pública em auxílio à Defesa Civil.
Desde os primeiros momentos que as recentes enchentes atingiram o Estado de
Santa Catarina, a Rede Nacional de Emergência dos Radioamadores - RENER foi
convocada junto a Secretaria Nacional de Defesa Civil.
Radioamadores espalhados por Santa Catarina imediatamente disponibilizaram
suas estações, equipamentos, baterias, antenas e seus serviços como voluntários
para prestar ajuda aos desabrigados e as comunicações das equipes de resgate.
As repetidoras de VHF dos radioamadores – como a “Portal da Saxônia” em
Blumenau e do “Clube de Radioamadores de Itajaí” - serviram então de
prioritária interligação entre vários transceptores móveis e portáteis
espalhados por todo Vale do Rio Itajaí, passando informações sobre as
áreas de alagamento, deslizamentos de morros, contribuindo com a comunicação
entre dos diferentes núcleos de atuação da Defesa Civil.
O radioamador Antônio Pradi, PP5AP declarou em suas transmissões que:
“aproximadamente 250 pessoas foram resgatadas de helicóptero graças às
comunicações prestadas em VHF em locais praticamente inacessíveis”.
Na noite de terça, 25 de novembro, os radioamadores Guilherme Diegoli
Júnior, PP5DIG e Odir Pitz, PP5MW tratavam da instalação de estações portáteis
junto a novos abrigos como na Igreja Matriz na cidade de Gaspar para
recebimento de refugiados do Morro do Baú/SC.
Nas Ondas Curtas, nas faixas dos 40 metros e 80 metros (HF), o
radioamador Carlos Augusto Wolf, da estação PY3ZT, manteve por dias
comunicações por rádio com uma maior área geográfica abrangendo as demais
estações de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Rio de
Janeiro, promovendo o tráfego às demais regiões do país na busca por
informações de desaparecidos e interligando estações portáteis que estão em
áreas de sombra para o VHF e UHF.
Segundo Paulo César de Souza Santos, PT2PC, coordenador da RENER, a rede
continuará em atividade ininterrupta enquanto a Defesa Civil necessitar da
contribuição das estações e das comunicações radioamadoras.
Na tarde de quarta, 26 de novembro, a Defesa Civil de Itajaí ainda reforçava
a convocação de voluntários com experiência e disponibilidade de auxílio em
situações de emergência, inclusive radioamadores.
O radioamadorismo é um serviço de telecomunicação, de utilidade pública e de
livre desenvolvimento técnico-experimental. Reconhecido pela ANATEL, dispõe de
faixas de rádio específicas para seu funcionamento. Seus usuários necessitam
passar por provas na Agência para dispor da licença de funcionamento.
Os radioamadores são estimados em milhões em todo o mundo, sendo mais de
30.000 apenas no Brasil. Nacionalmente os radioamadores são representados pela
LABRE, Liga de Amadores Brasileiros em Rádio Emissão e internacionalmente pela
IARU, União Internacional de Radioamadorismo, órgão de assessoramento da UIT,
União Internacional das Telecomunicações.
Maiores informações e outras fontes correlatas: LABRE – Santa Catarina
Amauri Toccolini Felski - PP5BB - Presidente LABRE-SC