29 de julho de 2017

Biografia



João Duarte Dantas

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João Duarte Dantas (Teixeira, data de nascimento desconhecida — Recife, 3 de outubro de 1930) foi um advogado e jornalista brasileiro.
Seu nome está ligado à História da Paraíba, principalmente porque foi o autor disparos fatais que vitimaram o então Governador do Estado, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. João Pessoa era candidato a Vice-presidente do Brasil na chapa encabeçada por Getúlio Vargas, contra o grupo paulista de Júlio Prestes. A morte é considerada o estopim da Revolução de 1930, quando Getúlio ascendeu ao poder, após um levante popular contra uma suposta fraude nas eleições.
João Dantas era adversário político de João Pessoa e aliado de José Pereira, chefe político da cidade de Princesa, o qual liderava uma intensa oposição às medidas governistas contra os interesses comerciais do grupo sertanejo. José Pereira recebia apoio dos irmãos Pessoa de Queirós, de Pernambuco, primos de João Pessoa e proprietários do Jornal do Commercio.
A atitude de João Dantas costuma ser atribuída não à divergência política diretamente, mas a uma questão de cunho pessoal. O embate político travado entre ele e Pessoa, através da imprensa, inclusive com ataques ao pai de Dantas, Dr. Franklin Dantas, e outros familiares, acendeu o ódio mútuo. Nesse contexto, a Polícia da Paraíba, sob o Governo de João Pessoa, invadiu escritório de Dantas, à Rua Duque de Caxias, e, além de outras coisas, apoderou-se de cartas íntimas entre ele e a professora Anayde Beiriz.
O jornal estatal, A União, fazia suspense diariamente, ao comentar sobre documentos imorais que haviam sido encontrados no escritório de João Dantas. Acrescentava que os interessados poderiam ter acesso ao material, na sede da Polícia. À época, em decorrência de uma reforma no Palácio do Governo, o mandatário do Estado, João Pessoa, despachava em prédio defronte à sede de A União. Segundo o livro Órfãos da Revolução, de Domingos Meirelles, os mais íntimos de João Pessoa sabiam que nada era publicado no jornal oficial, sem sua aquiescência. A correspondência veio a público, dias depois da invasão.
A intriga fez que amigos de João Dantas o convencessem a se mudar para Olinda. Por ocasião de uma visita de João Pessoa a Recife, amplamente noticiada, com o objetivo de receber uma homenagem, João Dantas armou-se com seu cunhado, Moreira Caldas, e foi à Confeitaria Glória, onde disparou contra o desafeto. Caldas e Dantas atiraram simultaneamente, de modo que não seria possível assegurar de onde saíra a bala fatal.
Após serem presos na Casa de Detenção de Recife, foram encontrados degolados, a 3 de outubro de 1930, no início da Revolução de 1930. A versão oficial indicou suicídio. Também Anayde Beiriz faleceria dias depois, em Recife, por envenenamento, aos 25 anos, provavelmente por iniciativa própria. Outras mortes se seguiram ao episódio, como a do então Deputado Federal, ex-governador do estado, João Suassuna, pai do escritor Ariano Suassuna, o qual foi assassinado, no Rio de Janeiro, por Miguel Laves de Sousa.
A história já inspirou filmes, livros e peças teatrais. Até hoje, desperta muita polêmica quanto aos detalhes e interesses subjacentes às ações de ambas as partes.
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