Floriano
Vieira Peixoto
(1839 - 1895)
Presidente militar da república
brasileira (1891-1894) nascido no engenho do Riacho Grande, em Ipioca, AL, cuja
determinação com que enfrentou as sucessivas rebeliões pós proclamação da
república lhe deram o cognome de o marechal de ferro. De origem humilde
foi criado por um tio e padrinho, o coronel José Vieira de Araújo
Peixoto. De formação primária em Maceió, transferiu-se para o Rio de
Janeiro (1955), onde se matriculou no Colégio São Pedro de Alcântara, assentou
praça (1857) e ingressou na Escola Militar (1861). Com a patente de
primeiro-tenente (1863), foi servir em Bajé, RS. Participou ativamente da Guerra
do Paraguai, como das batalhas da retomada de Uruguaiana e da batalha final
em Cerro Corá, onde foi morto Solano López. Terminada a guerra, foi
promovido a tenente-coronel e, após concluir o curso de ciências físicas e
matemáticas, serviu depois no Amazonas, Alagoas e Pernambuco. Promovido a
brigadeiro (1883), foi presidente da província de Mato Grosso (1884-1885).
Embora não tenha participado das conspirações republicanas, foi solidário ao
marechal Deodoro da Fonseca, recusando-se a cumprir ordens do visconde
de Ouro Preto (1889) para dispersar os rebeldes do Campo
de Santana e foi nomeado ministro da Guerra (1890) do novo governo. No ano
seguinte elegeu-se vice-presidente pelo Congresso Constituinte em 25 de
fevereiro e com a renúncia de Deodoro, em 23 de novembro, assumiu a presidência
(1891). Destituiu os governadores estaduais que haviam apoiado Deodoro e negou
aos oposicionistas novas eleições constitucionais. Ameaçado por um manifesto
pela renúncia do governo assinado por grupo de generais e almirantes (1892),
demitiu e reformou todos os signatários. Em seguida suspendeu as garantias
constitucionais e ordenou prisões e desterros em massa e, assim conseguiu do
Congresso (1892) a legitimação do seu mandato presidencial até 15 de novembro
(1894). Decretou uma anistia geral e no ano seguinte (1893) sufocou com
violência a revolução federalista do sul e a revolta da armada,
no Rio de Janeiro, que juntos pretendiam restaurar a monarquia, especialmente
no Paraná e em Santa Catarina, com centenas de fuzilamentos. Após cumprir
integralmente seu mandato presidencial e com a saúde abalada, seguiu para uma
estação de repouso em Cambuquira, MG, e depois transferiu-se para Divisa, hoje
Floriano, no município de Barra Mansa, RJ, onde morreu em 29 de junho do ano
seguinte.
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