Fernando
de Mello Viana
vice
(1878 - 1954)
Advogado e político brasileiro
nascido em Sabará, Estado de Minas Gerais, que foi presidente de Minas Gerais
(1924-1926) e vice-presidente da república no governo do 14º Presidente do
Brasil, Washington Luís (15/11/1926-24/10/1930). Filho do Comendador
Manuel Fontes Pereira de Mello Viana e de Blandina Augusta de
Araújo Viana, formou-se em ciências jurídicas pela Faculdade de Direito de
Ouro Preto (1900). Exerceu os cargos de Promotor Público em Mar de Espanha, em
Minas Gerais, foi Juiz de Direito em Serro, Stª Luzia de Carangola e Uberaba
(1912-1919), Procurador-Geral do Estado de Minas Gerais (1919-1922) e foi
nomeado Secretário do Interior de Minas Gerais (1922), no Governo de Raul
Soares. Como Secretário do Interior investiu significativamente na
educação, fazendo notáveis inovações no sistema educativo, com repercussão no
Brasil inteiro, como a criação de caixas escolares e na assistência médico-
dentária escolar. Assumiu o governo do estado de Minas Gerais (1924) onde
investiu fortemente no desenvolvimento rodoviário e promoveu o desenvolvimento
econômico mineiro, não tampouco negligenciando os setores de educação, saúde,
transporte e siderurgia, setor em que combateu os interesses e abusos de grupos
internacionais, organizando empresas com a cooperação do capital nacional.
Deixou o cargo dois anos depois, quando foi eleito vice-presidente da República
(1926), com Washington Luís na chefia do governo, e como vice exercendo
constitucionalmente a presidência do Senado. Aliou-se (1929) à Concentração
Conservadora, movimento incumbido de promover a campanha de Júlio
Prestes em Minas Gerais, candidato governista às eleições presidenciais a
serem realizadas no ano seguinte. Com a vitória da Revolução de 30 exilou-se
por oito anos na Europa, voltando anistiado e por causa da Guerra. Afastado da
política partidária, exerceu a advocacia em Minas e no Distrito Federal e foi
eleito Presidente da Ordem dos Advogados por duas vezes. Com a queda de Vargas,
voltou à política e foi eleito Senador Constituinte na legenda pelo
Partido Social Democrático (1945) e logo depois tornou-se presidente da
Assembléia, obtendo a maioria dos votos junto aos constituintes. Durante a
Assembléia Nacional Constituinte (1946) foi colocada em votação a emenda 3165
de autoria de Miguel Couto Filho pedindo a proibição da entrada no país
de imigrantes orientais de qualquer idade e de qualquer procedência, sob a
alegação de serem aqueles de uma raça inferior Tal emenda obteve votação
empatada de 99 votos contra e 99 votos a favor, cabendo a ele, como presidente
da assembléia, dar o voto de minerva e sabiamente a rejeitou. Após a
promulgação da nova carta (1946) assumiu a vice-presidência do Senado. Depois
de exercer seu último mandato como senador (1946-1950), morreu no Rio de
Janeiro, a pouco mais de um mês para completar 76 anos.
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