Sumé (Paraíba)
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Município de Sumé | |||||
"Princesinha do Cariri" | |||||
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Hino | |||||
Aniversário | 1 de Abril | ||||
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Fundação | 1903 | ||||
Emancipação | 1 de abril de 1951 | ||||
Gentílico | sumeense | ||||
Prefeito(a) | Eden Duarte Pinto de Sousa[1] (PSB) (2017–2020) | ||||
Localização | |||||
Localização de Sumé na Paraíba
Localização de Sumé no Brasil | |||||
Unidade federativa | Paraíba | ||||
Mesorregião | Borborema IBGE/2008 [2] | ||||
Microrregião | Cariri Ocidental IBGE/2008 [2] | ||||
Municípios limítrofes | São José dos Cordeiros (Norte); Camalaú e Monteiro (Sul); Congo e Serra Branca (Leste), e Amparo, Ouro Velho e Prata (Oeste) | ||||
Distância até a capital | 264 km km | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 838,058 km² [3] | ||||
População | 18 000 hab. IBGE/2014[4] | ||||
Densidade | 21,48 hab./km² | ||||
Clima | semiárido | ||||
Fuso horário | UTC−3 | ||||
Indicadores | |||||
IDH-M | 0,658 médio PNUD/2000 [5] | ||||
PIB | R$ 66 237,574 mil IBGE/2008[6] | ||||
PIB per capita | R$ 3 917,53 IBGE/2008[6] | ||||
Página oficial |
Sumé é um município do estado brasileiro da Paraíba, localizado na microrregião do Cariri Ocidental.
Índice
[esconder]História[editar | editar código-fonte]
Antes de se colonizada, a região onde se assenta o município era povoada pelos índios Sucurus, do povo Cariri.[7] Em sua língua, do troco macro-jê, Sumé se refere a um "personagem misterioso que pratica o bem e ensina a cultivar a terra", no qual o espírito religioso dos catequizadores que vieram para a região quis identificar São Tomé.[7]
Nos fins do século 18, iniciou-se a fixação de colonos procedentes de outras regiões da própria Paraíba e de Pernambuco na zona do Cariri paraibano, os quais foram ali se estabelecendo em novas fazendas de criação de gado.[7] Em 1762, as terras que hoje fazem parte do município de Sumé, pertenciam à fazenda de criação de gado do sargento-mor Manuel Tavares de Lira, genro do capitão-mor Domingos de Faria Castro, fundador de Cabaceiras.[7] São João do Cariri, a mais antiga localidade da zona, foi elevada a sede de freguesia em 1750, e em 1762, as terras onde hoje se assenta a sede do município de Sumé integravam a fazenda de criação de gado de Manuel Tavares Baía.[7] Monteiro, sede do município do qual seria desmembrado o de Sumé, foi fundada em 1800, e a povoação de São Tomé foi criada em 1903 por Manuel Augusto de Araújo na confluência do rio Sucuru com o riacho São Tomé.[7]
Ainda na divisão administrativa do Brasil, referente ao ano de 1911, o distrito de São Tomé é parte integrante o município de Alagoa do Monteiro, tendo seu nome mudado para Sumé em 1943.[7] O município, contudo, só iria se emancipar politicamente como cidade em 1 de abril de 1951 pela Lei estadual n° 513, de 8 de novembro 1951, durante o governo de José Américo de Almeida.[7] Em sua homenagem, foi dado à principal praça central seu nome. A mesma Lei acima criou, igualmente, a Comarca de Sumé.[7]
As raízes históricas da ascensão de Sumé a município vêm de muito longe, do tempo da revolução de Augusto Santa Cruz, em 1911, que se revoltou contra o tratamento negligente que a administração do município de Monteiro dispensava a seu principal distrito, São Tomé.[7]
Geografia[editar | editar código-fonte]
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2008 sua população era estimada em 17.908 habitantes. Área territorial de 864 km².
O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005[8]. Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca.
Educação[editar | editar código-fonte]
O município apresenta a Escola Agrotécnica de Sumé, mantida com fundos exclusivos da Prefeitura Municipal de Sumé. Está situada no bairro Frei Damião, inaugurada em 1998, atendendo ao ensino Fundamental Agrotécnico do 6° ao 9° ano e em 2007 contou com cerca de 300 alunos, nos períodos da manhã e tarde. O seu quadro de docência conta com 22 professores qualificados e tem o apoio de 27 funcionários das mais diversas áreas. A Escola possui unidades de caprinocultura, suinocultura, cunicultura, avicultura, piscicultura, horticultura, fruticultura, grandes culturas, viveiro de mudas, estufa e plantas fitoterápicas, além de criação de animais nativos da fauna nordestina, cuja finalidade é o repovoamento destas espécies nas propriedades rurais.
Destaca-se também o CDSA (Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido - Campus Sumé), pertencente a rede de campi da UFCG.
Cursos[editar | editar código-fonte]
- Unidade Acadêmica de Educação do Campo (UAEDUC)
- Licenciatura em Ciências Sociais (Noturno) – 50 vagas
- Licenciatura em Educação do Campo (Integral) – 50 vagas
- Superior de Tecnologia em Gestão Pública (Noturno) – 50 vagas
- Unidade Acadêmica da Tecnologia do Desenvolvimento (UATEC)
- Engenharia de Biossistemas (Diurno) – 50 vagas
- Superior em Tecnologia em Agroecologia (Diurno) – 50 vagas
- Unidade Acadêmica de Engenharia de Produção (UAEP)
- Engenharia de Produção (Diurno) – 50 vagas
- Unidade Acadêmica de Engenharia de Biotecnologia e Bioprocessos (UAEB)
- Engenharia de Biotecnologia e Bioprocessos (Diurno) – 50 vagas
Religião[editar | editar código-fonte]
No aspecto religioso, Sumé é destaque na região do Cariri Paraibano, pela grande devoção dos católicos a Nossa Senhora da Conceição, que é a padroeira da cidade, tendo suas raízes plantadas na antiga e extinta capela datada de 1819, onde os fundadores do município anos mais tarde doaria parte das terras para compor o patrimônio de nossa senhora da Conceição.Sumé tem como pároco o Pe. Claudeci Silva Soares, seu antecessor Haroldo de Andrade Silva, que por sua vez foi o sucessor do Pe. Paulo Roberto de Oliveira,que esteve a frente da paróquia durante 49 anos, entre os anos 1960 e 2009. Entre os movimentos, pastorais e grupos religiosos, destaca-se o grupo Resgate, que conta com um grande número de jovens missionários que trabalham na evangelização do município de Sumé/PB e de toda a região que compreende a Diocese de Campina Grande/PB, além das missões que realizam em estados vizinhos, como Pernambuco, o Apostolado da Oração, que hoje é o movimento mais antigo da paróquia, fundado em 1924 e tem destacada relevância na região por sua atuação pastoral.
Embora a religião predominante do município de Sumé seja Católica, há uma diversidade de influências protestantes que atuam na evangelização em presídios, cultos ao ar livre e programas em emissoras de rádio. A Assembléia de Deus, por exemplo, possui o maior número de fiéis nesta corrente religiosa, a Igreja Congregacional é a pioneira na cidade, desde 1959 anunciando a palavra de Deus em Sumé. Além das Testemunhas de Jeová que apesar de ser um grupo pequeno, porém notável por seu trabalho voluntário de pregação de casa em casa e que tem sido a marca registrada desse povo no mundo inteiro, falando a respeito do reino de Deus ao qual, seu Filho Jesus Cristo Governa e oferecendo estudos bíblicos domiciliares para quem queira aprender, tudo grátis na hora e local de preferência.
A Igreja Universal do Reino de Deus possui um pequeno templo na principal avenida da cidade marcando forte presença entre os cidadãos e prestando auxílio em diversas obras sociais. Outras influências religiosas estão presentes em Sumé: Igreja Batista, Igreja Presbiteriana do Brasil, Cristã do Brasil, Deus é Amor, Espiritismo, Candomblé, Seicho-no-ie, etc.
A Igreja Assembleia De Deus Novo Viver Pastoreada Pelo Pastor Roberto Marques Essa Igreja Fica Localizada No Bairro Da Várzea Redonda Na Rua Francisco Braz.
Administração[editar | editar código-fonte]
Nas eleições de 2004, Sumé elegeu sua primeira prefeita, Niedja Rodrigues de Siqueira, tendo ela posteriormente o seu mandato cassado por unanimidade pelo TRE da Paraíba, que determinou a posse imediata do segundo colocado nas eleições daquele ano, que foi Genival Paulino de Sousa, em outubro de 2006. Dois anos depois foi eleito para o seu 4º mandato naquela prefeitura, o médico Francisco Duarte da Silva Neto, governando o município até os dias de hoje.
Hino[editar | editar código-fonte]
- I estrofe
- Deste «Berço de Heroísmo»
- Com denodo e esperança
- Cheio de patriotismo
- Sumé, coragem e pujança
- Surgistes com altruísmo
- De braços com a bonança
- Cobrindo tua gente de lirismo
- II estrofe
- Dos teus caminhos
- Onde andavam os Sucurus
- Bravo povo altaneiro
- Levantou a sua voz
- Erguendo sua bandeira
- Quebrando velhos tabus
- Abraçou a sua sorte
- Começando andar a sós
- Estribilho
- Sumé, é grande tua glória
- Foi dito quando estavas a surgir
- Venceste e cantamos tua vitória
- Agora confiamos no teu porvir
- III estrofe
- Somos nós, os herdeiros desses heróis
- Quem haveremos de elevar teu nobre nome
- Envolvendo com ternura tuas serras
- Onde o sol nasce e adormece nos lençóis
- Das brancas águas que irrigam tuas terras
- E espelham teus bonitos arrebóis
Referências
- ↑ Portal Eleições 2016. «Resultado das Eleições: Sumé-PB». Consultado em 4 de janeiro de 2017
- ↑ ab «Divisão Territorial do Brasil». Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2008. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ IBGE (10 outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010
- ↑ «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ ab «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010
- ↑ ab c d e f g h i j Jurandyr Pires Ferreira e equipe (1960). «Enciclopédia dos Municípios Brasileiros» (PDF). IBGE. Consultado em 2 de julho de 2017
- ↑ Ministério da Integração Nacional, 2005. Nova delimitação do semiárido brasileiro.
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