Pilões (Paraíba)
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Município de Pilões | |||||
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Hino | |||||
Fundação | 20 de agosto de 1953 (63 anos) | ||||
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Gentílico | pilonense | ||||
Prefeito(a) | Iremar Flor de Souza (PSB-40) (2017–2020) | ||||
Localização | |||||
Localização de Pilões na Paraíba
Localização de Pilões no Brasil | |||||
Unidade federativa | Paraíba | ||||
Mesorregião | Agreste Paraibano IBGE/2008 [1] | ||||
Microrregião | Brejo Paraibano IBGE/2008 [1] | ||||
Região metropolitana | Guarabira | ||||
Municípios limítrofes | Serraria, Arara, Areia, Cuitegi, Alagoinha e Pilõezinhos | ||||
Distância até a capital | 117 km | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 64,447 km² [2] | ||||
População | 6 978 hab. IBGE/2010[3] | ||||
Densidade | 108,28 hab./km² | ||||
Altitude | 400m (média) m | ||||
Clima | tropical chuvoso | ||||
Fuso horário | UTC−3 | ||||
Indicadores | |||||
IDH-M | 0,56 baixo PNUD/2000 [4] | ||||
PIB | R$ 29 888,882 mil IBGE/2008[5] | ||||
PIB per capita | R$ 4 184,95 IBGE/2008[5] | ||||
Página oficial |
Pilões é um município brasileiro no estado da Paraíba localizado na Mesorregião do Agreste Paraibano, microrregião do Brejo Paraibano, unidade geoambiental do Planalto da Borborema. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2006sua população era estimada em 7.731 habitantes, e agora de acordo com censo de 2010 sua população está estimada em 6.978 habitantes. Possui área de 64,4 km². O relevo geralmente movimentado, com vales profundos e estreitos dissecados, apresenta um conjunto de montanhas (altitude média de 400m acima do nível do mar). O município apresenta vários rios perenes, belas cachoeiras e pequenos córregos que compõem a bacia hidrográfica do Rio Mamanguape. Com vestígios remanescentes da Mata Atlântica, apresenta vegetação formada por Florestas Subcaducifólica e Caducifólica, próprias das áreas agrestes. Baseou sua economia, durante muito tempo, no plantio da cana-de-açúcar para a produção da rapadura e da cachaça. A produção da banana, do urucum, da castanha de caju, da mandioca, e a criação de rebanhos bovinos e caprinos são as atuais fontes da economia local. A produção de flores é o mais novo elemento da economia pilonense.
Índice
[esconder]História[editar | editar código-fonte]
Pilões recebeu status de município pela lei estadual nº 916 de 20 de agosto de 1953.[6]
Geografia[editar | editar código-fonte]
Pilões está situada na mesorregião do Agreste Paraibano, microrregião do Brejo Paraibano, incluída na unidade geoambiental do Planalto da Borborema, tendo como municípios limítrofes: Serraria (norte e oeste), Areia (sul), Alagoinha (sul), Pilõezinhos(leste) e Cuitegi (leste). Distante 118 quilômetros da capital do Estado. A área do município é de 64,4 quilômetros quadrados. O sítio urbano onde está assentada a cidade ocupa um vale entre as montanhas formadoras das primeiras elevações da cordilheira oriental da Borborema, numa altitude de 360 metros em relação ao nível do mar.
Economia[editar | editar código-fonte]
Vários ciclos distintos já se sobrepuseram, através da história, em Pilões, tendo a agricultura como a principal atividade econômica. O primeiro deles foi o da cana-de-açúcar no final do século XIX e quase totalidade do século XX. O ciclo do café - menos significativo - teve lugar na economia de Pilões nas primeiras décadas do século passado, época em que a região do Brejo foi importante produtor dessa cultura. Em meados do século XX o município passou a produzir sisal aproveitando o bom momento da cultura que alcançava bom preço na Europa e Estados Unidos. A produção dos canaviais, que chegou a ocupar quase totalidade do território municipal no final da década de 70 do século passado,fez desaparecer a atividade cafeeira e do sisal abrindo fronteiras agrícolas para o predomínio absoluto dos engenhos que fabricavam rapaduras, açúcar mascavo, cachaças e aguardentes. Até os anos de 1960, Pilões contava com 26 desses engenhos, época em que foram sendo gradativamente absorvidos pelo advento das grandes usinas, passando, seus proprietários, a meros fornecedores de matéria-prima para essa nova indústria sucro-alcoleira. A Usina Santa Maria, de Areia, atingiu seu ápice no final de 1979 com a segunda crise do petróleo que impulsionou o preço do álcool combustível. A partir da década de 1980, a Santa Maria mergulhou em uma crise que culminou com o seu fechamento em 1994 levando Pilões e sua população à pior fase de sua história. Os produtores rurais do município encontraram na cultura da bananeira e na criação de gado a saída possível para o problema. A cultura da banana transformou-se, portanto, nos últimos anos, na principal atividade econômica de Pilões, que também produz mandioca, urucum, castanha de caju e produtos cerâmicos em pequenas unidades industriais.
Outra atividade que se apresenta promissora é o plantio de flores. Pilões já cultiva diversas variedades, com destaque para Crisântemos, Margaridas, Gladíolas e Rosas. Cultura que traz fama e dinheiro para o município.
Turismo[editar | editar código-fonte]
Pilões está incluída no Roteiro Cultural Caminhos do Frio. Sua paisagem serrana e seu clima agradável durante boa parte do ano são um convite aos turistas que gostam de um bom ambiente natural. Cortado por vários rios e belas cachoeiras (cachoeiras do Poço Escuro, do Ouricuri, da Manga), tem seu território pontilhado de montanhas eternamente verdes e vales estreitos e profundos onde várias trilhas ecológicas são exploradas por aventureiros de todo o Brasil. No passado, a região foi coberta por florestas típicas da Mata Atlântica, habitat do canário-da-terra, galo-da-Campina, sabiás, azulões, sanhaço, pintassilgo, sagui e de tantas outras espécies da fauna nordestina. O casario rural é outro atrativo. O município abrigou muitos engenhos de rapadura, onde a aristocracia rural do final do século XIX construiu belas casas que ainda podem ser vistas. O Engenho Boa-Fé é um grande testemunho daquela bela época. A Pedra do Espinho, com seus mais de 150 metros de precipício, é muito procurada por amantes do rapel.
Infraestrutura[editar | editar código-fonte]
Educação[editar | editar código-fonte]
Pilões dispõe de dezesseis escolas públicas. Desse total quatorze pertencem à rede municipal e duas da rede estadual. Uma biblioteca Municipal, com um acervo razoável e equipada com computador ligado à rede mundial, fica à disposição da população durante todo o dia e parte da noite.
Um eficiente sistema de transporte escolar com cobertura integral faz o transporte do alunado da zona rural até o centro urbano do município, e deste até a cidade vizinha de Guarabira, onde alunos de Pilões fazem cursos específicos, não disponibilizados pela rede de ensino local.
Saúde[editar | editar código-fonte]
Os serviços da assistência à saúde estão distribuídos por três unidades de PSFs - Programa de Saúde da Família -, dois na zona urbana e um na zona rural. Três postos de saúde espalhados pela zona rural e um centro de saúde na zona urbana complementam o sistema. Seis médicos, dois odontólogos, quatro enfermeiras e oito auxiliares integram as unidades de saúde do município. Os casos de maior gravidade são transferidos para Guarabira, Campina Grande e João Pessoa.
Vinte e um agentes comunitários de saúde e três de epidemiologia completam o quadro funcional do setor. As campanhas de vacinação são feitas periodicamente atingindo coberturas acima da média exigida.
Cultura[editar | editar código-fonte]
A principal festa do município de Pilões é realizada no dia 20 de agosto de cada ano, data de sua emancipação. A população marcadamente Católica faz todos os anos uma apresentação ao ar livre da Paixão de Cristo. O evento atrai a presença de mais de dez mil pessoas ao largo da Matriz, onde o Teatro Padre Mateus, com seus mais de cem atores e figurantes, faz uma apresentação com duração de duas horas.
No esporte, destaque para o futebol, com a Seleção de Pilões. Diversos clubes rurais e urbanos realizam um campeonato local muito disputado.
Conhecidas pelo nome de Corrida das Argolinhas, as Cavalhadas são uma rica manifestação da cultura popular local. O São João e o São Pedro são uma tradição da região, com fogueiras, comidas de milho e queimagem de flores na zona rural.
O artesanato sobressai no cenário paraibano, mesmo sem possuir uma associação, os artesões produzem excelentes peças. A matéria prima como a madeira bruta, torna-se lindas esculturas; a pintura em tela emociona com seus traços religiosos e com um simples fio nas mãos de pessoas como: Ia de Orlando Floro e Lena de Genival peças de crochê e rendas são confeccionadas.
Na culinária regional, pode ser encontrada doces, salgados de uma enorme variedades, comidas como buchada, picado, lasanha, arrumadinho todos com um toque regional a base de banana e derivados da cana-de-açúcar.
Referências
- ↑ ab «Divisão Territorial do Brasil». Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2008. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ ab «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Pilões - Histórico (IBGE)» (PDF). biblioteca.ibge.gov.br. 2007. Consultado em 22 de novembro de 2012
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