João Pessoa - História
Capital do Estado da Paraíba é a terceira cidade mais
antiga do Brasil. Fundada no dia 5 de agosto 1585 às margens do Rio Sanhauá. No
início do século XVI os franceses ocupam a região nordestina e conquistam a
confiança dos índios potiguares. Essa aproximação dificulta a colonização
portuguesa, que precisou enviar cinco expedições para retomar o controle; mas
todas fracassadas exceto a quinta (1584).
O ouvidor Geral Martim Leitão trouxe pedreiros,
carpinteiros, engenheiros e outros para edificar a Cidade de Nossa Senhora das
Neves (que foi a terceira a ser fundada no Brasil e a ultima do século XVI).
João Tavares (Primeiro Capitão-Mor da Capitania da
Paraíba-governou de 1584 a 1588) ele foi encarregado pelo Ouvidor-Geral, Martim
Leitão de construir uma nova cidade, vieram 25 cavaleiros, além de pedreiros,
carpinteiros e outros trabalhadores do gênero; chegaram Jesuítas e outras
pessoas para residir na cidade.
Em 1588 Frutuoso Barbosa foi nomeado o novo Capitão-Mor,
com o objetivo de evitar a entrada dos franceses ele ordenou a construção de
uma fortaleza em Cabedelo. Em homenagem a Felipe II, da Espanha, ele mudou o
nome da cidade para Filipéia de Nossa Senhora das Neves.
Em 1634, a região foi invadida pelos holandeses, e a
cidade recebeu novo nome: Friederistadt. Assim permaneceu durante 20 anos. Em
1654, os invasores foram expulsos por André Vidal de Negreiros e Fernandes
Vieira tomou posse do cargo de governador da cidade, que passou a chamar-se
Parahyba. Em 1684 tornou-se a capital da província, perdendo essa posição
quando a Parahyba foi incorporada a Pernambuco, em 1753. Os paraibanos
participaram ativamente da Revolução Pernambucana de 1817 e da Confederação do
Equador, em 1824.
A modernização de João Pessoa deu-se no governo de Camilo
de Holanda (1916/1920), neste período a capital começou a perder seu aspecto
colonial, a construção de importantes e modernos imóveis, construção de praças
com jardins floridos, a abertura de novas ruas e o crescimento da cidade em
direção ao mar (1951/1956).
Em 1930 o governador João Pessoa Cavalcanti de
Albuquerque (1878-1930) é indicado como candidato a vice-presidente da
República na chapa de Getúlio Vargas, pela Aliança Liberal; que foi formada
pela união de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba colocado-se contra a
posição adotada por Washington Luís (que apoiou a candidatura do paulista Júlio
Prestes). A Aliança liberal defendia o voto secreto que acabaria assim com o
poder do coronelismo e com as fraudes, ela satisfazia a interesses de setores
opostos aos da oligarquia cafeeira, incentivando todos os setores incluindo à
produção industrial e não só o café. João Pessoa foi assassinado quando
visitava Recife (PE) em 26 de julho de 1930, por João Duarte Dantas seu
adversário político. Seu assassinato contribuiu para acirrar os ânimos e foi o
estopim que desencadeou a Revolução de 30. Durante o governo de Vargas em meio
à comoção que atingiu os paraibanos com o assassinato de seu governador, a
cidade ganhou seu nome definitivo, João Pessoa, através de Lei Estadual. E na
bandeira da Paraíba foi acrescentada a palavra "Nego", resposta que
João Pessoa enviou a Washington Luís quando este consultou-lhe sobre o seu
apoio à candidatura de Júlio Prestes
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