21 de dezembro de 2014

Antonio Ghislanzoni

Antonio Ghislanzoni

1842- 1893                         




Poeta, escritor, militante político e libretista italiano, iniciou sua carreira como barítono, cantando em pequenos teatros italianos e franceses entre 1846 e 1855. Uma de suas interpretações foi a de Carlo, na ópera Ernani de Verdi. Em 1850 começou a escrever libretos. Desenvolvendo também carreira jornalística, destacou-se como editor e escritor em várias revistas: Gazetta Musicale de Milano, Itália Musicale e Rivista Minima.

Figura representativa do meio literário e musical italiano,Ghislanzoni ganhou fama como autor dos versos da ópera Aída, de Verdi. Escreveu cerca de 85 libretos para Ponchielli, Carlos Gomes e Catalani.

Em 1872, Carlos Gomes, com o intuito de compor outra ópera que fizesse tanto sucesso como O Guarani, procurou Ghislanzoni, a fim de que este lhe escrevesse um libreto. A partir de então, tornaram-se grandes amigos. Ghislanzoni forneceu-lhe vários libretos, entre eles Salvador Rosa e Fosca; porém, Gomes deixou várias composições inacabadas. Na descrição do libretista, a inconstância do compositor era perdoável:

"A atividade de Gomes, constituída de entusiasmos e decepções, de ímpetos e languidez...é a atividade promissora de quem quer produzir uma obra-prima."

Nos últimos anos de sua vida, refugiou-se em Caprino, vivendo em estado de pobreza, contando apenas com a ajuda de seu amigo Verdi.






Não tenham medo! Aproximem-se! Apertem-lhe a mão com confiança e afeto! A mão que ele estende com digna altivez é a mão de um cavalheiro e o coração que acompanha o aperto rígido é um coração exuberante"
Comentário de Antonio Ghislanzoni sobre Carlos Gomes.

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