Em 31 de janeiro de 1961,
Juscelino entregou o poder ao novo presidente eleito. Desde a campanha
eleitoral, Jânio demonstrava um estilo político diferente, de caráter
populista e conservador. Utilizou a vassoura como símbolo de seu programa
de ação; depois de eleito, adotou uma série de medidas que despertaram
violenta oposição contra seu governo. Do ponto de vista da política
interna, Jânio tomou algumas providências enérgicas de combate à inflação e
à ineficiência da burocracia.
A oposição do Congresso Nacional e da imprensa ao governo federal
intensificava-se à medida que Jânio promovia a aproximação com os governos
de Cuba e da União Soviética. A pressão contra o governo de Jânio Quadros
atingiu o apogeu quando o presidente entregou a condecoração da Ordem do
Cruzeiro do Sul ao líder guerrilheiro Ernesto "Che" Guevara, que
lutara ao lado de Fidel Castro na Revolução Cubana e que era ministro
daquele país.
Em 25 de agosto de 1961, por motivos até hoje insuficientemente
esclarecidos, Jânio renunciou ao poder. Deveria assumir a Presidência da
República o vice-presidente João Goulart. Como este se encontrava na
República Popular da China em missão oficial, assumiu interinamente o cargo
o presidente da Câmara dos Deputados, Pascoal Ranieri Mazzilli. Ao que tudo
indica, a renúncia fazia parte de um plano maior do presidente, que
esperava retornar ao posto com apoio do Exército e do povo para ampliar
seus poderes. Nada disso aconteceu, pois não houve mobilização popular ou
militar pela permanência de Jânio, e o Congresso aceitou imediatamente a
renúncia.
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