13 de novembro de 2014

Jânio Quadros

Jânio Quadros

Em 31 de janeiro de 1961, Juscelino entregou o poder ao novo presidente eleito. Desde a campanha eleitoral, Jânio demonstrava um estilo político diferente, de caráter populista e conservador. Utilizou a vassoura como símbolo de seu programa de ação; depois de eleito, adotou uma série de medidas que despertaram violenta oposição contra seu governo. Do ponto de vista da política interna, Jânio tomou algumas providências enérgicas de combate à inflação e à ineficiência da burocracia.

A oposição do Congresso Nacional e da imprensa ao governo federal intensificava-se à medida que Jânio promovia a aproximação com os governos de Cuba e da União Soviética. A pressão contra o governo de Jânio Quadros atingiu o apogeu quando o presidente entregou a condecoração da Ordem do Cruzeiro do Sul ao líder guerrilheiro Ernesto "Che" Guevara, que lutara ao lado de Fidel Castro na Revolução Cubana e que era ministro daquele país.

Em 25 de agosto de 1961, por motivos até hoje insuficientemente esclarecidos, Jânio renunciou ao poder. Deveria assumir a Presidência da República o vice-presidente João Goulart. Como este se encontrava na República Popular da China em missão oficial, assumiu interinamente o cargo o presidente da Câmara dos Deputados, Pascoal Ranieri Mazzilli. Ao que tudo indica, a renúncia fazia parte de um plano maior do presidente, que esperava retornar ao posto com apoio do Exército e do povo para ampliar seus poderes. Nada disso aconteceu, pois não houve mobilização popular ou militar pela permanência de Jânio, e o Congresso aceitou imediatamente a renúncia.

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