13 de novembro de 2014

Alberto Santos do Dumont

Alberto Santos do Dumont
Pai da Aviação
Estas notas são dedicadas aos meus patrícios que desejarem ver o nosso céu povoado pelos Pássaros do Progresso
Uma manhã, em São Paulo, com grande surpresa minha, convidou-me meu pai a ir à cidade e, dirigindo-se a um cartório de tabelião, mandou lavrar escritura de minha emancipação. Tinha eu dezoito anos. De volta à casa, chamou-me ao escritório e disse-me: "Já lhe dei hoje a liberdade; aqui está mais este capital", e entregou-me títulos no valor de muitas centenas de contos. "Tenho ainda alguns anos de vida; quero ver como você se conduz: vai para Paris, o lugar mais perigoso para um rapaz. Vamos ver se você se faz um homem; prefiro que não se faça doutor; em Paris, com o auxílio de nossos primos, você procurará um especialista em física, química, mecânica, eletricidade, etc., estude essas matérias e não se esqueça que o futuro do mundo está na mecânica. Você não precisa pensar em ganhar a vida; eu lhe deixarei o necessário para viver..."
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14-BIS
"Haverá hoje, talvez, quem ridicularize minhas previsões sobre o futuro dos aeroplanos. Quem viver, porém, verá..."
Paris, França - 1905
Em 1906, Utilizando a barquinha do seu dirigível n°14 para equipar o seu "avião", SANTOS DUMONT, fez construir um velame celular biplano (Kit-Box) se aproveitando das tecnicas desenvolvidas pelo australiano Lawrence Hargrave,. À frente, uma célula cúbica realizada sobre o mesmo princípio é orientável para servir de leme e profundor, Duas rodas e um suporte, formam o tren de aterrissagem afixado a uma viga na fuselagem, que eh de um comprimento aproximado de dez metros. A hélice, situada na parte traseira, inicialmente impulsionada por um motor Antoinette de 24cv, o que sendo insuficiente para permitir a decolagem fora substituido posteriormente por um de 50cv. Após ensaios feitos com o 14-bis pendurado de cordas e de o dirigível, n°14, SANTOS DUMONT teve êxito ao fazer um primeiro salto de uma dezena de metros o dia 13 de Setembro de 1906.
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1906
- Santos Dumont nº 12, helicóptero, 2 hélices. - Santos Dumont nº 14.
- Constrói um tipo de aeroplano aquático, com asas do tipo do papagaio celular de Hargrave. Experimenta o aparelho como planador, conseguindo, para isso, prende-lo a uma corda e esta a um barco-automóvel, que o impulsiona.
- Constrói novo aparelho um biplano e para testar seu equilíbrio e direção, prende-o sob o dirigível
nº 14, desprendendo, depois, deste. Mas o biplano fica conhecido por 14-Bis.
SET, 7. - Campo de Bagatelle. Consegue elevar-se no biplano por um segundo.
SET, 13. - Campo de Bagatelle. Faz no biplano (14-Bis) um pequeno vôo de 8 metros.
SET, 30. - Participa da Taça Gordon Bennet para balões livres, mas ferindo o braço numa transmissão teve que aterrissar perto de Bernay.
OUT, 23. - Campo de Bagatelle. Consegue elevar-se do solo a uma altura de cerca de um metro e a uma distância de 60 metros, ganhando a Taça Archdeacon, ofertada ao piloto que em sua máquina, e por seus próprios recursos, conseguisse voar através de um percurso de 25 metros.
Testemunhado e certificado pelo capitão FERBER, Ernest Archdeacon, e oficiais do Aéroclube da França.
NOV, 12. - Campo de Bagatelle. Novamente pilotando o seu 14-Bis consegue voar 220 metros. Estabeleceu os primeiros recordes de aviação do mundo.
Este foi o primeiro "VÔO HUMANO, OFICIALMENTE HOMOLOGADO", do mais pesado que o ar.
"Criei um aparelho para unir a Humanidade e não para destruí-la."
(Santos Dumont)
Beijnhos da te... no seu coração!


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