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A crise do capitalismo comercial português e os interesses
ingleses não são suficientes para explicar o desmoronamento do sistema
colonial. As contradições internas da colonização foram os fatores
determinantes.
Não se pode negar que a colonização, mesmo tendo caráter francamente
explorador, promoveu o crescimento do Brasil-Colônia, durante os dois
séculos em que predominou. As elites dominantes locais, apesar de
divergências momentâneas, beneficiavam-se com a própria dominação que
sofriam.
As primeiras rebeliões não se manifestaram com a idéia de
conseguir a independência do Brasil. Essas manifestações, chamadas rebeliões
nativistas, a princípio apenas contestavam os aspectos
específicos do pacto colonial, não a dominação integral da Metrópole. Além
disso, tinham um caráter regionalista, não se preocupando com a unidade
nacional.
Ocorreram entre 1641 e 1720 e foram, na prática, esfo
rços de
defesa contra certos aspectos da exploração colonial. Daí à idéia de
autonomia completa em relação as Portugal foi um longo processo.
Somente um século depois, quando a exploração da Colônia se agravou, e a
situação internacional se tornou propícia, é que as rebeliões adquiriram
caráter de libertação nacional. Os objetivos deixaram de ser restritos,
exigindo-se a extinção do pacto colonial e a autonomia política.
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