José de Paula Ramos Jr. A Machado de Assis
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13 de novembro de 2014
José de Paula Ramos Jr. A Machado de Assis
Menino, no caminho da escola
primária,
teu nome eu soletrava na
placa de rua,
sem saber mais que o som
daquelas letras nuas
entre os ramos dourados de
cachos de acácias.
Quem foste, velho bruxo? Ao
desnudar falácias,
expor que a vida é um vício
e um vaso de imposturas,
os livros, que escreveste na
idade madura,
mostraram a alma humana, e
como ela é precária.
Bentinho, Capitu, Cristiano,
Sofia,
Quincas Borba, Brás Cubas,
Simão Bacamarte,
Dona Carmo, Virgília, Paulo,
Pedro, Flora,
e tantas personagens que não
digo agora,
criaste, entre o riso
irônico e a melancolia,
como acácias eternas no jardim das arte
JOINVILLE
JOINVILLE
Tudo começou com um casamento que celebrou
a união entre a família imperial brasileira e a realeza francesa. As terras
onde está a cidade foram dadas em 1843 ao príncipe de Joinville, François
Ferdinand Philipe - filho de Louis Philipe, rei da França - como dote da
princesa Francisca Carolina, irmã do imperador Pedro II. O casal não chegou a
conhecer a terra. Parte dela foi negociada com a Sociedade Colonizadora
Hamburguesa.
Em março de 1851 chegaram os primeiros 118
imigrantes alemães e suíços, seguidos por um grupo de 74 noruegueses.
Do ano da fundação até 1897, quando a
Sociedade Hamburguesa se dissolveu, foram trazidos 28 mil imigrantes germânicos
- operários, intelectuais, agricultores, profissionais liberais - que fugiam da
crise econômica em busca de oportunidades na América. Com tantas diferenças de
origem, uma característica em comum que sustentou a comunidade nos primeiros
tempos foi a obstinação em construir a vida nova. Esse atributo foi requisito
indispensável para sobreviver numa região inóspita de florestas. Vários
desistiram. Muitos morreram de doenças. Mas a Colônia Dona Francisca - um dos
primeiros nomes da cidade - transformou-se numa das cidades mais prósperas do
Brasil.
Com mais de 500 mil habitantes, Joinville
é, hoje, a maior cidade do estado de Santa Catarina, cadinho de culturas as
mais diversas, fruto da imigração suíça, alemã, norueguesa, nos idos de 1851,
italiana, francesa, pouco mais tarde, e de levas de brasileiros oriundos de
todo o País.
Conseguimos vencer todos os obstáculos e
transformar uma pequena cidadezinha do interior na maior e mais pujante
economia catarinense, o terceiro pólo industrial do Sul do País, matriz de
gigantes como Tigre, Döhler, Schulz, Docol, Lepper, Tupy, Consul-Multibrás, e
da Embraco, uma das poucas multinacionais brasileiras.
Conseguimos vencer
todos os obstáculos e transformar uma pequena cidadezinha do interior na maior
e mais pujante economia catarinense, o terceiro pólo industrial do Sul do País,
matriz de gigantes como Tigre, Döhler, Schulz, Docol, Lepper, Tupy,
Consul-Multibrás, e da Embraco, uma das poucas multinacionais brasileiras.
Da mesma forma que, nos anos 50, soubemos empreender e materializar nossa vocação industrial, hoje estamos investindo, fortemente, na formatação de um amplo, completo e moderno complexo receptivo, apto a receber bem grandes feiras, congressos, shows e espetáculos culturais e esportivos de todos os gêneros.
Da mesma forma que, nos anos 50, soubemos empreender e materializar nossa vocação industrial, hoje estamos investindo, fortemente, na formatação de um amplo, completo e moderno complexo receptivo, apto a receber bem grandes feiras, congressos, shows e espetáculos culturais e esportivos de todos os gêneros.
Situada entre a
serra e o mar, Joinville tem belezas naturais e um patrimônio cultural capazes
de encantar qualquer turista. Mesmo quem nos visita a negócio, tem à sua
disposição uma excelente rede de serviços e opções de lazer. Shoppings,
cinemas, teatro, museus, restaurantes, boates, enfim, tudo aquilo que torna
inesquecível um grande evento.
João Goulart
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Jânio Quadros
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Inconfidência Carioca
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7 de novembro de 2014
HISTÓRIA Na cabeceira do rio Jequitinhonha
HISTÓRIA Na cabeceira do rio Jequitinhonha
Na cabeceira do rio Jequitinhonha, às margens dos córregos
Quatro Vinténs e Lucas, paulistas fincaram suas bandeiras a serviço da Coroa
Portuguesa. Corria o ano de 1.701 quando chegou à região uma expedição chefiada
pelo Guarda-Mor Antônio Soares Ferreira. Na terra habitada por índios e chamada
por eles de Ivituruí, que significa serro frio, a exemplo de outras terras das
Minas Gerais, descobriu-se mais jazidas de ouro.
Vários ranchos foram erguidos nas proximidades dos córregos
dando início a formação dos arraiais de Baixo e de Cima que se desenvolvem em
pouco tempo e, juntos, deram origem ao povoado das Lavras Velhas do Serro Frio.
Novas levas de pessoas chegaram atraídas pela abundância de ouro daquelas
terras.
A exploração desordenada da primeira década do século XVIII
levou a criação do cargo de superintendente das minas de ouro da região,
ocupado pelo sargento-mor Lourenço Carlos Mascarenhas em 1.711. E mais e mais
gente chegou, o povoado cresceu e, em 1.714, Lavras Velhas é elevada a Vila do
Príncipe.
Mais tarde, além do ouro, os mineradores descobrem lavras de
diamante na região onde hoje está Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras.
Para defender os interesses do império, em 1.720 é criada a comarca do Serro
Frio, sediada pela Vila do Príncipe, que abrange uma grande área da qual faz
parte o arraial do Tijuco, hoje, Diamantina.
Muitas foram as
restrições impostas à exploração de ouro na comarca. Em 1.751 é criada a Casa
de Fundição, para onde toda a produção aurífera da região deveria ser
encaminhada.
Mas, apesar de todas
as regras impostas, muitos aventureiros ganharam contrabandeando ouro e
diamante.
As minas foram exploradas exaustivamente durante quase 100 anos.
No início do século XIX, com a decadência da mineração, somente alguns
mineradores, encorajados pelo governo, conseguiam arcar com os altos custos de
produção. A grande maioria da população passou a se dedicar a agricultura de
subsistência, atividade dificultada pela localização geográfica da vila.
O empobrecimento das minas interfere na vida econômica e social
do lugar. Em 1.817, o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire visita Vila
do Príncipe e descreve sua situação da seguinte forma: "naquele tempo, a
vila possuia umas 300 casas, de 2.500
a 3.000 pessoas, duas estalagens e umas 15 casas de
comércio com quase tudo importado da Inglaterra". Ainda segundo seus
relatos, a vila não possuía nenhum chafariz e o abastecimento de água era feito
por escravos que traziam barris de água do vale. Não havia estabelecimentos de
lazer e a diversão ficava a cargo da caça ao veado, pratica comum na região.
Saint-Hilaire, no entanto, se encanta com as festas religiosas que já eram
tradição na antiga vila.
Para tentar reverter a má situação em que se encontrava, em 1.838 a vila é elevada a
cidade e torna-se o centro administrativo e jurídico da região. O comércio se
desenvolve e pequenas fábricas de ferro são instaladas. Serro volta então a
ocupar uma posição de destaque na região e a cidade ganha também em importância
política. Vários de seus filhos, como Teófilo Otoni, líder da Revolução Liberal
de 1.842, se destacam politicamente. Bons casarões são construídos durante a
primeira metade do século.
Mas
novamente a estagnação econômica e social voltaria a tomar conta da cidade. Na
época da proclamação da república, Serro encontrava-se isolada dos grandes
centros devido a péssima condição de suas estradas e assim permaneceu por mais
algum tempo. O isolamento forçado ajudou na conservação do patrimônio histórico
de Serro. Cem anos após sua emancipação, em 1.938, todo seu acervo
urbano-paisagístico é tombado pelo IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional. Ao longo do século XX, o desenvolvimento se dá através da
criação de gado, base econômica da cidade - grande parte do leite é usado na
fabricação do queijo do Serro - e também da exploração de seu potencial para o
turismo cultural
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