Visões da metrópole
Exposição e livro mostram como Portugal
Exposição e livro mostram como Portugal
planejou a organização urbana do Brasil no
período colonial
Medo
O Inferno, obra anônima (cerca de 1510), retrata um índio como o diabo. Será exposta pela primeira vez nas Américas |
São Luís do Maranhão,
Salvador, Niterói, João
Pessoa, Taubaté e Itu
tiveram suas ruas.
planejadas por
engenheiros
especializados em
arquitetura militar. Ao
contrário do que se
costuma pensar,
Portugal possuía um
plano bem definido para
o povoamento do
imenso território no qual Pedro Álvares
Cabral aportou em
1500.
Da primeira missa em Porto Seguro ao grito da Independência, em 1822, a história da construção da maior colônia portuguesa nos trópicos agora pode ser refeita - através de mapas, documentos e quadros - num passeio pelos corredores do Masp, em São Paulo. A exposição Brasil 500 Anos - Descobrimento e Colonização percorre um longo caminho, que começa com o original do Tratado de Tordesilhas, passa pela tela O Inferno, uma das primeiras representações da América na Europa, e chega às pinturas feitas pelos viajantes do século XIX.
Ao longo da mostra, percebe-se a transformação da imagem do Brasil. Os quadros dos primeiros tempos falam do dilema dos navegantes: como classificar a Terra de Santa Cruz, inferno ou paraíso? Trezentos anos depois, dom Pedro I declara a Independência do Brasil com os olhos voltados para o futuro, para o país que prometia tornar-se uma das maiores potências do Ocidente.
Da primeira missa em Porto Seguro ao grito da Independência, em 1822, a história da construção da maior colônia portuguesa nos trópicos agora pode ser refeita - através de mapas, documentos e quadros - num passeio pelos corredores do Masp, em São Paulo. A exposição Brasil 500 Anos - Descobrimento e Colonização percorre um longo caminho, que começa com o original do Tratado de Tordesilhas, passa pela tela O Inferno, uma das primeiras representações da América na Europa, e chega às pinturas feitas pelos viajantes do século XIX.
Ao longo da mostra, percebe-se a transformação da imagem do Brasil. Os quadros dos primeiros tempos falam do dilema dos navegantes: como classificar a Terra de Santa Cruz, inferno ou paraíso? Trezentos anos depois, dom Pedro I declara a Independência do Brasil com os olhos voltados para o futuro, para o país que prometia tornar-se uma das maiores potências do Ocidente.
Detalhes
Mapa de Salvador, em 1625, incluído no livro de Reis Filho |
A grande novidade da
exposição está nos
mapas
e desenhos
catalogados
por Nestor Goulart
Reis
Filho, da Faculdade
de
Arquitetura e
Urbanismo
da USP. "As
cidades não
nasceram ao
acaso",
analisa o
pesquisador,
que acaba de ter seu
trabalho publicado
no livro
Imagens de Vilas e
Cidades do Brasil
Colonial.
Os desenhos mostram que a maioria das vilas mais antigas possuía muros e portas, como fortalezas. Retratam também o cuidadoso planejamento que os engenheiros militares portugueses fizeram ao organizar Salvador, a cidade que mais crescia na América do século XVIII. No cinturão agrícola formado ao redor das vilas, prosperaram fortunas que desafiavam o monopólio português. Ao planejar o desenvolvimento do país, Portugal acabou criando as condições para sua futura independência. Hoje, isso tudo é História.
Os desenhos mostram que a maioria das vilas mais antigas possuía muros e portas, como fortalezas. Retratam também o cuidadoso planejamento que os engenheiros militares portugueses fizeram ao organizar Salvador, a cidade que mais crescia na América do século XVIII. No cinturão agrícola formado ao redor das vilas, prosperaram fortunas que desafiavam o monopólio português. Ao planejar o desenvolvimento do país, Portugal acabou criando as condições para sua futura independência. Hoje, isso tudo é História.
Joana Monteleone
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