Bravura domada
Foi
dos
guaranis
a
metade
inferior
da
América do
Sul
Modo de vida
Guerreiros, eles
Modo de vida
Guerreiros, eles
viviam em aldeias
com até 60
famílias,
aparentadas
entre si.
Língua
O tupi-guarani era a "língua geral" no Brasil colonial.
República Guarani
Chegou a reunir, no Paraguai, 300 mil índios civilizados pelos jesuítas.
Língua
O tupi-guarani era a "língua geral" no Brasil colonial.
República Guarani
Chegou a reunir, no Paraguai, 300 mil índios civilizados pelos jesuítas.
Outra constatação é que aqueles índios manejavam o meio
ambiente com sabedoria. A diversidade da caça, somada à variação dos locais de
coleta, parece indicar uma preocupação em não exaurir os recursos naturais.
"O achado nos obriga a examinar aquelas tribos como grupos dotados de uma
compreensão complexa do ambiente", diz o arqueólogo André Luís Soares, 32
anos, um dos responsáveis pela descoberta. "Eles sabiam tirar o melhor
proveito do meio ambiente sem prejudicá-lo."
Além de ajudar a sepultar dogmas, a descoberta revela hábitos sociais a partir de fragmentos de cerâmica pintada. "Geralmente são vistas como decorativas, mas nos dizem muito sobre a civilização em estudo", afirma o arqueólogo. Por exemplo: certos potes de cerâmica estão relacionados ao consumo de bebida (normalmente o cauim, feito de mandioca e milho). Grande quantidade de bebida representa festa e, por sua vez, a ocorrência de festas significa que havia comida excedente. Pelo mesmo raciocínio, a dimensão das panelas indica que a comida era feita em grande quantidade. O tamanho dessas cerâmicas revela o porte daquela aldeia no conjunto da região. É possível concluir que as relações sociais envolviam diversas aldeias, convidadas de diferentes lugares.
No período em que se iniciou a colonização da América pelos europeus, os guaranis habitavam regiões hoje correspondentes aos Estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e São Paulo, além de Argentina, Uruguai e Paraguai. Atraídos para missões jesuíticas, os guaranis atingiram alto grau de civilização. Também se tornaram presas fáceis de bandeirantes dispostos a capturá-los e escravizá-los. No Rio Grande do Sul, muitos acabaram como escravos de fazendeiros, trabalhando no cultivo da erva-mate. Desprotegidos após a expulsão dos jesuítas determinada pelo marquês de Pombal, em 1759, milhares de índios foram dizimados por aventureiros brancos, pela fome ou pelo frio.
A descoberta de Ibarama joga luzes sobre o período em que os guaranis ainda não haviam sido "civilizados" e povoavam livremente as fronteiras da América. Para não deixar dúvidas sobre o assunto, os pesquisadores da UFSM querem promover uma grande escavação, incluindo toda a área onde se localizava a aldeia. Além disso, eles pretendem colocar o material à disposição de colegas de todo o Brasil para que o maior número possível de especialistas ajude a decifrar a civilização guarani.
Além de ajudar a sepultar dogmas, a descoberta revela hábitos sociais a partir de fragmentos de cerâmica pintada. "Geralmente são vistas como decorativas, mas nos dizem muito sobre a civilização em estudo", afirma o arqueólogo. Por exemplo: certos potes de cerâmica estão relacionados ao consumo de bebida (normalmente o cauim, feito de mandioca e milho). Grande quantidade de bebida representa festa e, por sua vez, a ocorrência de festas significa que havia comida excedente. Pelo mesmo raciocínio, a dimensão das panelas indica que a comida era feita em grande quantidade. O tamanho dessas cerâmicas revela o porte daquela aldeia no conjunto da região. É possível concluir que as relações sociais envolviam diversas aldeias, convidadas de diferentes lugares.
No período em que se iniciou a colonização da América pelos europeus, os guaranis habitavam regiões hoje correspondentes aos Estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e São Paulo, além de Argentina, Uruguai e Paraguai. Atraídos para missões jesuíticas, os guaranis atingiram alto grau de civilização. Também se tornaram presas fáceis de bandeirantes dispostos a capturá-los e escravizá-los. No Rio Grande do Sul, muitos acabaram como escravos de fazendeiros, trabalhando no cultivo da erva-mate. Desprotegidos após a expulsão dos jesuítas determinada pelo marquês de Pombal, em 1759, milhares de índios foram dizimados por aventureiros brancos, pela fome ou pelo frio.
A descoberta de Ibarama joga luzes sobre o período em que os guaranis ainda não haviam sido "civilizados" e povoavam livremente as fronteiras da América. Para não deixar dúvidas sobre o assunto, os pesquisadores da UFSM querem promover uma grande escavação, incluindo toda a área onde se localizava a aldeia. Além disso, eles pretendem colocar o material à disposição de colegas de todo o Brasil para que o maior número possível de especialistas ajude a decifrar a civilização guarani.
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