Eurico Gaspar Dutra
(1883 - 1974)
Presidente da república brasileira (1946-1951) nascido em Cuiabá, MT, que assumiu o governo em 31 de janeiro, juntamente com a abertura dos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte, em clima da mais ampla liberdade (1946). Ingressou no Exército (1902), na Escola Preparatória e Tática de Rio Pardo, RS. Pela atitude coletiva de revolta contra a vacinação obrigatória, toda a sua turma foi desligada da Escola Militar de Porto Alegre (1908). Anistiado, foi readmitido em seguida na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro. Casou-se (1914) com D. Carmela Leite Dutra, viúva de um capitão e alcançou o generalato (1932) depois de se distinguir na repressão à revolução constitucionalista de São Paulo, embora não tenha participado das revoltas anteriores (1922/1924/1930). Promovido a general-de-divisão (1935), foi nomeado comandante da I Região Militar, do antigo Distrito Federal, e nesse ano comandou a resistência à intentona comunista de 27 de novembro, no Rio de Janeiro. Nomeado (1936) ministro da Guerra, permaneceu nesse posto até o fim do governo de Getúlio Vargas (1945), quando se afastou para se candidatar à presidência da república. No ministério, construiu a Academia Militar das Agulhas Negras, a AMAN, a Escola de Estado-Maior, a Escola Técnica do Exército e o palácio da Guerra. Apoiou a implantação do Estado Novo (1937) e organizou a Força Expedicionária Brasileira, a FEB, que lutou na Itália. Neste período passou a defender o restabelecimento o regime democrático no Brasil.o que levou à fundação da União Democrática Nacional, a UDN. Com o fim da censura à imprensa e a candidatura do brigadeiro Eduardo Gomes à sucessão de Vargas. As forças políticas que apoiavam o ministro fundaram o Partido Social Democrático (PSD), e o lançaram candidato para disputar a eleição. Os dois candidatos puseram-se contra Vargas, que foi deposto e o poder entregue ao presidente do Supremo Tribunal Federal, José Linhares. Vargas e amigos fundaram Partido Trabalhista Brasileiro, o PTB, e apoiou seu ex ministro, assegurando-lhe uma fácil vitória. Em um governo sem oposição, completou a institucionalização do regime, organizou o Conselho Nacional de Economia, o Tribunal Federal de Recursos e as Comissões de Planejamento Regional. Fechou os cassinos (1946), o Tribunal Superior Eleitoral considerou fora da lei o PCB (1947) e rompeu relações com a União Soviética (1948). Criou a Companhia Hidrelétrica do São Francisco, a CHESF, com a construção da usina de Paulo Afonso. Criou da indústria petrolífera e asfaltou a primeira grande rodovia do país, a Rio-São Paulo, que recebeu seu nome, e aberta a Rio-Bahia. Na política externa, reforçou a aliança com os Estados Unidos. Deixou o governo em 31 de janeiro (1951) e morreu no Rio de Janeiro, 23 anos depois.
Figura copiada do site oficial da
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:
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