Hermes Rodrigues da Fonseca
(1855 - 1923)
Presidente da república brasileira (1910-1914) nascido em São Gabriel RS, que como ministro da Guerra no governo Afonso Pena instituiu o serviço militar obrigatório no Brasil. Sobrinho do marechal Deodoro da Fonseca, ingressou na Escola Militar (1871), onde foi aluno de Benjamin Constant, de quem herdaria seu pensamento positivista. Como capitão participou do movimento de 15 de novembro pela proclamação da república ao lado do tio (1889) e por ocasião da revolta da esquadra (1893), destacou-se na defesa do governo de Floriano Peixoto. Comandou a Brigada Policial do Rio de Janeiro (1899-1904), quando assumiu o comando da Escola Militar do Realengo. Promovido a marechal pelo presidente Rodrigues Alves, foi ministro da Guerra no governo seguinte, de Afonso Pena. Nesse ministério reformou os serviços técnicos e administrativos e instituiu o serviço militar obrigatório. Após regressar de uma viagem à Alemanha (1908), e numa disputa contra Rui Barbosa, foi eleito e empossado como o sexto presidente da república. Logo no início do governo enfrentou a revolta dos marinheiros (1910), seguida de um levante no batalhão de fuzileiros navais. Restabelecida a ordem pública e apoiado pelo Partido Republicano Conservador, liderado por Pinheiro Machado, retomou o esquema das administrações anteriores, porém teve que "administrar" o surto militarista que visava a derrubada das oligarquias que dominavam as regiões Norte e Nordeste e colocar militares na chefia dos estados, em substituição aos políticos. Em política externa promoveu uma aproximação com os Estados Unidos e no plano interno prosseguiu o programa de construção de ferrovias e de escolas técnico-profissionais, delineado no governo Afonso Pena. Concluiu as reformas e obras da Vila Militar de Deodoro e do Hospital Central do Exército, entre outras, além das vilas operárias, no Rio de Janeiro, no subúrbio de Marechal Hermes e no bairro da Gávea. Após deixar a presidência, em novembro, foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul (1915), mas não assumiu a cadeira, em virtude do assassinato de Pinheiro Machado, no dia em que deveria ser diplomado, em setembro daquele ano. Viajou para a Europa e só retornou ao Brasil seis anos depois, quando iniciava-se uma nova campanha presidencial. Na presidência do Clube Militar, apoiou a candidatura de Nilo Peçanha, no movimento reação republicana. Sua prisão foi então decretada pelo presidente Epitácio Pessoa e, seis meses depois, foi libertado graças a um habeas corpus. Doente, retirou-se para Petrópolis, RJ, onde morreu.
Figura copiada do site oficial da
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:
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