Humberto de Alencar Castelo Branco
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
(1897 - 1967)
Presidente militar da república brasileira (1964-1967) nascido em Fortaleza, CE, primeiro presidente do regime militar, que introduziu profundas alterações na legislação trabalhista e na economia e, para assegurar a nova ordem, cassou mandatos e suspendeu direitos políticos de opositores durante toda sua gestão. Filho do general-de-brigada Cândido Borges Castelo Branco, na época major, e de dona Antonieta de Alencar Castelo Branco. Estudou no Liceu Piauiense, em Teresina PI, e no Colégio Militar de Porto Alegre, RS, de onde passou para a Escola Militar de Realengo. Na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, classificou-se em primeiro lugar, cursando depois a Escola Superior de Guerra da França e a Escola de Comando e Estado-Maior dos Estados Unidos. Como tenente-coronel, integrou o primeiro escalão da Força Expedicionária Brasileira, a FEB, chefiando a seção de operações do estado-maior (1944-1945). Nomeado general comandou a 8a e 10a Regiões Militares, a guarnição da Amazônia e o IV Exército, sediado em Recife. Chefiava o estado-maior do Exército, ao ser deflagrado o movimento político-militar de 31 de março (1964). Por consenso entre os militares, foi escolhido em 9 de abril, com o AI-1, para completar o mandato do presidente João Goulart, e referendado pelo Congresso que depois (1966), em 24 de julho, prorrogaria seu mandato até 15 de março do ano seguinte (1967). Encomendou ao ministro do Planejamento, Roberto de Oliveira Campos, a formulação da nova política econômica e intensificou as reformas jurídico-institucionais que visavam a preservar o novo regime. Na política promulgou quatorze emendas constitucionais. Editou o Ato Institucional nº 2, pelo qual suspendeu as garantias constitucionais, dissolveu os 13 partidos políticos existentes, além de estabelecer outras providências. Uma nova constituição foi elaborada para institucionalizar as reformas de seu governo, um projeto de autoria do ministro da Justiça Carlos Medeiros Silva, aprovada pelo Congresso e entrou em vigor a 15 de março (1967), na posse do marechal Costa e Silva. Desenvolveu uma política de segurança nacional onde sua prioridade sobre os direitos e garantias individuais baseavam-se no disposto nas leis de segurança nacional e de imprensa, votadas anteriormente. No social inovou o sistema de vínculo empregatício, com o fim da estabilidade do trabalhador por tempo de serviço, e criou o fundo de garantia e o Banco Nacional de Habitação, incumbido de investir na construção de casas populares os recursos oriundos das contribuições de empregados e empregadores. Essas e outras medidas visavam modificar a legislação trabalhista patrocinada pelo governo de Getúlio Vargas e que o liberalismo econômico considerava paternalista e antieconômica. Após terminar seu mandato, retirou-se da vida pública e morreu em um acidente aéreo no Ceará, em 18 de julho do mesmo ano.
Figura copiada do site oficial da
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:
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