6 de maio de 2009

TEIXEIRINHA



BIOGRAFIA - TEIXEIRINHA
VITOR MATEUS TEIXEIRA,


Teixeirinha, nasceu na cidade de Rolante, distrito de Mascaradas, Rio Grande do Sul, em 03 de março de 1927. Filho de Saturno Teixeira e Ledurina Mateus Teixeira, teve um irmão e duas irmãs.
Aos seis anos de idade perdeu o pai e aos nove anos a mãe. Ficando órfão foi morar com parentes, mas estes como não tinham condições de sustentá-lo, saiu pelo mundo fazendo de tudo um pouco, como: trabalhou em granjas do interior e quando veio para Porto Alegre carregou malas em portas de pensões, vendeu doces como ambulante, entregador de viandas, vendeu jornais, enfim fazia qualquer atividade para poder sobreviver.
Com Dezessei anos se auto-registrou como Cidadão Brasileiro. Aos dezoito anos se alistou no Exército, mas não chegou a servir, quando nesta ocasião foi trabalhar no DAER (Departamento de Estradas de Rodagem), como operador de máquinas durante seis anos. Dali saiu para tentar a carreira artística cantando nas rádios das cidades do interior, tais como: Lajeado, Estrela, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, nesta última conheceu sua esposa Zoraida Lima Teixeira. Casaram-se em 1957 e foram morar em Soledade, em seguida mudaram-se para Passo Fundo, onde compraram um “Tiro ao Alvo” que era cuidado por ele e sua esposa e a noite Teixeirinha se apresentava na Rádio Municipal de Passo Fundo.
Em 1959 foi convidado para gravar em São Paulo. Viajou na segunda classe de um trem. Gravou seu primeiro 78RPM, de um lado a música “Xote Soledade” e do outro lado “Briga no Batizado”.
Segundo depoimento de um dos membros da Gravadora Chantecler, Dr. Biaggio Baccarin, o sucesso assim aconteceu:
“A sigla PTJ, no 78 RPM, abrigava três nomes: Palmeira, Teddy e Jairo, então diretores da Chantecler e fundadores do selo sertanejo. Como se constata, “Coração de Luto” ocupou o lado “B” do quarto disco gravado por Teixeirinha, o qual foi lançado sem qualquer preocupação de sucesso, no entanto aconteceu espontaneamente após seis meses de seu lançamento. As primeiras reações vieram de Sorocaba/SP e em pouco tempo já era sucesso nas demais cidades da região. Foi nessa ocasião que a gravadora Chantecler resolveu trazer o cantor para São Paulo a fim de trabalhar o disco, cujo trabalho teve início com um show na cidade de Sorocaba/SP e, posteriormente, nas demais cidades do Estado de São Paulo, até o triângulo mineiro.
O sucesso aconteceu em todo o Brasil, com venda superior a um milhão de cópias no ano de 1961. Um acontecimento inédito na história da música popular brasileira. Para se ter idéia deste fato, o disco Coração de Luto chegou a ser vendido no câmbio negro em Belém do Pará, havia fila para comprá-lo. A gravadora não tinha condições de atender os pedidos e era obrigada a distribuir cotas para cada loja. O fato de Belém do Pará foi registrado pelo saudoso Edgard Pina, então agente da Chantecler naquela capital”.
Teixeirinha voltou a Passo Fundo, vendeu o “Tiro ao Alvo” e se mudou para Porto Alegre. Foi chamado novamente pela Chantecler, desta vez para morar na capital paulista e continuar a divulgação do sucesso de Coração de Luto, no entanto, recusou domiciliar-se em São Paulo, voltando para Porto Alegre.
Com o que ganhou na excursão em São Paulo, comprou uma casa, no bairro da Glória em Porto Alegre, onde viveu toda sua vida e uma Kombi para viajar por todo o Brasil. Então, definitivamente Teixeirinha assumiu a carreira artística, passando a trabalhar em circos, parques, teatros, cinemas e demais casas de espetáculos. Como o próprio cantor relatou em uma de suas últimas entrevistas à imprensa: “... onde o povo me pediu para estar, eu fui...”(RBS/TV- julho/1985).
Teixeirinha começou a viajar para todo o Brasil como o “Gaúcho Coração do Rio Grande”. Em 1963, ganhou o troféu “Chico Viola” outorgado pela TV Record de São Paulo, no programa “Astros do Disco”, um programa de gala da televisão brasileira e tinha por objetivo premiar os melhores dos disco de cada ano e Teixeirinha ganhou por ter sido o cantor campeão de vendagem por dois anos consecutivos, 1962/1963.
Internacionalmente ganhou o troféu “Elefante de Ouro” como maior vendagem de discos em Portugal.
A música Coração de Luto, até hoje, vendeu mais de vinte e cinco milhões de cópias, a única no mundo mais vendida, superando cantores como Michael Jackson, Julio Iglesias, cantores contemporâneos de grande vendagem de discos, mas não de uma única música, como o caso de Coração de Luto, que continua na cotação de uma das músicas mais vendidas.
Em 1964, Teixeirinha escreveu a história do filme “Coração de Luto”, que foi produzido pela Leopoldis Som, em 1966, outro recorde de bilheteria. Em 1969, encenou no filme “Motorista sem Limites” juntamente com Valter D’Avila, produzido por Itacir Rossi.
Em 1970 criou sua própria produtora “Teixeirinha Produções Artísticas Ltda, pela qual escreveu, produziu e distribuiu dez filmes, quais sejam: “Ela Tornou-se Freira” (1972); “Teixeirinha 7 Provas”(1973); “Pobre João” (1974); “A Quadrilha do Perna Dura” (1975); “Carmem a Cigana (1976); “O Gaúcho de Passo Fundo”(1978) ; “Meu Pobre Coração de Luto”(1978); Na trilha da Justiça (1978); “Tropeiro Velho” (1980); “A Filha de Iemanjá” (1981).
Durante vinte anos, apresentou programas de rádio diariamente com duas edições: “Teixeirinha Amanhece Cantando” (de manhã) e “Teixeirinha Comanda o Espetáculo” (a noite) e “Teixeirinha Canta para o Brasil”(domingos, pela manhã) em diversas rádios da capital, com transmissão para o interior e outros estados brasileiros.
Recebeu nove discos de ouro, foi cidadão emérito de vários municípios como: Passo Fundo, Santo Antônio da Patrulha, Rolante e etc.
Em 1973 foi contratado para fazer quinze apresentações nos Estados Unidos da América. Em 1975 foi para o Canadá, onde realizou dezoito espetáculos. Fez shows na maioria dos países da América do Sul.
Teve nove filhos: Sirley Marisa; Líria Luisa; Victor Filho; Margareth; Elizabeth; Fátima Lisete; Márcia Bernadeth; Alexandre e Liane Ledurina.
Durante vinte e dois anos Mary Terezinha lhe acompanhou com acordeon em shows, rádio e cinema.
Gravou 49 Lps inéditos, com mais de 70 Lps, incluindo regravações, atualmente sendo todos reeditados em disco laser, gravando mais de 700 músicas de sua autoria, deixando um acervo superior a 1200 composições de sua lavra.
Teixeirinha faleceu dia 04 de dezembro de 1985 e está sepultado no Cemitério da Santa Casa, quadra n.4, túmulo n.4, na capital gaúcha.

Biografia de Lampião


Em 04 de junho de 1898 nasceu Virgulino Ferreira da Silva, na fazenda Ingazeira de propriedade de seus pais, no Vale do Pajeú, em Pernambuco, terceiro filho de José Ferreira da Silva e D. Maria Lopes. Seus pais casaram no dia 13 de outubro de 1894, na Matriz do Bom Jesus dos Aflitos, em Floresta do Navio, tendo seu primeiro filho em agosto de 1895, que chamaram Antônio em homenagem ao avô paterno. O segundo filho nasceu dia 07 de novembro de 1896, e foi chamado de Livino. Depois de Virgulino, o casal teve mais seis filhos, quase que ano a ano que foram: Virtuosa, João, Angélica, Maria (Mocinha), Ezequiel e Anália.
Virgulino foi batizado aos três meses de nascido, na capela do povoado de São Francisco, sendo seus padrinhos os avós maternos: Manuel Pedro Lopes e D. Maria Jacosa Vieira. A cerimônia foi oficiada por Padre Quincas, que profetizou:
- "Virgulino - explicou o padre - vem de vírgula, quer dizer, pausa, parada." E arregalando os olhos: - "Quem sabe, o sertão inteiro e talvez o mundo vão parar de admiração por ele".
Quando menino viveu intensamente sua infância, na região que chamava carinhosamente de meu sertão sorridente! Brincava nos cerrados, montava animais, pescava e nadava nas águas do riacho, empinava papagaio, soltava pião e tudo o mais que fazia parte dos folguedos de seu tempo de menino.
A esperteza do menino o fez cair nas predileções de sua avó e madrinha que aos cinco anos o levou para a sua casa, a 150 metros da casa paterna.
À influência educativa dos pais, que nunca cessou, acrescentou-se a desta senhora - a "Mulher Rendeira" - a quem o menino admirava quando ela, com incrível rapidez das mãos, trocando e batendo os bilros na almofada e mudando os espinhos e furos, tecia rendas e bicos de fino lavor.
A primeira comunhão de Virgulino foi aos sete anos na capela de São Francisco, em 1905, juntamente com os irmãos Antônio (dez anos) e Livino (nove anos). A crisma aconteceu em 1912, aos quatorze anos e foi celebrada pelo recém empossado primeiro bispo D. Augusto Álvaro da Silva, sendo padrinho o Padre Manuel Firmino, vigário de Mata Grande, em Alagoas.
No lugar onde nasceu não havia escola e as crianças aprendiam com os mestres-escola , que ensinavam mediante contrato e hospedagem, durante períodos de três a quatro meses nas fazendas.Seu aprendizado com foi os professores Justino Nenéu e Domingos Soriano Lopes.
Ainda menino já trabalhava, carrregando água, enchiqueirando bodes, dando comida e água aos animais da fazenda, pilando milho para fazer xerém e outras atividades compatíveis com sua idade. Mais tarde, jovem, robusto passou aos trabalhos de gente grande: cultivava algodão, milho, feijão de corda, abóbora, melancia, cuidava da criação de gado, e dos animais. Posteriormente tornou-se vaqueiro e feirante
Seu alistamento eleitoral e de seus dois irmãos Antônio e Livino foi feito em 1915 por Metódio Godoi, apesar de não terem ainda os 21 anos exigidos por lei. Sabe-se que votaram três vezes: em 1915, 1916 e 1919.
A vida amorosa dos três irmãos era como a de qualquer jovem de sua idade, e se não houvessem optado pela vida de cangaceiro, certamente teriam cada um constituído sua família e tido um lar estável como foi o de seus familiares. Até entrar para o cancaço, Virgulino e seus irmãos eram pessoas comuns, pacíficos sertanejos, que viviam do trabalho (trabalhavam muito como qualquer sertanejo) na fazenda e na feira onde iam vender suas mercadorias. Virgulino Ferreira da Silva na certa seria sempre um homem comum, se fatos acontecidos com ele e sua família (que narraremos na página "Porque Virgulino entrou para o cangaço") não o tivessem praticamente obrigado a optar pelo cangaço como saída para realizar sua vingança. Viveu no cangaço durante anos, vindo a falecer numa emboscada em 28 de julho de 1938, no município de Poço Redondo, Sergipe, na fazenda Angico
Outras biografias:



irgulino Ferreira da Silva, o cangaceiro Lampião, é uma figura controversa na história do Brasil: bandido para uns, justiceiro do sertão para outros. Tinha um olho cego e usava óculos. O tema foi sugerido por Alice Barros e Anamaria Barbosa. (Foto: Lauro de Oliveira)


1-
Lampião nasceu no atual município de Serra Talhada, em um dos Estados nordestinos percorridos por ele e seu bando. Qual Estado?

Pernambuco


Paraíba


Bahia


Alagoas



2-
No linguajar do cangaço, de coronéis, volantes, aliados e inimigos, o que é um coiteiro?

O mesmo que almocreves: o sujeito que faz transporte de objetos (armas, munição, roupas) em lombo de burro


Aquele que, nos esconderijos, vigiava a barraca onde namoravam (faziam 'o coito') cangaceiros e cangaceiras


Variação de coitado, usado para os cangaceiros de péssima pontaria


Aquele que dá proteção ao cangaceiro, que pode ser abrigo ou alimento

3-
Entre os motivos que levaram Lampião à violência do cangaço, pode ser citado:

A obediência à mãe, que via no cangaço uma forma de ascensão social

O desejo de vingar a morte do pai, vítima de conflitos locais sobre a propriedade da terra

A necessidade de combater a Coluna Prestes, que estava em curso nos anos 20

O alto índice de desemprego no sertão e a sua reprovação em um concurso público para policial
4-
Na longa história dos cangaceiros, quem é considerado o principal mentor de Lampião?

Jesuíno Brilhante

Cabeleira

Sinhô Pereira

Padre Cícero

5-
A chegada de Maria Bonita ao bando, a partir de 1930, incentivou a presença de mulheres no cangaço. Quando e como morreu a mulher de Lampião?

Em 1938, na batalha de Angico, a mesma em que morreu Lampião; ela teve a cabeça decepada

Em 1932, no primeiro combate de que participou; foi morta a tiros por policiais

Em 1940, já no grupo de Corisco e Dadá; ela foi degolada pelas forças policiais

Em 1938, na batalha de Angico; ela tentou salvar Lampião e foi torturada até a morte

6-
Por que Virgulino Ferreira da Silva ganhou o apelido de Lampião?

Pelo brilho de seus olhos azuis, que iluminavam a noite

Pela sua rapidez em dar tiros consecutivos, fazendo o rifle parecer uma metralhadora

Lampião era a marca dos lenços de seda que ele usava no pescoço

Pela habilidade de descobrir os esconderijos dos inimigos na caatinga, mesmo no escuro

25 de abril de 2009

SUSAN BOYLE





Susan "A Feia" Surpreende Com uma Voz Maravilhosa


ENTREVISTA Qual Seu Nome, Querida ? - Susan Boyle. E De Onde Vocé É ? ( west Lothian . (Sclotland) E uma cidade grande ? Está mais para um tipo de ..... Um aglomerado de ... Vilarejos é o que eu acho. Qual é a sua idade ? Tenho 47 . E esta é somente uma parte de mim Certo uqal o seu sonho Estou tentando ser uma cantoura proficional E porque não deu serto ate agora Nunca mim deram uma chances antes, e espero que isso munde. E qual é o seu mudelo de sussesso. Elaine Paige. Elaine Paige , certo E o que vocé vai cantar? `` I Dreamed A Drean `` Fron `` Les Miserables ``. Ok, entao ta


MUSICA


Sonhei um Sonho Com o tempo já acabado Quando a esperança era alta E viver valia a pena Sonhei que esse amor Nunca Morreria Sonhei que Deus perdoaria Que eu era jovem e destimida Quntos foram feitos E usados e despediçados Nao ouve resgade a ser pago Nem canção não cantada Ou vinho não provado Mas os tigres vem a noite Com sua voz suavel Como um trovão Como eles despedaçam Sua esperança Transformando seus sonhos Em vergonha E ainda assim Sonhei que ele veio ate mim E que viveriamos os sonhos juntos Mas a sonhos Que não podemos ser E há tempestades Que não podemos prever Eu tive um sonho Que minha vida seria Tão diferente deste inferno Que estou vivendo Tão diferente daquilo que parecia E agora a vida Matou o sonho Que sonhei



Jurados do show


Ei volte aqui Pra la Muito abrigado susan Piers Sem duvida, essa é a maior supresa Que eu tive... Nestes tres anos de show. Quando vocé subiu e disse Que queria ser igual a Eliane Paige... Todos riram de você. Ninguem estar rindo agora. Foi imprecionante Uma performance fantastica Maravilhos estou chocado E você , Taylor? Eu estou emocionada porque eu sei Que todos estava contra você Eo hornestamente penso que Todos nós famos cinicos Esse foi o maior sinal de alerta de todos nos. Só quero dizer que esse foi um privilegio Ouvir isso.Foi brilhante. Eu soube , no minutoque você apareceu, neste palco , que iriamos presenciar algo extrordinario. Eu estava serto Que tocante Você é uma tigresa não é? Você é ok, hora fa verdade. Piers, `` sim`` ou ``não`` ? O maior sim que eu ja dei em alguem. Amanda? Sim claro foi brilhante Susan Amanda você tambem? Susan Boyle , você pode retornar para seu vilarejo... De cabeça erguida e com treis sim. Final dos jurados Parece que você aproveitou um pouquinho, hem? Só um pouco Que vos inclivel Parabens Meu deus Como estar se sentindo Maravilhosanmente bem Este foi o maio sim que deu em um show. Em tres edições Meu deus Foi o maior choque que ja tivemos. É emociante Innacreditavel emocinante e fantastico. Nunca é tarde para abrirmos mão dosa nossos preconseitos

18 de abril de 2009

História DA Portuguesa

História

A Associação Atlética Portuguesa surgiu em 20 de novembro de 1917, por iniciativa de Lino do Carmo, em assembléia com outros 14 descendentes de portugueses. A idéia de criar uma fundação esportiva já existia há três anos, quando trabalhadores lusitanos da Pedreira do Contorno, no bairro do Jabaquara, admiravam o esporte praticado no Espanha Futebol Clube.
Em 1950, a Briosa, como é popularmente conhecida, realizou a primeira excursão ao exterior. O destino foi Portugal, onde conquistou cinco vitórias e sofreu duas derrotas. Nove anos depois, a Portuguesa Santista realizou outra viagem, desta vez para Angola e Moçambique, países da colônia lusitana. Lá conquistou a Fita Azul do futebol brasileiro, título dado ao país que obteve maior sucesso atuando fora do Brasil. Nas 15 partidas realizadas na África, foram 15 vitórias, com 75 gols marcados.
Em 1964, a Portuguesa Santista conquistou o direito de disputar a Divisão Especial do futebol paulista ao ser campeã da Primeira Divisão. A decisão foi no dia 7 de março do ano seguinte, na vitória de 1 a 0 contra a Ponte Preta, gol marcado por Samarone.
A Briosa permaneceu na elite do futebol paulista até 1978, quando voltou à divisão de acesso. O clube conseguiu retornar à primeira divisão em 1996, quando foi vice-campeão da Série A2, perdendo o título para a Inter de Limeira, sob comando do ex-jogador Serginho Chulapa.



Briosa comemora 90 anos tentando resgatar tradição







Santos, SP, 19 (AFI) - Com o objetivo de manter o projeto de reestruturar os departamentos de futebol profissional e de dase, a Portuguesa Santista comemora 90 anos de fundação nesta terça-feira. Para o atual vice de Esportes do clube, Manoel Ruas, “estas próximas semanas serão importantes para definirmos os patrocinadores. Estamos nos reunindo diariamente para darmos sequência ao nosso planejamento”.

Um clube que se orgulha de ter revelado grandes nomes para o futebol brasileiro. Tudo começou no mês de novembro de 1914, onde os "canteiros" que trabalhavam na Pedreira do Contorno, no bairro do Jabaquara, tiveram o primeiro contato com o futebol.

Três anos depois, em 19 de novembro de 1917, como faziam todos os dias no final da tarde, os "canteiros" das Docas estavam reunidos no salão do barbeiro Alexandre Coelho, situado à Rua Dr. Manoel Carvalhal - hoje Rua Joaquim Távora, 342.

Foi quando Lino do Carmo lançou a idéia da fundação de um clube de futebol, que lembrasse a pátria distante, ao contrário do Lusitano, do Paquetá, que se referia apenas a raça. Foi no dia seguinte, dia 20 de novembro de 1917, que foi realizada uma assembléia para a fundação da Associação Atlética Portuguesa.

No ano de 1920, já na Divisão Principal do futebol santista, começou a luta para incrementar o campo de jogo, na Avenida Pinheiro Machado. O primeiro passo foi obter a permissão para cercar o terreno.

















do Sr. Ulrico Mursa (foto), seu superintendente. Enfim em 5 de dezembro de 1920, com apenas três anos e 15 dias de existência, a AA Portuguesa inaugurava sua bonita praça de esportes, que levaria o nome de Ulrico Mursa.

No primeiro jogo, vitória por goleada: 6 a 0 sobre o Syrio Futebol Clube. E a Portuguesa não parou de crescer. Em 1928, Benjamin Alves dos Santos e Anthero Corrêa viram o seu sonho, que era encarado com pura loucura, se tornar realidade. O clube construía a primeira arquibancada de concreto e coberta da América Latina. No dia 24 de outubro de 1938 a Portuguesa inaugurava também o sistema de iluminação em seu estádio.

Em 1959, a Briosa fez sua segunda excursão ao exterior. Nesta viagem, a Portuguesa Santista conseguiu uma importante conquista: a Fita Azul do Futebol Brasileiro. O título foi dado ao clube do País que obteve maior sucesso em uma excursão no exterior.

De 15 partidas disputadas em Angola e Moçambique, na África, de 16 de abril a 28 de maio de 1959, a Briosa do então técnico Filpo Nuñes venceu 15 partidas (invicta), marcou 75 gols e sofreu dez.

Isso foi conseguido graças ao apoio do Sr. Afonso Serra e, principalmente,
Muitos foram os jogos e conquistas marcantes na história da Portuguesa Santista. Porém, sem dúvida, há uma que ficou registrada de forma mais significativa. Foi o título da Primeira Divisão (Intermediária) de 1964, que levou o clube novamente à Divisão Especial.

A decisão aconteceu no dia 7 de março de 1965, no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, diante da forte Ponte Preta. Naquele jogo, a Briosa superou a equipe de Campinas pelo placar de 1 a 0 com gol de Samarone.

Em 94, conquistou o acesso para a Série A-2. Em 1996, com o vice- campeonato obtido, a Briosa retornou à elite do futebol paulista. Em 2000, foi reinaugurado o sistema de iluminação do Estádio Ulrico Mursa. O jogo que marcou o retorno das partidas noturnas da Portuguesa foi disputado contra o São Paulo.

Naquela partida a Briosa venceu por 3 a 1. Em 2003, a Briosa terminou o Estadual na terceira posição. No ano seguinte, terminou em sexto. Em 2007, voltou a disputar a série A-2. No próximo ano, estréia contra o XV de Jaú, em Santos.
Para o gerente de futebol, Fernando Matos, "o acesso à Divisão de Elite será uma consequência do trabalho que conseguirmos realizar na próxima temporada. Mas, para que este sonho se torne realizadde, nós vamos continuar precisando do apoio efetivo do nosso torcedor".



Hino da Associação Atlética Portuguesa Santista

Exuberante futebol,
O da Portuguesa
Faça chuva ou faça sol.

O teu passado,
A tua história,
Deixam teus atletas
acobertados de glória...

No teu presente
És fabril,
És a fita azul
Em rubro-verde
Do Brasil

Tens a façanha,
Bola no pé.
Massa em delírio,
É grito de olé. (BIS)

No teu plantel
Há galhardia,
Em Úlrico Mursa
Há juventude noite e dia.

E seu lema
É não desista,
Mais briosa
A Portuguesa Santista (BIS).
Hino de Patos


Autor Amaury de Carvalho
Num cantinho da minha Pátria amada
e dentro do meu coração,
está minha terra adorada
de sonhos e de tradição.
O seu nome foi tirado da Lagoa
dos Patos tranqüilos de lá.
No mundo uma terra tão boa
eu creio meu Deus que não há.
Patos, te amo Patos,
Patos eu sempre hei de amar.
Patos, te amo Patos,
Patos eu sempre hei de amar.
A riqueza escondida no seu seio,
não pode ninguém calcular.
De artista a cidade é um esteio,
são lindas as morenas de lá.
Nos seus cantos é bonita a alvorada,
nos rios que correm por lá.
As loiras meninas douradas,
derramam perfumes no andar.
Patos, te amo Patos,
Patos eu sempre hei de amar.
Patos, te amo Patos,
Patos eu sempre hei de amar.
O progresso foi chegando de repente
e os patos fugiram de lá,
deixando a saudade na gente
e a ânsia de vê-los voltar.
Os seus filhos nos lugares mais distantes,
sussurram o seu nome sutil.
São homens de feitos brilhantes,
amando e honrando o Brasil.

Patos, te amo Patos,
Patos eu sempre hei de amar.
Patos, te amo Patos,
Patos eu sempre hei de amar.

GOTA

Gota

Gota é uma doença conhecida desde a Antigüidade. Descrita por Hipócrates dois séculos antes de Cristo, foi chamada de “doença dos reis”, porque a nobreza, os intelectuais e as pessoas ricas da Idade Média e dos séculos XVII e XVIII pareciam mais vulneráveis a essa moléstia.
Não é novidade de que a gota está ligada ao ácido úrico cuja produção aumenta e provoca a formação de cristais que se depositam em várias regiões do corpo. Muita gente acha que certas bolhinhas que, às vezes, aparecem nas mãos e nos pés, são sinal de que os níveis de ácido úrico estão elevados no organismo e que a pessoa tem gota. Isso não é verdade. As dores articulares são o principal sintoma dessa enfermidade cujas crises, em geral, se agravam à noite e acometem mais as extremidades.
Gota é uma doença implacável que não tem cura, mas tem controle e as crises dolorosas podem ser evitadas desde que a pessoa não descuide do tratamento
Gota e ácido úrico

Drauzio – Qual a relação entre gota e ácido úrico?
Cristiano Zerbini – O ácido úrico é ul componente normal do metabolismo. Há um nível normal de ácido úrico circulante que advém da degradação da purina, um tipo de proteína que faz parte, por exemplo, dos nucleotídeos e do ácido nucléico (o DNA é um deles), componentes essenciais do nosso organismo.
Como os outros componentes, depois de utilizadas, as purinas são degradadas e transformadas em ácido úrico. Parte dele permanece no sangue e o restante é eliminado pela urina. O nível máximo que pode ficar no organismo sem ocasionar problemas é 7mg por 100ml de sangue no homem e 6mg por 100ml, na mulher.
Se esse nível subir, ou porque estamos produzindo muito ácido úrico, ou porque estamos eliminando pouco pela urina, ele pode cristalizar-se, ou seja, formar pequenos cristais semelhantes a agulhinhas, que se depositam em vários locais do corpo, de preferência nas articulações. Quando esses cristais aumentam um pouco de tamanho e se acumulam, são vistos como corpos estranhos pelo organismo, que reage na tentativa de dissolvê-los. Ao atacá-los, as células brancas liberam enzimas. É como se fosse um campo de batalha, com tiro sobrando para todo lado. Nesse caso, sobra enzima e a articulação sofre com isso.

Drauzio – Tão logo o ácido úrico sobe e ultrapassa o valor normal, os cristais começam a depositar-se nas articulações?
Cristiano Zerbini – Esse é um ponto importante a ser destacado. Hiperuricemia, ou ácido úrico alto, não é sinônimo de gota. Mesmo com níveis de ácido úrico um pouco elevados, muitas pessoas jamais terão gota. Todavia, quando os exames de sangue, em geral de rotina, revelam índice superior a 9mg por 100ml, o médico levanta a história clínica do paciente considerando a possibilidade da incidência de gota, uma doença de caráter genético e hereditário, mais masculina do que feminina, que se manifesta na proporção de nove homens para uma mulher.
Portanto, uma das primeiras preocupações é saber se há casos da doença na família do paciente. “Alguém teve gota em sua família, ou pedras nos rins e cólica renal? – são perguntas que o médico não pode deixar de fazer.

Drauzio – Gota em mulher é doença rara.
Cristiano Zerbini – Geralmente na mulher, as crises de dor nas juntas provocadas pelo ácido úrico ocorrem quando ela está tomando diuréticos tiazídicos para controlar a pressão alta. Esse grupo de medicamentos dificulta a eliminação do ácido úrico e ele é acumulado no organismo. Esse tipo de gota é chamado gota secundária e é diferente da gota primária que ocorre especialmente no homem por produção aumentada ou excreção diminuída de ácido úrico, resultado de herança genética.

Outros fatores de risco

Drauzio – Existem outros aspectos que precisam ser observados para o diagnóstico de gota?
Cristiano Zerbini - Se além da herança genética, o paciente estiver um pouco mais gordo, é preciso verificar se é portador de diabetes e hipertensão arterial. Outra conduta importante é pesquisar, na história da família, se há casos de pessoas com dor precordial, pois a gota está entre as doenças que compõem a síndrome plurimetabólica.
É muito bom falar nisso, porque parece que estamos atravessando uma epidemia dessa síndrome no momento. Seu nome científico é “síndrome de resistência à insulina”, mas é conhecida também por “síndrome X”, de certa forma um nome meio místico. Ela é mais comum em homens com excesso de peso, abdômen um pouco protuso e circunferência da cintura maior do que 102cm - nas mulheres, essa medida não deve ultrapassar 88cm -, sinais indicativos de possíveis problemas metabólicos.

Drauzio – Por que essa medida da cintura é importante?
Cristiano Zerbini – A gordura abdominal é diferente da gordura amarelada que existe sob a pele. É chamada de gordura marrom porque tem muitos vasos sangüíneos. Essa gordura provoca resistência à insulina, hormônio responsável pelo metabolismo da glicose, isto é, pela entrada do açúcar na célula.
A resistência à insulina está associada a vários problemas, como aumento de trombos e lesão na parede dos vasos sangüíneos. Sabemos também que a gordura abdominal está diretamente ligada à presença de coronariopatia no homem.
Portanto, aumento da gordura abdominal, coronariopatia, hipertensão, diabetes leve do tipo II e níveis mais altos de ácido úrico sem incidência de gota são características da síndrome plurimetabólica. Se o paciente declarar, porém, que pai ou um irmão já tiveram cálculos renais ou crise de gota, seus níveis de ácido úrico precisam ser baixados.

Drauzio - Nesse caso, a pessoa corre o risco de desenvolver gota?
Cristiano Zerbini - Mais ou menos 20% das pessoas com hiperuricemia assintomática, ou seja, ácido úrico elevado sem sintomas, correm o risco de ter gota. Não se justifica, porém, dar remédio para baixar os níveis de quem não tem história familiar da doença ou 8mg por 100ml desse componente no sangue.

Características da dor

Drauzio – De vez em quando, todos nós podemos sentir dor em alguma articulação. Quais são as características dessa dor articular provocada pela gota?
Cristiano Zerbini - Gota é uma das doenças mais bem estudadas e documentadas no mundo. Hipócrates, duzentos anos antes de Cristo, já havia levantado alguns postulados sobre ela. Dizia que os eunucos não tinham gota e que a doença tinha algo a ver com a alimentação. Artistas, intelectuais e políticos do passado descreveram os sintomas da forma como são bem conhecidos hoje.
A principal característica da gota é a inflamação intensa da articulação que provoca dor muito forte, em geral à noite e no dedão do pé. A dor é tão forte que chega a acordar o
paciente. Ele a descreve como se alguém estivesse espetando seu dedão com um garfo pontudo e afiado e que não dá nem para encostar o dedo no lençol da cama.
Essa inflamação que ocorre na lateral do dedão do pé (hallux) chama-se podagra e é o sintoma mais importante da doença.

Drauzio – O que a pessoa deve fazer quando é acordada por essa dor intensa?
Cristiano Zerbini – Deve permanecer em repouso, porque o ácido lático produzido pelo movimento pode piorar a crise de gota, e colocar imediatamente uma bolsa de gelo no local afetado.

Drauzio – Geralmente, ocorre o oposto. As pessoas colocam calor no local.
Cristiano Zerbini – O calor faz piorar a inflamação porque provoca vasodilatação que favorece a chegada de mais substâncias inflamatórias. O gelo, ao contrário, provoca constrição nos vasos, o que dificulta a chegada dos mediadores da inflamação.
Embora não se deva estimular a automedicação, nessa hora, se a pessoa tiver um antiinflamatório em casa pode tomá-lo para aliviar a dor, mas, na manhã seguinte, é bom procurar um médico.

Drauzio - Essa dor forte só ocorre no dedão do pé?
Cristiano Zerbini – Pode ocorrer também no joelho e, nesse caso, se chama gonagra.

Drauzio – Por que as crises de gota aparecem mais à noite e mais nos pés e nos joelhos
Cristiano Zerbini – Porque à noite é maior o período de jejum e o sangue se acidifica mais o que facilita a deposição dos cristais. As crises acometem mais os pés e os joelhos porque os cristais se precipitam com mais facilidade nas áreas mais frias do corpo, como são as extremidades.

Outros sintomas

Drauzio - Existe algum outro sintoma importante da gota?
Cristiano Zerbini – Outra manifestação importante é o aparecimento de tofos, isto é, de caroços brancos ou nódulos formados por cristais de ácido úrico que se depositam nas articulações. Na verdade, esses cristais são constituídos por urato de sódio (ácido úrico + sódio).
Se os depósitos de cristais se acumulam muito, os tofos podem inflamar e doer durante a crise. Às vezes, não doem, mas localizados nos pés dificultam calçar os sapatos e, nos cotovelos, incomodam bastante.

Drauzio – Os sintomas da gota se manifestam sempre no mesmo local ou migram?
Cristiano Zerbini – Geralmente, o indivíduo que tem podagra tem sempre podagra. Se o sintoma apareceu pela primeira vez no pé, a tendência é a crise se repetir no mesmo lugar.
Todavia, pessoas acima dos 65, 70 anos de idade podem apresentar dores poliarticulares características de uma forma pouco usual de gota, que provoca dores em várias articulações e não apenas em uma delas.

Drauzio – Essa crise de dor articular costuma durar quanto tempo?
Cristiano Zerbini – O quadro de gota é auto-limitado. Sem tratamento, a dor pode durar de quatro, cinco dias a duas semanas, mas desaparece por si. No entanto, é sempre melhor tomar alguma providência para o paciente não ficar sentindo dor por tanto tempo.

Cálculo renal

Drauzio – Existe alguma relação entre gota e cálculos renais?
Cristiano Zerbini - Embora não faça parte do espectro do quadro clínico da gota, muitos pacientes com a doença têm cálculo renal formado por ácido úrico.

Drauzio – Isso quer dizer que quem teve cálculo renal deve fazer exame de sangue para verificar os níveis de ácido úrico?
Cristiano Zerbini – Nós pedimos esse exame para todos os pacientes que apresentaram cálculos renais.

Tratamento

Drauzio – Como se conduz o tratamento para a gota?
Cristiano Zerbini – O primeiro passo é tentar caracterizar a doença. Há dois tipos de pacientes com gota: o hiperprodutor e o hipoexcretor de ácido úrico. O primeiro produz tanto ácido úrico que não consegue eliminar o suficiente; o segundo produz normalmente, mas elimina pouco.
Apenas 10% das pessoas com gota são hiperprodutoras; os 90% restantes são hipoexcretoras. Para estabelecer a diferença, o médico pede ao mesmo tempo exame de ácido úrico no sangue a na urina e combina os resultados. Nível de ácido úrico normal no sangue e baixo na urina, é sinal de que a pessoa excreta pouco. Nível alto no sangue e na urina indica que o rim deve estar fazendo o que pode, mas não consegue dar conta do recado porque a produção é grande demais.
A escolha do tratamento baseia-se nesses resultados, já que existem remédios que inibem a produção e outros que aumentam a excreção de ácido úrico. Infelizmente, algumas pessoas precisam dos dois tipos porque produzem muito e excretam pouco ácido úrico.

Drauzio – Esse tratamento precisa ser mantido pela vida toda?
Cristiano Zerbini – Nunca digo ao paciente que o tratamento tem de ser feito pela vida inteira, porque muitos tratamentos são intermitentes na medicina. Quando atendo um hiperprodutor com níveis elevados de ácido úrico, prescrevo remédio para baixar a produção e vou acompanhando a resposta com exames laboratoriais. Quando o nível se normalizou e o paciente está bem, as doses do remédio são diminuídas. Eventualmente, seu uso pode ser suspenso, desde que a cada dois ou três meses repitam-se os exames para verificar a evolução do quadro.
O tratamento não se restringe aos medicamentos. É fundamental mudar alguns hábitos de vida. O paciente deve emagrecer, cuidar da pressão arterial se for hipertenso e adotar alimentação saudável e equilibrada. Digamos que esse tratamento mais global, sim, deve ser mantido pela vida toda.

Importância da dieta

Drauzio – No passado, dava-se importância extrema à dieta no controle do ácido úrico. Pessoas com ácido úrico elevado eram proibidas de comer proteínas. Esse conceito está fora de moda. Qual é o papel da dieta nas pessoas com ácido úrico elevado atualmente?
Cristiano Zerbini – A dieta antiga era um verdadeiro castigo. A pessoa não podia comer carne de vitela, nem peixe, nem frutos do mar e devia evitar o consumo de grãos. Hoje, trabalhos provaram que, se conseguíssemos retirar toda a purina da dieta, o que é praticamente impossível, o ácido úrico iria baixar 2mg, no máximo 3mg.

Drauzio – Isso quer dizer que numa pessoa com gota ele cairia de 11mg para 9mg e que, apesar da dieta rigorosa, ela continuaria com a doença do mesmo jeito.
Cristiano Zerbini –Isso se a pessoa eliminasse totalmente a purina da dieta, mas ninguém consegue fazê-lo, e tanto sacrifício para baixar 1mg ou 2mg não vale a pena. O que se pergunta a esses pacientes – vou usar o masculino porque a doença acomete mais os homens – é se notaram que algum alimento dispara as crises. Se foi churrasco ou feijoada, pode continuar comendo, mas em menores porções. Está provado que a cerveja está mais ligada às crises do que o vinho e deve ser consumida com moderação.

Drauzio – Qual é a explicação para isso?
Cristiano Zerbini – Só sabemos que o álcool torna o sangue um pouquinho mais ácido e isso facilita a deposição de cristais nas juntas.

Drauzio – Existe alguma dieta que mereça ser recomendada para os pacientes com gota?
Cristiano Zerbini – Dietas pouco calóricas, com baixa ingestão de carboidratos, que privilegiem os ácidos graxos insaturados, são as mais recomendadas. Como o leite e derivados melhoram a eliminação do ácido úrico, devem ser incluídos na dieta que, acima de tudo, precisa ser saudável e favorecer o controle da obesidade e da hipertensão.

Adesão ao tratamento

Drauzio – Como as pessoas com gota reagem quando você recomenda que tomem remédio, emagreçam e adotem uma dieta saudável?
Cristiano Zerbini – A aderência ao tratamento é proporcional aos sintomas dolorosos, ao sofrimento. Ninguém quer ter uma crise de gota, nem sentir a dor e o mal-estar que a doença provoca. Por isso, adere ao tratamento e melhora. A tendência, então, é achar que nunca mais vai ter outra crise e daí relaxa nos cuidados, come e bebe mais, engorda, não controla a pressão arterial e os sintomas voltam intensos, porque gota é uma doença que não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada.

HARDMAN CAVALCANTE PINTO

HARDMAN CAVALCANTE PINTO
O EMPREENDEDOR DO SETÃO PARAIBANO
. * 15 de junho de 1924 ( Taperoá – PB )
+ 06 de setembro de 2003 ( João Pessoa – PB )


HARDMAN CAVALCANTE PINTO nasceu em Taperoá – PB, em 15 de junho de 1924, filho de Cezário Pinto e Henriqueta Cavalcanti de Queiroz, pequenos agricultores,de vida simples, onde a pobreza e a seca impunham-lhes grandes dificuldades, obrigando ainda criança a se transferir com a família, no lombo de animais, até á cidade de Cacimba de Areia.
Aos 17 anos de idade se mudou para Patos, para tentar a sorte como ajudante de pedreiro, na época da construção da Igreja que se tornaria a Catedral de Nossa Senhora da Guia, ocasião em que um dia doar uma imagem da Santa de sua devoção cuja dimensão fosse do tamanho de sua própria altura, fato que foi motivo de grande zombaria entre os colegas pedreiros, em face das mínimas condições de sobrevivência, á época.
No entanto, o tempo iria dar razão, quando realizou mais tarde o seu desejo doando a imagem esculpida em juazeiro do Norte – CE e que ainda hoje ornamenta a bela Igreja de Patos.

Notabilizou-se, nessa fase de pedreiro, pela grande disposição nos serviços, enorme senso de organização e capricho em tudo que fazia, chamando a atenção do pároco que se tornaria mais tarde Bispo de Goiâna-GO, o seu amigo a admirador Dom Fernando Gomes. Daí foi indicado a trabalhar na construção do antigo Cine Eldorado.
Nas horas de folga, trabalhava como garçom, no restaurante do Campo de Aviação, onde se praticavam apostas em jogos de baralho, amealhando gorjetas, gratificações e simpatias de clientes que se admiravam da cortesia e educação daquele homem sem letras, mas com um fino trato que lhe era peculiar. Foi ali que ele adquiriu um pequeno estojo de jóias e relógios, passando a negociar, de porta em porta, desabrochando um talento que seria sua marca registrada o comerciante nato.

Com a ajuda de alguns amigos, entre eles Sr.João da Perfumaria Glória, pôde se apresentar á sociedade oferecendo jóias e relógios comprados em Recife – PE, e fazendo clientela de Patos a Píancó.
Após o comércio de jóias (décadas de 1940 – 1950); tornou-se com destaque, representante da revendedora de automóveis Williams Overland do Brasil, em Patos e Campina Grande, (década de 1960) e, posteriormente, proprietário de importante empresa de ônibus neste Estado - EMPRESA PATOENCE LTDA. Com linhas conquistadas de João Pessoa a Cajazeiras, incluindo todas as principais cidades do alto-sertão paraibano; proprietário de quase uma dezena de postos de gasolina e de dezenas de transportes de combustíveis auxiliou ao proguesso e crescimento do Sertão da Paraíba, em especial da Grande Patos, nesse segmento.
HARDIMAN CAVALCANTE PINTO faleceu em João Pessoa – PB, em 06 de setembro de 2003, com insuficiência renal, deixando viúva MARIA AUXILIADORA NÓBREGA CAVALCANTI (DONA Cizinha) e sete filhos legítimos (Pedro Cezário, José Ricardo, Maria Madalena, Maria das Graças, Marta Niedja, Ana Bethânia e Hardman Junior (in memoriam)