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6 de maio de 2009
Biografia de Lampião
Em 04 de junho de 1898 nasceu Virgulino Ferreira da Silva, na fazenda Ingazeira de propriedade de seus pais, no Vale do Pajeú, em Pernambuco, terceiro filho de José Ferreira da Silva e D. Maria Lopes. Seus pais casaram no dia 13 de outubro de 1894, na Matriz do Bom Jesus dos Aflitos, em Floresta do Navio, tendo seu primeiro filho em agosto de 1895, que chamaram Antônio em homenagem ao avô paterno. O segundo filho nasceu dia 07 de novembro de 1896, e foi chamado de Livino. Depois de Virgulino, o casal teve mais seis filhos, quase que ano a ano que foram: Virtuosa, João, Angélica, Maria (Mocinha), Ezequiel e Anália.
Virgulino foi batizado aos três meses de nascido, na capela do povoado de São Francisco, sendo seus padrinhos os avós maternos: Manuel Pedro Lopes e D. Maria Jacosa Vieira. A cerimônia foi oficiada por Padre Quincas, que profetizou:
- "Virgulino - explicou o padre - vem de vírgula, quer dizer, pausa, parada." E arregalando os olhos: - "Quem sabe, o sertão inteiro e talvez o mundo vão parar de admiração por ele".
Quando menino viveu intensamente sua infância, na região que chamava carinhosamente de meu sertão sorridente! Brincava nos cerrados, montava animais, pescava e nadava nas águas do riacho, empinava papagaio, soltava pião e tudo o mais que fazia parte dos folguedos de seu tempo de menino.
A esperteza do menino o fez cair nas predileções de sua avó e madrinha que aos cinco anos o levou para a sua casa, a 150 metros da casa paterna.
À influência educativa dos pais, que nunca cessou, acrescentou-se a desta senhora - a "Mulher Rendeira" - a quem o menino admirava quando ela, com incrível rapidez das mãos, trocando e batendo os bilros na almofada e mudando os espinhos e furos, tecia rendas e bicos de fino lavor.
A primeira comunhão de Virgulino foi aos sete anos na capela de São Francisco, em 1905, juntamente com os irmãos Antônio (dez anos) e Livino (nove anos). A crisma aconteceu em 1912, aos quatorze anos e foi celebrada pelo recém empossado primeiro bispo D. Augusto Álvaro da Silva, sendo padrinho o Padre Manuel Firmino, vigário de Mata Grande, em Alagoas.
No lugar onde nasceu não havia escola e as crianças aprendiam com os mestres-escola , que ensinavam mediante contrato e hospedagem, durante períodos de três a quatro meses nas fazendas.Seu aprendizado com foi os professores Justino Nenéu e Domingos Soriano Lopes.
Ainda menino já trabalhava, carrregando água, enchiqueirando bodes, dando comida e água aos animais da fazenda, pilando milho para fazer xerém e outras atividades compatíveis com sua idade. Mais tarde, jovem, robusto passou aos trabalhos de gente grande: cultivava algodão, milho, feijão de corda, abóbora, melancia, cuidava da criação de gado, e dos animais. Posteriormente tornou-se vaqueiro e feirante
Seu alistamento eleitoral e de seus dois irmãos Antônio e Livino foi feito em 1915 por Metódio Godoi, apesar de não terem ainda os 21 anos exigidos por lei. Sabe-se que votaram três vezes: em 1915, 1916 e 1919.
A vida amorosa dos três irmãos era como a de qualquer jovem de sua idade, e se não houvessem optado pela vida de cangaceiro, certamente teriam cada um constituído sua família e tido um lar estável como foi o de seus familiares. Até entrar para o cancaço, Virgulino e seus irmãos eram pessoas comuns, pacíficos sertanejos, que viviam do trabalho (trabalhavam muito como qualquer sertanejo) na fazenda e na feira onde iam vender suas mercadorias. Virgulino Ferreira da Silva na certa seria sempre um homem comum, se fatos acontecidos com ele e sua família (que narraremos na página "Porque Virgulino entrou para o cangaço") não o tivessem praticamente obrigado a optar pelo cangaço como saída para realizar sua vingança. Viveu no cangaço durante anos, vindo a falecer numa emboscada em 28 de julho de 1938, no município de Poço Redondo, Sergipe, na fazenda Angico
Outras biografias:
irgulino Ferreira da Silva, o cangaceiro Lampião, é uma figura controversa na história do Brasil: bandido para uns, justiceiro do sertão para outros. Tinha um olho cego e usava óculos. O tema foi sugerido por Alice Barros e Anamaria Barbosa. (Foto: Lauro de Oliveira)
1-
Lampião nasceu no atual município de Serra Talhada, em um dos Estados nordestinos percorridos por ele e seu bando. Qual Estado?
Pernambuco
Paraíba
Bahia
Alagoas
2-
No linguajar do cangaço, de coronéis, volantes, aliados e inimigos, o que é um coiteiro?
•
O mesmo que almocreves: o sujeito que faz transporte de objetos (armas, munição, roupas) em lombo de burro
Aquele que, nos esconderijos, vigiava a barraca onde namoravam (faziam 'o coito') cangaceiros e cangaceiras
Variação de coitado, usado para os cangaceiros de péssima pontaria
Aquele que dá proteção ao cangaceiro, que pode ser abrigo ou alimento
3-
Entre os motivos que levaram Lampião à violência do cangaço, pode ser citado:
•
A obediência à mãe, que via no cangaço uma forma de ascensão social
O desejo de vingar a morte do pai, vítima de conflitos locais sobre a propriedade da terra
A necessidade de combater a Coluna Prestes, que estava em curso nos anos 20
O alto índice de desemprego no sertão e a sua reprovação em um concurso público para policial
4-
Na longa história dos cangaceiros, quem é considerado o principal mentor de Lampião?
•
Jesuíno Brilhante
Cabeleira
Sinhô Pereira
Padre Cícero
5-
A chegada de Maria Bonita ao bando, a partir de 1930, incentivou a presença de mulheres no cangaço. Quando e como morreu a mulher de Lampião?
•
Em 1938, na batalha de Angico, a mesma em que morreu Lampião; ela teve a cabeça decepada
Em 1932, no primeiro combate de que participou; foi morta a tiros por policiais
Em 1940, já no grupo de Corisco e Dadá; ela foi degolada pelas forças policiais
Em 1938, na batalha de Angico; ela tentou salvar Lampião e foi torturada até a morte
6-
Por que Virgulino Ferreira da Silva ganhou o apelido de Lampião?
•
Pelo brilho de seus olhos azuis, que iluminavam a noite
•
Pela sua rapidez em dar tiros consecutivos, fazendo o rifle parecer uma metralhadora
Lampião era a marca dos lenços de seda que ele usava no pescoço
•
Pela habilidade de descobrir os esconderijos dos inimigos na caatinga, mesmo no escuro
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