Que
Juscelino era um homem bem-humorado, espirituoso e dono de uma simpatia
irresistível todo mundo já sabe. O que poucos conhecem são os infinitos “causos”
protagonizados pelo ex-presidente e imortalizados por quem teve acesso a essas
histórias, seja por ter estado presente no momento exato do diálogo, seja pelo
boca-a-boca ou seja por ter ouvido o episódio do próprio Juscelino.
Como
bom mineiro que era e amante de uma bela conversa, o ex-presidente não só
gostava de ouvir causos, como também de ser personagem deles. O escritor
Ronaldo Costa Couto, consultor histórico da minissérie e autor de “Brasília
Kubitschek de Oliveira”, obra que serve de referência para “JK”, selecionou
alguns desses episódios que ilustram a trajetória da vida de Juscelino.
Confira:
SARA?
Brasília, final de 1957. Os candangos trabalham até o limite das forças. Constroem o sonho de JK, agora também deles. Enfrentam turno e meio sem descanso, às vezes dois. A cidade é pura obra. Muito desconforto, poeira ou barro, comida improvisada, moradia precária, muito homem e pouca mulher. Um sufoco monumental. Durante visita ao futuro Palácio da Alvorada, acompanhado de dona Sarah Kubitschek, avisam JK que um candango acaba de desmaiar. Médico, ele corre para dar socorro. Toma o pulso, verifica a respiração e a dilatação da pupila. Percebe que o homem já está voltando. Conclui que é pura estafa, excesso de esforço. Resolve animá-lo: “Tudo bem, batuta! Você só precisa de mulher”. “Sara, presidente?”. “Não! A Sarah, não!”.
Brasília, final de 1957. Os candangos trabalham até o limite das forças. Constroem o sonho de JK, agora também deles. Enfrentam turno e meio sem descanso, às vezes dois. A cidade é pura obra. Muito desconforto, poeira ou barro, comida improvisada, moradia precária, muito homem e pouca mulher. Um sufoco monumental. Durante visita ao futuro Palácio da Alvorada, acompanhado de dona Sarah Kubitschek, avisam JK que um candango acaba de desmaiar. Médico, ele corre para dar socorro. Toma o pulso, verifica a respiração e a dilatação da pupila. Percebe que o homem já está voltando. Conclui que é pura estafa, excesso de esforço. Resolve animá-lo: “Tudo bem, batuta! Você só precisa de mulher”. “Sara, presidente?”. “Não! A Sarah, não!”.
FRADE MISTERIOSO
Final de 1954, Palácio das Mangabeiras, pé da Serra do Curral, Belo Horizonte, lusco-fusco. O governador Juscelino Kubitschek de Oliveira está à vontade, repousando no andar superior. De repente, anunciam que um frade barbudo está esperando por ele na grande sala da entrada do andar térreo. Admira-se. Não espera ninguém. Terá se esquecido? Falha do Cerimonial? Compõe-se e desce a escada encaracolada. Age cordialmente, com naturalidade, como se cumprisse a agenda. Não questiona a presença do visitante. Pelo contrário. Cumprimenta-o alegremente, senta-se para conversar. O frade demora pouco e nada pede. A não ser que JK jamais abandone os propósitos humanitários e se prepare, pois vai ser presidente da República. Dá-lhe a bênção, despede-se e vai embora. Perplexo, Juscelino manda verificar o que aconteceu. Está impressionado e preocupado. Quer saber mais sobre a estranha visita. Sobretudo como o frade passou pela portaria chefiada pelo disciplinado e eficiente cabo Lucas. O Palácio é encravado na montanha, cercado, somente acessível pela portaria, muito bem vigiada. Dá as ordens. Verificam tudo, checam tudo. Conclusão: ninguém entrou, ninguém saiu. JK contava esse episódio com convicção absoluta.
Final de 1954, Palácio das Mangabeiras, pé da Serra do Curral, Belo Horizonte, lusco-fusco. O governador Juscelino Kubitschek de Oliveira está à vontade, repousando no andar superior. De repente, anunciam que um frade barbudo está esperando por ele na grande sala da entrada do andar térreo. Admira-se. Não espera ninguém. Terá se esquecido? Falha do Cerimonial? Compõe-se e desce a escada encaracolada. Age cordialmente, com naturalidade, como se cumprisse a agenda. Não questiona a presença do visitante. Pelo contrário. Cumprimenta-o alegremente, senta-se para conversar. O frade demora pouco e nada pede. A não ser que JK jamais abandone os propósitos humanitários e se prepare, pois vai ser presidente da República. Dá-lhe a bênção, despede-se e vai embora. Perplexo, Juscelino manda verificar o que aconteceu. Está impressionado e preocupado. Quer saber mais sobre a estranha visita. Sobretudo como o frade passou pela portaria chefiada pelo disciplinado e eficiente cabo Lucas. O Palácio é encravado na montanha, cercado, somente acessível pela portaria, muito bem vigiada. Dá as ordens. Verificam tudo, checam tudo. Conclusão: ninguém entrou, ninguém saiu. JK contava esse episódio com convicção absoluta.
TANCREDO CONTRA
Brasília, Congresso Nacional, 11 de abril de 1964. Castello Branco não teve o voto de Tancredo Neves, seu amigo pessoal de longa data, companheiro na Escola Superior de Guerra, em 1956. Tancredo bateu o pé. Comunicou ao PSD que votaria em branco, apesar dos méritos e credenciais do general Castello Branco. Questão de princípio: era contra o golpe. Não queria nem um minuto de regime militar, não abria mão da democracia. Conta-se que, esgotados todos os argumentos dos pessedistas para convencê-lo, o amigo e ex-chefe JK, então senador por Goiás, fez um apelo: "Mas, Tancredo, o Castello é um sorbonniano, estudou na França. É militar diferente, um intelectual como você. Já leu centenas de livros!". Tancredo: "É verdade, Juscelino. Mas ele leu os livros errados".
Dois meses depois o governo cassou o mandato e os direitos políticos de JK, que partiu para o exílio e o sofrimento sem fim.
Brasília, Congresso Nacional, 11 de abril de 1964. Castello Branco não teve o voto de Tancredo Neves, seu amigo pessoal de longa data, companheiro na Escola Superior de Guerra, em 1956. Tancredo bateu o pé. Comunicou ao PSD que votaria em branco, apesar dos méritos e credenciais do general Castello Branco. Questão de princípio: era contra o golpe. Não queria nem um minuto de regime militar, não abria mão da democracia. Conta-se que, esgotados todos os argumentos dos pessedistas para convencê-lo, o amigo e ex-chefe JK, então senador por Goiás, fez um apelo: "Mas, Tancredo, o Castello é um sorbonniano, estudou na França. É militar diferente, um intelectual como você. Já leu centenas de livros!". Tancredo: "É verdade, Juscelino. Mas ele leu os livros errados".
Dois meses depois o governo cassou o mandato e os direitos políticos de JK, que partiu para o exílio e o sofrimento sem fim.
POR CIMA
A eleição presidencial de 1955 pega fogo em Limoeiro, Pernambuco. Quase sai guerra entre as forças dos candidatos Juarez Távora, Adhemar de Barros, Plínio Salgado e Juscelino Kubitschek. O legendário coronel Chico Heráclio fecha com JK. Entra pesado na briga, radicaliza, passa pitos, ganha, esfrega a vitória na cara dos adversários.
Já eleito, Juscelino se encontra com ele no Aeroporto de Recife. O escritor hoje Marcos Vilaça, da Academia Brasileira de Letras, então adolescente, estava lá todo enfatiotado, de paletó novo e camisa de linho branca. Ele não se esquece da alegria e das palavras dos dois ao se abraçar. JK: “Coronel, agora que eu sou presidente, o que o senhor quer de mim?”. “Nada, doutor Juscelino. Eu só quero ver o senhor cuspindo de cima.”
A eleição presidencial de 1955 pega fogo em Limoeiro, Pernambuco. Quase sai guerra entre as forças dos candidatos Juarez Távora, Adhemar de Barros, Plínio Salgado e Juscelino Kubitschek. O legendário coronel Chico Heráclio fecha com JK. Entra pesado na briga, radicaliza, passa pitos, ganha, esfrega a vitória na cara dos adversários.
Já eleito, Juscelino se encontra com ele no Aeroporto de Recife. O escritor hoje Marcos Vilaça, da Academia Brasileira de Letras, então adolescente, estava lá todo enfatiotado, de paletó novo e camisa de linho branca. Ele não se esquece da alegria e das palavras dos dois ao se abraçar. JK: “Coronel, agora que eu sou presidente, o que o senhor quer de mim?”. “Nada, doutor Juscelino. Eu só quero ver o senhor cuspindo de cima.”
ADMIRÁVEIS DE JK
Início
dos anos setenta, Rio, Ipanema, apartamento de Juscelino. O escritor José
Cândido de Carvalho três personagens da história brasileira. JK, de
bate-pronto: “D. João VI, Mauá e Vargas”. D. João, pela visão do Brasil que
nascia. Mauá, pelo empurrão que deu na nação. Vargas, pelo sentido social de
seu governo. Três figuras que viram o Brasil além do seu tempo e vidas,
explicou. Um rei, um empresário, um estadista.
Quem são eles?
Saiba quem
foram Olegário Maciel, Gustavo Capanema e Benedito Valadares
02
Em 1933, Olegário Maciel era o interventor de Minas Gerais, cargo
semelhante ao que é hoje o de governador. Ele morreu em maio daquele ano. Sua
cadeira no governo foi ocupada interinamente por Gustavo Capanema, que tinha
esperanças de permanecer no cargo. Os interventores não eram eleitos pelo povo,
mas escolhidos e nomeados pelo presidente, Getúlio Vargas. E foi Benedito
Valadares quem ele nomeou como titular do cargo, frustrando Gustavo Capanema.
Ao tomar posse, Valadares nomeou Juscelino Kubitschek seu chefe da Casa Civil,
proporcionando a JK sua estréia na política. Conheça um pouco mais sobre esses
mineiros que ficaram na História
Olegário Maciel: Nasceu em 1855.
Engenheiro, começou na política em 1880, ainda no período do Império, como
deputado provincial. Desde então, ocupou diversos cargos públicos. Chegou a
passar alguns anos afastado da política, mas retornou em 1922, como
vice-presidente de Minas Gerais – na época, os estados tinham presidentes, não
governadores. Em 1930, tornou-se presidente do estado. Quando Getúlio Vargas
tomou posse da presidência do país, logo após a Revolução de 1930, todos os
presidentes estaduais foram afastados e substituídos por interventores
federais. Apenas Olegário foi mantido em seu cargo. No ano seguinte, o ministro
Oswaldo Aranha tentou afastá-lo do governo, através de um golpe de estado, mas
não conseguiu. Ao estourar a Revolução Constitucionalista de 1932, foi Olegário
quem mandou tropas mineiras lutarem contra os rebeldes paulistas. Ele morreu em
setembro de 1933.Gustavo Capanema: Quando Olegário Maciel morreu, Gustavo Capanema, seu primo, era seu secretário do Interior e Justiça. Por alguns meses, ele ocupou interinamente o cargo de presidente de Minas, até que, em dezembro, Getúlio Vargas extinguiu o cargo e nomeou o pouco conhecido deputado Benedito Valadares para ser seu interventor federal no estado. Como compensação, o sempre getulista Capanema ganhou o Ministério da Educação e Saúde, em 1934, pasta que ele só deixaria com o fim do Estado Novo, em 1945. Como ministro, ele criou o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan, atual Iphan). Simpático aos artistas modernistas, Capanema tinha Carlos Drummond de Andrade como seu chefe de gabinete. Entre 1959 e 1961, foi ministro do Tribunal de Contas da União. Apoiou o golpe militar de 1964 e exerceu diversos cargos políticos até 1979, quando se aposentou. Morreu em 1985, aos 85 anos.
Benedito Valadares: Dentre tantos candidatos fortes à vaga deixada por Olegário Maciel, Benedito Valadares era o que parecia ter menos chances. Mas foi ele, aos 41 anos, o escolhido por Vargas, a quem apoiou com fidelidade nos embates políticos que viriam. De interventor, Valadares passou a governador em 1935, eleito pela Assembléia Constituinte. Como Vargas não deixou o poder, ele também não saiu, permanecendo como governador até 1945. Encerrou sua carreira política em 1971, como senador. Morreu em 1973.
Os horrores finais da guerra
Quinta-feira, 12/01/2006
Quinta-feira, 12/01/2006
Juscelino opera Leonardo.
Guiomar pede que Antenor avise Salomé que ela precisa tomar cuidado com
Licurgo. Leonardo acorda e reconhece Juscelino. Juscelino impede que os
soldados desrespeitem as mulheres e que se apropriem de bens dos cidadãos.
Sarah tenta ir para a frente de batalha encontrar Juscelino, mas é impedida de
embarcar no trem. Juscelino salva muitos feridos, que o idolatram. Salomé e
Zinque se casam. Leonardo conta para Padre Kobal que tentou localizar Salomé,
mas foi mandado para a batalha antes. Licurgo exige que Zinque vá lutar por
Minas. Zinque vai, com a esperança de conseguir o respeito do pai. Juscelino
aconselha Leonardo a mandar uma carta para Salomé para o endereço de Júlia.
Júlia entrega a carta de Leonardo a Maria. Licurgo vê Maria guardando a carta e
a rasga. Juscelino fica amigo de Benedito Valadares. Os oficiais não gostam de
Benedito, pois ele é nomeado chefe de polícia e tem poder para prendê-los.
Licurgo espia Salomé. Antenor joga uma pedra na janela para alertar Salomé da
presença de Licurgo. A guerra acaba. Juscelino comemora. Zinque chega numa
cidade paulista arrasada, onde só sobraram velhos e crianças, e é hostilizado
pelos moradores. Guiomar manda Antenor contar a Maria por que Licurgo brigou
com ele. Juscelino entra num túnel que explode.
Que guerra é essa?
Entenda o que
foi a Revolução de 1932, mostrada na trama
03
Quando Getúlio Vargas tomou o poder, com a Revolução de 1930, o
povo comemorou, porque via nisso uma solução para diversas mazelas sociais e
econômicas do Brasil. No entanto, o tempo foi passando e o Governo Provisório
de Getúlio não dava o menor sinal de que acabaria algum dia. Além disso, o país
continuava sem uma constituição, o que deixava o povo completamente à mercê das
vontades do presidente. Os brasileiros – especialmente os paulistas, os mais
prejudicados com a nova ordem política – viram que era hora de lutar outra vez.
Em maio de 1932, para acalmar os ânimos, Getúlio marcou as
eleições que escolheriam os integrantes da Assembléia Constituinte, os
deputados que criariam a nova constituição. Mas essas eleições seriam apenas
dentro de um ano. Getúlio também divulgou um novo Código Eleitoral, conjunto de
normas legislativas que rege as eleições para cargos políticos. O novo código
dava às mulheres o direito de votar e instituía o voto secreto, além de criar a
Justiça Eleitoral. Eram inovações importantes, reivindicadas havia muito tempo,
mas isso não foi o suficiente para calar os insatisfeitos. Os paulistas vão à luta
Os paulistas estavam especialmente desgostosos, porque Getúlio havia destacado um pernambucano para ser seu interventor no estado de São Paulo. Quando o povo foi às ruas protestar contra o presidente, as reivindicações eram duas: uma nova constituição para o Brasil e um interventor paulista para São Paulo. No dia 23 de maio, os manifestantes decidiram invadir a sede do Partido Popular Progressista, a antiga Legião Revolucionária, que era o reduto dos tenentes que haviam ajudado Getúlio a tomar o poder. Os invasores foram recebidos a tiros, o que alimentou anda mais a fúria dos descontentes. Dentre os mortos estavam os jovens Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, cujas iniciais, MMDC, quase imediatamente deram nome a uma organização revolucionária.
Nas semanas seguintes, o MMDC se dedicou a angariar fundos para a compra de armas, a fim de tornar possível a revolução constitucionalista que estouraria em pouco tempo. Getúlio já tinha mudado o interventor de São Paulo, mas ainda faltava a constituição. No dia 9 de julho, o movimento revolucionário ganhou as ruas da capital e do interior de São Paulo. Era a Revolução Constitucionalista de 1932.
Uma guerra perdida
A guerra deveria ter sido uma revolta nacional, mas as falhas de sua organização fizeram com que apenas os revoltosos de São Paulo fossem à luta. Tropas da 2ª Região Militar e da Força Pública ocuparam pontos estratégicos da capital paulista. Sem um tiro, os rebeldes controlaram o estado. Intelectuais, industriais, estudantes e políticos ligados à República Velha apoiaram o movimento. Mas era impossível os paulistas vencerem sozinhos – os governos do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais, que a princípio viam com bom olhos a campanha pela constitucionalização, resolveram não enfrentar a força militar do governo federal.
A guerra foi mais longa do que se imaginava e os revoltosos não tinham preparo nem armamentos suficientes. No front, matracas e motocicletas eram usadas para fazer barulho e criar a ilusão de que os paulistas estavam armados até os dentes. A população doou ouro e pedras preciosas para ajudar – na primeira semana de revolução, 10 mil pessoas doaram jóias na capital de São Paulo. Muitas mulheres se organizaram num mutirão para costurar fardas e cuidar dos feridos. Pela primeira vez, o rádio foi usado para mobilizar a população para uma guerra.
A luta armada dos constitucionalistas ficou restrita ao estado de São Paulo. Isolados, os paulistas não tiveram condições de manter por muito tempo a revolução. Em outubro de 1932, assinaram a rendição. Saldo: 633 revoltosos mortos. A constituição só viria em 1934. E Getúlio Vargas permaneceria no poder por 15 anos, ao todo.
04
Sarah Kubitschek (I) -
Debora Falabella
Personagem
real. Quando Sarah Lemos viu JK pela primeira vez, apaixonou-se perdidamente.
Casou-se e desejou muito ter filhos, mas foram 11 anos de tentativas até nascer
Marcia. Anos depois, adotaram Maria Estela. De família tradicional e cheia de
políticos, ela era enérgica, determinada, bem-educada, e consciente de sua
categoria social. Apesar de conservadora, esteve surpreendentemente à frente de
seu tempo. Foi uma das primeiras-damas mais ativas do país e cumpriu
exemplarmente seu papel, mas sofreu por não ser amada na mesma proporção em que
amava Juscelino. Entre as primeiras-damas do Brasil, foi a primeira a se
engajar em obras sociais
05
Juscelino
Kubitschek (I) -
Wagner Moura
Personagem
real. Juscelino Kubitschek teve infância pobre, mas conseguiu concluir os
estudos e passar num concurso para telegrafista. Mudou-se para Belo Horizonte,
onde concluiu a faculdade de Medicina. Especializou-se em urologia na França.
Casou-se com Sarah, com quem teve uma filha, Marcia, e adotou outra, Maria Estela.
Herdou dos pais suas características fundamentais: a boemia, jovialidade e
alegria de João César; a disciplina e o sentido de responsabilidade de dona
Júlia. Visionário determinado, inteligente, astuto, irrequieto, bem-humorado,
de uma simpatia irresistível, dinâmico, otimista, dono de um grande espírito
inovador. Adorava dançar. Entrou para política como secretário executivo do
Governo de Minas Gerais, revolucionou a maneira de administrar na prefeitura de
Belo Horizonte (1940-44), no governo de Minas Gerais (1950-54) e na presidência
da República (1956-
Júlia
Kubitschek (I) -
Julia Lemmertz
Personagem
real. Dona Júlia Kubitschek de Oliveira era a mãe de Juscelino e Naná. Mulher
bonita, forte, professora primária em Diamantina. Aos 28
anos, ficou viúva de João Cesar e criou, praticamente sozinha, seus dois
filhos. Teve influência muito grande durante toda a vida de JK. Ao contrário do
marido, que era alegre e boêmio, ela, de ascendência tcheca, era uma mulher
dura e persistente. Seu amor pelos filhos é inquestionável, mas demonstrado de
forma muito contida. É para Juscelino o paradigma da ética, da determinação e
da honestidade.
Naná (I)
-
Juliana Mesquita
Personagem
real. Maria da Conceição Kubitschek de Oliveira era a única irmã de JK, um ano
mais velha que ele. Desde a infância, eram muito unidos. Inventiva, procurava
tornar a vida dura da família mais alegre e divertida, nos tempos difíceis.
Durante toda a vida, foi a grande confidente de Juscelino. Alegre, comunicativa
e generosa, casou-se com Julio Soares
Licurgo -
Luis Melo
Personagem
fictício. O coronel é casado com Maria e é pai de Zinque. Típico coronel do
interior, autoritário, brutal, reacionário. Falso cristão, prega as leis da
Igreja, mas vive de acordo com suas vontades. Freqüentador assíduo do cabaré de
Olímpia. Não aceita que o filho siga a vida religiosa.
Salomé -
Deborah Evelyn
Personagem
fictício. Enfermeira, mãe de Silvinha. Quando jovem, apaixonou-se por Leonardo,
mas o destino os separou de forma trágica. Pensando que seu amor havia morrido,
casa-se com o primo Zinque, mas vivem como irmãos. Cansada de viver em conflito
com o sogro, o coronel Licurgo, muda-se para Belo Horizonte para trabalhar na
Santa Casa. Ao encontrar Leonardo e perceber que não poderão ficar juntos,
muda-se de vez para o Rio de Janeiro com Guiomar e passam a viver na pensão da
baronesa de Tibagi
José Maria
Alkmim (I) -
Ranieri Gonzalez
Personagem
real. Amigo de adolescência de Juscelino. Ambos foram telegrafistas e moraram
na mesma pensão em
Belo Horizonte. Político talentoso, iniciou a carreira como
deputado da Assembléia Nacional Constituinte. Aparecia constantemente para
resolver os problemas e dificuldades de JK. Seu desempenho foi fundamental para
garantir a posse de JK à presidência diante da ameaça de um golpe de estado.
Ministro da Fazenda de JK, foi contra a reforma cambial e impediu de todas as
maneiras que os desequilíbrios financeiros comprometessem o êxito do programa
de metas. Casou-se com Maria das Dores e teve
Leonardo Faria -
Caco Ciocler
Personagem
fictício. Pai de Sergio Sá e Silvinha. É um homem bonito, sedutor e
inteligente, que a vida transforma num político oportunista. Dançarino de tango
para pagar os estudos, tem em Salomé sua parceira de dança. Os dois se
apaixonam, mas são separados. Quando se reencontram, estão casados com outras
pessoas e iniciam uma relação de desencontros e mágoas. Envolve-se com Maguí.
Deputado pela UDN, faz oposição a JK.
Zinque -
Dan Stulbach
Personagem
fictício. Filho de Licurgo e Maria. Sofre com a violência do pai. Casa-se com
Madalena e assume seu irmão Antenor como filho. Viúvo, volta a se casar com a
prima Salomé, com quem mantém uma relação de irmão. Quando ela engravida,
também assume a paternidade de seu filho. Seu grande sonho é seguir a vida
religiosa, mas é impedido pelo pai.
Olímpia Garcia -
Tuna Dwek
Cafetina
espanhola, dona dos mais importantes bordéis e cabarés de Belo Horizonte na
época em que JK
era jovem. Manteve-se à frente do meretrício da cidade até o fim dos anos 30.
Luisinha Negrão
(I) -
Louise Cardoso
Personagem
real. Mãe de Sarah. Mulher bonita, elegante, vaidosa e bem-humorada. Casada com
Jaime Lemos, teve cinco filhos: Amélia, Maria Luisa, Sarah, Geraldo e Idalina.
O marido era uma figura importante na política mineira, mas teve grandes
decepções que acabaram levando-o a morte. Não gostava do que a política fez com
seu marido, mas teve que se conformar em ter três de suas filhas casadas com
políticos: Amélia com Gabriel Passos, Maria Luisa com Clóvis Pinto e Sarah com
Juscelino Kubitschek.
Julio Soares
(I) -
Mateus Solano
Personagem
real. Cunhado e grande amigo de Juscelino. Pouco mais velho que JK e cursando
os últimos anos da faculdade de Medicina, conheceu o futuro presidente na
pensão de dona Cota, onde moravam. Casou-se com Naná e convidou Juscelino para
morar com eles. Quando JK recebeu o diploma de médico, convidou-o para sócio e
formaram uma próspera clínica. Honesto, íntegro, grande companheiro, era
considerado por Juscelino um verdadeiro irmão
Maria -
Cássia Kiss
Personagem
fictício. Tia Maria é casada com Licurgo, mãe de Zinque. Mulher religiosa,
calada, submissa, quase sem instrução, mas de boa índole. Sofre com os maus
tratos do marido.
Amália
Brant -
Manoela do Monte
Personagem
real. Aluna de dona Júlia, foi a primeira paixão de JK
Augusto Elias
-
Paulo José
Personagem
real. Avô de JK e Naná, pai de dona Júlia. Homem simples, porém amante dos
livros, admirador de Alexandre Dumas e Walter Scott, foi quem despertou em JK o
gosto pela leitura
Benedito
Valadares -
Otávio Augusto
Personagem
real. Famoso político de Pará de Minas, iniciou a carreira política como
vereador em sua cidade. Em 1930, apoiou Vargas e a Revolução que ele liderava,
iniciando uma longa e proveitosa aliança de várias décadas. Por sua mão, JK foi
levado para a política depois de se conhecerem na zona do túnel durante a
Revolução de 32.
Celeste -
Maria Manoela
Personagem
fictícia. Casa-se com Joaquim, mãe de Salomé. Morre quando a filha ainda é uma
criança.
Gabriel Passos
(I) -
Marcelo Vázea
Personagem
real. Cunhado de JK, casado com Amélia, irmã de Sarah. Diplomado em Direito,
jornalista de um jornal mineiro, professor de filosofia no Ginásio Mineiro.
Ingressou na política em 1930. Foi candidato ao governo de Minas em 1950, tendo
como adversário seu cunhado JK. Derrotado, afastou-se de Minas, indo trabalhar em São Paulo , convidado por
Francisco Matarazzo. Em 1954, retornou à política, eleito deputado federal pela
UDN. Foi um dos mais exacerbados adversários do governo JK
Guiomar -
Ana Carbatti
Personagem
fictícia. Comprada pelo coronel Licurgo, vai morar em sua fazenda. Sofre com
seus maus tratos e tem em Salomé, Zinque e Maria grandes aliados. Foge para
Belo Horizonte e depois para o Rio de Janeiro, onde irá trabalhar como
cozinheira na pensão da baronesa. Ali conhece Dora Amar, que lhe propõe
sociedade para trabalhar como banqueteira. A conselho de Salomé, vai para
Brasília onde monta uma pensão para candangos.
Irmã
Maria -
Ida Gomes
Freira
francesa, franzina e tímida, mas muito corajosa e valente. Era responsável por
um pequeno hospital de campanha na Mantiqueira, durante a Revolução de 32, onde
JK servia como oficial-médico. Esteve sempre ao lado de Juscelino, ajudando
incansavelmente no tratamento dos feridos
Joaquim -
Ilya São Paulo
Personagem
fictício. Irmão de Maria, casado com Celeste, pai de Salomé. Viúvo, assume a
educação da filha. Quando mais velho, adoece e depende dos cuidados de Salomé
José Maria
Alkmim (I) -
Ranieri Gonzalez
Personagem
real. Amigo de adolescência de Juscelino. Ambos foram telegrafistas e moraram
na mesma pensão em
Belo Horizonte. Político talentoso, iniciou a carreira como
deputado da Assembléia Nacional Constituinte. Aparecia constantemente para
resolver os problemas e dificuldades de JK. Seu desempenho foi fundamental para
garantir a posse de JK à presidência diante da ameaça de um golpe de estado.
Ministro da Fazenda de JK, foi contra a reforma cambial e impediu de todas as
maneiras que os desequilíbrios financeiros comprometessem o êxito do programa
de metas. Casou-se com Maria das Dores e teve quatro filhos.
João
César -
Fábio Assunção
Personagem
real. Pai de JK e Naná, casado com Júlia. Caixeiro-viajante, era boêmio, alegre
e afetivo. Violeiro, gostava de festas e diversão. Morreu tuberculoso quando
Juscelino tinha apenas dois anos de idade
Julio Soares
(I) -
Mateus Solano
Personagem
real. Cunhado e grande amigo de Juscelino. Pouco mais velho que JK e cursando
os últimos anos da faculdade de Medicina, conheceu o futuro presidente na
pensão de dona Cota, onde moravam. Casou-se com Naná e convidou Juscelino para
morar com eles. Quando JK recebeu o diploma de médico, convidou-o para sócio e
formaram uma próspera clínica. Honesto, íntegro, grande companheiro, era
considerado por Juscelino um verdadeiro irmão.
Juscelino
Kubitschek (I) -
Wagner Moura
Personagem
real. Juscelino Kubitschek teve infância pobre, mas conseguiu concluir os
estudos e passar num concurso para telegrafista. Mudou-se para Belo Horizonte,
onde concluiu a faculdade de Medicina. Especializou-se em urologia na França.
Casou-se com Sarah, com quem teve uma filha, Marcia, e adotou outra, Maria
Estela. Herdou dos pais suas características fundamentais: a boemia,
jovialidade e alegria de João César; a disciplina e o sentido de
responsabilidade de dona Júlia. Visionário determinado, inteligente, astuto,
irrequieto, bem-humorado, de uma simpatia irresistível, dinâmico, otimista,
dono de um grande espírito inovador. Adorava dançar. Entrou para política como
secretário executivo do Governo de Minas Gerais, revolucionou a maneira de
administrar na prefeitura de Belo Horizonte (1940-44), no governo de Minas
Gerais (1950-54) e na presidência da República (1956-1960).
Júlia
Kubitschek (I) -
Julia Lemmertz
Personagem
real. Dona Júlia Kubitschek de Oliveira era a mãe de Juscelino e Naná. Mulher
bonita, forte, professora primária em Diamantina. Aos 28
anos, ficou viúva de João Cesar e criou, praticamente sozinha, seus dois
filhos. Teve influência muito grande durante toda a vida de JK. Ao contrário do
marido, que era alegre e boêmio, ela, de ascendência tcheca, era uma mulher
dura e persistente. Seu amor pelos filhos é inquestionável, mas demonstrado de
forma muito contida. É para Juscelino o paradigma da ética, da determinação e
da honestidade
Leonardo Faria -
Caco Ciocler
Personagem
fictício. Pai de Sergio Sá e Silvinha. É um homem bonito, sedutor e
inteligente, que a vida transforma num político oportunista. Dançarino de tango
para pagar os estudos, tem em Salomé sua parceira de dança. Os dois se
apaixonam, mas são separados. Quando se reencontram, estão casados com outras
pessoas e iniciam uma relação de desencontros e mágoas. Envolve-se com Maguí. Deputado
pela UDN, faz oposição a JK.
Licurgo -
Luis Melo
Personagem
fictício. O coronel é casado com Maria e é pai de Zinque. Típico coronel do
interior, autoritário, brutal, reacionário. Falso cristão, prega as leis da
Igreja, mas vive de acordo com suas vontades. Freqüentador assíduo do cabaré de
Olímpia. Não aceita que o filho siga a vida religiosa.
Luisinha Negrão
(I) -
Louise Cardoso
Personagem
real. Mãe de Sarah. Mulher bonita, elegante, vaidosa e bem-humorada. Casada com
Jaime Lemos, teve cinco filhos: Amélia, Maria Luisa, Sarah, Geraldo e Idalina.
O marido era uma figura importante na política mineira, mas teve grandes
decepções que acabaram levando-o a morte. Não gostava do que a política fez com
seu marido, mas teve que se conformar em ter três de suas filhas casadas com
políticos: Amélia com Gabriel Passos, Maria Luisa com Clóvis Pinto e Sarah com
Juscelino Kubitschek.
Madalena
-
Ana Cecília Costa
Personagem
fictícia. Amante de Licurgo, muda-se para a fazenda e casa-se com Zinque. Mãe
de Antenor, morre tentando fugir de Licurgo.
Maria -
Cássia Kiss
Personagem
fictício. Tia Maria é casada com Licurgo, mãe de Zinque. Mulher religiosa,
calada, submissa, quase sem instrução, mas de boa índole. Sofre com os maus
tratos do marido
Mata Machado -
Luciano Chirolli
Personagem
real. Médico de Diamantina, amigo da família de JK. Foi quem ajudou JK a
conseguir o emprego de telegrafista em Belo Horizonte , que
lhe daria condições de estudar Medicina.
Naná (I)
-
Juliana Mesquita
Personagem
real. Maria da Conceição Kubitschek de Oliveira era a única irmã de JK, um ano
mais velha que ele. Desde a infância, eram muito unidos. Inventiva, procurava
tornar a vida dura da família mais alegre e divertida, nos tempos difíceis.
Durante toda a vida, foi a grande confidente de Juscelino. Alegre, comunicativa
e generosa, casou-se com Julio Soares
Odilon Bherens
(I) -
Andre Frateschi
Personagem
real. Colega de medicina de Juscelino. Farrista e bem-humorado, tornou-se amigo
de JK e Alkmim na pensão de dona Cota. Formavam uma turma inseparável. Mineiro
de Juiz de Fora, foi quem apresentou JK a Schmidt. Foi secretário da educação e
das finanças de JK no governo de Minas Gerais e morreu quando desempenhava o
cargo. De acordo com um pacto feito quando eram jovens, conta-se que, no seu
velório, Juscelino colocou 500 cruzeiros no caixão, Thales pôs outros 500 e
que, quando chegou a vez de Alkmim, este preencheu um cheque de 1.500 cruzeiros
e o colocou no caixão, depois de pegar o dinheiro dos outros dois
Olímpia Garcia -
Tuna Dwek
Cafetina
espanhola, dona dos mais importantes bordéis e cabarés de Belo Horizonte na
época em que JK
era jovem. Manteve-se à frente do meretrício da cidade até o fim dos anos 30.
Oscar
Niemeyer -
Rodrigo Penna
Personagem
real. Arquiteto carioca, reconhecido por seus projetos inovadores, com traços
modernos, e por seu engajamento no trabalho. Boêmio, gostava de estar com os
amigos, de tocar cavaquinho, de samba e de futebol. Quando conhece JK, já se
revela preocupado com a pobreza do povo brasileiro e com as injustiças sociais.
Impressionou JK por sua capacidade de trabalho e de encarar desafios e,
principalmente, por sua ousadia. Participou dos projetos para construção do
Conjunto Arquitetônico da Pampulha e de Brasília.
Salomé -
Deborah Evelyn
Personagem
fictício. Enfermeira, mãe de Silvinha. Quando jovem, apaixonou-se por Leonardo,
mas o destino os separou de forma trágica. Pensando que seu amor havia morrido,
casa-se com o primo Zinque, mas vivem como irmãos. Cansada de viver em conflito
com o sogro, o coronel Licurgo, muda-se para Belo Horizonte para trabalhar na
Santa Casa. Ao encontrar Leonardo e perceber que não poderão ficar juntos,
muda-se de vez para o Rio de Janeiro com Guiomar e passam a viver na pensão da
baronesa de Tibagi.
Sarah Kubitschek (I) -
Debora Falabella
Personagem
real. Quando Sarah Lemos viu JK pela primeira vez, apaixonou-se perdidamente.
Casou-se e desejou muito ter filhos, mas foram 11 anos de tentativas até nascer
Marcia. Anos depois, adotaram Maria Estela. De família tradicional e cheia de
políticos, ela era enérgica, determinada, bem-educada, e consciente de sua
categoria social. Apesar de conservadora, esteve surpreendentemente à frente de
seu tempo. Foi uma das primeiras-damas mais ativas do país e cumpriu
exemplarmente seu papel, mas sofreu por não ser amada na mesma proporção em que
amava Juscelino. Entre as primeiras-damas do Brasil, foi a primeira a se
engajar em obras sociais.
Thales da Rocha
Viana (I) -
Marcelo Laham
Personagem
real. Engenheiro. Um dos jovens que mora na pensão de dona Cota com JK, em Belo Horizonte. Bom
de copo, contador de piadas e com grande repertório de palavrões, é uma das
companhias favoritas de Juscelino. Casa-se com Virgininha, prima de JK e irmã
de Maria das Dores, esposa de Alkmim
Yedda Ovalle
Schmidt -
Alessandra Negrini
Personagem
real. Sobrinha de Jayme Ovalle, casada com Augusto Schmidt. Mulher de beleza
exuberante, charmosa e consciente de seu poder de sedução. Possuía uma energia
invejável e praticava equitação, vôlei e yoga, além de ser uma exímia dançarina
e de adorar a velocidade. Em sociedade, era a perfeita anfitriã ao promover
reuniões e festas que reuniam a elite da sociedade, entre artistas,
intelectuais, políticos e até militares. Extremamente elegante e vaidosa,
ditava a moda na sociedade carioca. Com sua forte personalidade, não perdoava
traições e guardava as mágoas de quem conseguia ofendê-la.
Zinque -
Dan Stulbach
Personagem
fictício. Filho de Licurgo e Maria. Sofre com a violência do pai. Casa-se com
Madalena e assume seu irmão Antenor como filho. Viúvo, volta a se casar com a
prima Salomé, com quem mantém uma relação de irmão. Quando ela engravida,
também assume a paternidade de seu filho. Seu grande sonho é seguir a vida
religiosa, mas é impedido pelo pai
Em
“JK”, o que não faltam são cenas dançantes em bailes, em shows de cabaré ou
mesmo pelas ruas. Dependendo da época, do lugar ou dos personagens, a cada hora
é um estilo de dança que se apresenta. Tem de tudo um pouco na minissérie:
valsa, tango, maxixe e até cake walk.
Quem
assumiu a tarefa de ensinar os atores a bailar conforme a música foi o
professor de dança, bailarino e coreógrafo Jaime Arôxa. Jaime conta, todo
orgulhoso, que está supersatisfeito com o resultado do trabalho e se derrama em
elogios na hora de avaliar a performance dos atores na trama.
E
não são poucos os que tiveram que aprender uns passinhos para fazer bonito na
minissérie. A fama de pé-de-valsa que sempre acompanhou Juscelino confere ao
ex-presidente a honra de encabeçar a lista de personagens que vão mostrar o
molejo. Além dele, Salomé, Sarah, Naná, Amália, Leonardo Faria e até mesmo
Zinque, entre outros, vão dançar ou já dançaram numa cena ou outra.
Clique
no link acima e confira a história dos estilos de dança que são um show à parte
na minissérie!
Dar
conta de vestir um elenco já é uma tarefa complexa. Um elenco gigantesco como o
de “JK”, que recria desde 1902 até 1976, então... Este sim é pano pra manga que
não acaba mais!
São
sete décadas e dezenas de personagens, que vão de presidentes a cidadãos comuns
do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte, isso fora as participações especiais e
as figurações. Cada mudança de fase é quase que uma outra minissérie: muda-se o
figurino do elenco inteiro!
Quem
vê o resultado na telinha mal imagina a mão-de-obra e a quantidade de pessoas
envolvidas na dura e minuciosa tarefa de pesquisa, criação e confecção de toda
esta indumentária. Com todo esse trabalhão, os responsáveis pelo guarda-roupa
do elenco da minissérie, os figurinistas Emilia Duncan e Paulo Lois contam
praticamente a história da moda brasileira dentro de “JK”.
Só
que eles vão além de meramente acrescentar um novo estilo a cada fase. É que,
apesar de a moda ter sofrido uma transformação absurda da década de 30 para a
de 40, por exemplo, isso não aconteceu de um dia para o outro. Há, portanto, a
preocupação de se mostrar essa transição na evolução dos trajes.
Para
guiá-los nessa empreitada, Emilia e Paulo elaboraram pranchas - uma espécie de
resumo em imagens -, uma para cada período que será retratado em “JK”. Estas
colagens é que serviram de referência na hora de criar o guarda-roupa dos
personagens de cada período. Clique no link acima e confira essas montagens que
recriam as tendências dos anos 20 aos 70!
A Revolução de 1930
Entenda por que
Juscelino comemorou a posse de Getúlio Vargas
Na minissérie, Juscelino Kubitschek aparece comemorando a Revolução
de 1930, que levou Getúlio Vargas à presidência da república através da força.
Vale a pena explicar o que foi esse movimento e por que ele foi tão bem
recebido por JK e grande parte da população.
Desde o fim do século XIX, o poder central do país era dividido
entre as oligarquias agrárias de São Paulo e Minas Gerais, o que ficou
conhecido como Política do Café com Leite. Esse acerto político definia que a
presidência do país ficaria sempre ora nas mãos de um mineiro, ora nas mãos de
um paulista, alternadamente. Em âmbito regional, poderosos fazendeiros,
chamados de coronéis, como o Licurgo da minissérie, mandavam e desmandavam em
suas cidades e estados, controlando o voto de seus parentes, amigos e
empregados. Só era eleito quem eles queriam. Cutucando onça com vara curta
Em 1929, o presidente da vez era de São Paulo, Washington Luís. O esperado era que ele indicasse um mineiro para sua sucessão, mas ele preferiu apoiar outro paulista, Júlio Prestes. Ou seja: a Política do Café com Leite estava sendo posta de lado. Os oligarcas de Minas não gostaram de ver seus interesses sendo ignorados. Rompido com São Paulo, o estado de Minas se uniu ao Rio Grande do Sul e à Paraíba para indicar um candidato gaúcho às eleições presidenciais: Getúlio Vargas.
Mas quem ganhou a eleição, em março de 1930, foi mesmo Júlio Prestes. Os oligarcas mineiros, no entanto, não estavam dispostos a deixá-lo assumir. A essa insatisfação se somava o ímpeto revolucionário de jovens militares de todo o Brasil, chamados de “tenentes”, que passaram toda a década de 1920 tentando tomar o poder pela força. Oligarquias de estados menos poderosos também reclamavam sua fatia do bolo. Até a população estava insatisfeita, porque amargava o desemprego e a redução dos salários, conseqüências recentes da quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, e da desastrada política econômica brasileira. Além do mais, as crescentes massas urbanas passaram a exigir maior representatividade na política nacional, sempre dominada pelos cafeicultores. O panorama era de crise total. A gota d’água foi o assassinato de João Pessoa, candidato de Getúlio à vice-presidência, em julho de 1930 – não foi um crime político, mas o povo e a oposição tomou como se fosse.
Estoura a Revolução!
Com tudo isso, a Aliança Liberal, bloco de oposição formado pelos políticos dominantes de Minas, Paraíba e Rio Grande do Sul, mobilizou-se no plano de impedir a posse do presidente eleito. Outros estados aderiram à causa. Em 3 de outubro, a Revolução irrompeu em diversos estados e conquistou outros. No dia 24 do mesmo mês, os militares envolvidos já arrancavam Washington Luís da presidência da república. Júlio Prestes jamais assumiria o cargo. Em seu lugar, ficou uma junta governativa provisória, até que, em 3 de novembro, Getúlio Vargas tomou posse.
Getúlio foi recebido com festa pela população. Afinal de contas, aquele golpe de estado representava um basta no poder quase absoluto das oligarquias cafeeiras. Era o fim da República Velha. Mas não demorou até o povo perceber que a mudança política e econômica não o beneficiava diretamente. O país não tinha uma constituição, o que é o mesmo que dizer que os brasileiros não tinham direito algum garantido por lei. O que valia era a vontade do presidente. Um perigo.
Detalhes que você não viu
Os mil
preparativos da cena do casamento de Naná e Júlio Soares
Fazer uma cena de casamento numa minissérie como “JK” dá quase
tanto trabalho quanto preparar uma cerimônia matrimonial de verdade. A cena foi
gravada no início de outubro e, de certa forma, começou a ser produzida meses
antes. Afinal de contas, a gravação aconteceu no largo da Igreja de Nossa
Senhora do Rosário, em Tiradentes (MG), o que só foi possível porque o
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) permitiu que se
alterasse temporariamente a fachada da igreja e porque a população da cidade
recebeu a equipe da minissérie de braços abertos
Primeiro, foi preciso pintar as fachadas da igreja e das casas em
volta, para dar um aspecto envelhecido. Depois, veio a decoração da festa,
feita ao ar livre, sendo que antes disso foi preciso pesquisar como eram as
recepções de casamento nos anos 20. Diversos carros da época foram alugados de
colecionadores apenas para ficarem estacionados na rua a lado da igreja. Como
muitos convidados eram personagens pobres, também foram providenciados cavalos
e charretes para ficarem “estacionados” por ali. Doces tradicionais de Minas Gerais foram encomendados com uma doceira local. Moradores de Tiradentes foram escalados para fazer figuração na cena, como se fossem convidados da festa. No dia anterior à gravação, atores e figurantes tiveram aula de dança, para aprenderem como se dançava valsa e maxixe na época em que se passa a história. Músicos foram contratados para tocar ao vivo na cena.
No dia de gravar, foi preciso vestir e maquiar dezenas de atores e figurantes com as roupas e a pintura adequadas. A supervisora de caracterização, Marlene Moura, contava com um vasto cardápio dos penteados que estavam na moda nos anos 20, para poder arrumar cada mulher de um jeito. Emília Duncan, a figurinista, providenciou dezenas de vestidos, fraques, chapéus e acessórios com cortes, cores e modelos diferentes, sendo que nada poderia ofuscar o belo vestido da noiva. Ana Maria Magalhães, produtora de arte, era a responsável por conseguir os pratos, talheres, toalhas de mesa, arranjos, salgados, doces, velas, objetos de cena, enfeites e até os animais e os carros de época. E deu tudo certo.
Foi uma tarde inteira de gravação ao ar livre. E olha que a cena já começa na saída da igreja, sem mostrar a cerimônia em si! Em volta do Largo do Rosário, muitos moradores acompanharam com curiosidade o que acontecia, sem desconfiar que tanto trabalho aparecerá apenas por pouquíssimos minutos na TV. Mas é assim mesmo. São os detalhes que fazem a diferença.
Clique na galeria de fotos ali em cima para ver os bastidores da cena!
A
minissérie “JK” tem particularidades de sobra para ser um marco na carreira de
Wagner Moura. O ator que interpreta Juscelino Kubitschek dos 18 aos 43 anos
conta que este é um trabalho de estréias: primeira minissérie, primeiro
trabalho de época para TV, primeiro personagem que já existiu na vida real e
primeiro trabalho com o diretor Dennis Carvalho. Boêmio assumido, assim como o
ex-presidente, Wagner revela ainda que dançar é outra característica que o
aproxima de Juscelino. Veja o que mais ele disse numa entrevista na sala de
leitura do estúdio E, no Projac:
Como pintou o convite para ser o JK?
Quando eu estava fazendo ‘A Lua Me Disse’, o Dennis Carvalho foi lá no camarim e me convidou. Isso foi quase dois meses antes de a novela terminar. Adorei o convite. Na hora fiquei animado e afim de fazer. Não tinha planos de emendar outro trabalho na televisão depois da novela. Queria fazer teatro ou cinema etc. Mas foi irrecusável. Eu nunca tinha feito uma minissérie, nunca tinha feito uma trama de época, nunca tinha trabalhado com o Dennis e nunca tinha feito um personagem que já existiu. Tudo me atraiu.
Quando eu estava fazendo ‘A Lua Me Disse’, o Dennis Carvalho foi lá no camarim e me convidou. Isso foi quase dois meses antes de a novela terminar. Adorei o convite. Na hora fiquei animado e afim de fazer. Não tinha planos de emendar outro trabalho na televisão depois da novela. Queria fazer teatro ou cinema etc. Mas foi irrecusável. Eu nunca tinha feito uma minissérie, nunca tinha feito uma trama de época, nunca tinha trabalhado com o Dennis e nunca tinha feito um personagem que já existiu. Tudo me atraiu.
Você se acha parecido com o Juscelino?
Não. Parecer fisicamente não tem jeito. Estou nas mãos da Marlene Moura (responsável pela caracterização dos personagens) e ela está fazendo um trabalho excelente, porque realmente não me pareço com ele. Essa parte da caracterização é importantíssima.
Não. Parecer fisicamente não tem jeito. Estou nas mãos da Marlene Moura (responsável pela caracterização dos personagens) e ela está fazendo um trabalho excelente, porque realmente não me pareço com ele. Essa parte da caracterização é importantíssima.
Como foi o processo de criação do personagem?
Comecei a estudar, a ver tudo sobre ele e a ler todas as biografias possíveis, inclusive a que ele próprio escreveu. O Juscelino contando a própria vida foi um prato cheio pra mim. Procurei estudar também a política da época: dos anos 30 até 1964. Há ainda a parte teórica de estudo de época. Já o contato com a família dele, eu não tive. Só fui conhecer a Maria Estela Kubitschek (filha de Juscelino), o Carlos Murilo (primo de Juscelino) e alguns outros integrantes da família na festa de estréia da minissérie,em Brasília. Fiquei
muito feliz de tê-los conhecido. Eles me deram um retorno bacana do que viram.
É que, durante a festa, passaram uns dez minutos da minissérie num telão e eles
gostaram.
Comecei a estudar, a ver tudo sobre ele e a ler todas as biografias possíveis, inclusive a que ele próprio escreveu. O Juscelino contando a própria vida foi um prato cheio pra mim. Procurei estudar também a política da época: dos anos 30 até 1964. Há ainda a parte teórica de estudo de época. Já o contato com a família dele, eu não tive. Só fui conhecer a Maria Estela Kubitschek (filha de Juscelino), o Carlos Murilo (primo de Juscelino) e alguns outros integrantes da família na festa de estréia da minissérie,
Quais recursos você utiliza para interpretá-lo?
Busquei as tão famosas características principais do Juscelino: o otimismo, o desenvolvimentismo, a perseverança, o bom-humor, a fé no futuro e a fé na humanidade e procurei isso tudo dentro de mim. Não adianta imitar uma pessoa que já existiu. Tentei buscar essas características dele dentro de mim.
Busquei as tão famosas características principais do Juscelino: o otimismo, o desenvolvimentismo, a perseverança, o bom-humor, a fé no futuro e a fé na humanidade e procurei isso tudo dentro de mim. Não adianta imitar uma pessoa que já existiu. Tentei buscar essas características dele dentro de mim.
Você é baiano. Como faz para disfarçar o sotaque,
já que Juscelino era mineiro?
Procurei anular totalmente meu sotaque baiano e também meu sotaque carioca. Nem eu nem ninguém na minissérie está falando com o “chiado” do carioca. Quem não investiu no mineirismo teve que, pelo menos, anular os acentos. Não fui fundo no sotaque de mineiro, mas, no comecinho, fiz um trabalho com a Íris (Gomes da Costa, professora de prosódia), mais pra neutralizar. Ela é sensacional, é ótima profissional. Alguns atores chegaram a investir no mineirismo, como a Julia Lemmertz.
Procurei anular totalmente meu sotaque baiano e também meu sotaque carioca. Nem eu nem ninguém na minissérie está falando com o “chiado” do carioca. Quem não investiu no mineirismo teve que, pelo menos, anular os acentos. Não fui fundo no sotaque de mineiro, mas, no comecinho, fiz um trabalho com a Íris (Gomes da Costa, professora de prosódia), mais pra neutralizar. Ela é sensacional, é ótima profissional. Alguns atores chegaram a investir no mineirismo, como a Julia Lemmertz.
Você gosta de política?
Gosto muito. Sempre me interessei muito por política. Acompanho os episódios políticos como qualquer cidadão.
Gosto muito. Sempre me interessei muito por política. Acompanho os episódios políticos como qualquer cidadão.
O JK tinha fama de boêmio. E você, também se
encaixa neste grupo?
Sim. Gosto de beber, de sair... Mas tenho um lado caseiro também.
Sim. Gosto de beber, de sair... Mas tenho um lado caseiro também.
Em quais cenas você tem sentido mais dificuldade?
Na verdade, tive mais dificuldade no ritmo das gravações, que é muito intenso. Nas cenas de época também, só que mais no início. Às vezes a gente se sente meio preso, não só pelas roupas, mas também pela maneira de falar.
Na verdade, tive mais dificuldade no ritmo das gravações, que é muito intenso. Nas cenas de época também, só que mais no início. Às vezes a gente se sente meio preso, não só pelas roupas, mas também pela maneira de falar.
A minissérie vai mostrar o lado pé-de-valsa de JK.
Você gosta dançar?
Gosto muito. Isso é até uma característica que a gente temem comum. Tive aulas com
o Jaime Arôxa (professor de dança) e aprendi valsa e outras danças da época
para compor o personagem.
Gosto muito. Isso é até uma característica que a gente tem
Jogo-rápido
Ator: Mateus Solano e André Frateschi.
Atriz: Debora Falabella.
Cantor: Caetano Veloso.
Cantora: Vanessa da Mata.
Esporte: Escalada. Tenho escalado o Pão de Açúcar.
Filme: “Oito e meio”, de Federico Fellini.
Um herói: Meu pai.
Idade: 29 anos.
Um livro: A Bíblia.
Prato preferido: Cheio.
Programa de TV: “JK” e “Sexo Frágil”.
Signo: Câncer.
Sonho de consumo: Férias.
Sonho profissional: Férias.
O time do coração: Vitória.
Uma viagem: Quero conhecer o Deserto do Atacama, no Chile.
Atriz: Debora Falabella.
Cantor: Caetano Veloso.
Cantora: Vanessa da Mata.
Esporte: Escalada. Tenho escalado o Pão de Açúcar.
Filme: “Oito e meio”, de Federico Fellini.
Um herói: Meu pai.
Idade: 29 anos.
Um livro: A Bíblia.
Prato preferido: Cheio.
Programa de TV: “JK” e “Sexo Frágil”.
Signo: Câncer.
Sonho de consumo: Férias.
Sonho profissional: Férias.
O time do coração: Vitória.
Uma viagem: Quero conhecer o Deserto do Atacama, no Chile.
O dia da posse
José Wilker
chega para interpretar o JK presidente
Desde 3 de outubro que Wagner Moura tem interpretado o jovem
Juscelino Kubitschek. Agora chegou a hora de José Wilker assumir o papel,
fazendo a fase madura do personagem. O curioso é que Wilker toma posse
justamente na cena que mostra JK tomando posse da Presidência da República
A dupla posse vai ao ar logo no primeiro capítulo da minissérie,
no dia 3 de janeiro. Após um longo caminho político e muitas conspirações para
impedir sua posse, Juscelino se prepara para assumir o mais alto posto do país.
Enquanto se arruma para seguir ao Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, antiga
sede do poder, seus pensamentos relembram importantes personagens que fizeram
parte de sua história. As memórias de JK vão até sua infância, passam por sua
adolescência, pela faculdade de medicina, o casamento com Sarah, a Revolução
Constitucionalista de 1932, o início da vida na política, os cargos públicos, o
governo de Minas Gerais. O devaneio é interrompido por Sarah (Marília
Pêra), que segue com o marido para a cerimônia de posse.No Palácio do Catete, uma multidão saúda o novo presidente do Brasil. Entre aplausos, faixas e cartazes, Juscelino vê pessoas marcantes de sua trajetória: a mãe, dona Júlia (Julia Lemmertz), ainda jovem; sua irmã, Naná (Raquel Bonfante), em plena infância; o avô Augusto Elias (Paulo José); o Dr. Mata Machado (Luciano Chirolli), que o ajudou a ingressar na medicina; a vizinha Augusta Generosa (Aruana Zambi), que lhe contava fascinantes histórias quando ele era menino; e o casal Celeste (Maria Manoela) e Joaquim (Ilya São Paulo), que tanto ajudou sua família. A partir daí, JK inicia um relato de sua vida, começando pelo dia do seu nascimento, 12 de setembro de 1902, em Diamantina, Minas Gerais.
Clique na galeria de fotos lá em cima para ver como serão as primeiras cenas de José Wilker na minissérie!
dança através dos tempos
Valsa, maxixe,
tango, rock'n'roll e muito mais!
A dança, em diversas modalidades, será um dos destaques da
minissérie “JK”. Não poderia ser diferente, se levarmos em conta que Juscelino
Kubitschek, o personagem principal, era um famoso pé-de-valsa, sujeito que
dançava muito bem e não perdia uma oportunidade de exercitar o hobby. Mas isso
não é tudo. A dança também será usada para ajudar a mostrar e demarcar cada
época a ser abordada pela trama, que começa nos primeiros anos do século XX e
termina em 1976. Por isso, vai ter valsa, tango, maxixe, rock e até uma certa
cakewal
Para Wagner Moura, que interpreta JK dos 18 aos 43 anos, não tem
sido problema algum dançar em cena, já que o ator gosta mesmo de sacudir o
esqueleto. Só que ele tem precisado treinar danças que não são as que ele está
acostumado a praticar nas festas. Para a cena do casamento de Naná, irmã de JK,
ele teve aula de valsa e maxixe, por exemplo. Para uma cena do Cabaré de
Olímpia, o maior bordel de Belo Horizonte nos anos 20, ele teve aula de tango.
E por aí vai. Mas ele tira de letra. “O Wagner é, com certeza, o aluno mais
aplicado”, aprova a professora de dança Ju Espíndola.Tudo pelo personagem!
Quem também tem precisado de aulas são Caco Ciocler e Deborah Evelyn, que formarão uma dupla profissional de dançarinos de tango na minissérie. Portanto, eles não podem apenas “enganar” como dançarinos, eles precisam realmente estar muito à vontade com os passos da dança argentina. “Eu não sabia dançar tango, mas nem foi complicado a aprender. Faz parte do trabalho de criação do personagem”, diz Caco, que já interpreta seu papel com segurança.
Enquanto a trama estiver nos anos 20, muitos personagens aparecerão dançando maxixe, dança que foi considerada imoral por muitos anos. E olha que, na época, ela tinha passos muito mais comportados e pudicos que o forró de hoje
Clique na galeria de fotos ao lado para ver o elenco em diversas cenas e aulas de dança!
Cabaré de Olímpia
A sede da
sensualidade em Belo
Horizonte
Um dos cenários mais interessantes de “JK” é o Cabaré de Olímpia,
casa noturna que realmente marcou época nos anos 20. Na trama, é lá onde o
jovem Juscelino Kubitschek (Wagner Moura) eventualmente vai beber e conversar
com os amigos. É também onde Salomé (Deborah Evelyn) e Leonardo (Caco Ciocler)
ganham a vida como dançarinos de tango e o coronel Licurgo (Luís Melo) comete
um de seus piores crimes. Mas a dona do pedaço é mesmo a cafetina espanhola
Olímpia, interpretada pela atriz Tuna Dwek. A personagem, embora não tenha
importância histórica, existiu de verdade e dará um brilho especial à
minissérie
“O Cabaré de Olímpia é um centro de liberdade. É o lugar aonde os
homens vão para ter um momento só deles. Não tem necessariamente a ver com
sexo: os homens também vão lá para dançar, beber, conversar em paz com os
amigos, sem a mulher para atrapalhar. É um cenário lindíssimo, que reflete
muito da personalidade da Olímpia. Por exemplo: as taças de cristal, os
talheres de prata e o bom gosto da decoração mostram que ela é uma cafetina
elegante, atenta a cada detalhe, glamurosa. As rosas dos arranjos das mesas
combinam com o bordô das cortinas, para você ter uma idéia do nível de capricho
e detalhamento. Não é um ambiente de baixaria, é um ambiente de liberdade e
alegria”, explica Tuna.O Cabaré de Olímpia é um cenário enorme. Há um palco com piano, uma grande pista de dança rodeada de mesas, um bar, camarim, chapelaria, hall de entrada e até uma escada que desce para um subsolo de verdade, luxo incomum num cenário de TV. Tuna Dwek conta que esse cenário a ajudou a encarnar a personagem: “Todo ator é inseguro. Quando eu entro no estúdio para gravar, fico insegura, claro. Mas basta entrar nesse cenário maravilhoso para eu imediatamente me transformar na Olímpia, a dona do cabaré, a mulher que manda com o sorriso”.
Passeando
pelos corredores dos estúdios de JK, a curiosidade só aumenta. Dos camarins ou
das salas de maquiagem, toda hora sai um ator ou atriz caracterizado para uma
década do passado. Como a minissérie retratará da década de década de 10 à de
70, alguns artistas especificamente fazem essa viagem para viver seus
personagens ao longo do tempo.
Mas afinal, em qual dessas fases os atores gostariam de viver? Eles se sentiram entrando numa máquina do tempo ao responderem essa questão.
Mas afinal, em qual dessas fases os atores gostariam de viver? Eles se sentiram entrando numa máquina do tempo ao responderem essa questão.
Samara
Filippo diz que como já fez uma novela que se passava nos anos 20, se apaixonou
pelos costumes da época. “É a era da inocência”, opina. Como ela, Mariana
Ximenes também já interpretou mulheres nos anos 20, 30, 50. “Acho lindo tudo
das décadas passadas”. Já Julia Almeida gosta dos anos 30 por conta da moda.
No
time dos menos saudosistas estão Fábio Assunção e Marília Gabriela. “Se
pudesse, gostaria de ir para frente, nunca para trás! Para o ano 2050,
provavelmente”.
Quer
ver mais? Então clique acima e veja outros artistas e essa viagem na máquina do
tempo!
O
Memorial JK, em Brasília, recebeu o elenco da próxima minissérie da TV Globo,
que estréia dia 3 de janeiro, para a festa de lançamento desta superprodução.
Mas se em JK as atrizes vão contracenar com figurinos de época, nesta
comemoração elas estavam livres para abusar do próprio estilo.
Alessandra
Negrini - que esbanjou sensualidade num longo tomara que caia - e Deborah Bloch
fizeram bonito com estampas coloridas.
Em
tons de azul, Debora Falabella e Louise Cardoso – que interpretam Sarah
Kubitschek em diferentes fases - optaram por modelos mais clássicos, como um
longo frente única . Já Letícia Sabatella e Guilhermina Guinle apostaram em
cores mais femininas como o rosa e o lilás.
Julia
Lemmertz, que dá vida à mãe de JK na primeira fase, trouxe um pouco do estilo
anos 50 num vestido que lembrava os modelos da era de ouro.
Dos
mais sóbrios aos mais ousados, as atrizes da minissérie mostraram que estão em
dia com a elegância. Clique no link acimA festa de
lançamento
Elenco e equipe
divulgam a minissérie num evento em Brasília
Ao chegarem ao Memorial JK, em Brasília, para a entrevista
coletiva e a festa de lançamento da minissérie “JK”, realizadas na terça-feira,
dia 13, parentes e amigos de Juscelino, artistas, autores, diretores e
jornalistas relembraram momentos de uma época marcante na História do Brasil.
Para entrar no prédio, os convidados percorriam um longo tapete vermelho,
ladeado por membros dos Dragões da Independência, unidade militar criada em
1808 por D. João VI . Começava ali uma viagem à era JK.
Logo após a coletiva de imprensa, todos seguiram para a
parte externa do Memorial, onde foi montado um túnel com 19m de
largura e 9,5m de altura, com um ambiente cenografado especialmente para a
ocasião. A decoração, pautada nas cores branca, vermelha e preta, teve como
referência as formas retas e simples do modernismo, representado a arquitetura
de Oscar Niemeyer. A parte interna foi forrada com malha branca e os móveis de
mesma cor contrastavam com o piso de carpete na cor preta. Arranjos de rosas e
lírios vermelhos e brancos deram vida a todos os objetos que, de alguma
forma, retratavam a era do presidente mineiro. Um drinque foi criado especialmente para o evento e fez sucesso entre os convidados: uma combinação de lima da pérsia, limão siciliano, uísque green label e canela. No cardápio, um mix da culinária mineira de JK, apresentada com sofisticação em pratos como lombinho com milho verde, polenta com frango e geléias com requeijão. As sobremesas traziam ingredientes inusitados, caso da musse de chocolate com pimenta e frutas vermelhas.
Muita emoção com a presença de descendentes de JK
Todos assistiram a um vídeo de dez minutos apresentado pelo diretor de núcleo da minissérie, Dennis Carvalho, que adiantava trechos de algumas cenas já gravadas. Elenco e produção se comoveram e aplaudiram os primeiros resultados de seu trabalho. A emoção também tomou conta da família e dos amigos do ex-presidente presentes no evento, como sua filha Maria Estela, as netas Anna Christina e Júlia e os bisnetos André e Felipe. Os autores da trama, Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, e Dennis Carvalho receberam uma homenagem especial da família de Juscelino Kubitschek. Anna Christina entregou uma placa de homenagem aos três e agradeceu por estarem relembrando e apresentando um homem que marcou a História do Brasil com sua ousadia e entusiasmo.
Os atores se encontraram e trocaram informações com os personagens da vida real, como a filha de Juscelino, Maria Estela Kubitschek Lopes. A atriz Marília Pêra, que interpreta Sarah Kunbitschek, contou a ela que ficou surpresa ao saber que a esposa de JK era expansiva. "Ouvi as netas falando que ela colocava tudo para fora. Para mim, isso é uma novidade", disse Marília. "Ela era uma mulher muito espontânea. Que coisa linda você fazer mamãe!", disse Maria Estela.
No meio da noite, uma surpresa
Uma surpresa bastante agradável da noite foi o show do cantor Milton Nascimento, apresentado por Dennis Carvalho. Antes de chamá-lo ao palco, o diretor contou que Milton, seu compadre, apresentou-o a Elis Regina, que fez um comentário que jamais esqueceu: "Se Deus cantasse, Ele teria a voz de Milton Nascimento". Ninguém conseguiu ficar parado enquanto o cantor interpretava sucessos como “Maria, Maria” e “Coração de estudante”. O ponto alto da apresentação ficou por conta de “Peixe vivo”, cantiga tradicional que será o tema de abertura da minissérie. A cantora Marina Machado também subiu ao palco, para uma participação especial no show de Milton. Depois da apresentação, os convidados dançaram pra valer ao som de grandes sucessos dos anos 70 em diante.
Além dos autores Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, seus colaboradores Geraldo Carneiro, Letícia Mey e Rodrigo Amaral e dos diretores Dennis Carvalho, Amora Mautner e Vinicius Coimbra, estiveram presentes os atores José Wilker, Wagner Moura, Marília Pêra, Débora Falabella, Julia Lemmertz, Débora Bloch, Marília Gabriela, Antonio Calloni, Alessandra Negrini, Louise Cardoso, Samara Felippo, Hugo Carvana, Paulo Goulart, Osmar Prado, Deborah Evelyn, Caco Ciocler, Fábio Assunção, Mariana Ximenes, Dan Stulbach, Luis Melo, Guilhermina Guinle, Nathalia Thimberg, Xuxa Lopes, Betty Gofman, Cássio Gabus Mendes, Tato Gabus, Denise del Vecchio, Ariclê Perez, Andrea Horta, Julia Almeida e André Frateschi.
Confira a galeria de fotos ao lado para ver como foi!
a
e veja os vestidos que elas usaram e arrasaram!
Arte na produção
O difícil
desafio de recriar várias épocas
Ana Maria Magalhães, produtora de arte da minissérie, tem 30 anos
de profissão e acredita que este é seu trabalho mais desafiador, em especial
pelo número de épocas que retrata a trama de Maria Adelaide Amaral e Alcides
Nogueira. Somada à complexidade da reconstituição destes períodos diversos, a
equipe de Ana Maria enfrentou ainda a dificuldade de encontrar as informações
necessárias. “É um país sem historicidade, o que dificulta o nosso trabalho”,
conta ela
Para compor os ambientes, a equipe de produção de arte buscou
objetos em brechós, lojas e feiras de antiguidades. Algumas peças tiveram que
ser compradas; outras, alugadas. Contaram também com peças feitas sob encomenda
a alguns artesãos. Cada vez que uma fase muda, a equipe, composta por cinco
pessoas – e que trabalha no projeto “JK” desde julho –, mergulha em pesquisas e
ambienta as cenas de acordo com seus períodos.Ambientação também reflete os personagens
Diamantina, mostrada em cenas realizadas na própria cidade e em Tiradentes, retrata alguns núcleos da minissérie, divididos de acordo com o perfil de cada personagem. “A casa de dona Júlia, mãe de JK, é simples; na família, são todos muito pobres, mas de uma dignidade ímpar. E são essas características que tentamos mostrar. Assim como a fazenda do coronel Licurgo, que possui uma situação financeira mais abastada, traz mais luxo, mas não deixamos de retratar o ambiente sombrio do grande vilão desta história”, explica Ana Maria.
Já para Belo Horizonte, os cenários e sua composição são mais luxuosos. Aí está o núcleo de Sarah Lemos, futura esposa de JK, vinda de uma família tradicional. Os ambientes e peças trazem a sofisticação da família. Os estilos art nouveau e art déco ganham destaque. O modernismo entra para retratar as décadas de 40 e 50. “Em Santos, gravamos as cenas com o bonde, que estava em perfeitas condições de funcionamento e atendia às características necessárias para a gravação. Precisávamos mostrar JK nas ruas de Belo Horizonte na época de sua juventude e simulamos isso, pois Santos possui um estilo colonial e Belo Horizonte, moderno. Para conseguir contar quase cem anos de história, temos que lançar mão de algumas licenças poéticas”, explica a produtora.
Em
“JK”, o que não faltam são cenas dançantes em bailes, em shows de cabaré ou
mesmo pelas ruas. Dependendo da época, do lugar ou dos personagens, a cada hora
é um estilo de dança que se apresenta. Tem de tudo um pouco na minissérie:
valsa, tango, maxixe e até cake walk.
Quem
assumiu a tarefa de ensinar os atores a bailar conforme a música foi o
professor de dança, bailarino e coreógrafo Jaime Arôxa. Jaime conta, todo
orgulhoso, que está supersatisfeito com o resultado do trabalho e se derrama em
elogios na hora de avaliar a performance dos atores na trama.
E
não são poucos os que tiveram que aprender uns passinhos para fazer bonito na
minissérie. A fama de pé-de-valsa que sempre acompanhou Juscelino confere ao
ex-presidente a honra de encabeçar a lista de personagens que vão mostrar o
molejo. Além dele, Salomé, Sarah, Naná, Amália, Leonardo Faria e até mesmo
Zinque, entre outros, vão dançar ou já dançaram numa cena ou outra.
Clique
no link acima e confira a história dos estilos de dança que são um show à parte
na minissérie
Com
JK, Dennis Carvalho estréia sua sexta minissérie na TV Globo como diretor. Os
30 anos de carreira lhe garantem excelência o suficiente para que ele afirme:
“Este é o trabalho mais importante que já fiz até hoje”. Segundo o diretor, um
dos maiores desafios desta empreitada histórica vai ser “reconstruir” em um mês
– ainda que sob o respaldo de muita computação gráfica e imagens de filmes e
fotos da época - o que Oscar Niemeyer levou três anos para construir: Brasília.
Para o público, Dennis garante um resultado além do esperado, o que só foi
possível graças a uma equipe para a qual ele é só elogios. Veja o que mais
disse o diretor sobre a minissérie na entrevista abaixo:
Como define este trabalho?
Tenho quase 30 anos de carreira e sempre tento trabalhar em algo que faça diferença para as pessoas. Com a minissérie, vamos falar de JK e, claro, da história do Brasil. Contaremos 76 anos da história do nosso país. Esse é o trabalho mais importante que fiz até hoje. É um presente na minha carreira. Além disso, conto com uma equipe e um elenco fantásticos. Não tenho dúvidas de que este será um grande trabalho.
Tenho quase 30 anos de carreira e sempre tento trabalhar em algo que faça diferença para as pessoas. Com a minissérie, vamos falar de JK e, claro, da história do Brasil. Contaremos 76 anos da história do nosso país. Esse é o trabalho mais importante que fiz até hoje. É um presente na minha carreira. Além disso, conto com uma equipe e um elenco fantásticos. Não tenho dúvidas de que este será um grande trabalho.
Qual está sendo o seu maior desafio?
A “reconstrução” de Brasília, sem dúvida. Costumo brincar dizendo que Niemeyer teve três anos para fazer o que faremos em um mês. Para “reconstruir” Brasília, vamos usar muita computação gráfica e imagens de filmes e fotos da época. Precisaremos de muitos recursos especiais para refazer o Congresso da época, por exemplo, ou para retratar a comemoração da posse de JK, que aconteceu na Avenida Rio Branco, com multidão e muitos carros.
Como foi a escolha do elenco?
Logo de início pensamos no José Wilker e no Wagner Moura, que interpretam JK. Aí vieram Débora Falabella, Marília Pêra e outros nomes, todos de comum acordo com os autores. E teremos atores promissores, como Maria Manoela, Patrícia Werneck e Lucci Ferreira.
A “reconstrução” de Brasília, sem dúvida. Costumo brincar dizendo que Niemeyer teve três anos para fazer o que faremos em um mês. Para “reconstruir” Brasília, vamos usar muita computação gráfica e imagens de filmes e fotos da época. Precisaremos de muitos recursos especiais para refazer o Congresso da época, por exemplo, ou para retratar a comemoração da posse de JK, que aconteceu na Avenida Rio Branco, com multidão e muitos carros.
Como foi a escolha do elenco?
Logo de início pensamos no José Wilker e no Wagner Moura, que interpretam JK. Aí vieram Débora Falabella, Marília Pêra e outros nomes, todos de comum acordo com os autores. E teremos atores promissores, como Maria Manoela, Patrícia Werneck e Lucci Ferreira.
As gravações, como estão?
Começamos por Tiradentes, no dia 03 de outubro, e durante todo o mês gravamos aproximadamente 140 cenas. O resultado foi excelente. Contamos muito com a sorte e só cancelamos um dia de gravação por causa da chuva. Parecia que estávamos numa cidade cenográfica. De lá, seguimos para Diamantina e tivemos como locações vários lugares que fizeram parte da infância de JK, como sua casa e o colégio e a igreja que freqüentou. Já tivemos locações em Santos, onde gravamos no bonde da cidade e na rua do Comércio. Amora Mautner gravouem Belo Horizonte e
Vinícius Coimbra fez em Gericinó as cenas da Revolução de 32. Além disso,
também já demos início às gravações na Central Globo de Produção (CGP).
Começamos por Tiradentes, no dia 03 de outubro, e durante todo o mês gravamos aproximadamente 140 cenas. O resultado foi excelente. Contamos muito com a sorte e só cancelamos um dia de gravação por causa da chuva. Parecia que estávamos numa cidade cenográfica. De lá, seguimos para Diamantina e tivemos como locações vários lugares que fizeram parte da infância de JK, como sua casa e o colégio e a igreja que freqüentou. Já tivemos locações em Santos, onde gravamos no bonde da cidade e na rua do Comércio. Amora Mautner gravou
Gravar em cinco cidades – Tiradentes, Diamantina,
Santos, Belo Horizonte e Rio de Janeiro – e quatro estados diferentes está
sendo um desafio?
Um grande desafio que estou dividindo com os diretores Amora Mautner e Vinícius Coimbra. E se o resultado está acima do esperado, é porque contamos com uma equipe excelente - que consegue montar e desmontar estruturas e cenários seja em Diamantina, em Santos ou no Rio de Janeiro - e com um elenco de primeira, capaz de ir da década de 20 à de 50 em apenas duas cenas e que ora está com 18 ora está com 40 anos, sempre com muita veracidade.
Um grande desafio que estou dividindo com os diretores Amora Mautner e Vinícius Coimbra. E se o resultado está acima do esperado, é porque contamos com uma equipe excelente - que consegue montar e desmontar estruturas e cenários seja em Diamantina, em Santos ou no Rio de Janeiro - e com um elenco de primeira, capaz de ir da década de 20 à de 50 em apenas duas cenas e que ora está com 18 ora está com 40 anos, sempre com muita veracidade.
Quais são as próximas etapas?
Continuar as gravações no estúdio e nas cidades cenográficas da CGP, além de algumas externas na cidade. Também gravaremos em Brasília,em janeiro. Mas a etapa
mais importante que nos espera é a mudança de elenco. Até aqui gravamos as duas
primeiras fases da minissérie e agora nos preparamos para receber o novo casal
Kubitschek - José Wilker e Marília Pêra - e vários grandes nomes que ajudarão a
contar a trajetória de JK no Governo de Minas e na presidência da República.
Continuar as gravações no estúdio e nas cidades cenográficas da CGP, além de algumas externas na cidade. Também gravaremos em Brasília,
Equipe
de JK:
Escrita
por
|
Maria
Adelaide Amaral , Geraldo Carneiro , Alcides Nogueira
|
|
Colaboração
|
Letícia
Mey , Rodrigo Arantes do Amaral
|
|
Consultoria
Histórica
|
Ronaldo
Costa Couto
|
|
Direção
|
Dennis
Carvalho , Vinícius Coimbra , Amora Mautner
|
|
Direção
de Núcleo
|
Dennis
Carvalho
|
|
Cenografia
|
Fábio
Rangel , Keller Veiga , Marie Odile , Fabbio Gomes
, Alexandre Gomes , Kaka Monteiro
|
|
Cenógrafos
Assistentes
|
Gilmar
Ventura , Alexis Pabliano , Raquel Winter , Rosa Angélica
, Renata Romano , Ricardo Teixeira , Liana Slipoi
, Flavia Yared , Paula Camargo , Anne Marie Bourgoeis
|
|
Figurino
|
Emilia
Duncan , Paulo Lois
|
|
Figurinista
Assistente
|
Julia
Brant , Jussara Santos , Tatiana Rodrigues , Valéria Leite
, Ricardo Raposo , Mariana Sued , Patrícia Barbeitas
, Maria Matilde Girelli , Elizabeth Ferreira , Diana Leste
|
|
Equipe
de Apoio ao Figurino
|
Luiz
Correia , Maurício Carvalho , Shirley da Motta , Neide
Aparecida , Ana Maria da Silva , Valéria Coelho , Marinice
Nascimento , Fátima de Assis , Mara Silvia , Layde Nascimento
dos Santos , Genilton Gomes , Carlos Alberto Santos , Claudio
Luiz , Antonio Carlos , Angelo Fitelman , Wanderley Gouveia
, Pierre Ramos , Odilon Tavares , Octacílio Coutinho
, José Cabral , Ana Maria Gonçalves , Terezinha Cardoso , Maria
Aparecida Pereira , Paulo Piovesan , Benedita Benta
|
|
Direção
de Fotografia
|
Ricardo
Gaglianone
|
|
Direção
de Iluminação
|
José
Alailton de Freitas , Carlos Alberto Ribeiro , Gustavo Amaral
|
|
Equipe
de Iluminação
|
Rafael
Xavier Fernandes , Carlos Eduardo Gomes , José Luis da Silva
, Dorgival Felix da Silva , Edson Ferreira , Fábio Rosa
, Gabriel Coelho , Gerson Antonio Braz , André Luiz da
F.Camelo , Jorgival da Luz de Eca , Otávio de Oliveira , Ruy
Santos
|
|
Direção
de arte
|
Mario
Monteiro
|
|
Produção
de Arte
|
Ana
Maria de Magalhães , Cristina Médicis , Andréa Penafiel
, Marco Cortez
|
|
Produção
de Arte Assistente
|
Mariana
Barros , Mirian Vianna , Rafael Faustini , Angela Duarte
, Julio Xerfan
|
|
Equipe
de Apoio à Arte
|
Sérgio
Luiz P. Brandão , Carlos Eduardo Loureiro , Antonio Manoel Filho
, Paulo Pereira Lisboa , Rogério Pestana , Edson Herdade
, Carlos Alberto Guimarães , Ary Francisco Farias , Julio
Cesar Souza e Silva
|
|
Produção
de Elenco
|
André
Reis
|
|
Produção
Musical
|
Alberto
Rosemblit
|
|
Direção
Musical
|
Mariozinho
Rocha
|
|
Caracterização
|
Marlene
Moura , Rubens Libório , Vavá Torres
|
|
Equipe
de Apoio à Caracterização
|
Núbia
Maisa , Sonia Silva , Mirian Beltrão , Jorge Henrique
, Carlos Marques , José Alves Guedes , Maria de Lourdes
, Marli Toledo , Márcia Vieira , Eliane Farinhas
|
|
Edição
|
Célio
Fonseca , Luiz Eduardo Guimarães , Rosemeire Barros
|
|
Sonoplastia
|
Julio
Correa , Humberto Donghia
|
|
Efeitos
Visuais
|
Tony
Cid , Paula Souto
|
|
Efeitos
Especiais
|
Marcos
Soares
|
|
Abertura
|
Hans
Donner , Alexandre Pit Ribeiro , Thiago Serial Costa
|
|
Apresentador
|
Thiago
Serial Costa
|
|
Direção
de Imagem
|
Cassiano
Filho
|
|
Câmeras
|
Antonio
Carlos Laport , Maurício Azevedo , Thelso Batista , Jovani
Rios , Valter Espírito Santo , João Ricardo
|
|
Equipe
de Apoio à Operação de Câmera
|
Valquir
Pereira , Paulo Sérgio Rodrigues Oliveira , Alex Ferreira
, Alexandre Teixeira Mattos , Jefferson Medeiros
|
|
Equipe
de Vídeo
|
José
Carlos Gonçalves , Adhemar Ribeiro Moreira , Alexandre Carpi
|
|
Equipe
de Áudio
|
Marco
Paula Duarte Damiano , Gilberto da Silva Medina , Carlos Roberto
Moreira , Rogério Vasconcelos , Dilson Costa , Ricardo Knupp
|
|
Supervisão
e Operação de Sistemas
|
Murilo
Morgado , J.Antonio F.Mendes , Marco Aurélio Cardozo
|
|
Gerente
de Projetos
|
André
Ventura
|
|
Supervisor
de Produção de Cenografia
|
Helio
Otávio Chaves Barbosa , Linaldo Vieira de Albuquerque , Jonas
Martins Lemos , Vilma Lúcia Antunes Marinho , Docacildo Viana de
Souza
|
|
Equipe
de Cenotécnica
|
Marcelo
do Valle Neves , Luiz Sergio Dias de Freitas , André Geremias
, Eduardo da Silva Pinheiro , Marcelo de Oliveira Corrêa
, Marivaldo Silva de Moraes Sarmento , Glória Maria de Souza
, Fábio Souza da Costa , Paulo Cesar Ribeiro da Silva , Ailton
Gonçalves Moreira , Marcelo Evangelista de Oliveira , José Carlos
Aleluia , Evandro Pimentel Cândido , Cláudio Pereira
, Alexandre Macedo Ramos , Ivo Cipriano da Silva , Petterson
Guimarães da Silva , João Henrique Rondão , Ronaldo Correia da
Silva , Luiz Henrique Peixoto , José Norberto dos Santos
, Francisco de Assis Gomes Barbosa , Carlos Roberto , Carlos
Antonio da Silva , Roni Carvalho da Silva , José Fernandes dos
Santos , André Luis França Correa , Valter Silva Santos
, Jorge Luiz de Assis Coelho , Jorge Ricardo Paula dos Santos
, Juarez Trindade , Jessé Ignácio Ramos
|
|
Pesquisa
de Texto e Imagens
|
Madalena
Prado de Mendonça
|
|
Pesquisa
de Texto
|
Daniela
Guedes
|
|
Continuidade
|
Virgínia
Marinho , Regina Wygoda , Claudia Lima
|
|
Assistente
de Direção
|
Cristiano
Marques , Guto Arruda Botelho , Luisa Lima , Henrique Sauer
|
|
Produção
de Engenharia
|
Marcelo
Bette
|
|
Equipe
de Produção
|
Ademi
Gomes , Alexandre Almeida Santos , Caren Olivieri , Cláudio
Nunes , Luize Nascimento , Mônica Fernandes , Nilton Canavezes
, Rodrigo Ishikawa , Silvaldo Fernandes , Vanessa Nery
|
|
Coordenação
de Produção
|
Heleno
Moura , Jayme Henriques , Cesar Nogueira , Renato Azevedo
, Patrícia Loureiro
|
|
Acervo
de Imagens
|
Arquivo
Nacional , Arquivo Público Mineiro , Arquivo Público do Distrito
Federal , Família Bernardo Sayão , Library of Congress
|
|
Agradecimentos
|
Affonso
Heliodoro dos Santos , Ana Bentes , Alexandre Archer , Anna
Christina Kubitschek Pereira , Antonio Beda , Augusto Guimarães
, Baldomero Barbará Neto , Beatriz Lemos Vasconcelos , Boaventura
da Cruz Filho , Carlos Chagas , Carlos Murilo e Déa Felício dos
Santos , Celso Lafer , César Prates , Cirlene Ramos
, Eliane Peyrot , Ernesto Silva , Família Aloízio Napoleão
, Família Bernardo Sayão , Família Clóvis Salgado , Família
Júlio Soares , Família Israel Pinheiro , Família Odilon Behrens
, Família Thales da Rocha Viana , Ildeu de Oliveira , José
Alves de Oliveira (Seu Zé) , José Maria Alkmin Filho , José Paulo
Sepúlveda Pertence , Leandro Costa , Leonardo Alkmin , Maria
Elisa Costa , Maria Estela Kubitschek Lopes , Maria Vitória
Benevides , Mauro Sales , Memorial JK , Murilo Melo Filho
, Newton Rossi , Olavo Drummond , Oscar Niemeyer , Paulo
de Tarso e Lucia Flecha de Lima , Ponde de Leon , Rádio Nacional
, Rodrigo Lopes , Rosental Ramos da Silva (in memoriam)
, Sebastião Lacerda , Serafim Jardim , Sérgio Porto
, Toninho Drummond , Vera Brant , Waldir Pinto Pereira
, Povo de Tiradentes e de Diamantina
|
Decepção
Leonardo flagra
Salomé feliz com Zinque e se sente traído
Leonardo se sente péssimo ao descobrir que Salomé está casada e
morando em Diamantina, na casa do homem que tentou matá-lo. Ele nem imagina que
a coitada foi obrigada a viajar e se casou mais por caridade e falta de
perspectiva, porque pensava que ele estava morto. Também não suspeita que o tal
casamento seja apenas uma fachada. Ele não se conforma: “Eu queria que a Salomé
me dissesse olhando nos meus olhos por que não lutou por mim, por que se deixou
levar para Diamantina, por que se casou com outro!”
As perguntas sem resposta são muitas: “Por que diabo não respondeu
à minha carta? Eu disse que continuava à espera dela!”. Para aliviar seu
coração, Leonardo decide que irá atrás de Salomé, para ouvir dela todas as
respostas que lhe faltam. Mas ele nem precisa ir a Diamantina, graças a uma
obra matreira do destino.Como Zinque continua abalado pela guerra, Salomé o leva a Belo Horizonte para consultar um médico. Ela está muito preocupada com o primo/marido e faz de tudo para animá-lo. Até mesmo puxá-lo para dançar no meio da rua, à luz do dia, na frente de todo mundo. Os dois dançam com alegria, sorrisos estampados nos rostos. Quem vê pensa que se trata de um casal feliz, que se quer bem e se diverte junto, com o amor em flor. É essa cena que Leonardo presencia quando, por acaso, vê os dois na rua. É o que basta para ele acreditar que foi esquecido e deixado para trás por Salomé. Quando o mal-entendido for desfeito, Leonardo já terá superado esse baque e seguido com sua vida.
O próximo passo
Depois da
chefiar a Casa Civil, JK se candidata a deputado federal
Benedito Valadares conseguirá fazer Juscelino pegar de vez o gosto
pela política ao lhe oferecer uma candidatura a deputado federal. Seu objetivo
é angariar votos em Diamantina, região onde seu partido precisa crescer. Como
Juscelino é de lá, ninguém melhor que ele para conseguir o que Valadares
deseja.
JK volta para sua cidade natal acompanhado por Sarah. Mesmo
contrariada, ela aceita ajudá-lo na campanha. Assim que desce do trem, ele é
aclamado por autoridades locais, parentes e curiosos, que disparam foguetes e
lhe gritam vivas. Juscelino rapidamente apresenta Sarah aos seus familiares e
segue com o cortejo, enquanto a esposa permanece na estação, imóvel, assustada
com a multidão. Naná é quem a ajuda a seguir adiante.Campanha difícil
Já na casa de seus familiares, Juscelino é alertado por Júlia de que, apesar da acolhida calorosa, seu partido não é o favorito na região. Especula-se que ele será derrotado com uma grande diferença de votos. Mas nada disso o desanima. Ao contrário: Juscelino fica estimulado a iniciar logo o trabalho. Em seu primeiro comício em Diamantina, ele conta não apenas com Sarah, Naná e Júlia, mas também com outros parentes, que lhe fazem companhia no palanque montado em uma praça da cidade. No discurso, JK destaca a necessidade da construção de pontes, estradas, escolas e ainda da restauração da cidade.
Quem não gosta nada de vê-lo em cima do palanque é Licurgo, mas o coronel não pode impedir os constantes avanços de JK na campanha. Em pouco tempo, filas de doentes em busca de tratamento formam-se diante do candidato médico, retratando a miséria e o desamparo da região, há muito esquecida pelos governantes. A eleição em Diamantina também é marcada por festas e serenatas, bem ao gosto da boemia da cidade, para tristeza de Sarah, que não consegue mais ficar a sós com o marido.
Amor em xeque
O sossego de
Sarah termina no dia em
que Juscelino se torna político
Sarah se casou com um médico, mas, como todo mundo já sabe, terminará
como mulher de político. Mais do que isso: primeira-dama do Brasil. Só que o
outro lado da glória é a decadência, e ela não queria ver seu marido passar
pelo que seu pai passou: morrer desgostoso com o fim de sua carreira. Médicos
se aposentam; políticos, não – eles nunca param, a menos que fiquem gravemente
doentes, morram ou sejam colocados no ostracismo por obra de seus inimigos. A
partir do dia em que
Juscelino entra para a política, seu casamento com Sarah
nunca mais é o mesmo
Tudo começa quando Benedito Valadares é nomeado interventor de
Minas Gerais, por vontade do presidente Getúlio Vargas. Naquela época, 1932, os
estados não tinham governadores, mas interventores, que acumulavam os poderes
Executivo e Legislativo. Assim que assume o poder, Valadares se lembra de
Juscelino, o médico que ele viu atuar com tanta dedicação na guerra da
Revolução Constitucionalista. Então, ele faz um convite a JK: “Eu quero você
como meu chefe da Casa Civil!”. Ser chefe da Casa Civil de um estado significava avaliar a viabilidade dos projetos que o interventor pretendia pôr em prática, bem como ajudá-lo a atender ou pelo menos ouvir os pedidos da população. Um cargo estratégico. Mas Juscelino recusa o convite, pois sabe que Sarah tem pavor da idéia de vê-lo metido nesse tipo de coisa.
Golpe de mestre
Mas Valadares não desiste. Certa noite, ele manda um coronel à casa de Juscelino. O sujeito avisa: “Eu tenho ordem do doutor Valadares para só sair daqui depois que o senhor aceitar o convite dele!”. Sarah fica furiosa e praticamente o expulsa de sua casa, com o apoio do marido.
Até que, um dia, durante uma solenidade no saguão do Hospital Militar, onde Juscelino trabalha, Valadares aproveita a presença de tanta gente e faz um pronunciamento inesperado: “Não posso deixar de reiterar, aqui diante de todos, a minha admiração por aqueles que lutaram pelo Brasil e por Minas Gerais... Principalmente os médicos militares, que não mediram esforços! E para demonstrar esse meu apreço, escolhi para chefe da minha Casa Civil justamente o nosso capitão-médico, doutor Juscelino Kubitschek de Oliveira!”. Surpreso, Juscelino é imediatamente engolido por um mar de abraços, tapinhas nas costas, apertos de mão e todo tipo de cumprimento, ao som de vivas, parabéns e aplausos. Sarah pensa que foi a última a saber. Não foi. Tudo não passa de uma armadilha de Valadares para deixar JK sem jeito de recusar seu convite outra vez.
Briga em casa
Quando Sarah e Juscelino chegam em casa, ela vai logo se trancando no quarto: “Não temos mais nada para conversar!”. Muito choro e muito grito depois, ela aceita falar com ele, contrariada: “Eu não quero ver meu marido morrer aos poucos porque alguém lhe tirou o poder e a importância! Eu não quero ver meu marido amargurado com a solidão e magoado com a ingratidão dos outros!”. Juscelino tenta se explicar, mas ela não ouve: “Eu não quero perder você para a política... Não quero!”.
Como está escrito nos livros de História, a trajetória política de Juscelino Kubitschek começa aí e só reluz, numa linha ascendente de sucesso, popularidade e grandes realizações. Mas, como Sarah tanto temia, ele conhecerá, sim, a ingratidão dos outros e será posto de lado pelos inimigos que o sucederem. E antes disso, o marido dedicado dará cada vez mais lugar ao político ocupado.
Filho oferecido em sacrifício
Por pura
maldade, coronel Licurgo manda Zinque para a guerra!
Zinque estará dançando com Salomé, feliz e contente, quando Licurgo,
seu pai, jogará uma trouxa de roupa sobre ele: “Ocê pegue suas coisas, porque o
trem que vai levar ocê pra guerra sai daqui a pouco!”. É isso mesmo: o terrível
coronel alistou o filho como voluntário na guerra da Revolução
Constitucionalista. Aquela pobre alma atormentada e bondosa será enviada para
matar e morrer no front
Maria, a mãe do coitado, fica desesperada: “Como é que você tem
coragem de dispor da vida do seu filho dessa maneira? Mandar para a guerra um
homem que nunca pegou numa arma? Você quer matar o Zinque?”. Licurgo nem se
abala. Diz que só assim seu filho vai aprender a ser homem.Salomé até tenta convencer Zinque a desertar, fugir, mas ele se recusa a fazer isso: “Se eu não for vai ser pior! Ele vai me chamar de frouxo e covarde!”. Sua atitude é estranha, mas compreensível. Afinal de contas, ele cresceu ouvindo seu pai dizer que ele era um mariquinha desprezível, um verme, um nada. Não é fácil superar algo assim.
Experiência traumatizante
Então, Zinque vai à guerra. Só que, quando ele chega lá, o conflito já terminou. As trincheiras estão abandonadas. Aqui e ali, ele vê os corpos dos soldados mortos. Mas isso não significa que ele escapou da morte. É ali que Zinque vive a experiência mais traumatizante de sua vida.
Sem rumo e sem saber que a guerra acabou, Zinque vagueia até chegar a uma cidadezinha paulista. Conforme ele se aproxima, as pessoas lhe viram a cara e fecham as portas. Um velho grita pare ele: “Acabou tudo! Agora só tem velho e criança... Assassino!”. Uma senhora grita, chamando a atenção de todos: “Tem getulista aqui! Que cê quer mais? Eu só tinha um filho pra morrer!”. Zinque tenta explicar: “Não matei ninguém!”. Mas não adianta: as pessoas cospem no seu rosto, atiram-lhe paus e pedras, ameaçam-no com armas, tentam matá-lo.
Zinque sai correndo desesperado, lutando por sua vida. Justo ele, que jamais mataria sequer um inseto, torna-se alvo da vingança de um povo magoado por ter visto seus filhos morrerem na guerra. Ele só escapa porque encontra um conhecido que o salva. Mas Zinque não será mais o mesmo depois dessa experiência. Quando finalmente volta para casa, ele é um homem totalmente aéreo, imerso em seus traumas, sem se dar conta das pessoas e do mundo à sua volta, incapaz de esquecer o mais novo trauma de sua vida. E Licurgo nem se importa com isso.
Grávida do monstro
Licurgo mantém
Guiomar em cativeiro até ela dar à luz seu filho
Guiomar, a moça que Licurgo comprou para ser sua escrava, também
vai engravidar do monstro. A primeira a descobrir isso é Salomé, que decide
ajudá-la a fugir. Mas as duas são flagradas pelo coronel enquanto falam de seus
planos. Furioso, ele diz que Guiomar não pode dar sequer um passo sem o seu consentimento.
A coitada se sente mal com tantos maus tratos e acaba perdendo o bebê, para
maior irritação de Licurgo. Então, ele a engravidará novamente
Assim que a barriga de Guiomar começa a crescer, o coronel tranca
a moça num casebre próximo à fazenda. Licurgo ordena a um jagunço que ele leve
água e comida para sua prisioneira grávida uma vez por dia. Numa dessas
visitas, ela pede que o jagunço avise ao coronel que está na hora de chamar a
parteira. Licurgo não acredita e a deixa sozinha, trancada na casa, em trabalho
de parto.Maria consegue a chave do casebre e vai visitar Guiomar, aproveitando que Licurgo saiu com seus jagunços. Ela encontra a prisioneira transfigurada de dor. Como Juscelino está na cidade, Salomé pede sua ajuda para salvar Guiomar. O jovem médico atende prontamente ao chamado, mas só consegue salvar a mãe. O bebê morre durante o parto. É quando Licurgo chega – atordoado com a notícia, o coronel começa a delirar.
Juscelino vai à guerra!
Ele testemunha
os horrores de um conflito absurdamente sangrento
O lado ruim de ser nomeado capitão-médico do Hospital Militar é
que Juscelino terá que ir para a guerra. A Revolução Constitucionalista de 1932
estoura pouco depois de sua nomeação. A presença de um médico no front é
imprescindível. Sem escolha, ele deixa Sarah para trás e vai ao encontro dos
horrores da batalha. JK verá muita gente morrer, cuidará de muitos soldados
mutilados e encarará diariamente o dilema de ter que escolher qual paciente
terminal receberá seus cuidados primeiro.
O capitão-médico Juscelino Kubitschek é enviado a Santa Rita do
Passa Quatro, Aniversário no front
Juscelino comemora seu aniversário de 30 anos em plena guerra. Durante a festa improvisada num restaurante, duas surpresas: champanhe (algo impensável numa guerra) e a presença do cabo Firmino (Rodrigo Lima), que entra com o violão cantando os tradicionais versos da cantiga “Peixe vivo”.
Ao perceber a presença de Cândida, vestida de forma provocante, um oficial ordena que ela saia do restaurante. Porém, antes que ela deixe o local, Juscelino se aproxima e a convida para uma dança. Os dois valsam ao som da música de Firmino. Cândida se emociona com a atitude de JK e o padre Kobal começa a aplaudi-los, sendo seguido pelas demais pessoas presentes. Quando a dança termina, Cândida beija a mão de Juscelino em agradecimento por seu gesto.
Salomé decide morrer
Prisioneira de
Licurgo, ela prefere se matar a ser assassinada por ele
Salomé perde o amor de sua vida, Leonardo, e também seu pai,
Joaquim. Sua única parente viva fica sendo sua tia Maria, mulher do malévolo
Licurgo. Moça solteira numa época em que não era direito morar sozinha – muito
menos dançar num cabaré –, Salomé é obrigada a acompanhar o coronel até sua
fazenda, onde ela terá que viver sob as ordens do homem que atingiu Leonardo
pelas costas.
É uma sina dura demais para Salomé. Sua primeira idéia é fugir.
Zinque a adverte: “Você vai morrer se tentar fugir, Salomé! Ou morre pelas mãos
dele, ou morre na travessia!”. Então, ela cogita uma terceira opção: provocar
sua própria morte. Salomé vai ao rio onde Madalena morreu e entra nas águas até
perder o chão e afundar completamente. Ela não sabe nadar.A sorte é que Antenor, o menino que é filho de Madalena com Licurgo, vê o que Salomé está fazendo e tenta fazer alguma coisa para impedi-la. Ela o ignora e parte para o fundo do rio. Desesperado, Antenor decide pedir ajuda. Ele não quer presenciar uma segunda morte por afogamento em tão pouco tempo. Só que o menino perdeu a fala no dia em que viu sua mãe morrer. Ele não consegue gritar.
A boa ação e a proposta de Zinque
Mas Zinque está chegando a cavalo e vê o alvoroço de Antenor. Ele vê Salomé se afogando e a salva, mesmo contra a vontade da prima. Depois que ela expele toda a água que engoliu, ele lhe passa um sermão: “A gente tem que mostrar a meu pai que ele pode muito mas não pode tudo... A nossa morte, para ele, seria um alívio... A presença da gente é o pior castigo... Ele sabe que somos testemunhas... Que sabemos dos seus crimes, Salomé!”.
Ela não está interessada nessa conversa: “Viver, morrer, que diferença faz? Viver nesta fazenda é morar no inferno com o demônio... Seu pai mata e seca todo o sentimento, toda a alegria, tudo pelo qual vale a pena viver!”. Zinque aponta a solução imediatamente: “Case comigo”. Salomé fica pasma com a proposta do primo.
Salomé é sincera: diz que não consegue esquecer Leonardo e que não é mais virgem. Mas Zinque não está preocupado com nada disso. Ele assume que não a ama e que pretende ser apenas um irmão para ela, não um marido. Ele apenas pensa que, casados, os dois ficarão mais fortes contra Licurgo. Ela acha a idéia muito esquisita, mas acaba aceitando. Afinal de contas, para quem estava disposta a morrer, não há nada de mais em se casar com um primo querido sem ter vida íntima com ele. É melhor que a morte.
O que ninguém naquela casa sabe é que o coronel Licurgo é louco por Salomé. Ele a quer para si.
Incurável paixão
Salomé não
consegue resistir a Leonardo
Para conseguir pagar a faculdade de direito, Leonardo (Caco
Ciocler) precisa trabalhar. E o seu trabalho é dançar tango no cabaré da
cafetina Olímpia (Tuna Dwek), para entreter os clientes da casa. Salomé
(Deborah Evelyn) se encanta por ele assim que o vê pela primeira vez. Mas, para
ela, ele não é só um tipão – é também uma oportunidade de ela ganhar algum
dinheiro. Como o jovem está sem parceira de dança, Salomé se oferece para
formar uma dupla com ele. Assim, eles podem fazer shows de tango e fazer
dinheiro juntos
No palco, a química entre os dois é perfeita. E fora dele também.
Salomé e Leonardo se apaixonam perdidamente. Mas, infelizmente, essa relação
está fadada a trazer muito sofrimento para ela. Um amor marcado pela tragédia
O primeiro baque é quando Joaquim (Ilya São Paulo), o pai de Salomé, descobre que ela trabalha num cabaré. Ele imediatamente deduz que a filha é prostituta, o que não é verdade. Salomé apenas dança tango, e profissionalmente, com um parceiro fixo. Mas a história se passa nos anos 20, época em que as dançarinas eram consideradas mulheres vulgares e indignas. Sob o impacto da notícia, Joaquim, que já é muito doente, vê sua saúde se deteriorar em alta velocidade. Salomé testemunhará o sofrimento de seu pai sofrer, cujo desgosto o levará à morte.
A segunda tragédia é quando o coronel Licurgo (Luis Melo), tio de Salomé, resolve atirar em Leonardo pelas costas. Ela vê o grande amor de sua vida tombar e se esvair em sangue, em pleno cabaré. O jovem baleado é levado às pressas para fora dali, mas é negado a Salomé o direito de acompanhá-lo. Ela é impedida de chegar perto do seu amor. Desesperada, ela se debate, grita, chama por Leonardo – em vão.
Depois dessa, Salomé se encerra
Homenagem ao mestre
Na abertura de
JK, Hans Donner usa projetos de Oscar Niemeyer
A abertura da minissérie “JK” – que estréia no dia 3 de
janeiro, logo após a novela “Belíssima” – faz uma homenagem a Oscar
Niemeyer. Ela é desenvolvida a partir de traços do próprio
arquiteto, que foi o responsável pelo projeto dos prédios na
construção de Brasília durante o governo Juscelino Kubitschek. Aliando as novas
tecnologias à genialidade de Niemeyer, a abertura foi criada pela Videographics
da Central Globo de Comunicação, com direção geral de Hans Donner, direção de
Alexandre Pit Ribeiro e animação de Thiago Serial Costa.
Na primeira imagem, serão exibidos os traços de Niemeyer para o Complexo da Pampulha,em Minas
Gerais , obra encomendada por JK. O desenho surge aos poucos,
como se estivesse sendo desenhado na hora. Através de efeitos produzidos em
computador, um "balé de linhas" transforma a obra do arquiteto numa
silhueta de mulher. Deste novo desenho, os traços mais uma vez se movimentam
para, então, mostrar a Brasília de Niemeyer. A figura seguinte é o logotipo da
minissérie, que é preenchido por uma imagem em 3D do Memorial JK, outro projeto
do arquiteto, inaugurado em 1981. A abertura, mostrada antecipadamente
para Niemeyer, teve a aprovação do criador de tantas obras consagradas pela
inovação, beleza e singularidade.
Escrita por Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, a minissérie “JK” vai contar a trajetória de Juscelino Kubitschek desde seu nascimento, passando por sua juventude, sua carreira e a chegada à presidência da República, até sua vida no exílio e o acidente que o matou. A direção de núcleo é de Dennis Carvalho, e a direção é de Amora Mautner e Vinicius Coimbra
Na galeria de fotos ali em cima, você vê alguns detalhes da
abertura e imagens do ator Rodrigo Penna caracterizado para interpretar
Niemeyer na trama!Na primeira imagem, serão exibidos os traços de Niemeyer para o Complexo da Pampulha,
Escrita por Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, a minissérie “JK” vai contar a trajetória de Juscelino Kubitschek desde seu nascimento, passando por sua juventude, sua carreira e a chegada à presidência da República, até sua vida no exílio e o acidente que o matou. A direção de núcleo é de Dennis Carvalho, e a direção é de Amora Mautner e Vinicius Coimbra
Tragédia familiar
A morte do pai
de JK
A professora Júlia Kubitschek (Julia Lemmertz) entra em trabalho
de parto e, com a ajuda de Augusta Generosa (Aruana Zambi), dá à luz o
menino Juscelino. O pai da criança, João César (Fabio Assunção),
caixeiro-viajante e violeiro, está longe, trabalhando, quando recebe a notícia
e a anuncia numa profética gargalhada: "Nasceu o futuro presidente do
Brasil".
No entanto, João César não pode acompanhar o crescimento de seu
filho, já que, dois anos mais tarde, ele morre, vítima de tuberculose. A
despedida coincide com o casamento de Joaquim (Ilya São Paulo) e Celeste
(Maria Manoela), comemoração que teria a música de João César, não fosse o seu
trágico destino. Isolado em uma pequena casa do médico da família, o
caixeiro-viajante não consegue ir aos festejos, mas os noivos e Júlia levam
parte da alegria até ele, em suas últimas horas de vida. Seus filhos, Juscelino (Vinicius Moreno) e Naná (Raquel Bonfante), a filha mais velha, observam de longe a morte levar o pai, que lhes dá um inesquecível sorriso de despedida. No cortejo fúnebre, acompanhado de perto por parentes e amigos, Nonô – apelido carinhoso de JK – acredita ter visto o pai lhe piscar o olho, mesmo estando ele dentro do caixão e sendo levado para a sepultura. É isso o que faz o pequeno JK suportar com serenidade a falta de seu pai. No entanto, uma das conseqüências ruins da morte de João César afetará o menino durante toda sua infância e adolescência: a dificuldade financeira. Sem o marido para pôr dinheiro em casa, Júlia, que é professora, tem de se virar sozinha para sustentar os filhos.
Uma história de amor
Apenas a
política atrapalha o romance de JK e Sarah Lemos
É ainda em seus dias de dificuldade financeira que Juscelino
Kubitschek conhece Sarah Lemos (Débora Falabella), a mulher com quem ele há de
se casar. O jovem estuda e trabalha tanto que só pode dormir das 7h às 11h30 da
manhã. Ele não faz parte do grupo que freqüenta o Café Estrela nem tem dinheiro
para ir ao célebre cabaré da espanhola Olímpia Garcia (Tuna Dwek). Limita-se a,
aos domingos, assistir ao footing da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte ,
onde mora nesta fase de sua vida. E é num desses domingos que ele vê Sarah
passar ao lado de suas irmãs Amélia (Rafaela Mandelli), Maria Luisa (Rosana
Holland) e Idalina (Luisa Mariani). Mas ela lhe parece inalcançável, pois ela é
moça de família tradicional.
Mais tarde, quando Juscelino arruma um trabalho na enfermaria da
Clínica Cirúrgica da Santa Casa, sua vida melhora um pouco. Ele já pode se dar
o luxo de ir com os amigos ao cine Pathé ou ao Odeon e às festas beneficentes
de BH. É num desses eventos que ele revê Sarah e a tira para dançar. Eles
começam a namorar. O próximo passo é pedir Sarah em casamento a dona Luisinha Lemos
(Louise Cardoso), mãe da moça. Surpreendentemente, não há oposição. O
casamento, porém, só acontece depois que JK termina uma especialização em
urologia, feita em Paris.A felicidade nunca é completa
A carreira de JK é ascendente. Médico formado, ele atende os ricos em seu consultório, mas não se esquece dos pobres da Santa Casa. Naquele momento, Juscelino tem uma ambição: fazer parte do corpo médico do novo Hospital Militar, reformulado por Gustavo Capanema (Marcos França), amigo de seu concunhado Gabriel Passos (Marcelo Várzea). Juscelino é nomeado chefe do Serviço de Urologia com a patente de capitão-médico. Com um currículo como esse, nada leva a crer que JK algum dia possa se interessar por política. Mas isso acontece, para horror de Sarah. Tudo que ela mais tinha medo na vida era de se tornar mulher de político.
Sarah tem um outro drama pessoal: ela quer muito ter filhos, mas não consegue engravidar. Começa, então, a se submeter a uma sucessão de tratamentos dolorosos
A infância difícil de JK
Mãe de
Juscelino chega a passar fome
Juscelino Kubitschek de Oliveira é filho de um caixeiro-viajante,
João César de Oliveira (Fabio Assunção), e de uma professora primária, a mestra
Júlia Kubitschek (Julia Lemmertz). Quando JK nasce, em 12 de setembro de 1902,
seu pai, que está viajando, explode numa sonora gargalhada e anuncia
profeticamente: “Nasceu o futuro presidente do Brasil”. Assim é João César, um
homem alegre e boêmio. Tem pressa de viver, como se soubesse que vai morrer
jovem. Ele falece três anos depois, de tuberculose, e cabe a Júlia assumir
sozinha a criação e educação dos filhos: Conceição, chamada de Naná (Juliana
Mesquita/Denise del Vecchio), e o caçula Juscelino, apelidado de Nonô.
O dinheiro é contado, porque a viúva é professora em uma cidade
onde não há escolas públicas, somente particulares - onde cada aluno paga o que
pode. E a maioria pode muito pouco. Mãe e mestra, dona Júlia obriga Juscelino a
ser o melhor da escola e a tirar a nota mais alta da turma. O lado bom da infância
Há duas coisas que amenizam a dura vida do menino JK: a cumplicidade com Naná, que perdura a vida inteira, e as temporadas que passa na modesta fazenda do avô materno, Augusto Elias (Paulo José), um homem reservado e de pouca conversa que troca tudo por um bom livro. E é pela mão desse avô que Juscelino aprende que nenhum homem é pobre quando tem uma rica imaginação. Outra pessoa que ajuda JK a enriquecer ainda mais sua criatividade é a vizinha Augusta da Generosa (Aruana Zambi), filha de escravos que lhe conta histórias do tempo
Indo à luta desde cedo
Quando Juscelino tem pouco mais de dez anos, seu avô morre também. À sua tristeza se junta a partida de Naná para o internato religioso. É nessa época que ele começa a notar que a comida em sua casa está minguando. Dona Júlia deixa de comer para ter o que oferecer ao filho. Ele decide procurar trabalho e vai de comerciante em comerciante oferecendo seus préstimos. Recebe alguns tostões, que não dão sequer para comprar um ingresso para o cinema. E JK quer muito ir ao cinema, mas limita-se a ficar na porta. Ali, ele fica sempre até o final da sessão, quando volta para casa sonhando com Amália (Manoela do Monte), sua primeira paixão. É na porta do cinema que ele se torna amigo de José Maria Alkmim (Ranieri Gonzalez), tão pobre quanto ele e também apaixonado por uma menina, Das Dores, com quem viria a se casar anos depois.
Aos 12 anos, Juscelino precisa continuar estudando e a única opção é o seminário. Dona Júlia tem de apertar ainda mais o orçamento para manter Naná e Nonô no colégio. Um par de sapatos, o primeiro que ele calça desde a morte de seu pai, faz parte do enxoval que Juscelino leva para o internato. Três anos depois, JK sai do colégio e começa a se preparar sozinho para o exame de admissão na faculdade de Medicina
Um dos atores que interpretam JK quando criança é Alberto Szafran, que você vê na foto acima.
Salomé, uma guerreira
Ela come o pão
que o diabo amassou, mas nunca esmorece
Maria Salomé Campos Mourão (Deborah Evelyn) é filha única de
família tradicional (mas empobrecida) de Diamantina. Aluna de dona Júlia
Kubitschek (Julia Lemmertz/Ariclê Perez) e alguns anos mais jovem que JK
(Wagner Moura/José Wilker), ela o reencontra na enfermaria da Santa Casa de
Belo Horizonte, onde seu pai, Joaquim (Ilya São Paulo), está internado por
conta de graves problemas renais. Para o tratamento, é necessário mudar para a
capital do estado. Lá, eles se hospedam na pensão de dona Cota (Thais Garayp).
No local, ela conhece o estudante de direito Leonardo Faria (Caco Ciocler), que
se sustenta trabalhando como dançarino de tango. Quando ele fica sem parceira
de dança, Salomé já está apta a substituí-la, de tanto assistir aos ensaios da
dupla. O dinheiro vem em boa hora, para ajudar no tratamento do pai de Salomé.
Dançando tango e fazendo apresentações do cabaré de Olímpia (Tuna Dwek),
Leonardo e Salomé se apaixonam.
Desencontros e muito sofrimentoSalomé dança em segredo, pois trabalhar num cabaré é inadmissível para os padrões morais da tradicional família mineira. Preocupado com as despesas, Joaquim escreve ao Coronel Licurgo (Luis Melo), seu cunhado, pedindo que ponha sua casa de Diamantina à venda. Licurgo resolve verificar pessoalmente as condições de Joaquim e Salomé e, ao conhecer a pensão de dona Cota e a alegre mocidade ali hospedada, começa a desconfiar de que sua sobrinha fora desencaminhada.
Licurgo, um falso beato e freqüentador assíduo do cabaré de Olímpia, acaba surpreendendo Salomé em uma de suas apresentações. A dançarina tenta enfrentá-lo,
Rumo à presidência!
A notável (e
inesperada) trajetória política de Juscelino Kubitschek
Juscelino Kubitschek (Wagner Moura/José Wilker) começa fazendo
pequenos serviços para a vizinhança, torna-se telegrafista aprovado em concurso
público, forma-se médico de sucesso e, em seguida, entra para a política, algo
que ele nunca tinha pensado em
fazer. A oportunidade bate à sua porta sem ele chamar
Tudo acontece por meio da amizade de JK com Benedito Valadares
(Otávio Augusto). Quando o presidente Getúlio Vargas nomeia Valadares como
interventor do estado de Minas Gerais, este, por sua vez, nomeia Juscelino seu
secretário de governo. Como chefe de gabinete, JK estreita contato com os
prefeitos e diretórios do interior e se elege deputado federal, juntamente com
seu amigo e fiel companheiro José Maria Alkmim (Ranieri Gonzalez/Osmar Prado). Desde o começo, um político inovador
A pedido de Valadares, JK ajuda a eleger prefeito e vereadores, inaugurando uma nova maneira de fazer política: ao contrário do velho estilo de favorecimentos e intimidações, ele visita casa por casa, incluindo a de seus adversários políticos, como a fazenda do coronel Licurgo (Luis Melo), onde pede o voto de seu filho Zinque (Dan Stulbach), de sua esposa Maria (Cássia Kiss) e de seus empregados. Interpelado pelo dono da casa, ele alega estar ali para abraçar Salomé (Deborah Evelyn), antiga aluna de sua mãe e uma leal correligionária. Muitas vezes, durante os comícios, ele é chamado para fazer partos e dar assistência a doentes em estado grave.
Mais tarde, Benedito Valadares nomeia Juscelino prefeito de Belo Horizonte. JK, a princípio, recusa e, depois, impõe como condição continuar exercendo seu ofício de médico. Às cinco horas da manhã, percorre as obras da cidade; às sete, segue para o Hospital Militar, de onde só sai no final da manhã para exercer a atividade de prefeito, quando, no entusiasmo dos seus 37 anos, muda a face da cidade e o modo de administrá-la. No final da gestão de JK, Belo Horizonte é a terceira mais importante capital do Brasil.
O passo seguinte para JK é o governo do estado de Minas Gerais. E depois, a presidência da república. Para desespero de sua esposa, Sarah (Débora Falabella/Marília Pêra), JK abandona a medicina e passa a se dedicar integralmente à política. É tudo o que ela mais temia.
Na vida real
Algumas falas
de Geraldo Carneiro são escritas pelo filho do personagem
Interpretar um personagem que existiu na vida real é sempre uma
baita responsabilidade para o ator. Agora imagine quando quem escreve as falas
desse personagem é o próprio filho dele! É esse o desafio do ator Luiz Arthur.
Em “JK”, ele vive Geraldo Carneiro, o secretário particular de Juscelino
Kubitschek, sabendo que a trama é co-escrita pelo poeta Geraldinho Carneiro,
herdeiro do personagem, como seu nome já indica
Como Geraldo Carneiro era uma figura de extrema importância na
vida política de JK, sempre se soube que o personagem estaria na trama. E já
que seu filho, Geraldinho, escreve a minissérie junto com os autores Alcides
Nogueira e Maria Adelaide Amaral, natural que ele fosse consultado na hora de
se escolher o ator que interpretaria seu pai na tela. Mas ele nem fazia questão
disso: “Fui consultado várias vezes, mas disse que não precisava, porque a
minissérie é ficção. Por mais que ela seja baseada em fatos reais, há liberdade
de criação. Não estou preocupado com essa fidelidade estrita. A fidelidade que
me preocupa , e que existe no texto, é ao espírito sólido do meu pai. Sua
configuração física não é importante. Escrevo alguns diálogos dele e é uma
delícia fazer isso, porque ele era muito meu amigo.”Escolha endossada
Mesmo assim, quando Luiz Arthur foi escolhido para o papel, foi pedida a opinião de Geraldinho, como o próprio ator selecionado conta: “O Geraldinho recebeu uma foto minha e respondeu dizendo que eu não me parecia com o seu pai, mas que eu tinha um olhar forte e que isso poderia funcionar muito bem, já que o Geraldo Carneiro era um homem muito inteligente.” No fim das contas, Luiz Arthur acabou ficando mesmo parecido com o personagem, graças a sua interpretação e à cuidadosa caracterização realizada por Marlene Moura.
Para sua atuação ficar a melhor possível, Luiz Arthur contou com a colaboração de Geraldinho, com quem ele fez questão de se encontrar para conversar sobre seu pai. “O legal nesta minissérie é que eu encontro muita gente que teve contato real com estas pessoas que são mostradas na trama. É emocionante interpretar um personagem real e poder conhecer o filho dele”, conta o ator.
Que chique!
Vestido que
Marília Gabriela usou na cena do baile é dela mesma
Viu como Marília Gabriela estava chiquérrima na cena do baile da
posse de JK? Pois saiba que aquele vestido é da própria atriz, que fez questão
de usá-lo na minissérie. De qualquer forma, a peça não saiu direto do
guarda-roupa de Marília para a gravação – a figurinista Emília Duncan e sua
equipe precisaram fazer adaptações.
“O vestido é um vintage de um maravilhoso estilista chamado Ugo
Castellana, que já teve um grande ateliê Além do forro, o vestido precisou de uma outra adaptação, para ficar adequado aos anos 50, época em que a cena se passava: “Naquele tempo, os vestidos eram marcados bem na cintura, mas este meu vestido é de cintura baixa. Então, foi preciso mudar isso.” Ficou bárbaro!
É de mentira!
Antonio Calloni
usa barriga postiça para viver seu personagem
Muita gente se assustou ao ver Antonio Calloni na minissérie com
uma barriga tão grande. Justo ele, que tinha emagrecido tanto! Mas aquela
barriga é postiça. Para ficar parecido com o poeta Augusto Frederico Schmidt,
seu personagem, o ator teve que contar com a ajuda de uma grande quantidade de
espuma. “Acho muito legal usar esta barriga falsa, porque, no caso do meu
personagem, ela é importante, já que ele era realmente muito gordo. Então, não
dá para fazer de conta que ele não era”, conta o ator
A novidade foi motivo de muito bom humor no primeiro dia de
gravação do ator. O diretor Dennis Carvalho e a atriz Deborah Evelyn se
divertiram com a silhueta do colega. “Este é o maior Antonio Calloni que eu já
vi!”, disse o diretor. “Literalmente, né?”, concordou a atriz. Quem também não
poupou comentários foi a atriz Alessandra Negrini, que vive a esposa de
Augusto, Yedda: “Eu nem sei como é que vou abraçar esse homem com uma barriga
tão grande!”. Calloni está se divertindo tanto quanto os seus companheiros de minissérie. “Está sendo muito gostoso. Como ator, eu gosto muito de truques, seja qual for. E algumas coisas você tem que fazer para se aproximar do personagem. Então, para mim não tem problema nenhum usar esta barriga. Sabendo que é falsa, está valendo”, ele diz, aos risos.
Olga à espreita
Ana faz Camila
Morgado relembrar personagem que ela fez no cinema
Para viver a jornalista judia e comunista Ana Rosenberg em “JK”,
Camila Morgado trocou seu visual louro cacheado da novela “América” por este
ruivo lisinho aí da foto. E ela está felicíssima com a mudança. “Pessoalmente,
esta é a cor de cabelo que eu mais gosto. Quando fiquei sabendo que ia fazer
uma judia, falei com a Marlene Moura, supervisora de caracterização da
minissérie: preto ou ruivo! Decidimos ficar com o ruivo, já que preto lembraria
a Olga Benário”, ela conta, referindo-se à personagem histórica – também judia
– que ela interpretou no filme “Olga”, de 2004
O curioso é que Olga será citada por Ana Rosenberg na minissérie.
Tudo porque, em uma de suas falas, a jornalista comenta, revoltada, o fato de
Getúlio Vargas ter entregado a mulher de Luís Carlos Prestes (Olga) para os
nazistas. “Acho que vou rir. Vai levar um bom tempo até eu falar esta frase,
porque todo mundo vai me olhar com cara de ‘Como assim, Camila?’. Será
engraçado”, ela diz, na expectativa.
Na vida real
Eva Wilma abre
o baú e mostra que foi garota-propaganda do carro JK
O envolvimento de Eva Wilma com a Era JK vai além da ficção. A
atriz que interpreta dona Luisinha Negrão, mãe de Sarah Kubitschek, viveu
intensamente os anos dourados do presidente Juscelino quando ela era jovem. “Eu
me lembro perfeitamente. Eu lancei o carro JK, tenho a foto e tudo: eu
jovenzinha lançando o carro JK no primeiro Salão do Automóvel Brasileiro”, ela
conta. As fotos que você vê aqui são do arquivo pessoal da atriz
Também é curioso notar que Eva Wilma é atualmente conselheira da
Rede Sarah de Hospitais do Aparelho Locomotor, instituição que nasceu de dois
hospitais fundados por dona Sarah Kubitschek. “Tenho reuniões sempre lá, é uma
rede muito importante. Estou muito ligada à história de JK”, acrescenta a
atriz.Por tudo isso, Eva Wilma está muito à vontade no papel de dona Luisinha, que ela define como uma mulher integradora acima de tudo, não só da família como das questões sociais. “Ela era devota de Santa Rita e fez construir uma igreja para a santa. Ela era uma mulher alegre, feliz, que basicamente sabia unir as pessoas”, ela conta.
Uma pioneira social
Obra de
assistência iniciada por Sarah Kubitschek rende frutos até hoje
Muitas primeiras-damas não foram mais do que elegantes esposas a
posar sorridentes ao lado de seus poderosos maridos. Não foi o caso de Sarah
Kubitschek. A mulher de Juscelino trabalhava duro, dedicando-se a grandes obras
de caridade e assistência social desde os tempos em que JK era governador. Seu
trabalho nesse sentido começou timidamente, como foi mostrado na minissérie,
mas acabou se tornando imenso e gera frutos até hoje, fazendo de seu nome um
sinônimo de ajuda aos pobres.
Assim que JK chegou ao governo de Minas, Sarah começou a mobilizar
as senhoras da alta sociedade a fim de arrecadar doações para os mais
necessitados. Em outubro de 1951, o grupo ganharia o nome de Pioneiras Sociais.
As voluntárias se reuniam na garagem do Palácio da Liberdade, A obra social adquire vida própria
Quando JK foi eleito presidente, ele e a esposa foram morar na capital federal. Com isso, Sarah estendeu a atuação das Pioneiras ao Rio de Janeiro e o grupo se desvinculou do governo, tornando-se autônomo. Como primeira-dama do Brasil, Sarah pôde angariar ainda mais recursos para suas ações sociais. Ela fundou escolas pelo interior e criou diversos hospitais – entre eles, um que levava o nome de sua mãe, o Centro de Pesquisa Luiza Gomes de Lemos, no Rio de Janeiro, que hoje se chama Hospital do Câncer III e faz parte do Inca (Instituto Nacional do Câncer), um centro de referência mundial. Sarah também foi a responsável pela fundação do Hospital Júlia Kubitschek,
Àquela altura, as Pioneiras Sociais já eram totalmente independentes de Sarah e geravam frutos em todo o país, o que continua acontecendo. Os hospitais Sarah Kubitschek se multiplicaram e hoje formam uma rede que já não têm relação alguma com a família de JK, tendo como gestora a Associação das Pioneiras Sociais, que agora é uma instituição pública não-estatal. Além da assistência médica, essas instituições têm o objetivo de formar profissionais de saúde, desenvolver pesquisa cientifica e gerar tecnologia. E tudo isso começou com uma simples reunião de senhoras convidadas por Sarah.
Passando o bastão
O desafio de
assumir um personagem que era interpretado por outro
Com o início da nova fase de “JK”, muitos personagens passaram a
ser interpretados por outros atores. Embora o novo elenco seja composto por
profissionais mais experientes, não é tarefa fácil para ninguém assumir um
papel que já vinha sendo brilhantemente defendido por outro colega. Como ser
fiel ao personagem, seguir a interpretação de quem veio antes e ainda ter
liberdade para criar?
Denise del Vecchio, a atriz que faz a Naná da nova fase, responde:
“Eu nunca tive essa experiência de pegar um personagem já começado. Fiquei
apreensiva, porque eu tinha que pegar a linha que a Juliana Mesquita imprimiu
ao papel, já que foi ela quem interpretou a fase mais jovem da Naná. Sou refém
do que ela fez, não posso inventar outra coisa. Mas a direção me orienta
direitinho para manter a unidade da personagem. E eu troquei bastante
informação com a Juliana. Ela me contou da conversa que teve com a Beatriz,
filha da Naná, e isso me ajudou muito.” Juliana Mesquita ajudou a colega no que pôde: “Quando eu recebi os primeiros capítulos, mostrei tudo a ela e combinamos algumas coisas. Como a Dê já era minha amiga, o processo foi mais confortável, porque a gente pôde ‘trocar figurinhas’ e informações sobre tudo o que a gente achava da Naná. Aliás, foi uma surpresa quando me chamaram para fazer teste para o papel. Disseram que eu era parecida com ela, e eu não achava isso. Se bem que, quando saímos juntas, muita gente pensa que ela é minha mãe. Sempre achamos isso engraçado. Mas só agora, com a Naná, é que eu acabei achando que a gente tem um ‘quê’ parecido, sabe?”.
Sem estresse
José Wilker e Wagner Moura também se entenderam às mil maravilhas na hora de combinar como eles interpretariam Juscelino Kubitschek. “A gente se via, se olhava, se abraçava e ia fazendo, sem combinar muita coisa. Na medida do possível, tentamos servir ao personagem, e um foi servindo ao outro. Eu vinha assistindo ao trabalho do Wagner e gostei muito do que ele fez, felizmente”, conta Wilker.
Semelhança física e profissional
Ariclê Perez, que agora interpreta a fase mais madura de dona Júlia Kubitschek, acha que foi uma grande sorte ter sido antecedida por Julia Lemmertz no papel: “Eu tenho grande admiração pelo trabalho de Julia Lemmertz e considero que nós duas somos atrizes de uma mesma linhagem. Então, eu me sinto muito à vontade em pegar o trabalho agora, acredito que vai ficar parecido. Como a minha atuação tem que dar continuidade à personagem, eu a estudei como se fosse interpretá-la desde o começo. Eu li tudo a respeito de JK. Fui a Diamantina conhecer aquelas pedras por onde a dona Júlia caminhava, aquelas subidas íngremes que ela percorria diariamente. Isso me deu uma boa idéia da força física, não apenas moral, que ela deveria ter.”
Um imprevisto e uma revelação
Os atores fizeram o possível para entrar em acordo e ajudar um ao outro, mas, às vezes, nem tudo sai conforme o planejado, como conta Louise Cardoso, que fez dona Luisinha, a mãe de Sarah, na fase anterior da trama: “Eu gosto de trabalhar em conjunto e foi muito tranqüilo dividir a personagem com a Eva Wilma, porque nós somos muito amigas. A gente combinou que as duas fariam um determinado gesto, um jeito de mexer no cabelo que seria uma marca da Luisinha, uma coisa para o telespectador entender que a atriz mudou mas a personagem é a mesma. Só que eu acabei não fazendo o tal gesto, porque não saiu na hora, não ficou bom, sei lá. Mas isso não será problema para a Eva, que é maravilhosa. Até porque ela ficará no papel por pouco tempo, já que a Luisinha morre logo, pouco antes da posse de JK como presidente”, ela adianta.
Padre Eustáquio
Sacerdote a
quem Sarah recorreu deve ser beatificado este ano
Padre Eustáquio, o sacerdote a quem Sarah falou sobre seu desejo
de ter um filho, não apenas existiu como está prestes a ser beatificado pelo
papa Bento XVI. Mesmo antes de ele morrer, em 1943, o povo de Minas Gerais e do
interior de São Paulo e Rio de Janeiro já lhe atribuía diversas graças
alcançadas – entre elas, a gravidez de Sarah Kubitschek, que passara tantos
anos sem conseguir gerar um filho. Mas foi apenas em dezembro do ano passado
que o Vaticano reconheceu um milagre ocorrido por intercessão do religioso
O padre Eustáquio nasceu na Holanda, em 1890, e veio para o Brasil
nos anos 20. Membro da Congregação dos Sagrados Corações, ele era tratado como
santo pela população de Poá (MG). Ele não gostava da fama de milagreiro, mas as
pessoas simplesmente se diziam curadas de todo tipo de doença por intermédio de
sua bênção. Mesmo quem não era católico procurava por ele. Popularidade e morte
No início dos anos
Diante de incontrolável assédio, padre Eustáquio viu sua saúde definhar lentamente, até que ele morreu, em 1943. Conta-se que, no momento exato de sua morte, ele apareceu a uma religiosa que estava a mais de
O milagre reconhecido pela Igreja
O milagre que o papa Bento XVI reconhece como tendo sido realizado por intercessão de padre Eustáquio aconteceu em 1962,
Com a comprovação científica desse milagre, após décadas de investigação, o Vaticano acaba de divulgar que o padre Eustáquio já pode ser beatificado, o que deve acontecer muito
A nova fase vem aí!
Veja quem vai
interpretar a família Kubitschek a partir do dia 26!
Está previsto para o dia 26, quinta-feira, o início da nova fase
de “JK”. Como a trama dá um salto no tempo, novos atores vão assumir os
personagens reais que você vem acompanhando desde o primeiro capítulo, como
Juscelino Kubitschek e toda a sua família. Nomes de peso como Marília Pêra,
José Wilker, Ariclê Perez, Eva Wilma e Denise Del Vecchio já começaram a gravar
as suas participações na minissérie. “Acho que a Débora Falabella está me
passando o bastão com muito talento, segurança e propriedade. Além de ver todos
os capítulos, eu conversei com a dona Maristela, que é filha de Sarah e
Juscelino. Conversei também com a secretária de dona Sarah, que a acompanhou
até a sua morte”, conta a atriz Marília Pêra, que interpreta Sarah Kubitschek
na segunda fase de “JK”
Para compor a personagem, Marília não abriu mão de conversar com o
diretor Dennis Carvalho e com os autores da trama, Maria Adelaide Amaral e
Alcides Nogueira. “O texto é lindo e a direção é primorosa. A direção de arte é
deslumbrante. Os figurinos de Emília Duncan são como se cada peça fosse uma
jóia. O trabalho dela é lindo. A caracterização de Marlene Moura também. Para
mim é um privilégio estar participando desta obra tão importante para o
Brasil”, diz a atriz, bastante empolgada.Denise Del Vecchio é a nova Naná
Quem também está muito feliz com seu papel é Denise Del Vecchio. “Eu estudei para o papel, li um monte de livros. Adoro História, tem tudo a ver comigo”, ela diz. A atriz, que interpreta Naná na segunda fase da minissérie, está muito empolgada com a importância histórica de “JK”. “Acho que é um privilégio pode fazer parte deste projeto, porque eu acredito que ele tem grande importância neste momento do nosso país, para levantar assuntos que estão emergindo na política brasileira. Através da minissérie, vamos buscar as raízes de tudo que estamos vivendo hoje”, explica, pronta para assumir o papel que até agora estava com a atriz Juliana Mesquita.
Dona Júlia Kubitschek fica a cargo de Ariclê Perez
Ariclê Perez, que também estréia nesta segunda fase, faz a dona Júlia, mãe de JK. “A participação da dona Júlia nesta fase é uma intensificação da personalidade dela. Ela é uma mulher de muita força moral, caráter e disciplina, com uma dose razoável de ternura e doçura”, diz a atriz. Para Ariclê, chegou o momento de dona Júlia colher os frutos de tanto esforço e luta. “Na primeira fase, que foi a Julia Lemmertz quem fez, ela estava educando o filho, o futuro presidente. Agora, na nova fase, ela já está idosa e verá, então, a ascensão do seu filho, o que é uma experiência muito bonita”, acrescenta.
Eva Wilma assume o papel de dona Luisinha
Apesar de todas as pesquisas que os atores fizeram para compor seus personagens, ninguém teve mais facilidade de voltar à Era JK do que Eva Wilma. A atriz, que vive dona Luisinha na segunda fase, vivenciou o governo de Juscelino na sua juventude. “Eu vivi esta história, me lembro perfeitamente. Aliás, eu até já fiz um espetáculo no Memorial JK, em 1994. Para este novo trabalho, eu só tive que mergulhar no texto de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira na maneira que eles propuseram, através de sua dramaturgia, para contar a história”, conta Eva Wilma, que teve reuniões com Louise Cardoso, a dona Luisinha da primeira fase, para construírem juntas a personagem.
José Wilker, o JK maduro
Quem também já se sentia familiarizado com o assunto é José Wilker, que faz Juscelino na nova fase da minissérie. “Desde que aprendi a ler que eu me interesso em ler sobre o Brasil. Depois de certo tempo, passei a me interessar especificamente pela história da república no nosso país. Então, na verdade, minha fonte de inspiração é o texto escrito por Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, além da direção do Dennis Carvalho”, conta o ator.
Novos personagens
Elenco da
segunda fase da minissérie já começou a gravar suas cenas
No final de janeiro, a minissérie entra em nova fase, com a
entrada em cena de uma série de personagens novos. O elenco de “JK” aumentará
bastante, incluindo atores como Nathalia Timberg, Antonio Calloni, Alessandra
Negrini, Hugo Carvana, Betty Gofman e Claudia Netto, que já começaram a gravar
“Um homem fantástico, versátil e com mil possibilidades”. É desta
forma que o ator Antônio Calloni define Augusto Schmidt, seu novo personagem,
que vai estrear na segunda fase da minissérie JK. “Está sendo um prazer fazer
este grande homem. Ele realmente tinha uma capacidade muito grande. Foi um
grande poeta, empresário e jornalista”, conta Calloni. O momento histórico que esta minissérie retrata também empolga o ator. “Eu me sinto muito orgulhoso com este projeto. Espero colaborar com a minha parte. Espero fazer uma grande homenagem a esta figura , que é fantástica, completa”, diz.
Para se preparar para interpretar aquele que foi responsável pelo principal slogan do ex-presidente Juscelino Kubitschek, “50 anos em cinco”, Calloni entrou a fundo na história de Schmidt. “Conversei com a filha dele, com seu secretário e também com a Letícia Mey, sua biógrafa. Li sua biografia e conheci sua casa na Rua Paula Freitas. Eu me cerquei das informações que eu tinha para compor esta figura extremamente contraditória, alegre, vibrante, ao mesmo tempo melancólica e triste”, conta.
Mulheres divertidas
Alessandra Negrini, que vive na segunda fase de “JK” a esposa de Augusto Schmidt, Yedda, também está muito animada com o seu papel. “Estou muito feliz. Ela é engraçada, destemida, verdadeira, fala tudo o que pensa, além de ser muito chique”, fala Negrini. A atriz, que está usando lentes de contato azul por causa do papel, também conversou com Letícia Mey e leu a biografia de Schmidt para compor a sua personagem.
Dora Amar, Jorge Sampaio, Abigail Fernandes e a Baronesa do Tibagi também são personagens que marcam o começo das gravações da segunda fase de “JK”. Porém, ao contrário de Augusto e Yedda Schmidt, eles são fictícios, existem apenas na minissérie.
Dora Amar é vivida pela atriz Deborah Bloch, que está muito empolgada com o seu papel na minissérie: “Ela é muito divertida, uma corista de teatro de revista que, na verdade, quer encontrar um homem com grana para sustentá-la. Dora Amar é uma alpinista social, exagerada, usa casacos de pele... É uma delícia de fazer.” Para compor a personagem, Deborah assistiu a filmes da época e leu sobre as vedetes. “O sonho de Dora Amar era ser uma vedete, uma estrela, mas ela não é nem uma coisa, nem outra”.
Prósperos e decadentes
Interpretada por Betty Gofman, Abigail Fernandes também tem um tom cômico. “A Abigail é uma bibliotecária apaixonada por Carlos Lacerda. Ela tem um pouco de humor, uma coisa meio ‘rodrigueana’. Ela se apaixona por Antenor e permite que ele tenha o que quiser, com quem quiser, porque ela não vai fazer nada antes do casamento, mas ele continua sendo o noivo dela”, conta a atriz aos risos.
Tanto Dora Amar quanto Abigail vão se hospedar na pensão da Baronesa do Tibagi. Vivida por Nathalia Timberg, ela é uma dama da alta sociedade aristocrata carioca que, ao ficar pobre, transforma seu casarão numa pensão familiar.
Ao contrário da Baronesa, porém, Jorge Sampaio é rico. Empresário carioca do ramo hoteleiro, do show-business e do rádio, ele é interpretado por Hugo Carvana: “Meu personagem é um milionário, um playboy, bon vivant, amante do uísque e das mulheres, corrupto, sempre interessado em fazer negociatas, em mamar nas tetas públicas. Gente boa, né?” (risos)
“JK”
assumiu o desafio de representar na telinha boa parte dos anos da república do
nosso país. Foram períodos que marcaram a memória dos brasileiros com tamanhas
conquistas, golpes, progressos, revoluções entre tantos outros acontecimentos.
Parte integrante de todos estes eventos históricos, os lugares que abrigaram
toda essa evolução política também ficaram na lembrança.
Mais
do que apropriado, estas construções monumentais que foram os cenários da vida
real servem de cenário da mesma forma para a trama. São palácios suntuosos que
imprimem um toque de luxo e glamour às cenas em que dão o ar de sua graça. E palácio
é o que não falta na minissérie. O da Liberdade, o Tiradentes, o do Catete e o
das Laranjeiras são alguns dos que aparecem em “JK”.
Quando
Juscelino assume o posto de governador de Minas Gerais, por exemplo, é o
Palácio da Liberdade a sede do governo. No Rio de Janeiro, o Palácio Tiradentes
é pano de fundo para a cena em que o então presidente da Câmara dos Deputados
Antônio Carlos - vivido pelo ator Raul Cortez - faz o tão aplaudido
pronunciamento no plenário. Já o Palácio do Catete e o Palácio das Laranjeiras
assumem o mesmo papel que tiveram na vida real: a sede do governo presidencial
e a residência oficial do presidente, respectivamente.
Clique
no link acima e conheça um pouco mais sobre essas construções magníficas que,
assim como em JK, foram palco do cenário político brasileiro.
Voto de cabresto
O que Licurgo
fez nas eleições da trama acontecia na vida real
As cenas que mostraram Licurgo obrigando seus empregados a votarem
no seu candidato são um retrato do que acontecia nas eleições brasileiras nos
anos 30. Aquilo é o que os livros de História chamam de voto de cabresto: os
poderosos coronéis do interior usando a força para eleger quem eles queriam
Por várias décadas, as eleições brasileiras estiveram sujeitas a
todo tipo de fraude. Para votar, o eleitor só precisava levar um pedaço de
papel com o nome do seu candidato e depositar na urna. Era um papel qualquer,
que ele levava de casa mesmo. Para os coronéis, bastava entregar a cada um de
seus empregados um papel já preenchido. A maioria deles era analfabeta, só
sabiam assinar seus nomes, e analfabetos não podiam votar. Mas isso não era
problema para os coronéis, já que eles mesmos escreviam nos papéis. Como os
criados não sabiam ler, muitas vezes eles votavam sem saber o que estava
escrito no papel que depositaram na urna. Getúlio Vargas traz mudanças
Em 1932, o presidente Getúlio Vargas finalmente adotou uma série de medidas que reduziram o poder dos coronéis nas eleições, como o voto secreto. Ele também permitiu que as mulheres votassem pela primeira vez, mas só as funcionárias públicas, o que aumentava o número de eleitores urbanos, que não tinham relação alguma com os coronéis. Como Vargas exonerou todos os governadores (com exceção do de Minas Gerais, Olegário Maciel) e substituiu-os por interventores de sua confiança, os coronéis ficaram ainda mais isolados.
Conforme o Brasil se industrializava, as populações rurais foram migrando para as grandes cidades, que cresciam sem parar, tornando o número de eleitores urbanos mais expressivo que o do interior. Com isso, o coronelismo ficou para trás. Mesmo assim, o sistema eleitoral continuou passando por sucessivas mudanças ao longo do século XX, até chegar à atual urna eletrônica, a fim de reduzir ao máximo a possibilidade de fraude.
Declaração de amor
Marisa toma
coragem e diz a Juscelino que é apaixonada por ele
Marisa sente tanta culpa por amar Juscelino, um homem casado, que
ela decide se jogar nos braços do detestável Sampaio só para tentar abafar esse
amor proibido. Como ninguém sabe desse segredo, as pessoas não entendem por que
uma moça tão jovem, bonita e virtuosa decidiu se casar com um canalha
desagradável com idade para seu pai ou até mesmo avô. Nem JK entende. Então,
ele pergunta a ela: “O que seus pais diriam desse seu casamento? Por que vai
fazer essa besteira?”. Ela responde com a verdade: “Por amor. Por um amor
infinito, maior que a vida e a morte... Eu vou casar com o Sampaio porque amo o
senhor!”
JK fica espantadíssimo. Ele jamais imaginaria ouvir essa resposta.
Além de ser uma revelação bombástica, a situação é constrangedora, porque esse
diálogo acontece no Palácio Laranjeiras, a residência oficial do presidente.
Sob aquele mesmo teto, Sarah está oferecendo um chá beneficente, tentando
arrecadar doações de senhoras ricas para suas obras de caridade. A esposa em
questão não é uma mulher qualquer – é uma mulher maravilhosa.A reação de JK
“Que sandice é essa?! Você nem me conhece direito”, JK quer saber. Com lágrimas nos olhos, Marisa se explica: “Não é sandice nem tolice, é a mais pura tradução dos meus sentimentos... Eu amo o senhor de um amor infinito, um amor acima da aspiração de todas as moças, que é ver seu sonho maior se concretizar... É amor que exige sacrifícios porque o senhor pertence a outra mulher, a sua admirável Sarah, senhor presidente.”
Quanto mais Marisa fala, mais JK fica espantado. Mas ele percebe que as lágrimas da moça são reais, assim como o seu amor. Ele tenta fazê-la desistir dos tais sacrifícios e do casamento, mas ela está certa de que nunca deixará de amá-lo. Nenhum homem ficaria indiferente a uma declaração de amor tão profunda e sincera como essa. Com Juscelino não será diferente.
Ele está de volta!
Zinque retorna
à trama para ajudar a resolver os problemas dos outros
Depois de passar vários anos longe, atuando como frade dominicano,
Zinque chega ao Rio de Janeiro para reencontrar seus entes queridos: Salomé,
Guiomar e Antenor. Mas ele já não é frade. Antes de fazer a viagem até a
capital, Zinque se desliga da ordem religiosa, embora sua missão no Rio seja
ajudar um padre a realizar uma obra assistencial numa favela carioca.
Guiomar fica muito emocionada ao revê-lo. O mesmo vale para
Salomé, que não esperava ter Zinque a seu lado outra vez. E Antenor fica feliz
da vida em poder abraçar o homem que ele considera seu pai. Em sua nova fase,
Zinque será fundamental para todos eles, sempre disposto a ajudá-los a resolver
seus problemas. Isso vale principalmente para Salomé. Leonardo pedirá ao
ex-frade que o ajude a reconquistar sua amada, jurando ter se arrependido de
todos os seus erros. O político até chora de desespero, com medo de nunca mais
ter Salomé em seus braços. E Zinque se dispõe a interceder por ele.O curioso é que Guiomar, ao reencontrar Zinque, percebe que ele já não é o mesmo: “Você está diferente... Não sei o que é, mas...”. Ele já tem a resposta na ponta da língua: “Estou mais velho, Guiomar!”. Mas ela sabe o que está falando: “Não é isso. Eu não sei o que é, mas é bom, é muito bom!”.
O que será?
Situação complicada
Marisa decide
se casar com Sampaio. Veja o que Camilinha faz!
Sampaio leva Marisa para conhecer Brasília e, ao encontrar
Juscelino, apresenta a jovem como sua futura esposa. A miss primavera não gosta
de ser denominada desta forma, mas, depois de um tempo, aceita o pedido de
casamento com a condição de que eles dois viverão para sempre como irmãos.
Sampaio topa, acredite se quiser
Com o novo casal de volta ao Rio de Janeiro, a novidade não demora
a se espalhar. Silvinha pede para ser a dama de honra do casamento e Carmem
Dulce promete animar os convidados cantando. Enquanto alguns manifestam
alegria, outros parecem não aprovar a união. Salomé e Guiomar não entendem por
que Marisa decidiu se casar com Sampaio. A cozinheira acredita que a modelo
deveria namorar alguém mais jovem e a enfermeira não acha que ela ame o noivo
de verdade. A decisão, no entanto, já está tomada. Marisa vai mesmo se casar
com aquela criatura detestável.O encontro com a ex
Marisa está se arrumando para ir ao bingo beneficente promovido por Sarah quando é surpreendida por uma visita de Camilinha, a esposa oficial de Sampaio. Ela traz uma camisola nas mãos e a oferece à miss primavera. Mas não é provocação nem despeito. O presente simboliza sua tranqüilidade diante da união do ex-marido com uma jovem que tem idade para ser sua filha. Camilinha explica que descobriu a vida além do casamento e que nada conseguiria abalar sua satisfação por se sustentar sem a ajuda de homem algum.
Nesse momento, Ana chega ao local e avisa a Marisa que, ao lado de Sampaio, ela levará uma vida igual à de Camilinha no passado, cheia de humilhações. A jornalista completa dizendo que não há razão para não enfrentar de peito aberto seus verdadeiros sentimentos em relação a Juscelino. Cheia de dúvidas, Marisa não quer nem ouvir os conselhos da amiga. Ana chora e pede que a modelo não se case, mas não adianta nada.
Sonho inatingível
Yedda jamais conseguirá
realizar seu desejo de dar à luz uma criança
Yedda está feliz por finalmente ter conseguido engravidar de novo.
Ela não sabe ainda, mas está grávida de gêmeos. Bênção em dose dupla? Não. É um
trauma em dose tripla, porque além de perder os dois bebês, Yedda nunca mais
poderá engravidar
A gravidez é de alto risco. E tudo piora por conta dos artigos que
Carlos Lacerda escreve e publica no jornal quase diariamente, muitas vezes
atacando Schmidt. Yedda fica furiosa com as críticas e acusações, perde o
controle, o que a deixa sempre estressada. Até que acontece o inevitável: o
aborto espontâneo.Schmidt ficará destroçado. Mas, como Carmem Dulce bem disse quando tirou cartas para o casal, embora o ano seja de grandes dificuldades, tudo será superado. Ele sofre, mas aceita o destino, coisa que Yedda não consegue fazer: “Eu não ter perdôo, Senhor Deus! Não vou te perdoar nunca!”, ela pragueja, revoltada. Na impossibilidade de realizar seu maior sonho, ela acabará cometendo uma loucura impensável.
Márcia piora!
Saúde da filha
de Sarah e JK mostra-se cada vez mais preocupante
JK volta de Brasília, onde a construção da nova capital está a
pleno vapor, e recebe uma notícia ruim: a saúde de Márcia está piorando. Sarah
repara na postura da filha e comenta com o marido. Juscelino e Júlio Soares
examinam a jovem sob o olhar tenso de Sarah e a ansiedade de Márcia, que deseja
saber o que está acontecendo. Seu tio tenta desconversar e diz para ela ir
brincar com a irmã, Maria Estela, mas a jovem insiste em saber a verdade.
Juscelino explica, então, que a escoliose piorou, fazendo com que a filha caia
em prantos enquanto a mãe a abraça, emocionada. Márcia diz que sabia que iria
piorar, pois viu o pássaro preto nos últimos dias, deixando o pai ainda mais
aflito
Longe da filha, Juscelino explica para a esposa que alguns médicos
sugerem que seja feita uma cirurgia, mas que, antes disso, Márcia precisa se
consultar com um espanhol especialista em ortopedia que leciona
Adeus sensual
Magui deixa
Leonardo em paz, mas se despede em alto estilo
Salomé não quer mais nada com Leonardo, mas o safado terá ao menos
uma boa notícia nos próximos dias: Magui vai embora do Brasil para morar nos
Estados Unidos. Assim, ele fica longe da tentação e livre de qualquer obrigação
Magui vai até a boate de seu pai para se despedir de Leonardo,
porque sabe que ele está lá, à noite. O sujeito a recebe na maior grosseria:
“Por que não me deixa em paz e fica com os seus amigos?”. Humilde, ela estende
a bandeira branca: “Eu queria pedir desculpas... Por ter ido procurar você
naquele dia!”. Magui está se referindo à vez em que ela provocou uma situação que
acabou fazendo Salomé abandoná-lo. Mas Leonardo não está interessado em perdoar
ninguém – ele simplesmente dá as costas a Magui e sai. Ela insiste: “Não faça isso comigo... Estou indo embora... Vou para os Estados Unidos... E você vai ficar livre de mim”. Ela lhe estende a mão, num gesto de paz, mas com seu típico toque de safadeza: “Fica de bem comigo... Eu sou uma boa menina”. Mas Leonardo não se comove. Ele vai embora deixando a mão de Magui no ar.
Amor no mar
Sozinho, Leonardo caminha em direção ao mar. É tarde da noite e ele tira a roupa para dar um mergulho. Magui vai atrás dele, nadando: “Vim me despedir de você”. Como a carne de Leonardo é fraquíssima, ele cede.
Depois de uma noite de amor tendo apenas o mar, a lua e as estrelas como testemunhas, Magui comete o equívoco de achar que reconquistou Leonardo. É claro que ele continua querendo distância dela: “O que aconteceu não mudou em nada o que penso a seu respeito!”. Ela não se conforma: “Você me usou!”. Mas não adianta espernear. O jeito é ir mesmo para os Estados Unidos. E é o que ela faz, para alívio do seu amante canalha.
Cena rara
Ver a família
Kubitschek reunida assim fica cada vez mais difícil
As preocupações de Sarah e Juscelino com a saúde de Márcia e com
as crises do governo têm dificultado a convivência do casal, que passa vários
dias sem se ver, o que é uma ameaça para qualquer casamento. Ver Sarah, JK e
suas filhas juntinhos assim será algo cada vez mais raro. Na foto, eles estão
assistindo a um filme na sala de cinema do Palácio das Laranjeiras, às
gargalhadas. Mas repare que Sarah é a única com o semblante sério. É que ela
sabe que o marido tem estado muito distante. Por isso, ela passa a sessão
inteira de mãos dadas com ele, como nos velhos tempos. E ela nem sabe ainda da
existência de Marisa
Rompante de paixão
Sexta-feira, 17/02/2006
Sexta-feira, 17/02/2006
Zinque aparece na casa
da Baronesa. Lott desiste de pedir demissão e o governo de Juscelino se
consolida. Raul e Salomé exigem que Yedda fique de cama e evite ler jornais,
para não se aborrecer. Luís Felipe sai da casa de Sampaio e vai para a pensão
da baronesa para morar perto de Camilinha. Sampaio diz a Marisa que nunca
sentiu por mulher alguma o que sente por ela. Yedda perde os gêmeos que estava
esperando e recebe a notícia que não poderá mais engravidar. Luís Felipe
escreve um poema para Camilinha, que lhe dá um beijo. Zinque conta para Salomé
que vai se desligar de sua ordem religiosa e ajudar padre Lebret em seu
trabalho com os pobres. Sarah e Márcia voltam da Inglaterra. A jovem precisará
ser operada. Leonardo diz a Zinque que ama Salomé de verdade. O padre fica
penalizado. Abigail vê Antenor e Dora juntos. Camilinha e Luís Filipe ficam
juntos, mas ela garante que isso não se repetirá. Sarah lamenta estar passando
tanto tempo longe de Juscelino, mas se recusa a deixar de acompanhar o
tratamento de Márcia. Abigail tenta contar a Fialho o que viu, mas ele não lhe
dá atenção. Sampaio convida Marisa para conhecer Brasília
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