Também o Canal de Suez foi alvo de conflitos e caracterizou
mais uma etapa da série de incidentes entre árabes e judeus.
Com o objetico de garantir o acesso dos ocidentais (principalmente
franceses e ingleses) ao comércio oriental, antes realizado pelo contorno
do sul da África.
O controle das operações realizadas no canal ficou sob o
domínio inglês e continuou mesmo após a independência do Egito. No entanto,
em 1952, um Golpe de Estado realizado pelo revolucionário Gamal Abdel
Nasser pôs fim ao regime monárquico do rei Faruk. A liderança de Nasser no
governo egípcio revelou uma política de caráter nacionalista, buscando a
modernização do Estado por meio da reforma agrária, do desenvolvimento da
indústria e de uma melhor distribuição de renda. A luta contra o Estado de
Israel, entretanto, não deixou de ser alimentada.
Numa atitude de combate ao colonialismo anglo-francês, Abdel
Nasser nacionalizou o Canal de Suez e proibiu a navegação de navios
israelenses no local. A medida causou um grande impacto na Inglaterra,
França e Israel que, então, iniciaram uma guerra contra o Egito. No
desenrolar do conflito, os egípcios foram derrotados, mas os Estados Unidos
e a União Soviética interferiram, obrigando os três países a retirarem-se dos
territórios ocupados. Ao final, o Canal de Suez voltava, definitivamente,
para o Egito, mas com o direito de navegação estendido a qualquer país.
A Guerra de Suez revelou uma nova referência para o contexto
político da região: a cumplicidade de Israel com as potências imperialistas
ocidentais. Tal constatação acentuou a ruptura entre árabes e judeus,
abrindo precedentes para novos conflitos.
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