ALGODÃO COLORIDO É
O DESTAQUE NA REGIÃO DE PATOS
O Serviço de Extensão Rural na região de Patos é integrado por quinze
unidades operativas, abrangendo os municípios de Patos, São José de Espinharas,
Malta, São José do Bonfim, Mãe D’água, Cacimba de Areia, Quixaba, Passagem,
Areia de Baraúnas, Salgadinho, Santa Terezinha, São Mamede, Santa Luzia, São
José do Sabugi, Várzeas e Junco do Seridó, que são assistidos por 19 técnicos
de nível superior, 14 técnicos de nível médio seis extensionistas da área
social e 32 funcionários administrativos.
Segundo o coordenador regional da Emater/Patos, Francisco Acácio da
Silva, os projetos trabalhados naquela região são os de Bovinocultura, Caprino
e Ovinocultura, o Algodão Colorido, Algodão Herbáceo, Feijão Vigna, Arroz,
Caju, Mandioca e Mamão, numa área cultivada de 7.195 hectares ,
ligada diretamente a 2.632 produtores rurais. Para a execução das atividades
agropecuárias neste ano foram disponibilizados recursos do Banco do Nordeste e
Banco do Brasil. Entre os meses de janeiro e agosto de 2004 foram contratadas
1.688 operações de crédito no valor superior a dois milhões e 200 mil reais,
dos quais 1.549 foram financiadas com recursos do Pronaf e os projetos foram
todos elaborados pelos técnicos da Emater.
Falando sobre as atividades da Extensão com o cultivo do algodão na
região de Patos, o coordenador Francisco Acácio disse que durante muitos anos o
Algodão arbóreo foi o principal sustentáculo da economia da região, já que por
ser uma planta perene, após a colheita, os agricultores e criadores colocavam o
gado bovino nas áreas de cultivo para que se alimentassem dos restos culturais,
ao mesmo tempo em que realizavam uma poda natural. Esse ciclo natural formado
pelo cultivo do algodão e a criação de gado durante décadas foi responsável
pelo progresso da região e pela manutenção das famílias na zona rural.
Lembrou ainda que na década de oitenta, do século passado, o surgimento
da praga do bicudo quebrou esse ciclo e destruiu a cultura do algodão,
desestruturando toda a economia agrícola da região, acelerando o êxodo rural,
esvaziando o campo e levando às periferias das cidades milhares de famílias em
busca de trabalho e de melhores condições de vida. A Embrapa, por intermédio do
seu centro de pesquisa do algodão em Campina Grande , responsável pelo trabalho de
melhoramento genético do produto, através do cruzamento entre diversas
variedades da planta, conseguiu fixar cultivares com características e
precocidade, resistência à seca e pigmento da pluma que caracterizariam um
diferencial para o algodão produzido na Paraíba.
E acrescentou: “O desafio agora seria fazer com eu o agricultor
voltasse a creditar no algodão e aceitasse cultivá-lo. O governador Cássio
Cunha Lima resolveu encarar todo o desafio e colocou sementes do algodão
colorido nos escritórios da Emater para distribuição com os agricultores, o que
foi plenamente aceito por todos, fazendo ainda o controle das pragas através da
distribuição de inseticidas no campo, após uma vistoria feita pelos
extensionistas responsáveis pelo programa. O governo do Estado assegurou ainda
a comercialização do algodão produzido que está sendo vendido por preço acima
daquele oferecido pelo mercado. O algodão colorido é pois uma realidade e um
grande feito dos órgãos agrícolas paraibanos em beneficio daqueles envolvidos
com a sua produção, que hoje é um acontecimento nacional.
Para o coordenador da Emater de Patos
o algodão colorido tornou-se uma opção de emprego e renda para o agricultor da
região Semi-árida, seja ele pequeno, médio ou agricultor de estrutura familiar
de áreas de assentamento, que recebem assistência técnica da Emater/Paraíba.
Ele enalteceu a iniciativa do Governador Cássio Cunha Lima de estimular o
cultivo do algodão branco e o algodão colorido, por oferecer um diferencial
competitivo em relação ao produto cultivado em outras regiões do país.
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