26 de outubro de 2011

Biografia Araci Teles de Almeida

Biografia Araci Teles de Almeida

nasceu em 19 de agosto de 1914.

Foi criada no subúrbio

carioca do Encantado numa

grande família evangélica;

o pai, Baltazar Teles de Almeida,

era chefe de trens da

Central do Brasil e a mãe,

dona Hermogênea,

dona de casa.

Tinha apenas irmãos homens.

Estudou num colégio no

bairro do Engenho de Dentro

onde foi colega do radialista

Alziro Zarur, passando

depois para o Colégio Nacional,

no Méier. Araci costumava

cantar hinos religiosos na

Igreja Batista e, escondida

dos pais, cantava também

em terreiros de macumba

e no bloco carnavalesco

“Somos de pouco falar”.

“Mas isso não rendia dinheirim”,

como Aracy dizia.

Mais tarde, conheceu

Custódio Mesquita,

por intermédio de um amigo.

Cantou para ele Bom-dia,

Meu Amor (Joubert de

Carvalho e Olegário Mariano),

conseguindo entrar a

Rádio Educadora

(depois Tamoio), em 1933.

Ali mesmo, conheceu

Noel Rosa e aceitou o convite,

que ele lhe fez, para

“tomar umas cervejas

cascatinhas na Taberna da Glória”.

Desde este dia, o acompanhou

todas as noites.
No ano seguinte, gravou para

o Carnaval seu primeiro disco,

pela Columbia, com a música

Em plena folia

(Julieta de Oliveira). Em 1935,

assinou seu primeiro contrato

com a Rádio Cruzeiro do Sul

e gravou Seu Riso de Criança,

composição de Noel Rosa,

de quem se tornaria a

principal intérprete.

Transferindo-se para a Victor,

participou do coro de diversas

gravações e lançou, ainda em 1935,

como solista, Triste cuíca

(Noel Rosa e Hervé Cordovil),

Cansei de pedir,

Amor de parceria

(ambas de Noel Rosa) e

Tenho uma rival (Valfrido Silva).

A partir de então, tornou-se

conhecida como intérprete de

sambas e músicas carnavalescas,

tendo sido apelidada por

César Ladeira de O Samba em Pessoa.

Trabalhou na Rádio Philips com

Sílvio Caldas, no Programa

Casé; na Cajuti, Mayrink Veiga

e Ipanema, excursionando com

Carmen Miranda pelo Rio Grande do Sul.

Em 1936 foi para a Rádio

Tupi e gravou com sucesso

duas músicas de Noel Rosa:

Palpite infeliz e O X do problema.

Em 1937 atuou na

Rádio Nacional e destacou-se

com os sambas Tenha pena de mim

(Ciro de Sousa e Babau),

Eu sei sofrer (Noel Rosa e Vadico)

e Último desejo, de Noel Rosa,

que faleceu nesse ano.

Gravou, em 1938,

Século do Progresso

(Noel Rosa) e Feitiço da Vila

(Noel Rosa e Vadico), e, em 1939,

lançou em disco

Chorei quando o Dia Clareou

(Davi Nasser e Nelson Teixeira)

e Camisa amarela (Ari Barroso).

Para o Carnaval de 1940,

gravou a marcha

O Passarinho do relógio

(Haroldo Lobo e Milton de Oliveira)

e, no ano seguinte,

O Passo do canguru

(dos mesmos autores).

Em 1942, lançou o samba

Fez Bobagem (Assis Valente),

Caramuru (B.Toledo,

Santos Rodrigues e Alfeu Pinto),

Tem galinha no bonde e

A Mulher do leiteiro

(ambas de Milton de Oliveira

e Haroldo Lobo).

Fez sucesso no Carnaval de 1948

com Não me Diga Adeus (Paquito,

Luis Soberano e João Cerreia da Silva)

e, em 1949, gravou João ninguém

(Noel Rosa) e Filosofia (Noel Rosa e André Filho).

Entre 1948 e 1952,

trabalhou na boate carioca

Vogue, sempre cantando o

repertório de Noel Rosa; graças

ao sucesso de suas interpretações

nessa temporada, lançou pela

Continental dois álbuns de

78 rpm com músicas desse

compositor: o primeiro deles,

lançado em setembro de 1950,

continha Conversa de botequim

(com Vadico), Feitiço da Vila

(com Vadico), O X do problema,

Palpite infeliz, Não tem tradução

e Último desejo; no segundo,

lançado em março de 1951,

interpretou Pra que mentir (com Vadico),

Silêncio de um minuto,

Feitio de Oração (com Vadico),

Três apitos, Com que roupa e

O Orvalho Vem Caindo (com Kid Pepe).

Foi, ao lado de Carmen Miranda,

a maior cantora de sambas dos

anos 30. Depois de atuar com sucesso

na boate Vogue em Copacabana

na década de 40, entre 1950 e 1951,

gravou dois álbuns dedicado a

Noel Rosa, que seriam responsáveis

pela reavaliação da obra

do poeta da Vila.
BIOGRAFIA DE ARACY DE AMEIDA

Mudou-se para São Paulo em 1950,

e lá viveu durante 12 anos. Em 1955,

trabalhou no filme “Carnaval em lá maior”,

de Ademar Gonzaga, e lançou,

pela Continental, um

LP de dez polegadas só com músicas

de Noel Rosa, no qual foi

acompanhada pela orquestra

de Vadico, cantando, entre outras,

São Coisas Nossas,

Fita Amarela e as composições

inéditas Meu Barracão,

Cor de Cinza, Voltaste

e A Melhor do Planeta

(com Almirante).

Três anos depois, lançou

pela Polydor o LP

Samba em pessoa. Em 1962 a RCA,

reaproveitando velhas matrizes,

editou o disco Chave de ouro.

Em 1964, gravou com a dupla

Tonico e Tinoco, o cateretê,

Tô chegando agora (Mário Vieira)

e apresentou-se com

Sérgio Porto e Billy Blanco

na boate Zum-Zum no

Rio de Janeiro.

Em 1965, fez vários shows

no Rio de Janeiro:

“Samba pede passagem”,

no Teatro Opinião;

“Conversa de botequim”,

dirigido por Miele e Boscoli,

no Crepúsculo; e um espetáculo

na boate Le Club, com o cantor

Murilo de Almeida. No ano seguinte,

a Elenco lançava o disco

Samba é Aracy de Almeida.

Com o cômico Pagano Sobrinho,

fez “É proibido colocar cartazes”,

um programa de calouros da

TV Record, de São Paulo, em 1968.

No ano seguinte, a dupla

apresentou-se na boate paulistana

Canto Terzo. Ainda em 1969,

fez o show “Que maravilha!”,

no Teatro Cacilda Becker em São Paulo,

ao lado de Jorge Ben,

Toquinho e Paulinho da Viola.

Depois disso, com a entrada

da bossa nova, os intérpretes

de samba já não eram tão solicitados.

Aracy trabalhou em vários

programas de

TV: Programa do Bolinha;

na TV Tupi, com Mário Montalvão;

na TV Globo, com

A Buzina do Chacrinha;

no Programa Sílvio Santos;

programas na TVE;

Programa da Pepita Rodrigues ,

na TV Manchete;
Programa do Perlingeiro,

na TV Excelsior; no Almoço

com as estrelas, com

Airton Perlingeiro,

entre outros.
Em 1988, Aracy teve um

edema pulmonar. No início,

ficou internada em São Paulo,

retornando ao Rio de Janeiro

para o hospital da SEMEG,

na Tijuca. Sílvio Santos a

ajudou financeiramente

na época em que esteve

doente e lhe telefonava todos

os dias, às 18 horas,

para saber como ela estava.

Depois de dois meses em coma,

voltou à lucidez por dois dias,

e, num súbito aumento de pressão

arterial, faleceu no dia

20 de junho, aos 74 anos.

Seu corpo foi velado no teatro

João Caetano, onde havia

sido seu último show,

com Albino Pinheiro.

Um carro do Corpo de Bombeiros

levou seu caixão pelas ruas

do Rio de Janeiro, passando

por Copacabana,

Glória, Lapa ,Vila Isabel, Méier, Encantado

- lugares que Aracy

havia freqüentado.

Montagem

E

Formatação

Zezito

Zezito_80@hotmail.com



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