2 de fevereiro de 2009

Delfim Moreira da Costa Ribeiro




Delfim Moreira da Costa Ribeiro


Vice Presidente



(1868 - 1920)



Presidente militar da república brasileira (1918-1919) nascido em Cristina, MG, que deu especial atenção aos problemas educacionais. Estudou no seminário de Mariana, MG, e diplomou-se (1890) pela Faculdade de Direito de São Paulo. Promotor público em Santa Rita do Sapucaí e em Pouso Alegre, MG, onde iniciou a carreira política como vereador e foi eleito deputado estadual (1894-1902). Foi secretário do Interior de Minas Gerais no governo de Francisco Sales, e eleito para a Câmara Federal (1909), mas voltou à secretaria do Interior no governo de Júlio Bueno Brandão, a quem sucedeu na presidência do estado (1914-1918). Vice-presidente da república eleito (1918), assumiu de imediato a presidência da república em 15 de novembro do mesmo ano, em virtude do impedimento do presidente Rodrigues Alves, que contraíra a gripe espanhola. Com a morte de Rodrigues Alves em 16 de janeiro (1919), e também com problemas de saúde, confiou praticamente os encargos do governo ao ministro da Viação, Afrânio de Melo Franco, e presidiu novas eleições (1919) em que foi eleito seu candidato, o senador Epitácio da Silva Pessoa. Morreu em 1º de julho, em Santa Rita de Sapucaí e para cumprimento do restante de seu mandato de vice-presidente, foi eleito o senador mineiro Francisco Álvaro Bueno de Paiva.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:


Estácio de Albuquerque Coimbra




Estácio de Albuquerque Coimbra


Vice Prisidente



(1872 - 1937)



Advogado e político brasileiro nascido no engenho Tentugal, em Barreiros, Zona Sul do Estado de Pernambuco, Vice Presidente da República (15/11/1922-15/11/1926) no governo do 13º Presidente do Brasil, Artur da Silva Bernardes. Primeiro filho de João Coimbra, membro de uma modesta família de lavradores portugueses que veio morar no Brasil, no começo do século XIX, mas que se torna advogado, senhor de engenho e deputado estadual, e de Francisca de Albuquerque Belo Coimbra, descendente de uma família aristocrática, tradicionalmente relacionada à lavoura e proprietária do engenho Tentugal. Graduou-se bacharel (1892) na Faculdade de Direito do Recife e, de volta à sua cidade natal, passou a exercer a advocacia, junto com seu pai, ganhando fama como causídico nas cidades de Barreiros, Rio Formoso e Água Preta. Casou-se com Joana de Castelo Branco Coimbra, representante da nobreza rural pernambucana, cuja família era proprietária do engenho Morim e o casal teve quatro filhos. Logo também passou à atividade política e fundou o Partido Republicano de Barreiros, pelo qual foi eleito prefeito do município (1894), deputado estadual (1895-1900) e deputado federal (1900-1912). Integrou-se ao esquema político de Rosa e Silva, vice-presidente da República durante o mandato de Campos Sales (1898-1902). Acumulou (1907) os mandatos de deputado federal e deputado estadual e como presidente da Assembléia Legislativa de Pernambuco assumiu interinamente por pouco mais de três meses (1911) o governo do estado, enquanto se processam novas eleições em razão da renúncia do governador e da recusa do vice-governador em sucedê-lo. Abandonou temporariamente a vida política, mas retornou como deputado federal em três legislaturas consecutivas (1915 /1918 /1921). Eleito vice-presidente da República na chapa de Artur Bernardes exerceu o mandato (1922-1926) acumulando constitucionalmente o cargo de presidente do Senado Federal. Retornou ao governo de Pernambuco (1926)m mas foi destituído pela Revolução Constitucionalista (1930), sendo obrigado a exílio na Europa em companhia de Gilberto Freyre, então seu secretário particular. Anistiado, retornou ao país (1934), mas se manteve afastado da política, dedicando-se exclusivamente aos seus negócios com lavoura e indústria, especialmente a Usina Central de Barreiros, um dos pontos de referência da indústria açucareira do Estado, e morreu no Rio de Janeiro, aos 65 anos. Ao mesmo tempo, um conservador e um reformador, entre suas realizações mais importantes na vida política foram a fundação da Escola de Agronomia, em Barreiros, a transformação da Escola Normal e do ensino em Pernambuco, o estímulo à agricultura e o início do zoneamento econômico do Estado e do cadastramento rural.
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SENADO FEDERAL:


Fernando de Mello Viana




Fernando de Mello Viana


Vice Prisidente


(1878 - 1954)



Advogado e político brasileiro nascido em Sabará, Estado de Minas Gerais, que foi presidente de Minas Gerais (1924-1926) e vice-presidente da república no governo do 14º Presidente do Brasil, Washington Luís (15/11/1926-24/10/1930). Filho do Comendador Manuel Fontes Pereira de Mello Viana e de Blandina Augusta de Araújo Viana, formou-se em ciências jurídicas pela Faculdade de Direito de Ouro Preto (1900). Exerceu os cargos de Promotor Público em Mar de Espanha, em Minas Gerais, foi Juiz de Direito em Serro, Stª Luzia de Carangola e Uberaba (1912-1919), Procurador-Geral do Estado de Minas Gerais (1919-1922) e foi nomeado Secretário do Interior de Minas Gerais (1922), no Governo de Raul Soares. Como Secretário do Interior investiu significativamente na educação, fazendo notáveis inovações no sistema educativo, com repercussão no Brasil inteiro, como a criação de caixas escolares e na assistência médico- dentária escolar. Assumiu o governo do estado de Minas Gerais (1924) onde investiu fortemente no desenvolvimento rodoviário e promoveu o desenvolvimento econômico mineiro, não tampouco negligenciando os setores de educação, saúde, transporte e siderurgia, setor em que combateu os interesses e abusos de grupos internacionais, organizando empresas com a cooperação do capital nacional. Deixou o cargo dois anos depois, quando foi eleito vice-presidente da República (1926), com Washington Luís na chefia do governo, e como vice exercendo constitucionalmente a presidência do Senado. Aliou-se (1929) à Concentração Conservadora, movimento incumbido de promover a campanha de Júlio Prestes em Minas Gerais, candidato governista às eleições presidenciais a serem realizadas no ano seguinte. Com a vitória da Revolução de 30 exilou-se por oito anos na Europa, voltando anistiado e por causa da Guerra. Afastado da política partidária, exerceu a advocacia em Minas e no Distrito Federal e foi eleito Presidente da Ordem dos Advogados por duas vezes. Com a queda de Vargas, voltou à política e foi eleito Senador Constituinte na legenda pelo Partido Social Democrático (1945) e logo depois tornou-se presidente da Assembléia, obtendo a maioria dos votos junto aos constituintes. Durante a Assembléia Nacional Constituinte (1946) foi colocada em votação a emenda 3165 de autoria de Miguel Couto Filho pedindo a proibição da entrada no país de imigrantes orientais de qualquer idade e de qualquer procedência, sob a alegação de serem aqueles de uma raça inferior Tal emenda obteve votação empatada de 99 votos contra e 99 votos a favor, cabendo a ele, como presidente da assembléia, dar o voto de minerva e sabiamente a rejeitou. Após a promulgação da nova carta (1946) assumiu a vice-presidência do Senado. Depois de exercer seu último mandato como senador (1946-1950), morreu no Rio de Janeiro, a pouco mais de um mês para completar 76 anos.
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SENADO FEDERAL:


Nereu de Oliveira Ramos




Nereu de Oliveira Ramos


Vice Presidente


(1888 - 1958)



Político brasileiro nascido em Lages, SC, presidente interino da república brasileira no período que antecedeu a eleição e posse do presidente Juscelino Kubitschek (11/11/1955-31/01/1956). Membro de uma tradicional família de políticos de Lages. Bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo (1909) e dois anos depois foi eleito deputado estadual por Santa Catarina (1911) e reeleito (1919). Eleito deputado federal (1930), apoiou a Aliança Liberal, mas com a Revolução (1930) e o fechamento do Congresso, perdeu o seu mandato, mas com a Assembléia Constituinte foi novamente eleito, com a maior votação em seu estado. Eleito governador (1935), com a implantação do Estado Novo continuou no comando do governo estadual como interventor até o final do Estado Novo. Com o término do regime de exceção de Getúlio Vargas (1945), foi um dos fundadores do Partido Social Democrático (PSD) em Santa Catarina, sendo eleito para a Assembléia Constituinte (1945) como deputado e senador. No ano seguinte concorreu à vice-presidência na chapa de Eurico Gaspar Dutra e foi eleito. Com o término do seu mandato, foi eleito para a Câmara dos Deputados, tornando-se seu presidente (1951-1954), quando passou ao Senado. No ano seguinte, tornou-se presidente do Senado e com o golpe dado pelo general Henrique Teixeira Lott assumiu a presidência com o impedimento de Café Filho e Carlos Luz. No ano seguinte transferiu o governo para o presidente eleito Juscelino Kubitschek e assumiu o Ministério da Justiça. Um ano depois (1957) deixou o ministério e voltou ao Senado. Faleceu em 16 de junho (1958) um desastre aéreo em Curitiba, Paraná.
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Eurico Gaspar Dutra




Eurico Gaspar Dutra



(1883 - 1974)



Presidente da república brasileira (1946-1951) nascido em Cuiabá, MT, que assumiu o governo em 31 de janeiro, juntamente com a abertura dos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte, em clima da mais ampla liberdade (1946). Ingressou no Exército (1902), na Escola Preparatória e Tática de Rio Pardo, RS. Pela atitude coletiva de revolta contra a vacinação obrigatória, toda a sua turma foi desligada da Escola Militar de Porto Alegre (1908). Anistiado, foi readmitido em seguida na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro. Casou-se (1914) com D. Carmela Leite Dutra, viúva de um capitão e alcançou o generalato (1932) depois de se distinguir na repressão à revolução constitucionalista de São Paulo, embora não tenha participado das revoltas anteriores (1922/1924/1930). Promovido a general-de-divisão (1935), foi nomeado comandante da I Região Militar, do antigo Distrito Federal, e nesse ano comandou a resistência à intentona comunista de 27 de novembro, no Rio de Janeiro. Nomeado (1936) ministro da Guerra, permaneceu nesse posto até o fim do governo de Getúlio Vargas (1945), quando se afastou para se candidatar à presidência da república. No ministério, construiu a Academia Militar das Agulhas Negras, a AMAN, a Escola de Estado-Maior, a Escola Técnica do Exército e o palácio da Guerra. Apoiou a implantação do Estado Novo (1937) e organizou a Força Expedicionária Brasileira, a FEB, que lutou na Itália. Neste período passou a defender o restabelecimento o regime democrático no Brasil.o que levou à fundação da União Democrática Nacional, a UDN. Com o fim da censura à imprensa e a candidatura do brigadeiro Eduardo Gomes à sucessão de Vargas. As forças políticas que apoiavam o ministro fundaram o Partido Social Democrático (PSD), e o lançaram candidato para disputar a eleição. Os dois candidatos puseram-se contra Vargas, que foi deposto e o poder entregue ao presidente do Supremo Tribunal Federal, José Linhares. Vargas e amigos fundaram Partido Trabalhista Brasileiro, o PTB, e apoiou seu ex ministro, assegurando-lhe uma fácil vitória. Em um governo sem oposição, completou a institucionalização do regime, organizou o Conselho Nacional de Economia, o Tribunal Federal de Recursos e as Comissões de Planejamento Regional. Fechou os cassinos (1946), o Tribunal Superior Eleitoral considerou fora da lei o PCB (1947) e rompeu relações com a União Soviética (1948). Criou a Companhia Hidrelétrica do São Francisco, a CHESF, com a construção da usina de Paulo Afonso. Criou da indústria petrolífera e asfaltou a primeira grande rodovia do país, a Rio-São Paulo, que recebeu seu nome, e aberta a Rio-Bahia. Na política externa, reforçou a aliança com os Estados Unidos. Deixou o governo em 31 de janeiro (1951) e morreu no Rio de Janeiro, 23 anos depois.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:


José Linhares




José Linhares



(1886 - 1957)



Presidente interino da república brasileira (1945) nascido na fazenda Sinimbu, distrito de Guaramiranga, município de Baturité, província do Ceará, que convocou a Assembléia Constituinte e eleições para presidente. Filho do Coronel Francisco Alves Linhares e de Dona Josefa Caracas Linhares, fez seus estudos secundários no Liceu do Ceará e mudando-se para a capital da República, iniciou o curso de medicina, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1903). Voltando para o Nordeste, fixou sua residência em Recife, Estado de Pernambuco, e deixou medicina pela advocacia. Matriculou-se na Faculdade de Direito de Recife, no curso de ciências jurídicas e sociais, diplomando-se em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo (1908). Voltou a morar no Rio de Janeiro, onde passou a exercer profissionalmente a advocacia, tornando-se um jurista e magistrado de prestígio nacional. Ingressou por concurso na magistratura e foi nomeado juiz da Segunda Pretoria Criminal, no Rio de Janeiro (1913), juiz de direito da 5.ª vara criminal (1928), desembargador da Corte de Apelação (1931), quando também fez parte do Tribunal Superior da Justiça Eleitoral, e ministro do Supremo Tribunal Federal (1937), na vaga gerada por aposentadoria de Ataulfo Napoles de Paiva. Foi nomeado Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal pelo Presidente da República (1940) e assumiu à presidência (1945), com a aposentadoria do Ministro Eduardo Espínola, nomeado pelo Presidente da República. Assumiu a chefia do governo (1945), que lhe foi delegada pelas forças armadas, após a deposição de Getúlio Vargas. Presidiu a comissão encarregada de elaborar a nova legislação eleitoral e exerceu a presidência da república até 31 de janeiro do ano seguinte, quando o ministro de Guerra, Eurico Gaspar Dutra, tomou posse. Novamente foi eleito para a Presidência do Supremo Tribunal Federal (1946) para o triênio seguinte (1946-1949) e reeleito novamente (1951) e (1954). Aposentou-se (1956) e morreu em Caxambu, MG. Foi membro titular da Sociedade Brasileira de Direito Internacional e de outras sociedades científicas nacionais e estrangeiras e era casado com D. Luzia Cavalcanti Linhares.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:


Getúlio Dornelles Vargas




Getúlio Dornelles Vargas



(1882 - 1954)



Político, ditador (1930-1945) e presidente eleito (1951-1954), do Brasil, nascido em São Borja, RS, a mais expressiva figura política da república brasileira, chefe do getulismo, movimento político-social de sua inspiração. Estudou as primeiras letras com um mestre-escola na cidade natal e depois da revolução federalista (1893-1894), continuou os estudos em Ouro Preto, MG, onde já se encontravam dois irmãos mais velhos, Viriato e Protásio, cursando a Escola de Minas. Porém um incidente entre estudantes gaúchos e paulistas, de que resultou a morte de um jovem de São Paulo, levou-os de volta a São Borja. Assentou praça como soldado raso no 6º batalhão de infantaria em São Borja (1898) e a seguir foi promovido a sargento (1899). Entrou na Escola Preparatória e de Tática de Rio Pardo, RS (1900), da qual logo se desligou em solidariedade a colegas expulsos e concluiu o serviço militar em Porto Alegre. Apresentou-se como voluntário em Corumbá (1903) diante da ameaça de guerra entre Brasil e Bolívia, na questão do Acre. De volta ao sul entrou na faculdade de direito de Porto Alegre (1904) e foi um dos fundadores do Bloco Acadêmico Castilhista, que propagava as idéias de Júlio de Castilhos. Participou do lançamento do jornal O Debate (1907), do qual se tornou secretário de redação. Diplomado (1907), foi nomeado para o cargo de segundo promotor público no tribunal de Porto Alegre, mas logo depois voltou para São Borja. Exercendo a advocacia, iniciou a carreira política pelo Partido Republicano Rio-Grandense. Eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Sul (1909) e reeleito (1913), mas rompeu com Borges de Medeiros e renunciou ao mandato. Retornou a São Borja, onde voltou a atuar como advogado. Reconciliado com Borges de Medeiros (1917), elegeu-se novamente deputado estadual e tornou-se líder da maioria. Eleito deputado Federal (1923), foi autor da lei de proteção ao teatro, que levou seu nome, e participou ativamente da reforma constitucional do governo Artur Bernardes, que fortaleceu o poder executivo. Foi presidente da comissão de finanças da Câmara de Deputados, assumiu o Ministério da Fazenda (1926) no governo de Washington Luís, e formulou um plano de estabilização monetária, que previa a criação do cruzeiro, mas deixou a pasta (1928) para se candidatar e eleger-se presidente do estado pelo Partido Republicano do Rio Grande do Sul para o mandato seguinte (1928-1930). No ano seguinte Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba organizaram a Aliança Liberal e lançaram a chapa Getúlio Vargas/João Pessoa para a sucessão de Washington Luís na presidência. Com as denúncias de fraudes na eleição de Júlio Prestes (1930), a situação nacional agravou-se com o assassinato de João Pessoa e, com o apoio do movimento tenentista, a revolução foi deflagrada no Rio Grande do Sul, Washington Luís foi deposto, e uma junta de governo transmitiu o poder ao chefe civil da rebelião. O novo chefe do governo suspendeu a constituição, fechou o Congresso Nacional e reduziu de 15 para 11 o número de juízes do Supremo Tribunal Federal. Nomeou interventores para os estados e criou os Ministérios do Trabalho, da Indústria e Comércio e da Educação e Saúde. Promulgou uma nova lei sindical e anunciou um programa de 17 pontos, que incluía as principais promessas da Aliança Liberal. Esmagou a revolução constitucionalista em São Paulo (1932), promulgou uma nova constituição (1934) e foi eleito de forma indireta presidente da república por quatro anos e deu início a processos de reformas que puseram o Brasil agrário e semicolonial no caminho do desenvolvimento industrial, lançou as bases de uma legislação trabalhista e inaugurou o populismo e a intervenção do estado na economia. Criou a previdência social e os institutos de aposentadorias e pensões. Pôs os partidos esquerdistas na ilegalidade (1935) e com a aproximação das eleições diretas marcadas (1938), alegou a existência de um plano comunista para desencadear a guerra civil e conseguiu poderes excepcionais ao Congresso. Com eles, dissolveu a Câmara e o Senado, fez prender e exilar os principais líderes da oposição, revogou a constituição em vigor, suspendeu as eleições e instaurou no país o chamado Estado Novo. Sob essa ditadura, reprimiu toda a atividade política, adotou medidas econômicas nacionalizantes, como a criação do Conselho Nacional do Petróleo e da Companhia Siderúrgica Nacional, além do início da construção do complexo siderúrgico de Volta Redonda e criou as bases para a formação de um corpo burocrático profissional, com a instalação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP). Na segunda guerra mundial, após o afundamento de 37 navios brasileiros no Atlântico e a pressão da opinião pública, declarou guerra à Alemanha (1942) e pôs em prática o processo de redemocratização do país. Porém, após II Guerra Mundial, a crise econômica européia e norte-americana agravara a situação do estado totalitário brasileiro. Na tentativa de salvar seu poder, decretou a anistia ampla para centenas de presos políticos, entre eles o chefe comunista Luís Carlos Prestes (1945) e marcou as eleições para 2 de dezembro do mesmo ano, mas terminou deposto em outubro por um golpe militar. Assumiu o governo José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal, o STF, e ele retornou para São Borja. Nas eleições de 2 de dezembro, foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul e por São Paulo e deputado federal pelo Distrito Federal e mais seis estados, mas manteve-se em São Borja, em exílio voluntário. No governo de Eurico Dutra, com a elaboração de uma nova Constituição Brasileira (1946), a quinta Constituição Brasileira que, entre outras determinações, restabelecia o regime democrático no país e o direito à educação, resolveu assumir sua cadeira no Senado. Candidatou-se à presidência (1950) pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) contra o brigadeiro Eduardo Gomes, que concorria pela União Democrática Nacional (UDN). Eleito tomou posse em janeiro (1951), mas sua política nacionalista, como a que orientaria a criação da Petrobrás (1954), encontrou fortíssimos adversários, entre eles o jornalista Carlos Lacerda. A nomeação de João Goulart para o Ministério do Trabalho (1953) desagradou os círculos militares, políticos e empresariais. Em fevereiro (1954) foi entregue ao ministro da Guerra um manifesto assinado por 48 coronéis e 39 tenentes-coronéis, que exprimia o descontentamento das forças armadas. Para controlar a situação, nomeou Zenóbio da Costa para o Ministério da Guerra e demitiu João Goulart. O aumento de cem por cento para o salário-mínimo junto com o pedido aos trabalhadores que se organizassem em defesa do governo e o atentado a tiros no Rio de Janeiro ao jornalista Carlos Lacerda, no qual morreu o major-aviador Rubens Vaz, que o acompanhava, precipitaram uma crise política sem precedentes. A prisão do suposto criminoso e suas revelações de ligação com a guarda pessoal do presidente e Gregório Fortunato e outros membros da guarda palaciana foram presos e descobriram-se várias irregularidades. O presidente reconheceu que, sem seu conhecimento, corria sob o palácio um mar de lama e os militares exigiam sua renúncia. O presidente reuniu o ministério e propôs se licenciar até que todas as responsabilidades pelo atentado fossem apuradas, porém o Exército não aceitou o afastamento temporário. A pressão foi demais e o presidente retirou-se da reunião e no mesmo dia, no palácio do Catete, no Rio de Janeiro, RJ, suicidou-se com um tiro no coração em 24 de agosto (1954), deixando uma carta-testamento de natureza fundamentalmente política.
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