29 de dezembro de 2016

História da Paraíba - Capitulo III

História da Paraíba - Capitulo III

3.1 Invasões Holandesas

Em 1578 o jovem rei de Portugal, D. Sebastião, foi morto na batalha de Alcácer-Quibir, na África, deixando o trono português para seu tio, o cardeal D. Henrique, o qual devido à sua avançada idade acabou morrendo em 1579, sem deixar herdeiros. O Rei da Espanha, Felipe II, que se dizia primo dos reis portugueses, com a colaboração da nobreza portuguesa e do seu exército, conseguiu em 1580 o trono português.

A passagem do trono português à coroa espanhola prejudicou os interesses holandeses, pois eles estavam travando uma luta contra a Espanha pela sua independência e a Holanda era responsável pelo comércio do açúcar nas colônias portuguesas, o que lhes garantiam altos lucros. Dessa forma, rivais dos espanhóis, os holandeses foram proibidos de aportarem em terras portuguesas, o que lhes trouxe grande prejuízo.

Interessados em recuperar seus lucrativos negócios com as colônias portuguesas, o governo e companhias privadas holandesas formaram a Companhia das Índias Ocidentais, para invadir as colônias.

A primeira tentativa de invasão holandesa ocorreu em 1624, em Salvador. O governador da Bahia, Diogo de Mendonça Furtado, havia se preparado para o combate, porém com o atraso da esquadrilha holandesa, os brasileiros não mais acreditavam na invasão quando foram pegos de surpresa.
Durante o ataque o governador foi preso. Mas orientadas por Marcos Teixeira, as forças brasileiras mataram vários chefes batavos, enfraquecendo as tropas holandesas. Em maio de 1625, eles foram expulsos da Bahia pela esquadra de

D. Fradique de Toledo Osório.

Ao se retirarem de Salvador, os holandeses, comandados por Hendrikordoon, seguiram para Baía da Traição, onde desembarcaram e se fortificaram. Tropas paraibanas, pernambucanas e índios se uniram a mando do governador Antônio de Albuquerque e Francisco Carvalho para expulsar os holandeses. A derrota batava veio em agosto de 1625.

Após esse conflito ao holandeses seguiram para Pernambuco, onde o governador Matias de Albuquerque, objetivando deixá-los sem suprimentos, incendiou os armazéns do porto e se entrincheirou-se.

Na Paraíba, por terem ajudado os holandeses, os Potiguaras foram expulsos por Francisco Coelho. Percebe-se nesse período a grande defesa da terra.
Temendo novos ataques, a Fortaleza de Santa Catarina, em Cabedelo, foi reconstruída e guarnecida e a sua frente, na margem oposta do Rio Paraíba, foi construído o Forte de Santo Antônio.

Aos cinco dias de dezembro de 1632, comandados por Callenfels, 1600 batavos desembarcaram na Paraíba. Ocorreu um tiroteio, os holandeses construíram uma trincheira em frente a fortaleza de Santa Catarina, mas foram derrotados com a chegada de 600 homens vindos de Felipéia de Nossa Senhora das Neves a mando do governador.

Após esse acontecimento os brasileiros tentam construir uma trincheira em frente a fortaleza. Os holandeses tentam impedir, mas o forte resiste. Incapazes de vencer, os batavos se retiram para Pernambuco.

Os holandeses decidem atacar o Rio Grande do Norte, mas Matias de Albuquerque, 200 índios e 3 companhias paraibanas os impediram de desembarcar.

Os holandeses voltam à Paraíba para atacar o Forte de Santo Antônio, mas ao desembarcarem percebam a trincheira levantada pelos paraibanos, fazendo com que eles desistissem da invasão e voltassem ao Cabo de Santo Agostinho.
Após um tempo os holandeses resolvem tentar invadir a Paraíba novamente, pois ela representava uma porta para a invasão batava em Pernambuco. Dessa forma, em 25 de novembro de 1634 partiu uma esquadra de 29 navios para a Paraíba.

Aos quatro dias de dezembro de 1634, bem preparados os soldados holandeses chegam ao Norte do Jaguaribe, onde desembarcaram e aprisionaram três brasileiros, entre eles o governador, que conseguiu fugir.
No dia seguinte o resto da tropa holandesa desembarcou aprisionando mais pessoas. No caminho por terra para Cabedelo os batavos receberam mais reforços.

Antônio de Albuquerque Maranhão enviou à Paraíba tudo o que foi preciso para combater com os chefes holandeses na região do forte. Enquanto isso, Callabar roubava as propriedades. Vieram reforços do Rio Grande do Norte e de Pernambuco. O capitão Francisco Peres Souto assumiu o comando da fortaleza de Cabedelo.

Apenas em 15 de novembro chegou à Paraíba o Conde Bagnuolo, para auxiliar os paraibanos. Como os paraibanos já encontravam-se em situação irremediável, resolveram entregar o Forte de Cabedelo e logo em seguida o Forte de Santo Antônio.

O Conde de Bagnuolo foi para Pernambuco; Antônio de Albuquerque e o resto da tropa, juntamente com o resto do povo, tentou fundar o Arraial do Engenho Velho.

Os holandeses chegaram com seus exércitos na Felipéia de Nossa Senhora das Neves em 1634, e a encontraram vazia. Foram então à procura de Antônio de Albuquerque no Engenho Velho, mas não o encontraram.

O comandante das tropas holandesas entendeu-se com Duarte Gomes, que procurou a Antônio de Albuquerque, que prendeu-o e mandou-o para o Arraial do Bom Jesus. Depois, os holandeses mandaram libertar Duarte Gomes.
No Engenho Espírito Santo, os nossos guerreiros venceram os invasores, que eram chefiados por André Vidal de Negreiros.

Os paraibanos continuavam com a idéia de querer expulsar os holandeses. Buscaram forças para isso: arranjaram homens no Engenho São João e contaram com o apoio de André V. de Negreiros. Quando os holandeses descobriram, também se prepararam para o combate. Os paraibanos reuniram-se em Timbiri, e depois seguiram para o Engenho Santo André, onde foram atacados por Paulo Linge e sua tropa.

Após várias lutas, morreram oitenta holandeses e a Paraíba perdeu o capitão Francisco Leitão.

Os combatentes, que estavam recolhidos no engenho Santo André, continuaram com as provocações aos holandeses, tornando assim complicada a situação de Pernambuco.

A fortaleza de Pernambuco estavam entregue aos prisioneiros soltos por Hautyn. Francisco Figueroa chegou para governar a capitania por um determinado tempo. Em 1655, chegou João Fernandes Vieira para assumir a Capitania da Paraíba.

Jerônimo de Albuquerque conquistou o Maranhão com a ajuda de seu filho Antônio de Albuquerque Maranhão. Em 1618, então este teve por herança o governo do Maranhão, que teria a assessoria de duas pessoas escolhidas pelo povo. Antônio não gostou muito de seus auxiliares e os dispensou. Seguindo os assessores seu próprio caminho, Antônio de Albuquerque abandonou o governo do Maranhão e casou-se em Lisboa, tendo desse casamento dois filhos.

Antônio voltou ao Brasil em 1627, com a nomeação de Capitão-Mor da Paraíba.
A Capitania da Paraíba na época da invasão holandesa.

Na época da invasão holandesa, a população era dividida em dois grupos: os homens livres (holandeses, portugueses e brasileiros) e os escravos (de procedência brasileira ou africana). Durante muito tempo de domínio holandês no Brasil, não houve mistura de raças.

Política administrativa holandesa na Paraíba
Por uma década, a capitania da Paraíba teve como administradores alguns governadores holandeses:

Servais Carpentier>Também governou o Rio Grande do Norte, e sua residência oficial foi no Convento São Francisco.

Ippo Elyssens>Foi um administrador violento e desonesto. Apoderou-se dos melhores engenhos da capitania.

Elias Herckmans>Governador holandês importante, que governou por cinco anos.

Sebastian Von Hogoveen>Governaria no lugar de Elias H., mas morreu antes de assumir o cargo.

Daniel Aberti>Substituto do anterior.

Gisberk de With>Foi o melhor governador holandês, pois era honesto, trabalhador e humano.

Paulo de Lince>Foi derrotado pelos "Libertadores da Insurreição", e retirou-se para Cabedelo.

3.2 Conquista para o Interior da Paraíba

Através de entradas, Missões de Catequese e bandeiras, o interior da Paraíba foi conquistado, principalmente após as invasões holandesas.

Os missionários pregavam o cristianismo nas suas Missões, alfabetizavam e ensinavam ofícios aos índios e construíam colégios para os colonos.

Os missionários encontraram um planalto com uma campina verde e um clima agradável. Um aldeamento de índios cariris que se organizaram na região deram-lhe o nome de Campina Grande.
Entre os missionários, destacou-se o Padre Martim Nantes, cuja missão deu origem à vila de Pilar.

As Missões de Catequese foram as primeiras formas de conquista do interior da Paraíba. Após elas foram executadas bandeiras com a finalidade de capturar índios.

O capitão-mor Teodósio de Oliveira Ledo foi o homem que comandou a primeira bandeira na Paraíba. Esta bandeira se deu através do Rio Paraíba e teve como destaque a fundação de um povoado chamado Boqueirão. Esta primeira bandeira, apesar de ter sido tumultuada, foi bem sucedida, uma vez que Teodósio aprisionou vários índios. Teodósio é tido como o grande responsável pela colonização do interior da Paraíba. Ele estabeleceu-se no interior e trouxe famílias e índios para povoá-lo.

Os passos de Teodósio foram seguidos pelo capitão-mor Luís Soares, que também se destacou por suas penetrações para o interior.
Um homem chamado Elias Herckman procurou minas e chegou à Serra da Borborama. Sua atitude (a de procurar minas) foi seguida por Manuel Rodrigues.

O fundador da Casa da Torre, Francisco Dias D’ávila, foi outro bandeirante que se destacou na colonização da Paraíba.
Entre as várias tribos (caicós, icós, janduis, etc.) que se destacaram no conflito contra conquista do interior paraibano, os mais conhecidos são os sucurus, que habitavam Alagoas de Monteiro.

3.3 Análise política, econômica e social da capitânia nos séculos XVII e XVIII
Análise Política

Na administração colonial do Brasil, foram configurados três modalidades de estatutos políticos: o das capitanias hereditárias, o do governo geral e o do Vice-reino.

Na Paraíba, tivemos a criação da Capitania Real em 1574.
Em 1694, depois de mais de noventa anos de fundação, esta capitania se tornou independente. Entretanto, passados mais de sessenta anos, a capitania da Paraíba foi anexada à de Pernambuco em 1o de janeiro de 1756.

Houve prejuízo nesta fusão para a capitania paraibana, além de prejudicar o Real Serviço, em virtude das complicações de ordem General de Pernambuco, do governador da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

Por isto, em 1797, o governador da capitania, Fernando Castilho dá um depoimento, descrevendo a situação da Capitania Real da Paraíba à Rainha de Portugal. Em 11 de janeiro de 1799, pela Carta Régia, a Capitania da Paraíba separou-se da de Pernambuco.

O interior da capitania foi devastado por bandeirantes, que penetravam até o Piauí. Entretanto a conquista do Sertão foi realizada pela família Oliveira Ledo.
Outro fato político foram as constantes invasões de franceses a mando da própria coroa francesa.
A invasão holandesa e a Guerra dos Mascates, em que a Paraíba esteve sempre presente com heroísmo de seus filhos, tiveram a sua conseqüência política, uma vez que estimulou o sentimento nacionalista dos paraibanos.
Análise Econômica
Na época colonial, a Paraíba ofereceu no aspecto econômico um traço digno de registro. Entre os principais produtos e fontes de riqueza, destacavam-se o pau-brasil, a cana-de-açúcar, o algodão e o comércio de negros.
O pau-brasil, proveniente da Ásia, era conhecido como ibira-pitanga pelos índios. O seu valor como matéria prima de tinturaria foi atestado na Europa e na Ásia. Daí a sua importância econômica. Pernambuco e Paraíba figuravam entre os pontos do Brasil onde a ibira-pitanga era mais encontrada.
A cana-de-açúcar, que foi a principal riqueza da Paraíba com os seus engenhos, veio do Cabo Verde. Foi plantada inicialmente na Capitania de Ilhéus.

A cana não se aclimatou na Europa. Na idade média o açúcar era um produto raro de preço exorbitante. Figurava em testamento no meio das jóias.
Isto provou bem a importância do açúcar, de que resultou o desenvolvimento e progresso das colônias brasileiras. Na primeira década da fundação da Paraíba, já se encontravam dez engenhos montados.
Desde 1532 que entrava na capitania este produto armazenado nos celeiros, na feitorias de Iguarassú. Os franceses já traficavam com o algodão. Entretanto a economia do "ouro branco" só se desenvolveu no século XVIII. Aqui na capitania o algodão teve uma suma importância na balança da economia.
Na Paraíba o rebanho de gado vacum também teve importância econômica. Não foi ele somente utilizado como fonte de subsistência entre nós. Entrou nos engenhos como impulsionador das moendas.

Teve o gado a sua fase áurea durante a "idade do couro", quando tudo se fazia com o couro com fins comerciais; móveis, portas, baús, etc.

O Tráfico de Escravos

No início da colonização, começaram a ser introduzidos no Brasil os escravos. A data é omissa, mas presume-se que tenham vindo primeiro com Martim Afonso de Souza para a Capitania da São Vicente.
Na Paraíba, o empreendimento do comércio de negros iniciou-se logo após o Decreto Real de 1559, da Regente Catarina permitindo aos engenhos comprar cada um doze (12) escravos.
O escravo era mercadoria cara. Seu valor médio oscilava entre 20 e 30 libras esterlinas.

Análise Social; Igrejas

Duarte Coelho Pereira fundou uma nova Lusitânia, composta apenas por nobres. Alguns nobres de Pernambuco se refugiaram para a Paraíba, antes que ocorresse alguma invasão holandesa. Ao chegarem, fizeram seus engenhos, onde viviam com muito luxo, desfrutando de tudo.
Ocorre que nem toda a população vivia tão bem como a nobreza, uma vez que haviam mulheres e moças analfabetas, que só faziam os afazeres domésticos
Havia também outras classes sociais, compostas por comerciantes e aventureiros, que enriqueciam rapidamente, faziam parte da burguesia, querendo chegar a fazer parte da nobreza.
Os integrantes da máquina administrativa constituíam outra classe. Eles eram considerados os homens bons, viviam uniformizados.
O fator mais importante para a sociedade foi a Igreja, devido à sua maneira de catequizar o povo.

As principais igrejas que acompanharam a Paraíba no tempo colonial foram:
- A matriz de Nossa Senhora das Neves
- Igreja da Misericórdia
- Igreja das Mercês
- Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
- Capela de Nossa Senhora da Mãe dos Homens
- Igreja do Bom Jesus dos Martírios


Quando o Brasil ainda não era o Brasil

Quando o Brasil ainda não era o Brasil, os índios se encarregavam de tarefas árduas. Caçavam animais silvestres como o veado. Enquanto isso, as índias faziam trabalhos delicados, como moldar a argila, cozinhar e plantar mandioca-brava, aipim, nabo e cará.
A baía de Guanabara abrigou os espanhóis João Dias de Solis (32) e Fernão de Magalhães (28) e uns portugueses do babado, que defendiam a todo custo a nossa maior riqueza: o vermelhaço PAU Brasil.
Em 1574, o Rio de Janeiro passou a ser capital da parte sul do Brasil e, em 1578 Salvador voltou a ser a capital de todo o Páis.
Araribóia, o índio, arrasou numa batalha, ganhando um prêmio inédito na história: as seis Marias. As seis deixaram o índio enlouquecido e podem ser as responsáveis pela disseminação das raças mameluca ou cabocla (estamos cafuzas).
Algumas tribos praticavam a antropofagia, eram as tribos onde todo mundo comia todo mundo. As poderosíssimas índias que comiam todos, deixavam o bofe preso numa choça, pintavam-lhe o corpinho todo e ameaçavam com palavras bruscas, mostrando seus tacapes, deixando os bichinhos amedrontados. Enquanto uma acendia a fogueira, a outra amarrava o bofe e cortava-o em fatias. Alguns gostavam da brincadeira, mas eram comidos passados no azeite.
Esse processo de seleção natural fez com que as tribos antropofágicas fossem todas constituídas de índias espadas, enquanto as outras mais liberais perpetuaram-se até os dias de hoje.


Símbolos da Paraíba

Símbolos da Paraíba
Cada Estado possui seus símbolos; o Hino, o Escudo e Bandeira.

O Hino Oficial da Paraíba, possui a poesia de Francisco Aurélio Figueiredo e Melo e a música de Abdon Felinto Milanez:

Hino do Estado da Paraíba

                       Salve, berço do heroísmo,
                       Paraíba, terra amada,
                       Via-láctea do civismo
                       Sob o Céu do Amor traçada!
 
                       No famoso diadema
                       Que a Pátria a fronte aclara
                       Pode haver mais ampla gema:
                       Não há-Pérola-mais rara!
        
                       Quando repelindo o assalto
                       Do estrangeiro, combatias,
                       Teu valor brilhou tão alto
                       Que uma Estrela-parecias!
 
                       Tens um passado de glória,
                       Tens um presente sem jaça:
                       Do Porvir canta a vitória
                       E, ao teu gesto - a Luz se faça!
 
                       Salve, ó berço do heroísmo,
                       Paraíba, terra amada,
                       Via-láctea do civismo
                       Sob o Céu do Amor traçada!

A bandeira da Paraíba traz consigo o símbolo NEGO, em letras brancas sobre o fundo rubro-negro onde o vermelho ocupa dois terços do espaço e o preto apenas um terço, ao lado do mastro.
O NEGO representa o protesto de João Pessoa, quando não aceitou a candidatura de Júlio Prestes à Presidência da República como sucessor de Washington Luís.

A cor vermelha representa o sangue derramada por João Pessoa (ele foi assassinado) e a cor negra representa o estado de luto em que a Paraíba se encontrava no momento. Em função de seu assassinato, a capital do Estado passou a chamar-se João Pessoa.

O Escudo do Estado da Paraíba possui três ângulos na parte superior e um na parte inferior, contendo 15 estrelas azuis que representam a divisão administrativa em Comarcas. No alto, há uma estrela maior com um barrete frígio (boné de feltro com o qual o senhor cobria a cabeça do escravo na cerimônia de liberdade), significando liberdade.

No interior do escudo, há duas paisagens: uma representando um trecho do litoral com o sol nascente, e outra, um campo de criação com um pastor, numa alusão ao Sertão. Circundado-o, encontra-se uma ramagem de cana-de-açúcar à esquerda, e à direita, uma de algodão que se entrelaçam. No ponto da fusão, há uma laço vermelho, numa faixa, onde lê-se "5 de agosto de 1585", a data oficial da fundação da Paraíba.


Um anjo que chegou

Um anjo que chegou como uma suave brisa,
trazendo o perfume das flores silvestres.
Quando percebi, não sei explicar ainda,
o sentimento aflorou por todo o meu ser.
Assustado! Acho que me perdi,
não sei se de mim ou de você.
Meus pensamentos me atordoaram,
o meu todo ficou entorpecido,
entrou em letargia, quase sem entender,
trouxe em uma fração de segundo em minha mente,
a única imagem sua,
relembro a suavidade de sua voz de menina,
sem muito esforço fico lenitivo, lépido.
Sentindo-me até fraco diante do ocorrido,
acho, não sei como tratar ainda,
o impacto da emoção de saber que já faço parte de você.
Confesso o meu não saber,
mas quero aprender a te fazer feliz,
arrebatar-te deste querer,
poderemos ser felizes, nos completarmos
Ao supor, imaginar estar com você,
todo meu corpo entra em fervor,
esse ardor em muito eleva a minha temperatura,
meus poros se dilatam,
exalando o cheiro gostoso de querer estar com você e,
não estou ainda sabendo como tratar.
Como se fosse uma melodia febril,
sinto o turbilhão dos meus pensamentos,
imagens, sons, sonhos, querer, tentar,
poder fazer, todos a te procurar.
Às vezes, penso em fugir, esquecer,
querer continuar sem ter,
meus pensamentos me acusam,
condenam, ficam a me impelir a querer,
talvez sem poder ter
ou não permitir a sua aproximação.
Sinto esses raios de sol,
que por agora aquecem minh'alma, me revigoram,
me tornam mais ávido, começam a iluminar
e derreterem a dormência da minha solidão boreal.
Eu quero saber quem você é,
do que gosta, seus desejos, suas alegrias,
suas tristezas, sua vida.
Posso até estar desiludido,
sem saber se teremos tempo,
não quero ser incauto,
pois me vejo mais encanecido.
Não quero mais me incender com as lembranças,
mesmo que tênue,
que nesta vida ainda não se acercou de mim.
Ao ousar por transluzir todos meus sentimentos,
desejos, vontades, querer, esperanças,
tornar palpável e real  os sonhos bem sonhados,
não foi com o objetivo de te fazer ainda mais sonhar,
tomar decisões sem muito pensar.
Sim, eu quero aprender a amar,
a poder ter, sem aprisionar ou ser.
Quero fazer crescer esse gostar,
sentir a transmutação global para o amor,
transladar esse oceano do querer, nos completar.
Vem. Afaste-me dessa solidão que por muito me maltrata,
que me isola do viver. Que tudo faz parar.
Que me marcou no peito a dor do sentimento.
Vem menina mulher. Retira de mim essa marca.
Quero saciar-me compartilhando seu viver,
sentir para sempre essa brisa de flores silvestres.
Arrebata-me desta solidão,
ou será que ainda como romântico,
todo esse sentir, será apenas...
um Sonho Mágico? 


NATAL !!!!

NATAL !!!!
Época de reflexões sobre tudo o que fizemos durante todo o ano !!!
Então...deixe o NATAL chegar e alegrar seus corações.
Deixe a alegria do ANO NOVO vir chegando de mansinho.

Deixe a FELICIDADE tomar conta de você.
Certa vez, num quarto modesto, o doente pedia silêncio. Mas a velha porta rangia nas dobradiças cada vez que alguém abria ou fechava, com a passagem do médico, amigos, familiares e todos aqueles que prestavam assistência e carinho ao doente. Depois de várias horas de incômodo, chegou um vizinho e colocou algumas gotas de óleo lubrificante na antiga porta e ela silenciou tranquila e obediente. A lição é singela, mas, muito expressiva.

Em muitas ocasiões há tumulto dentro dos nossos lares, no ambiente de trabalho, numa reunião qualquer. São as dobradiças das relações fazendo barulho inconveniente. São problemas complexos, conflitos, inquietações, abalos... Entretanto, na maioria dos casos nós podemos apresentar cooperação definitiva para a extinção de discórdias. Basta que lembremos do recurso infalível de algumas gotas de compreensão e a situação muda. Algumas gotas de perdão acabam de imediato como chiado das discussões mais calorosas.
Gotas de paciência no momento oportuno podem evitar grandes dissabores.
·         Poucas gotas de carinho penetram as barreiras mais sólidas e produzem efeitos duradouros e salutares.
·         Algumas gotas de solidariedade podem conter uma guerra de muitos anos.
·         É com algumas gotas de amor que as mães dedicadas abrem as portas mais emperradas dos corações confiados à sua guarda.
·         São gotas de puro afeto que penetram e dulcificam as almas ressecadas de esposas e esposos, ajudando na manutenção da convivência duradoura.
·         Nas relações de amizade, por vezes, algumas gotas de afeição são suficientes para lubrificar as engrenagens e evitar os ruídos estridentes da discórdia e da intolerância.
·         Dessa forma, quando você perceber que as dobradiças das relações estão fazendo barulho inconveniente, não espere que o vizinho venha solucionar o problema. Lembre-se que você poderá silenciar o problema. Lembre-se que você poderá silenciar qualquer discórdia lançando mão do óleo lubrificante do amor, útil em qualquer circunstância e sem contra-indicação.
·         Não é preciso grandes virtudes para lograr êxito nessa empreitada. Basta agir com sabedoria e bom senso.
·         Às vezes, são necessárias apenas algumas gotas de silêncio para conter o ruído desagradável de uma discussão infeliz.
E, se você é daqueles que pensa que os pequenos gestos nada significam, lembre-se de que as grandes montanhas são constituídas de pequenos grãos de areia.
FELIZ NATAL E UM ANO NOVO CHEIO DE GRANDES REALIZAÇÕES !!
Votos sinceros de João Pessoa - Paraíba

2000 / 2001

DEUS EXISTE

Uma colaboração do nosso Amigo JOSÉ SANTANA de Campos dos Goitacazes - RJ

                            DEUS EXISTE
Um dia me perguntaram se eu acreditava em Deus...
...eu então lhes respondi da maneira como eu pensava:
Todo dia existe Deus... num sorriso de criança, no canto dos passarinhos, num olhar, numa esperança.
Todo dia existe Deus... na harmonia das cores, na natureza esquecida, na fresca aragem da brisa, na própria essência da vida.
Todo dia existe Deus... no regato cristalino, no pequeno servo do mar, nas ondas lavando as praias, na clara luz do luar.
Todo dia existe Deus... na escuridão do infinito todo ponteado de estrelas, na amplidão do universo, no simples prazer de vê-las.
Todo dia existe Deus... nos segredos desta vida, no germinar da semente, nos movimentos da Terra que gira incessantemente.
Todo dia existe Deus... no orvalho sobre a relva, na natureza que encanta, no cheiro que vem da terra e no sol que se levanta.
Todo dia existe Deus... nas flores que desabrocham perfumando a atmosfera, nas folhas novas que brotam anunciando a primavera.
Deus é capaz,
Deus é paz,
Deus é esperança.
É o alento do aflito, o criador do Universo, da luz, do ar, da aliança.
Deus é a justiça perfeita, que emana do coração ao perdoar quem ofende, Ele é o próprio perdão.
Será que você ainda não viu no colorido mais belo dos olhos dos seus filhos?
Deus é constante e perene. É divino!
De tal sorte que sendo a essência da vida é o descanso na morte.
Não há vida sem volta e não há volta sem vida.
A morte não é morte; é só a porta da vida.
Todo dia existe Deus... no ciclo da natureza, neste ir e vir constante, no broto que se renova, na vida que segue adiante ...em quem semeia bondade e em quem ajuda o irmão, colhendo felicidade, cumprindo a sua missão...
Todo dia existe Deus... no suor de quem trabalha, no calo duro das mãos, no homem que planta trigo, no trigo que faz o pão.
Você pode sentir Deus pulsar... dentro do seu coração!!!
Fiquemos com Deus... Deus é amor!!!


ANO DO DRAGÃO,

ANO DO DRAGÃO,
35 ANOS DA REVOLUÇÃO,
MOTIVO NÃO FALTA PRA
VOCÊ SAIR DESSE ESTAGNÃO!!!


Prós chineses 2000 não é só o ano do Dragão, é o ano do Dragão Dourado (só rola a cada 60 anos)!!! Previsão: Prosperidade total! Mudança radical! Ousadia geral!!! Isso quer dizer, minha filha, que esse é o momento certo de você chutar o pau da barraca, de estourar a boca do balão, de dar um meterão com aquele cara que você achou que nunca ia te dar bola. Xô teia de aranha! Xô vida besta! Xô bolor! Xô caneta bic que não escreve! Agora, se você é católica pra caramba e acha esse papo de horóscopo e de bicho que solta fogo pelas ventas papo furado, lembre-se que, nesse ano, também rola o 35o. aniversário da Revolução de 64. Sei lá que cacete de Revolução é essa. Isso não é importante, o importante é que eu tô devendo uma puta grana pró meu cheque especial. O importante é que Revolução é Revolução e está na hora de você fazer a sua: Queime o seu sutiã de óleo e água! Jogue fora aquele resto de Diet Coke sem gás da geladeira! Mude a marca da ração do seu cachorro! Aperte o seu tubo de KY no meio e não no fim! Coma pizza de alho e alitche de café da manhã! Mande à merda aquele cara que só aparece quando quer te comer! Exija Vale Motel da sua empresa! Mande um 7 Day Diet para a sua maior inimiga! Obrigue a Sandy e o Júnior a ouvirem os seus próprios cds!!!
Pé na jaca já!!!