28 de dezembro de 2016

Bravura domada


Bravura domada
Foi dos
guaranis a
metade inferior
da América do
 Sul

Modo de vida
Guerreiros, eles
viviam em aldeias
com até 60
famílias,
aparentadas
 entre si.

Língua
O tupi-guarani era a "língua geral" no Brasil colonial.

República Guarani
Chegou a reunir, no Paraguai, 300 mil índios civilizados pelos jesuítas.






Outra constatação é que aqueles índios manejavam o meio ambiente com sabedoria. A diversidade da caça, somada à variação dos locais de coleta, parece indicar uma preocupação em não exaurir os recursos naturais. "O achado nos obriga a examinar aquelas tribos como grupos dotados de uma compreensão complexa do ambiente", diz o arqueólogo André Luís Soares, 32 anos, um dos responsáveis pela descoberta. "Eles sabiam tirar o melhor proveito do meio ambiente sem prejudicá-lo."

Além de ajudar a sepultar dogmas, a descoberta revela hábitos sociais a partir de fragmentos de cerâmica pintada. "Geralmente são vistas como decorativas, mas nos dizem muito sobre a civilização em estudo", afirma o arqueólogo. Por exemplo: certos potes de cerâmica estão relacionados ao consumo de bebida (normalmente o cauim, feito de mandioca e milho). Grande quantidade de bebida representa festa e, por sua vez, a ocorrência de festas significa que havia comida excedente. Pelo mesmo raciocínio, a dimensão das panelas indica que a comida era feita em grande quantidade. O tamanho dessas cerâmicas revela o porte daquela aldeia no conjunto da região. É possível concluir que as relações sociais envolviam diversas aldeias, convidadas de diferentes lugares.

No período em que se iniciou a colonização da América pelos europeus, os guaranis habitavam regiões hoje correspondentes aos Estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e São Paulo, além de Argentina, Uruguai e Paraguai. Atraídos para missões jesuíticas, os guaranis atingiram alto grau de civilização. Também se tornaram presas fáceis de bandeirantes dispostos a capturá-los e escravizá-los. No Rio Grande do Sul, muitos acabaram como escravos de fazendeiros, trabalhando no cultivo da erva-mate. Desprotegidos após a expulsão dos jesuítas determinada pelo marquês de Pombal, em 1759, milhares de índios foram dizimados por aventureiros brancos, pela fome ou pelo frio.

A descoberta de Ibarama joga luzes sobre o período em que os guaranis ainda não haviam sido "civilizados" e povoavam livremente as fronteiras da América. Para não deixar dúvidas sobre o assunto, os pesquisadores da UFSM querem promover uma grande escavação, incluindo toda a área onde se localizava a aldeia. Além disso, eles pretendem colocar o material à disposição de colegas de todo o Brasil para que o maior número possível de especialistas ajude a decifrar a civilização guarani.


Brasil revive a crise de 1999,

Brasil revive a crise de 1999, dizem analistas
14:55 23/06
AFP

RIO DE JANEIRO - O Brasil começa a reviver sua pior crise econômica dos últimos anos: os indicadores financeiros repetem o mesmo cenário que em janeiro de 1999 quando o governo foi obrigado a desvalorizar o real em 40% para evitar a fuga de capitais, estimam analistas neste domingo. O presidente do Banco Central, Arminio Fraga, viaja nesta quarta-feira à Europa para acalmar os investidores internacionais.








O risco Brasil, parâmetro usado pelos investidores estrangeiros, se aproxima do recorde histórico, 1.770 pontos atingidos dia 14 de janeiro de 1999, no dia seguinte da desvalorização.


Sexta-feira, a taxa de risco do país chegou a 1.706 pontos (contra 1.593 na véspera), o mais alto do mundo atrás da Argentina. Em abril estava em 700 pontos.


"Hoje, o medo dos investidores é exatamente o mesmo que naquela época: que o Brasil seja obrigado a renegociar o pagamento de sua dívida externa", declarou o economista Carlos de Freitas, ao Estado de São Paulo, destacando que "a diferença é que atualmente temos o regime de câmbio correto (livre flutuação do real) mas numa outra perspectiva política" - as eleições de outubro.


"O risco-Brasil não tem nenhuma justificativa nos dados fundamentais da economia brasileira que não mudaram", afirmou sexta-feira o ministro das Finanças, Pedro Malan.


O jornal Estado de São Paulo afirma neste domingo, citando informações obtidas na City de Londres, que o presidente do Banco Central, Arminio Fraga, irá à capital britânica quarta-feira, para tentar acalmar os investidores europeus.







Brasil revive a crise de 1999,

Brasil revive a crise de 1999, dizem analistas
14:55 23/06
AFP

RIO DE JANEIRO - O Brasil começa a reviver sua pior crise econômica dos últimos anos: os indicadores financeiros repetem o mesmo cenário que em janeiro de 1999 quando o governo foi obrigado a desvalorizar o real em 40% para evitar a fuga de capitais, estimam analistas neste domingo. O presidente do Banco Central, Arminio Fraga, viaja nesta quarta-feira à Europa para acalmar os investidores internacionais.







O risco Brasil, parâmetro usado pelos investidores estrangeiros, se aproxima do recorde histórico, 1.770 pontos atingidos dia 14 de janeiro de 1999, no dia seguinte da desvalorização.


Sexta-feira, a taxa de risco do país chegou a 1.706 pontos (contra 1.593 na véspera), o mais alto do mundo atrás da Argentina. Em abril estava em 700 pontos.


"Hoje, o medo dos investidores é exatamente o mesmo que naquela época: que o Brasil seja obrigado a renegociar o pagamento de sua dívida externa", declarou o economista Carlos de Freitas, ao Estado de São Paulo, destacando que "a diferença é que atualmente temos o regime de câmbio correto (livre flutuação do real) mas numa outra perspectiva política" - as eleições de outubro.


"O risco-Brasil não tem nenhuma justificativa nos dados fundamentais da economia brasileira que não mudaram", afirmou sexta-feira o ministro das Finanças, Pedro Malan.


O jornal Estado de São Paulo afirma neste domingo, citando informações obtidas na City de Londres, que o presidente do Banco Central, Arminio Fraga, irá à capital britânica quarta-feira, para tentar acalmar os investidores europeus.









A conquista dos pampas

A conquista dos pampas

Desde a criação da gaúcha São Leopoldo, no
início do século XIX, a imigração alemã
firmou uma tradição de pioneirismo
colonizador






Como antes
O tempo parece ter parado para o clã de Ignácio Stoffel (na frente, à dir.), que ainda prefere a tração animal

A cena se repete há quase um século, trocados apenas alguns personagens, sempre da família Stoffel. Em caso de força maior, o clã percorre o trajeto entre seu sítio, em Vila Rosa, e a cidade de Dois Irmãos, nas fraldas da Serra Gaúcha, empoleirado em uma carroça puxada por uma parelha de muares. Quatro gerações após a chegada dos primeiros antepassados ao Brasil, procedentes de Hunsrück, próximo à fronteira alemã com a França, os Stoffel ainda prescindem do automóvel, assim como comem do que plantam e vendem o excedente - quando existe.

Com isso, às vezes com certo aperto, vão tocando a propriedade rural, que já teve 70 hectares e está reduzida a 13, onde cultivam principalmente batata, milho, aipim, cebola e cana-de-açúcar. Mesmo assim, aos 71 anos, Ignácio Stoffel, o atual patriarca, não parece querer desistir.

Atraídos por indicações da agência de turismo do município e pelo interesse em conhecer os hábitos preservados dos primeiros imigrantes, os visitantes que costumam aparecer em Vila Rosa são recebidos no mínimo com um café e um dedo de prosa. Muitos vêm da Alemanha, que o anfitrião não chegou a conhecer, e partem dizendo-se impressionados com a qualidade de vida dos donos do lugar.

"Eles elogiam nossa comida farta e sentem inveja porque podemos plantar algumas frutas deliciosas que o clima muito frio da Alemanha não permite cultivar", conta. A hospitalidade é um traço cultural germânico herdado pela família, assim como o sotaque carregado, os olhos azuis e a pele clara avermelhada pelo sol, além da dedicação ao trabalho.

Faltou aos Stoffel, porém, desenvolver o gosto por aventura, mobilidade geográfica e pioneirismo, tão comum entre seus patrícios que os levou a comandar o desbravamento primeiro do sul e, nas últimas décadas, a extensão da fronteira agrícola em direção ao centro-oeste brasileiro.

São Leopoldo, no Vale dos Sinos gaúcho, foi o ponto de partida dessa saga iniciada em 1824 com a fundação da primeira colônia de imigrantes alemães no país, então recém-emancipado de Portugal. Por influência de José Bonifácio, dom Pedro I decidiu inaugurar com eles um programa de imigração para o sul movido não apenas por questões de segurança nacional, diante das sucessivas disputas territoriais naquela então erma região fronteiriça, como também por um casamento de interesses políticos, literalmente - filha de Francisco I, da Áustria, a imperatriz Leopoldina tinha sangue germânico.

A Alemanha de então era muito diferente da atual. Havia dezenas de reinados, principados, ducados, todos independentes, mas unidos precariamente pelo idioma, que viriam a ser unificados por Bismarck em 1871. Bem antes disso começou o êxodo, impulsionado pela escassez de terras que apenas garantia sua posse ao primogênito de cada família.

Desde a fundação de São Leopoldo, aproximadamente 300 mil alemães se instalaram no Brasil, mas nem sempre fixaram raízes num único lugar. Depois de colonizar o Rio Grande do Sul, ainda no século passado eles subiram para Santa Catarina, hoje o Estado com maior população de descendência alemã - mais de 20% do total -, e rumaram para o Espírito Santo, marcando também presença no Paraná e, em menor escala, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Mais importante ainda, pelo caminho foram semeando descendentes e expressivas lideranças em todas as áreas da vida nacional.

Firmaram seu nome nessa galeria, entre outros, o ex-presidente Ernesto Geisel, Lauro Müller, ex-ministro da Viação do presidente Rodrigues Alves, João Henrique Böhm, chefe do Exército de dom José I no Brasil, empresários como Norberto Odebrecht e os Gerdau, jogadores de futebol e até estrelas da moda, como Xuxa Meneghel, Shirley Mallmann e Gisele Bündchen.



APARECIDA

APARECIDA
População
5.018
Homens
2.458
Mulheres
2.560


Área Total(km2)
224
Densidade pop.
22.40
Fonte: IBGE

ALHANDRA

ALHANDRA
População
14.613
Homens
7.382
Mulheres
7.231


Área Total(km2)
225
Densidade pop.
64.95
Fonte: IBGE

ALCANTIL

ALCANTIL
População
4.313
Homens
2.152
Mulheres
2.161


Área Total(km2)
253
Densidade pop.
17.05
Fonte: IBGE