15 de abril de 2008

DURMA BEM


Durmam Bem!!

Que o teu coração sinta
a PRESENÇA secreta do inexplicável!
Que os teus pensamentos, os teus amores,
o teu viver, e a tua passagem pela vida
sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome.

Aquele amor que não se explica, só se sente.
Que esse amor seja o teu rumo secreto,
viajando eternamente no centro do teu ser.
Que esse amor transforme

os teus dramas em luz,
a tua tristeza em celebração,
e os teus passos cansados
em alegres passos de dança renovadora.
Que jamais, em tempo algum,
tu esqueças da PRESENÇA que está em ti e em todos os seres.
Que o teu viver seja pleno .

CICLO EM NOSSAS VIDAS


CICLO EM NOSSAS VIDAS


Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais?Partiu para viver em outro país?A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Pode dizer para si mesma que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração.. .... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil,mas é muito importante.Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e transforme-se em quem é.Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu própria, antes de conheceres alguém e de esperares


(Fernando Pessoa)

CHÃO DE ESTRELAS


Chão de Estrelas




Sílvio Caldas : Nascido em 23/5/1908 no Rio de Janeiro, conviveu com música desde criança por incentivo do pai, Antonio Narciso Caldas afinador de pianos; teve várias profissões até começar a ganhar dinheiro com apresentações musicais cantando e tocando violão e descobrir seu imenso talento musical; foi colega e companheiro dos maiores compositores e cantores da música popular brasileira dos anos 30 aos anos 80;
possuidor de bela voz mas de tessitura menos extensa do que seus "rivais" Orlando Silva e Francisco Alves, Sílvio Caldas criou um estilo próprio de interpretação onde aliava em correta dosagem muita técnica e sensibilidade.
Entrou para a história como grande cantor e grande compositor, façanha alcançada por poucos artistas; sua composição mais famosa com versos de Orestes Barbosa foi "Chão de estrelas", sendo até nossos dias considerada uma das mais lindas melodias românticas já compostas no Brasil.
Artista de grande longevidade permaneceu cantando até quase sua morte aos 90 anos em seu sítio de Atibaia SP, onde morou durante quarenta anos; foi especialmente lembrado nos seus últimos 10 ou 15 anos de vida por suas famosas apresentações de "despedida musical" mas que sempre eram sucedidas por outras....
Dárcio Fragoso



Minha vida era um palco iluminado
Eu vivia vestido de dourado
Palhaço das perdidas ilusões
Cheio dos guizos falsos da alegria
Andei cantando a minha fantasia

Entre as palmas febris dos corações
Meu barracão lá no morro do Salgueiro
Tinha um cantar alegre de um viveiro
Foste a sonoridade que acabou
E hoje, quando do sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher pomba-rola que voou.
Nossas roupas comuns dependuradas
Na corda, qual bandeiras agitadas
Pareciam um estranho festival
Festa dos nossos trapos coloridos
A mostrar que nos morros mal vestidos
É sempre feriado nacional
A porta do barraco era sem trinco
Mas a lua, furando o nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão
Tu pisavas nos astros, distraída
Sem saber que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar, o violão.

Música: Chão de Estrelas
Interpretação de Silvio Caldas

CHAMPAGNE


Champagne



Champagne,
Per brindare a un incontro
Con te,
Che già eri di un altro,
Ricordi c'era stato un invito
Stasera si va tutti a casa mia.

Così,
Cominciava la festa,
E già,
Ti girava la testa.
Per me,
Non contavano gli altri,
Seguivo con lo sguardo solo te.

Se vuoi,
Ti accompagno se vuoi,
La scusa più banale
Per rimanere soli io e te
E poi gettare via i perché,
Amarti come sei,
La prima volta l'ultima.

Champagne,
Per un dolce segredo,
Per noi
Un amore proibito.
Ormai,
Resta solo un bicchiere
Ed un recordo da gettare via.

Lo so,
Mi guardate lo so,
Vi sembra una pazzia
Brindare solo senza compania.
Ma io,
Io devo festeggiare
La fine di un amore,
Cameniere champagne.



Peppino di Capri

CASINHA BRANCA



Casinha Branca




Eu tenho andado tão sozinho, ultimamente,
que nem vejo à minha frente
nada que me dê prazer...
Sinto, cada vez mais longe a felicidade,
vendo em minha mocidade,
tanto sonho perecer.

Eu queria ter na vida, simplesmente,
um lugar de mato verde,
pra plantar e pra colher,
ter uma casinha branca, de varanda,
um quintal e uma janela,
para ver o sol nascer.

Às vezes, saio a caminhar pela cidade,
à procura de amizade,
vou seguindo a multidão.
Mas eu me retraio,
olhando em cada rosto,
cada um tem seu mistério,
seu sofrer, sua ilusão.

Eu queria ter na vida, simplesmente,
um lugar de mato verde,
pra plantar e pra colher.
Ter uma casinha branca, de varanda,
um quintal e uma janela,
para ver o sol nascer
Eu queria ter na vida, simplesmente,
um lugar de mato verde,
pra plantar e pra colher.
Ter uma casinha branca, de varanda,
um quintal e uma janela,
para ver o sol nascer
Eu queria ter na vida, simplesmente,
um lugar de mato verde,
pra plantar e pra colher.
Ter uma casinha branca, de varanda,
um quintal e uma janela,
para ver o sol nascer.



Gilson, Joram e Marcelo :

CARINHOSO


Carinhoso


Carinhoso - música 1917, Pixinguinha (Alfredo da Rocha Viana) ; letra 1937, João de Barro ( BRAGUINHA - Carlos Alberto Ferreira Braga)
"Carinhoso" tem uma história que se inicia de forma inusitada, com o autor da música (Pixinguinha) mantendo-o inédito por mais de dez anos; sua justificativa, no depoimento que deu ao Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro em 1968 : " Eu fiz o 'Carinhoso' em 1917. Naquele tempo o pessoal nosso da música não admitia choro assim de duas partes (choro tinha que ter três partes). Então, eu fiz o "Carinhoso" e encostei. Tocar o 'Carinhoso' naquele meio! Eu não tocava....ninguém ia aceitar". O jovem Pixinguinha, então com 20 anos, não se atrevia a a contrariar o esquema adotado nos choros da época, herdada da polca. Ele mesmo esclareceu, no depoimento, que 'Carinhoso' era uma polca, polca lenta. O andamento era o mesmo de hoje e eu classifiquei de polca ou polca vagarosa. Mais tarde mudei para chorinho".

"Carinhoso" foi gravado, apenas instrumentalmente, em 1928 pela orquestra Típica Pixinguinha-Donga. Sobre essa gravação, um crítico pouco versado em jazz publicou o seguinte comentário na revista Phonoarte (nº 11, de 15.01.1929): "Parece que o nosso popular compositor anda sendo influenciado pelos ritmos e melodias do jazz. É o que temos notado, desde algum tempo e mais uma vez neste seu choro, cuja introdução é um verdadeiro fox-trot e que, no seu decorrer, apresenta combinações de música popular yankee. Não nos agradou".
Ainda sem letra, 'Carinhoso' teria mais duas gravações apenas instrumentais. Apesar das três gravações e execuções em programas de rádio e rodas de choro, continuava até meados dos anos trinta ignorado pelo grande público.

Em outubro de 1936, um acontecimento iria contribuir de forma acidental para uma completa mudança no curso de sua história: encenava-se naquele mês no Teatro Municipal do Rio de Janeiro o espetáculo "Parada das Maravilhas, promovido pela primeira dama, dna. Darcy Vargas, em benefício da obra assistencial Pequena Cruzada. Convidada a participar do evento, a atriz e cantora Heloísa Helena pediu a seu amigo Braguinha uma canção nova que marcasse sua presença no palco. Não possuindo nenhuma na ocasião, o compositor aceitou então a sugestão da amiga para que pusesse versos no choro "Carinhoso". "Procurei imediatamente o Pixinguinha", relembra Braguinha, "que me mostrou a melodia num dancing (o Eldorado) onde estava atuando : No dia seguinte entreguei a letra a Heloísa, que muito satisfeita, me presenteou com uma gravata italiana".
Surgiu assim, escrita às pressas e sem maiores pretensões a letra de "Carinhoso", que se tornaria um dos maiores clássicos da MPB a partir do momento que pode ser cantado. Recebeu mais de duzentas gravações, desde a primeira (28.05.1937) cantada por Orlando Silva, o "cantor das multidões" .
Dárcio Fragoso






Meu coração.....não sei porque

Bate feliz.....quando te vê

E os meus olhos ficam sorrindo

E pelas ruas vão te seguindo

Mas mesmo assim....foges de mim

Ah se tu soubesses


Como eu sou tão carinhoso

E muito muito que te quero

E como é sincero meu amor

Eu sei que tu não fugirias mais de mim

Vem, vem, vem, vem.........

Vem sentir o calor dos lábios meus

À procura dos teus

Vem matar esta paixão

Que me devora o coração

E só assim então

Serei feliz, bem feliz.

Meu coração.....não sei porque

Bate feliz.....quando te vê

E os meus olhos ficam sorrindo

E pelas ruas vão te seguindo

Mas mesmo assim....foges de mim


Ah se tu soubesses

Como eu sou tão carinhoso

E muito muito que te quero

E como é sincero meu amor

Eu sei que tu não fugirias mais de mim

Vem, vem, vem, vem.........


Vem sentir o calor dos lábios meus

À procura dos teus

Vem matar esta paixão

Que me devora o coração

E só assim então

Serei feliz, bem feliz.

Meu coração......


Música: Carinhoso
Autoria:Pixinguinha e João de Barro
Interpretação Caetano Veloso

BRIGAS


Brigas



Veja só, que tolice nós dois
brigarmos tanto assim
se depois vamos nós a sorrir
trocar de bem, enfim.

Para que maltratarmos o a mor
o amor não se maltrata não.
Para que se essa gente o que quer
é ver nossa separação.

Brigo eu, você briga também
por coisas tão banais
e o amor em momentos assim,
morre um pouquinho mais.

E ao morrer então é que se vê,
que quem morreu fui eu e foi você,
pois sem amor
estamos sós,
morremos nós.

E ao morrer, então é que se vê
que quem morreu fui eu e foi você,
pois sem amor,
estamos sós,
morremos nós.



Evaldo Gouveia e Jair Amorim
Interpretação: Altemar Dutra e Cauby Peixoto