COISAS DA ÁFRICA
Também existe alguma sabedoria lá. De minhas lembranças, trago um provérbio africano muito interessante, que diz:
Nunca são esquecidas as lições aprendidas na dor.
Palavras simples, como simples é a vida que vive a população africana, de modo geral, mas, quanta verdade existe nessas palavras...
Realmente, ao "levarmos uma paulada na moleira", aprendemos que não devemos repetir o mesmo erro (errare humanum est, mas reincidirem em errum, burrarum est).
O interessante, é que dificilmente enxergamos que tal caminho, tal atitude pode magoar alguém que seja um pouco mais sensível que outros, e insistimos nesse erro, nessa atitude, até que, por vezes ferimos esse alguém de uma forma tal que fica bem mais difícil consertar a besteira cometida.
Muitas vezes, não reparamos, mas uma resposta brusca sem razão, uma brincadeira mal colocada, por vezes magoa muito. Agora, quando reparamos que o mal foi cometido e tratamos de corrigi-lo é sinal de bom senso e humildade, da mesma maneira que gostamos de ver uma mudança de atitude em quem nos magoa.
Quando sofremos algum revés, temos que ter a sabedoria de aprender a lição que a vida nos deu e, ao invés de lamentarmos o azar que nos atingiu, devemos é verificar se não fomos nós os errados, ao insistir num projeto, numa atitude inadequada.
Sempre devemos fazer uma análise bem acurada sobre o que passamos na vida... aproveitar cada percalço, cada problema, cada contratempo, e saber tirar proveito de tudo que aconteceu... é aí que reside nossa grande sabedoria. Fazer de cada insucesso, de cada acontecimento desagradável, um degrau para melhorias na vida.
Aproveitar os azares, e transformá-los em ponto de partida para o êxito.
Utilizar os erros cometidos para os acertos futuros.
Bem crianças, fica aqui a lição trazida da África: nunca beije um leão na boca...
Bem, não, não é bem essa, mas também é útil...
A lição verdadeira é : vejam a extensão de seus erros, e procurem não repeti-los
Nesses provérbios populares, sempre encontramos muita sabedoria, pois eles são produtos de experiências vividas.
A questão é saber interpretá-los.
Complementando a oportunidade de aproveitarmos sabedoria alheia, veja quanta sabedoria:
Envelhecer depois dos 90, é diferente do envelhecer depois dos 50 ou 60: envelhecemos sem nos sentirmos ofendidos... Tem outra vantagem adicional, ou seja, se conseguimos "envelhecer depois dos 90, é porque chegamos lá..."
Falando em África, vem a pequena história do garoto que diz para a mãe: Mas mamãe... você num disse que gostava do papai? E ela: Claro que gosto... dá mais um pedaço...
Marcial Salaverry
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