29 de julho de 2016

AMAR


ME DESCULPA


ME DESCULPA

ME DESCULPA


Me desculpa por te fazer chorar
Nunk foi minha intençaum
Foi uma atitude sem pensar
Menosprezei seu coraçaum

O  machuquei de uma forma taum ruim
Na hora nem pensei em vc ,soh em mim
Mais por issu te peço desculpa
Pois sei q minha foi a culpa

Sei q agi sem pensar
Fui inconseqüente
Quase perdi seu coraçaum
entendo a dor q ele sente

me desculpa por te fazer sofrer
eu fui errado sei q eh difícil entender

me  desculpa por desconfiar
eh q jah machucaram meu coraçaum
alguém q naum sabia amar

vc sabe q com amor naum e brinca
eu naum vou mais fazer issu com vc nunka
por issu a única coisa q eu tenhu a dizer
te amo de um jeito q ninguém nunk vai intender

Soh por vc


Noites e noites perdidas

Passando as vezes despercebidas
Pensando na vida no q nos faz viver
Procurando a lógica tentando entender

O porque da vida, o porque de realmente vivermos
Será q vivemos em busca do amor?
Mas buscamos por uma coisa q nem entendemos

Muitos q viveram jah lutaram por esse sentimento
Outros já o sentiram
mais naum entenderam o q se passa lah dentro

naum entenderam pq a vida eh taum dura
por que msm depois de achar o q tanto procura
a vida vem e por algum motivo os separa

acho q esse amor de q tanto falam vale a pena
se tantos lutaram e morreram por esse sentimento
eu acho q naum devo desistir nesse momento

como posso demonstrar q soh por vc q ele ainda bate aki dentro

Marinha

Marinha


Na praia de coisas brancas
Abrem-se às ondas cativas
conchas brancas, coxas brancas
Águas vivas.

Aos mergulhares dos bando
Afloram perspectivas
Redondas, se aglutinanado
Volitivas.

E as ondas de pontas roxas
Vão e vem, verdes e esquivas
Vagabundas, como frouxas
Entre vivas!



Vinícius de Moraes

Loucuras de uma Paixão

Loucuras de uma Paixão
Jorge Aragão


Sem lhe conhecer
Senti uma vontade louca de querer você
Nem sempre se entende as loucuras de uma paixão

Tem jeito não
Olha pra mim
Faz tempo que meu coração não bate assim

Não faz assim, me diz seu nome
Não me negue a vontade de sonhar
De sonhar os meus sonhos com você

Despertando pro seu adormecer
Seria bom   demais

Que bem me faz, você.

INTROSPECÇÃO

INTROSPECÇÃO

Nuvens lentas passavam
Quando eu olhei o céu.
Eu senti na minha alma a dor do céu
Que nunca poderá ser sempre calmo.

Quando eu olhei a árvore perdida
Não vi ninhos nem pássaros.
Eu senti na minha alma a dor da árvore
Esgalhada e sozinha
Sem pássaros cantando nos seus ninhos.

Quando eu olhei minha alma
Vi a treva.
Eu senti no céu e na árvore perdida
A dor da treva que vive na minha alma.



Rio de Janeiro, 1933
VINICIUS DE MORAES

INATINGÍVEL

INATINGÍVEL



O que sou eu, gritei um dia para o infinito
E o meu grito subiu, subiu sempre
Até se diluir na distância.
Um pássaro no alto planou vôo
E mergulhou no espaço.
Eu segui porque tinha que seguir
Com as mãos na boca, em concha
Gritando
para o infinito a minha dúvida.

Mas a noite espiava a minha dúvida
E eu me deitei à beira do caminho
Vendo o vulto dos outros que passavam
Na esperança da aurora.
Eu continuo à beira do caminho
Vendo a luz do infinito
Que responde ao peregrino a imensa dúvida.

Eu estou moribundo à beira do caminho.
O dia já passou milhões de vezes
E se aproxima a noite do desfecho.
Morrerei gritando a minha ânsia
Clamando a crueldade do infinito
E os pássaros cantarão quando o dia chegar
E eu já hei de estar morto à beira do caminho.


Rio de Janeiro, 1933


VINICIUS DE MORAES