10 de junho de 2012

Patos Paraiba



Patos é um município brasileiro do estado da Paraíba, localizado na microrregião de Patos, na mesorregião do Sertão Paraibano. Distante 307 km de João Pessoa, sua sede localiza-se no centro do estado com vetores viários interligando-o com toda a Paraíba e viabilizando o acesso aos Estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2009 sua população era estimada em 100.732 habitantes. Patos é a 3ª cidade-pólo do estado da Paraíba, considerando sua importância socioeconômica.
A cidade de Patos é sede da 6ª Região Geoadministrativa do Estado da Paraíba, composta por 22 municípios, sendo eles: Areia de Baraúnas, Cacimba de Areia, Cacimbas, Catingueira, Desterro, Emas, Junco do Seridó, Mãe D'Água, Malta, Maturéia, Passagem, Patos, Quixaba, Salgadinho, Santa Luzia, Santa Terezinha, São José de Espinharas, São José do Bonfim, São José do Sabugi, São Mamede, Teixeira, Várzea.

Índice

 1 História

História

Até meados do século XVII, toda a zona que abrange o território do atual Município de Patos era habitada pelos índios Pegas e Panatis.
Os primeiros elementos civilizadores a penetrarem a região foram os membros da família Oliveira Ledo, que fundaram algumas fazendas de gado, tendo encontrado forte resistência por parte dos gentios. Pouco a pouco foram os nativos obrigados a abandonar a região, à medida que seus domínios eram conquistados pelos brancos.
Depois das fazendas de gado fundadas por Oliveira Ledo, outras foram sendo formadas por colonizadores portugueses, que ali se estabeleceram com seus escravos.
O lugar primeiramente devassado chamava-se Itatiunga, nome dado pelos gentios que significa "pedra branca". Mais tarde, passou a chamar-se Patos.
Segundo a tradição, a denominação de Patos originou-se do nome de uma lagoa, hoje aterrada, situada às margens do rio Espinharas, a qual era conhecida por Lagoa dos Patos, em virtude da grande quantidade dessas aves ali existentes.
Em 1752, o Capitão Paulo Mendes de Figueiredo e sua mulher Maria Teixeira de Melo, que residiam nos sítios de Patos e Pedra Branca, doaram parte de suas terras a Nossa Senhora da Guia. É nessas terras que está edificada a cidade de Patos.
Em 28 de novembro de 1768 foi ratificada essa doação pelos herdeiros de Paulo Mendes de Figueiredo, tendo início a construção da capela em 1772. Nos seus arredores começou a surgir a povoação, que se incorporou à Freguesia de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Pombal.
Com o desenvolvimento que foi tendo a povoação, a 6 de outubro de 1788, por Provisão Régia, n.° 14, foi criada a Paróquia de Patos.

Geografia

O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005.[9] Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca.

Relevo

A topografia dos terrenos do município de Patos revela cotas situadas entre 240 metros à 580 metros. O seu relevo é predominantemente ondulado à suavemente ondulado, com declividade média à baixa, com exceção de áreas ao norte onde se localiza a serra de Carnaúba, ao sul nos serrotes de Espinho Branco e Forquilha, centro-oeste no serrote Serra Negra, noroeste nos serrotes Campo Alegre, Trapiá, e, serra do Boqueirão, e, à oeste nos serrotes Pitombeiras, do Caboclo e do Tamanduá. Nestas áreas a declividade é média à elevada.
Elevações Rochosas

Hidrografia

O município de Patos encontra-se inserido nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Piranhas,sub-bacia do Rio Espinharas. Seus principais tributários são: o Rio Espinharas e os riachos: São Bento, Cachoeira, do Morcego, Várzea Alegre, do Ligeiro, do Mocambo, Logradouro, Poço Comprido, dos Pilões, da Pia, do Frango, dos Macacos, Fechado, de Cupira, Santana, Cauassu, da Urtiga, do Meio, Lagoa de Açude Belo Monte e da Cruz, além dos córregos: da Onça, do Acauã, Campo Alegre e Cascavel.
A cidade de Patos conta com o rio Espinharas os açudes Jatobá e da farinha e também com o açude da Capoeira na cidade de Santa Terezinha para abastecer Patos
Rios e Riachos
Abastecimentos do Município
Açudes

Clima

O clima de Patos é semiárido (tipo Aw segundo Köppen),[10] quente e seco,com poucas chuvas.O mês mais quente é Dezembro com média mínima de 20.4°C e média máxima de 32.7°C,já o mês mais frio é Julho com média mínima de 17.1°C e média máxima de 28.1°C..[11]
[Esconder]Nuvola apps kweather.svg Médias meteorológicas para Patos/PB Weather-rain-thunderstorm.svg
MêsJanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDez
Média alta °F908686858483838588909191
Média baixa °F686768706864636264676869
Precipitação polegadas2.513.47.395.12.532.290.860.311.290.410.481.09
Média alta °C32.130.130.129.628.728.228.129.730.932.432.632.7
Média baixa °C20.119.720.120.919.917.617.116.917.619.219.920.4
Precipitação mm63.886.4187.6129.564.358.121.97.832.810.412.327.6
Fonte: Tempo Agora (período: 1961-1990)[12]

Demografia

Patos possui uma população de 100.674 habitantes (IBGE - 2010), tem a 5ª maior população urbana do estado (97.278 habitantes - IBGE 2010) que corresponde a 96,00% e urbana na sede municipal (96.339 - IBGE 2010) que equivale a 95,00%.

Fonte: IBGE
4.406 homens livres e 660 escravos em 1851.

Economia

Patos ocupa a 5ª posição no PIB (Produto Interno Bruto) no estado da Paraíba, atras apenas de João Pessoa, Campina Grande, Cabedelo e Santa Rita, com R$ 615,181 milhões, em 2009, um incremento nominal de 13,3% e a 4ª posição na sua região, com R$ 1.104.568 milhões, depois da região de João Pessoa, Campina Grande e Guarabira
A cidade de Patos – PB, localizada no Pediplano Sertanejo é considerada uma das mais importantes cidades do sertão do Nordeste por se apresentar como um pólo comercial que abrange mais de setenta municípios do sertão nordestino. Detendo um grande e diversificado número de serviços que atrai para a cidade pessoas de outras cidades e outros estados como: Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco.
Tem seu ponto forte o comércio, o qual deixa sua população flutuante em torno de 130 mil pessoas. Em épocas festivas como o São João, o fluxo de turistas eleva a população para 200 mil pessoas aproximadamente. É também considerada a cidade de melhor distribuição de renda e estrutura urbana, com baixíssimos índices de violência urbana.
Cidade rica em minério e centro de comercialização da agricultura regional, Patos destaca-se como um dos municípios de mais rápido desenvolvimento industrial do sertão paraibano. Patos é um município do estado da Paraíba, localizado à margem esquerda do Rio Espinharas. Tem uma altitude de 242m e clima semi-árido e quente. A economia baseia-se na cultura do algodão e do feijão. As principais indústrias são as de calçado, extração de óleos vegetais e beneficiamento de algodão e cereais. Tem grande riqueza mineral, com jazidas de mármore cor-de-rosa e ocorrências de ouro, ferro, calcários e cristal de rocha. Patos liga-se a todo o Nordeste e ao Sul por ferrovia e rodovias.

Subdivisões

Bairros


Mapa mostrando o município de Patos e suas divisões.
População dos bairros
PosiçãoBairroPopulação
1São Sebastião11.369
2Santo Antônio6.987
3Liberdade6.636
4Belo Horizonte5.901
5Maternidade5.477
6Jatobá5.467
7Bela Vista4.488
8Bivar Olinto3.890
9Morro3.232
10Centro3.138
11Monte Castelo2.929
12Novo Horizonte2.648
13Nova Conquista2.459
14Noé Trajano1.771
15Salgadinho1.438
16Sete Casas1.225
17Brasília1.006
18Santa Cecília856
19Alto da Tubiba681
20Jardim Magnólia376
21Morada do Sol280
22Distrito Industrial272
23Ana Leite16
Fonte: Contagem da População 2010. IBGE.

Distritos

Urbanização

Question book.svg
Esta página ou secção não cita nenhuma fonte ou referência, o que compromete sua credibilidade.
Editor, considere adicionar mês e ano na marcação. Isso pode ser feito automaticamente, substituindo esta predefinição por {{subst:s-fontes}}.
Por favor, melhore este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto por meio de notas de rodapé. Encontre fontes: Googlenotícias, livros, acadêmicoScirusBing. Veja como referenciar e citar as fontes.
A microrregião de Patos está na porção Central do Estado da Paraíba, integrante da mesorregião do sertão paraibano, inserido em terras da Bacia do Rio Espinharas, com uma área de 508,7 Km2, correspondendo a apenas 0,79% do território do Estado, cuja população, segundo o IBGE (2010) é de 100.670 habitantes.
A cidade exerce uma influência num raio de 170 km , sobre uma população de mais 700 mil habitantes, de cerca de 70 municípios situados em microrregiões circunvizinhas, fazendo com que durante a semana, a população flutuante chegue aos 115 mil habitantes(ACP- Associação Comercial de Patos, 2005). A sede do município fica a 245 metros altitude do nível do mar, distando cerca de 300 quilômetros da capital do Estado – João Pessoa (IBGE, 2003).
Na qualidade de cidade pólo, Patos tem uma outra característica determinante, que é a de receber influência de cidades circunvizinhas, quer na sua busca de infra-estrutura urbana, quer na busca de serviços, comércio, atendimentos de assistência médico-sanitária, aliada ao complexo educacional, o maior entre as cidades do Sertão Paraibano.
O reflexo desses atendimentos faz girar na cidade, uma população diferente das apresentadas pelas estatísticas oficiais, é a chamada população circulante. Somente na sua área, o município recebe influência de populações como Pombal, Itaporanga, Piancó, Santa Luzia e Princesa Isabel, importantes cidades do interior da Paraíba.
Um outro fluxo importante de pessoas é os que chegam de municípios do estado de Pernambuco e do Rio Grande do Norte, que por aqui buscam abrigo na área de educação ou de outros serviços tais como hospitalares, primeiros socorros, comércio e outras atividades terciárias. Como se nota diferente de muitos outros municípios do Sertão Paraibano, Patos têm no setor industrial, comércio e de serviços os principais setores na geração de empregos e renda.
A cidade de Patos, hoje o quarto centro paraibano em termos de desenvolvimento (IGBE, 2005). A cidade apresenta um setor econômico bem mais desenvolvido do que as demais sedes dos municípios, favorecendo regularmente a atração da população das cidades por ela polarizada, que incluem outras cidades fora as da microrregião de Patos. Devido a sua localização geográfica é considerada uma cidade pólo pela qual contribui com os municípios circunvizinhos através da oferta de variados serviços.

Região Metropolitana de Patos

A Região Metropolitana de Patos foi criada pela lei complementar nº 103, de 28 de dezembro de 2011 cuja população total é de 224.550 habitantes (IBGE - 2010) e é composta por 24 municípios.

Política

Prefeitos

Subprefeituras

  • Subprefeitura de Santa Gertrudes - Distrito de Santa Gertrudes e adjacências
  • Subprefeitura do Jatobá - Bairros da Zona Sul (Monte Castelo, Jatobá, Mutirão, Alto da Tubiba, Nova Conquista, Santa Cecília e adjacências)
  • Subprefeitura da Zona Oeste - Bairros da Zona Oeste (Maternidade, Liberdade, Morro, Morada do Sol, Bivar Olinto, Santa Clara, José Mariz, Jardim Redenção, Morada do Sol, Geraldo de Carvalho, Geralda de Medeiros, entre outras localidades)

Povos ancestrais

Educação

A cidade de Patos encontra-se num lugar de destaque pelas suas escolas. Contando as escolas da rede de ensino Estadual, Municipal, Particular, etc. Patos sediar a 6ª Região de Ensino da Paraíba.
As escolas que mais se destacam na rede Estadual
As escolas que mais se destacam na rede Municipal
As escolas que mais se destacam na rede Particular
As escolas que mais se destacam na rede de Ensino Superior
  • UFCG - Universidade Federal de Campina Grande - A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campus II Patos, localizada na Av. Santa Cecília s/n, Bairro do Jatobá, teve sua origem através da anexação da escola de Agronomia e Medicina Veterinária, da Fundação Francisco Mascarenhas, ao Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, através da Resolução nº 308 de 06 de dezembro de 1979. Em 11 de novembro de 1984 foi criado o Centro de Saúde e Tecnologia Rural através da Portaria 472 do Ministério da Educação e Cultura. Inicialmente foram implantados os Departamentos de Medicina Veterinária e Engenharia Florestal, curso que substituiu o de Agronomia. É hoje um dos centros de produção de conhecimento e geração de informações do Semi-Árido.
  • UEPB - Universidade Estadual da Paraíba - A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB - Campus VII) foi instalada na cidade de Patos em 2006. No início do primeiro semestre de 2008 contava com aproximadamente mais de 800 (oitocentos) alunos matriculados. No início do primeiro semestre 2008 contava aproximadamente com mais de 500 (quinhentos) alunos matriculados, com cursos que atraem alunos dos mais diversos estados brasileiros.
O Campus da cidade de Patos conta também, com cursos de Mestrado (3) e Especialização (2).
Oferta atualmente o curso Superior de Tecnologia em Segurança do Trabalho e os cursos subseqüentes de Técnico em Edificações e Técnico em Manutenção e Suporte em Informática e os integrados de Técnico em Edificações e Técnico em Manutenção e Suporte em Informática. O Campus de Patos funciona atualmente em sede provisória cedida pela Prefeitura do Município e a partir de 2011 se instalará definitivamente em sede própria. Endereço: AC Rodovia PB 110, s/n, Bairro Alto Tubiba.
  • UVA - Universidade Estadual do Vale do Acaraú - A Universidade Estadual do Vale do Acaraú – (UVA) com sede em Sobral – CE, nasceu como Fundação Municipal, criada através da Lei nº 214, de outubro de 1968. Sucessivamente, foram criadas as Faculdades de Ciências Contábeis, Engenharia de Operações, Enfermagem e Obstetrícia e Educação, todas encampadas pelo governo do Estado Ceará em 10 de outubro de 1984, através da Lei nº 10.933, sob a forma de Autarquia. Com a promulgação da constituição do estado do Ceará, foi transformada em Fundação, em outubro de 1989, e, em 31 de março de 1994, foi reconhecida pelo Ministério da Educação – MEC, através da Portaria nº 821. Sua instalação na cidade de Patos ocorreu em novembro do ano de 1999. Não possui sede própria e funciona na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Manoel Vieira localizada na Praça Edvaldo Mota – Centro. Com o Curso de Graduação em Pedagogia (turmas especiais) e os cursos de Licenciatura Específica em caráter temporário e excepcional, seu horário de funcionamento é aos sábados. No início do primeiro semestre 2008 contava aproximadamente com mais de 500 (quinhentos) alunos matriculados.
  • EAD - Pólos de Educação a Distância - As Instituições de Ensino a Longa Distância (EAD) é uma nova modalidade do ensino que também já se encontra presente na cidade de Patos. O Ensino a longa distância aos poucos vem ganhando espaço na cidade. São utilizados canais disponíveis, entre eles um na web, através da tecnologia V-Sat, que disponibiliza voz, acesso à Internet e interatividade entre alunos e professores. São três instituições situadas na cidade de Patos:
- A Eadcon a primeira referência do ensino a distância, instalada na cidade de Patos no ano de 2007, coligado ao Grupo Educacional UNINTER; - A Unopar - Universidade Norte do Paraná; - CBED – Centro Brasileiro de Educação a Distância –, desde 2003 atua como uma unidade especializada em tecnologias aplicadas à educação a distância, em especial de telecomunicações via satélite, todas autorizadas pelo MEC. A EADCON localiza-se na Rua Pedro Firmindo nº 144, Ed. Estevam, sala 41, no 4º andar, forneceu o número de alunos com precisão, juntamente com as suas procedências. No início do primeiro semestre 2008 contava aproximadamente com mais de 100 (cem) alunos matriculados.

Saúde

A atenção básica de saúde sob a atenção dos municípios é um caminhar para a implantação da Municipalização do setor. A Saúde, através da implantação do PSF – Programa Saúde da Família vem passando por uma reformulação na tentativa de evitar filas nos postos de atendimento ambulatorial e a superlotação dos hospitais. A intenção é fazer um trabalho preventivo de acompanhamento das famílias, através de visitas de profissionais aos domicílios, que tentam fazer um trabalho de conscientização sobre procedimentos básicos para evitar as doenças. Segundo o IBGE em 2007 Patos continha 74 estabelecimentos de saúde sendo a 4° cidade por número de estabelecimentos da Paraíba.
Hospitais

Transporte

A cidade de Patos possui 30.613 veículos e é 3ª maior frota de veículos do estado da Paraíba. (Denatran - 2011)
A cidade está na rota de praticamente todos os deslocamentos ocorridos na região sertaneja, rumo ao litoral e outras áreas do país. As empresas de ônibus como a Guanabara, a Progresso, Itapemirim, Contijo, os transportes alternativos e particulares são os responsáveis pelos deslocamentos das pessoas.

Cultura

Eventos

Em Patos no mês de Junho comemora-se o São João de Patos, que já é considerado o 4º maior são joão do Brasil, são cerca de 10 dias de festa que movimentam cerca de 700 mil pessoas por ano no Terreiro do Forró que tém capacidade para cerca de 80.000 pessoas por noite . Na festa há espaço para atrações regionais e de porte nacional.Já no horário vespertino as pessoas tém 2 opções o Terreirinho do Forró que ajuda a espalhar a cultura nordestina com várias casas de barro e apresentações artísticas.A outra opção é o Coreto 2 que fica localizado ao lado do Terreiro do Forró e conta com várias apresentações artísticas é um lugar bastante agradável que é destinado principalmente ao público jovem. No período de 14 a 24 de setembro comemora-se a Festa D'águia ou Festa de Setembro que reune vários cristãos ou devotos de Nossa Senhora D'águia no centro da cidade, onde existe vários parques e no pavilhão central é realizado um bingo todas as noites e onde há varias barracas de comidas típicas.

Religião

Em Patos está em fase de construção o maior Santuário do Nordeste: o Santurário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.[carece de fontes?]

Igrejas

Turismo

O turismo em Patos ainda é uma atividade subdesenvolvida e resume-se ao turismo religioso, em uma escala pequena e, o turismo de eventos, no período junino. Os principais pontos turístcos são:

Esporte


Estádio José Cavalcanti.
O município possui dois times de futebol : Nacional Atlético Clube (conhecido como o "Canarinho do Sertão") e Esporte Clube de Patos (conhecido como "O Terror do Sertão"). O único estádio da cidade é o Estádio José Cavalcanti. O Nacional conhecido como Naça tem a maior torcida de Patos.
Times de Futebol Profissionais
Estádios
Ginásios
Eventos

Eventos e datas comemorativas

Feriados municipais

Filhos ilustres

Símbolos

Referências

  1. a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  2. Google Maps
  3. IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
  4. Urbanização das cidades brasileiras. Embrapa Monitoramento por Satélite. Página visitada em 30 de Dezembro de 2011.
  5. Estimativa Populacional 2011. Estimativa Populacional 2011. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2011). Página visitada em 30 de dezembro de 2011.
  6. Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  7. Posição ocupada pelos maiores municípios em relação ao Produto Interno Bruto. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (14 de dezembro de 2011).
  8. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/pibmunicipios/2005_2009/tabelas_pdf/tab01.pdf
  9. Ministério da Integração Nacional, 2005. Nova delimitação do semiárido brasileiro.
  10. World Map of the Köppen-Geiger climate classification (Abril de 2006). World Map of the Köppen-Geiger climate classification (em Inglês). Institute for Veterinary Public Health. Página visitada em 21 de maio de 2011.
  11. Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Resursos Hídricos (21 de maio de 2007). Efeitos do aquecimento chegam ao RN. Página visitada em 21 de maio de 2011.
  12. Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Climatologia para a cidade de Patos - PB. Tempo Agora. Página visitada em 21 de maio de 2011.

Rio Piranhas-Açu

Rio Piranhas-Açu

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    
Rio Piranhas-Açu
Rio Piranhas-Açu em Macau, estado do Rio Grande do Norte.
NascenteSerra do Bongá, Bonito de Santa Fé, Paraíba
FozMacau, Rio Grande do Norte
Afluentes
principais
rio Espinhara, rio Picuí e rio Seridó
País(es) Brasil
O Rio Piranhas-Açu é um rio da Região Nordeste do Brasil que banha os estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Conhecido simplesmente como Rio Piranhas, na Paraíba, recebe o nome de Rio Açu após passar pela Barragem Armando Ribeiro Gonçalves no município de Assu no Rio Grande do Norte.
O Rio Piranhas-Açu nasce da junção das águas dos rios do Peixes e Piancó na Paraíba e desemboca na cidade de Macau no litoral do Rio Grande do Norte. Outros de seus afluentes são o rio Espinharas, o Picuí e o Seridó, todos sertanejos e temporários.
O Piranhas-Açu estava sujeito a períodos de seca no passado, quando o seu fluxo chegava a desaparecer e as populações recorriam a cacimbas cavadas no leito seco, de onde retiravam a água para o consumo doméstico. Contudo, tais períodos de seca sempre foram intercalados por anos de muita chuva, quando o rio transborda e leva destruição para as comunidades ribeirinhas. Uma dessas enchentes ocorreu em 1974. Nesse ano, a cidade de Carnaubais foi inundada e toda a população obrigada a mudar-se para um terreno mais elevado do município, onde se construiu uma nova cidade.[1]
Hoje, o Piranhas-Açu está poluído, é o que dizem os estudos feitos por órgãos de defesa ambiental. As causas são a falta de um saneamento adequado nas cidades ribeirinhas (cujo esgoto acaba chegando ao rio) e a atuação de empresas agrícolas que, criminosamente, lançam produtos químicos nas águas, além do despejo de dejetos animais por parte de matadouros. O rio ainda está num avançado processo de assoreamento, também em virtude de práticas agrícolas irresponsáveis e da retirada de areia para a construção civil.[2][3][4]
Apresenta a maior bacia hidrográfica do estado do Rio Grande do Norte, ocupando uma superfície de 17.500 km², correspondendo a 32,8 % do território estadual, onde são encontrados 1.112 açudes (na Paraíba sua bacia ocupa mais de 50% do território).
O Piranhas nasce na Serra do Bongá, município de Bonito de Santa Fé, estado da Paraíba, com o nome de Rio Piranhas. Adentra o estado do Rio Grande do Norte ainda nomeado de Piranhas pelo município de Jardim de Piranhas. Recebe o nome de Piranhas-Assu ao passar pela Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, no município de Assu. O Rio Piranhas-Açu recebe águas com as cheias na região das lagoas do Piató, Ponta Grande e do Queimado, indo desembocar no litoral norte do estado do Rio Grande do Norte, em forma de estuário, próximo a cidade de Macau.
Represa do Açude de Coremas
O represamento de suas águas, através do Açude de Coremas, O maior da Paraiba, e Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, a maior do estado do Rio Grande do Norte, permitiu a perenização do rio e a formação no baixo curso de um grande lago para acumular dois bilhões e quatrocentos milhões de metros cúbicos de água, de onde parte uma rede de adutoras que abastecem de água potável a população de varias cidades do estado do Rio Grande do Norte e canais que asseguram a irrigação de terras férteis com o cultivo de frutas na região.




O SOL e a LUA


  O SOL e a LUA                                                              

  Quando o SOL e a LUA se encontraram pela primeira vez apaixonaram-se, perdidamente, e a partir daí começaram a viver uma linda história de amor...

  O Mundo ainda não existia e no dia em que Deus decidiu criá-lo, deu-lhes então um toque final...o brilho. Decidiu que o SOL iluminaria o dia e a LUA iluminaria a noite. Sendo assim, estavam obrigados a viver separados.

  Invadiu-os uma grande tristeza quando se deram conta de que jamais se encontrariam. A LUA ficou cada vez mais angustiada e, apesar do brilho que Deus lhe deu, foi-se tornando solitária; o SOL por sua vez, ganhou o título de ASTRO-REI, mas nem isso o fez feliz...

_Tu, LUA, iluminarás as noites frias e quentes, encantarás os apaixonados e serás, frequentemente, protagonista das mais belas poesias!

_Quanto a ti, SOL, dou-te esse título porque serás o mais importante dos astros, iluminarás a TERRA durante o dia, proporcionarás calor ao ser humano e a tua simples presença, fará as pessoas mais felizes.

  A LUA entristeceu-se muito com o seu destino e chorou amargamente...e o SOL, ao vê-la sofrer assim, decidiu que não se podia deixar abater mais, já que teria que lhe dar forças a ela. Mesmo assim, a sua preocupação era tal que resolveu fazer um pedido especial a Deus:

_Senhor, ajuda a LUA por favor, ela é mais frágil do que eu, não suportaria a saudade. E Deus, na sua imensa bondade, criou então as estrelas para que fizessem companhia à LUA. Sempre que se sente triste,a LUA, recorre às estrelas...mas estas quase nunca conseguem alegrá-la.

  Hoje, vivem assim separados. O SOL finge que é feliz e a LUA vai conseguindo dissimular a sua tristeza.

  O SOL arde de paixão e a LUA, nem vontade tem de brilhar...

  Dizem que a LUA deveria ser sempre cheia e luminosa, mas não consegue porque é mulher e, uma mulher tem fases...Quando está feliz, consegue ser cheia, mas quando está infeliz é minguante e se está minguante nem sequer é possivel apreciar o seu brilho.

  LUA e SOL seguem o seu destino. Ele, solitário mas forte; ela, acompanhada das estrelas, mas sempre débil.

  Os Homens tentam constantemente conquistá-la, como se isso fosse possivel. Alguns foram até ela, mas voltaram sempre sós. Ninguém, jamais, conseguiu trazê-la até à TERRA ninguém, realmente, conseguiu conquistá-la por mais que tentasse.

  Mas, Deus decidiu que nenhum amor neste Mundo fosse de todo impossivel, nem sequer o da LUA e do SOL...Foi então que Deus criou o ECLIPSE. Hoje o SOL e a LUA vivem esperando esse instante, esses raros momentos que Deus lhes concedeu e que demoram tanto a acontecer.

  A partir de hoje, sempre que olhes o céu e vejas que o SOL cobre a LUA, é porque se encosta a ela e se amam. A esse acto de amor, chamou-se ECLIPSE. É importante recordar que o brilho do seu êxtase é tão grande que não se aconselha a olhar o céu nesse momento. Os teus olhos, podem cegar perante um brilho tão intenso...                                           

  O SOL e a LUA AMAR-SE-ÃO, de novo, em 28 de AGOSTO DE 2007

  ( ECLIPSE LUNAR )


Nunca vemos o amor chegar


Nunca vemos o amor chegar; só o vemos a ir-se embora. Estou numa estação de comboios, sentada num banco de pau, completamente só. Perdi o teu comboio e não quero apanhar nenhum outro. Está frio. Um vento seco e cortante faz com que me encolha como um bicho da conta. Já não sonho, já não há dádiva, os dias voltaram a ser cinzentos e tristes. Agora são todos iguais, sempre iguais. Trabalho, respiro, durmo e como o melhor que posso e sei, e tento esquecer-te. Deixei de falar de ti e de dizer o teu nome, deixei de o desenhar no espelho da casa de banho, quando o vapor inunda todas as superfícies. Em vez disso, tenho o coração embaciado de dúvidas e o olhar desfocado pelo absurdo do teu silêncio continuado, o olhar de quem aprende a adaptar-se a uma luz desconhecida, a uma nova realidade.



Respeito o teu silêncio porque ainda me sobra uma ponta de orgulho, porque sempre te disse que uma força imensa me empurrava para ti – I will always run to you but never after you, lembras-te?

Por isso, e porque sei que não queremos guardar mágoa um do outro, tento esquecer-te devagar, sem te odiar, porque o ódio também é uma forma desesperada de amar ainda e sempre aqueles que já não podemos ter ao nosso lado.



Diário da Tua Ausência, Margarida Rebelo Pinto

Novo Amor



Procuro um amor novo amor com quem possa ter ressonâncias... num encontro pleno de respeito, cumplicidade e parceria. Alguém com quem seja possível dividir alegrias, delicadezas e alguns sonhos... não muitos, mas o suficiente para continuar a criar a magia do amar... e ser amado.
Busco assim por você que tenha leveza de alma e espírito, com total disponibilidade afetiva, que goste de viver a vida e que queira verdadeiramente um grande amor repleto de aventuras.
Nâo precisa ser um amor zero quilômetro, mas tem que ser dos bons. Daqueles de ter vontade de acordar mais cedo para levar café na cama, de ligar no meio do dia para dizer que sentiu saudade, de fazer bobagens, escrever bilhetinhos, fugir na madrugada em busca do desconhecido... um amor que não precisa durar para sempre mas que "seja infinitamente bom enquanto dure."
Procuro um amor que seja fiel e honesto, que saiba contar piadas e sussurrar no meu ouvido palavras gostosas para antes e depois do amor.
Procuro um amor que saiba viver sozinho, que invada meu mundo devagarinho e me convença que vale a pena ficar.
Procuro um amor quentinho... daqueles que não grudam na pele no verão mas que aquecem que nem edredom quando chega o inverno. Amor de dormir agarrado, de dançar colado e beijar na frente de todo mundo.
Procuro por fim um novo amor, uma companheira que seja minha amiga e minha amante, que goste de pipocas em tardes de chuva, e que queira andar de mãos dadas comigo pela vida.




9 de junho de 2012

Biografia de Clara Nunes


Biografia


Caçula dos sete filhos do casal Manuel Ferreira de Araújo e Amélia Gonçalves Nunes, Clara Nunes nasceu no interior de Minas Gerais, no distrito de Cedro - à época pertencente ao município de Paraopeba e depois esse distrito virou cidade e foi emancipado com o nome de Caetanópolis, onde viveu até os 16 anos.
Marceneiro na fábrica de tecidos Cedro & Cachoeira, o pai de Clara era conhecido como Mané Serrador e também era violeiro e participante das festas de Folia de Reis. Mas Manuel morreu em 1944 e, pouco depois, Clara ficaria também órfã de mãe e acabaria sendo criada por sua irmã Dindinha (Maria Gonçalves) e o irmão José (conhecido como Zé Chilau). Naquela época, Clara participava de aulas de catecismo na matriz da Cruzada Eucarística. Lá também cantava ladainhas em latim no coro da igreja.
Segundo as suas próprias palavras, cresceu ouvindo Carmem Costa, Ângela Maria e, principalmente, Elizeth Cardoso e Dalva de Oliveira, das quais sempre teve muita influência, mantendo, no entanto, estilo próprio. Em 1952, ainda menina, Clara venceu seu primeiro concurso de canto organizado em sua cidade, interpretando "Recuerdos de Ypacaraí". Como prêmio, ganhou um vestido azul. Aos 14 anos, Clara ingressou como tecelã na fábrica Cedro & Cachoeira, a mesma para o qual seu pai trabalhou.
Teve que se mudar para Belo Horizonte, indo morar com a irmã Vicentina e o irmão Joaquim, por causa do assassinato de um namorado, cometido em 1957 por seu irmão Zé Chilau. Na capital mineira, Clara trabalhou como tecelã durante o dia e fez o curso normal à noite. Aos finais de semana, participava dos ensaios do Coral Renascença, na igreja do bairro onde morava. Naquela época, conheceu o violonista Jadir Ambrósio, conhecido por ter composto o hino do Cruzeiro. Admirado com a voz da jovem de 16 anos, Jadir levou Clara a vários programas de rádio, como "Degraus da Fama", no qual ela se apresentou com o nome de Clara Francisca.



Mudança de nome

No início da década de 1960, Clara conheceu também Aurino Araújo (irmão de Eduardo Araújo), que a levou para conhecer muitos artistas. Aurino também seria seu namorado durante dez anos. Por influência do produtor musical Cid Carvalho, mudou o nome para Clara Nunes, usando o sobrenome da mãe. Quando solteira se chamava Clara Francisca Gonçalves de Araújo, depois de casada que adotou o sobrenome Pinheiro.
Em 1960, já com o nome de Clara Nunes e ainda como tecelã, ela venceu a etapa mineira do concurso "A Voz de Ouro ABC", com a música "Serenata do Adeus", composta por Vinicius de Moraes e gravada anteriormente por Elizeth Cardoso. Na final nacional do concurso realizada em São Paulo, Clara Nunes obteve o terceiro lugar com a canção "Só Adeus" (de Jair Amorim e Evaldo Gouveia).
A partir daí, Clara Nunes começou a cantar na Rádio Inconfidência de Belo Horizonte. Durante três anos seguidos foi considerada a melhor cantora de Minas Gerais. Ela também passou a se apresentar como crooner em clubes e boates na capital mineira e chegou a trabalhar com o então baixista Milton Nascimento - àquela altura conhecido como Bituca.
Naquela época, fez sua primeira apresentação na televisão, no programa de Hebe Camargo em Belo Horizonte. Em 1963, Clara Nunes ganhou um programa exclusivo na TV Itacolomi, chamado "Clara Nunes Apresenta" e exibido por um ano e meio. No programa se apresentavam artistas de reconhecimento nacional, entre os quais Altemar Dutra e Ângela Maria.[3]
Viveu em Belo Horizonte até 1965, quando se mudou para a cidade do Rio de Janeiro, mais especificamente para Copacabana




Os primeiros discos


Já no Rio de Janeiro, Clara Nunes se apresentava em vários programas de televisão, como José Messias, Chacrinha, Almoço com as Estrelas e Programa de Jair do Taumaturgo. Antes de aderir ao samba, Clara cantava especialmente boleros. Além de emissoras de rádios e televisão, ela também percorreu escolas de samba, clubes e casas noturnas nos subúrbios cariocas.
Ainda em 1965, ela passou por um teste como cantora na gravadora Odeon, onde registrou pela primeira vez a sua voz em um LP. O disco foi lançado pela Rádio Inconfidência (onde Clara trabalhou quando morava em Belo Horizonte) e contava com a participação de outros artistas, todos da Odeon.
No ano seguinte, Clara foi contratada por esta gravadora, a primeira e a única em toda a sua vida. Naquele mesmo ano, foi lançado o primeiro LP oficial da cantora, "A Voz Adorável de Clara Nunes". Por insistência da gravadora para que ela interpretasse músicas românticas, Clara apresentou neste álbum um repertório de boleros e sambas-canções, mas o LP foi um fracasso comercial. Em 1968, Clara Nunes gravou "Você Passa e Eu Acho Graça", seu segundo disco na carreira e o primeiro onde cantaria sambas. A faixa-título (de Ataulfo Alves e Carlos Imperial) foi seu primeiro grande sucesso radiofônico.
No ano seguinte, a Odeon lançou "A Beleza Que Canta", LP no qual a cantora interpretou "Casinha Pequena", uma canção de domínio público. Ainda em 1969, Clara Nunes ganhou o primeiro lugar no "I Festival da Canção Jovem de Três Rios" com a música "Pra Que Obedecer" (de Paulinho da Viola e Luís Sérgio Bilheri) e ainda classificou a canção "Encontro" (de Elton Medeiros e Luís Sérgio Bilheri) na terceira colocação. Ficou em oitavo lugar no "IV Festival Internacional da Canção Popular" com a música "Ave Maria do Retirante" (de Alcyvando Luz e Carlos Coqueijo), que foi lançada naquele mesmo ano em disco homônino.




Afirmação no samba


Em 1970, Clara Nunes se apresentou em Luanda, capital angolana, em convite de Ivon Curi. No ano seguinte, a cantora gravou seu quarto LP, no qual interpretou "É Baiana" (de Fabrício da Silva, Baianinho, Ênio Santos Ribeiro e Miguel Pancrácio), música que obteve considerável sucesso no carnaval de 1971, e "Ilu Ayê", samba-enredo da Portela (de autoria de Norival Reis e Silvestre Davi da Silva). Na capa do álbum, a cantora mineira fez um permanente nos cabelos pintados de vermelho e passou a partir daí a se vestir com roupas que remetiam às religiões afro-brasileiras.
Em 1972, Clara se firmou como cantora de samba com o lançamento do álbum "Clara Clarice Clara". Com arranjos e orquestrações do maestro Lindolfo Gaya e com músicos como o violonista Jorge da Portela e Carlinhos do Cavaco, o disco teve como grandes destaques as canções "Seca do Nordeste" (um samba-enredo da escola de samba Tupi de Brás de Pina), "Morena do Mar" (de Dorival Caymmi), "Vendedor de Caranguejo" (de Gordurinha), "Tributo aos Orixás" (de Mauro Duarte, Noca e Rubem Tavares) e a faixa-título "Clara Clarice Clara" (de Caetano Veloso e Capinam). Ainda naquele ano, Clara Nunes se apresentou no "Festival de Música de Juiz de Fora" e gravou um compacto simples da música "Tristeza, Pé no Chão" (de Armando Fernandes), que vendeu mais de 100 mil cópias.
A Odeon lançou em 1973 o disco "Clara Nunes". Naquele mesmo ano, a cantora estreou com Vinicius de Moraes e Toquinho o show "O poeta, a moça e o violão" no Teatro Castro Alves, em Salvador. Também em 1973, Clara foi convidada pela Radiotelevisão Portuguesa para fazer uma temporada em Lisboa. Depois, percorreu alguns outros países da Europa, como a Suécia, onde gravou um especial ao lado da Orquestra Sinfônica de Estocolmo para a TV local.




Sucesso comercial


Clara Nunes integrou a comissão que representou o Brasil no "Festival do Midem", em Cannes, em 1974. Por lá, a Odeon lançou somente para o público europeu o disco "Brasília", que foi base para o LP "Alvorecer". Este álbum emplacou grandes sucessos como "Contos de Areia" (de Romildo S. Bastos e Toninho Nascimento), "Menino Deus" (de Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro) e "Meu Sapato Já Furou" (de Mauro Duarte e Elton Medeiros).[4] O LP bateu recorde de vendagem para cantoras brasileiras, com mais de 300 mil cópias vendidas, um feito nunca antes registrado no Brasil. Ainda em 1974, a cantora atuou (ao lado de Paulo Gracindo), em "Brasileiro Profissão Esperança", espetáculo de Paulo Pontes, referente à vida da cantora e compositora Dolores Duran e do compositor e jornalista Antônio Maria. O show ficou em cartaz no Canecão até 1975 e gerou o disco homônimo.
Também em 1975, a Odeon lançaria ainda o LP "Claridade". Com grandes sucessos como "O Mar Serenou" (de Candeia) e "Juízo Final" (de autoria de Nelson Cavaquinho e Élcio Soares), este álbum se tornou o maior sucesso da carreira da cantora, batendo o recorde de vendagem feminina e alavancando o samba-enredo da Portela na avenida, "Macunaíma, Herói da Nossa Gente" (de autoria de Norival Reis e Davi Antônio Correia), com o qual a escola classificou-se em 5º lugar no Grupo 1. Ainda naquele ano, Clara se casou com o poeta, compositor e produtor Paulo César Pinheiro e percorreu vários países da Europa em turnê.
Clara Nunes gravou o LP "Canto das Três Raças" em 1976. Além da faixa-título (de Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro), grande sucesso na carreira da cantora, o disco contava ainda com "Lama" (de Mauro Duarte), "Tenha Paciência" (de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), "Riso e Lágrimas" (de Nelson Cavaquinho, Rubens Brandão e José Ribeiro), "Fuzuê" (de Romildo e Toninho) e "Retrato Falado" (de Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro).
Em 1977, a Odeon lançou o disco "As Forças da Natureza", um álbum mais dedicado ao partido alto. O LP teve como principais destaques a faixa-título (de João Nogueira e Paulo César Pinheiro), "Coração Leviano" (de Paulinho da Viola) e "Coisa da Antiga" (de Wilson Moreira e Nei Lopes). O disco ainda contou com a participação de Clementina de Jesus na faixa "PCJ-Partido da Clementina de Jesus" (de Candeia) e lançou "À Flor da Pele", primeira composição de Clara (feita em parceria com Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro).
Em 1978, foram lançados os álbuns "Guerreira", no qual Clara interpretou vários ritmos brasileiros além do samba - sua marca registrada -, e "Esperança", com destaque para a faixa "Feira de Mangaio" (de Sivuca e Glorinha Gadelha). Ainda naquele ano, participou do LP "Vida boêmia", de João Nogueira, no qual interpretou "Bela Cigana" (de João Nogueira e Ivor Lancellotti), e esteve - ao lado de Chico Buarque, Maria Bethânia e outros artistas - no show do Riocentro, que marcaria a história política brasileira devido à explosão de uma bomba.
Em 1979, Clara participou do LP "Clementina", de Clementina de Jesus. Naquele mesmo ano, a cantora mineira se submetia a uma histerectomia (remoção do útero), após sofrer três abortos espontâneos, por causa dos miomas que possuía no útero. Também carregava problemas desse tipo desde a infância. Ela tentou de todos os métodos e não obtinha respostas. Por nutrir obsessão pela maternidade, a impossibilidade de ser mãe a fez sofrer muito, causando a Clara Nunes fortes abalos emocionais, superados pela entrega absoluta à carreira artística, a fazendo compor músicas belíssimas e de intensa carga emocional.[5]

[editar] Últimos anos de vida

Em 1980, Clara Nunes gravou o álbum "Brasil Mestiço", que fez sucesso nas emissoras de rádio de todo o país com "Morena de Angola" (composta por Chico Buarque), "Brasil Mestiço, Santuário da Fé" (de Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro), "Peixe com Coco" (de Alberto Lonato, Josias e Maceió do Cavaco), "Última Morada" (de Noca da Portela e Natal) e "Viola de Penedo" (de Luiz Bandeira). Ainda naquele ano, a cantora participou dos LPs "Cabelo de Milho" (de Sivuca) e "Fala Meu Povo" (de Roberto Ribeiro), e viajou para Angola representando o Brasil ao lado de Elba Ramalho, Djavan, Dorival Caymmi e Chico Buarque, entre outros.
Gravou em 1981 o LP "Clara", com grande sucesso para a música "Portela na Avenida" (de Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro), com a participação especial da Velha Guarda da Portela nesta faixa, e estreou o show "Clara Mestiça" (dirigido por Bibi Ferreira). Ainda naquele ano, a Odeon lançou uma coletânea intitulada "Sucesso de Ouro".
Em 1982, a Odeon lançaria "Nação", o último álbum de estúdio da cantora. O LP teve como destaques a faixa-título (de João Bosco, Aldir Blanc e Paulo Emílio), "Menino Velho" (de Romildo e Toninho), "Ijexá" (de Edil Pacheco), "Serrinha" (de Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro) - uma homenagem dos compositores à escola de samba Império Serrano e ao Morro da Serrinha, reduto do jongo, situadas em Madureira, subúrbio carioca. Ainda naquele ano, Clara se apresentou na Alemanha ao lado de Sivuca e Elba Ramalho e participou do LP "Kasshoku", lançado no Japão pela gravadora Toshiba/EMI, gravando um especial para a emissora de TV NHK.

[editar] Morte polêmica

Em 5 de março de 1983, Clara Nunes se submeteu a uma aparentemente simples cirurgia de varizes, mas a cantora acabou tendo uma reação alérgica a um componente do anestésico. Clara sofreu uma parada cardíaca e permaneceu durante 28 dias internada na UTI da Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro. Neste ínterim, a cantora foi vítima de uma série de especulações que circulavam na mídia sobre sua internação, entre elas "inseminação artificial, aborto, tentativa de suicídio, surra de seu marido Paulo César Pinheiro", porem ha quem diga que Clara Nunes teria sito vitima de trabalhos espirituais realizados pelo bruxo Tio Chico,[6] em episódio semelhante ao ocorrido na morte de Elis Regina, no ano anterior.
Na madrugada do sábado de Aleluia de 2 de abril de 1983, a poucos meses de completar 40 anos, Clara Nunes entrou oficialmente em óbito, vítima de um choque anafilático. A sindicância aberta pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro na época foi arquivada, o que geraria por muitos anos suspeitas sobre as causas da morte da cantora. O corpo da cantora foi velado por mais de 50 mil pessoas na quadra da escola de samba Portela. O sepultamento no Cemitério São João Batista foi acompanhado por uma multidão de fãs e amigos. Em sua homenagem, a rua em Madureira onde fica a sede da Portela, sua escola de coração, recebeu seu nome.

[editar] Após a morte

Em 1986, a Velha Guarda da Portela interpretou "Flor do Interior" (de Manacéa), uma das muitas músicas feitas em homenagem à Clara Nunes, no disco "Doce Recordação" - produzido por Katsunori Tanaka e lançado no Japão. Outro compositor, Aluízio Machado (da Império Serrano), também compôs a música "Clara" em homenagem à cantora. Em 1988, Maria Gonçalves (irmã mais velha de Clara Nunes, que passou a criar a cantora quando esta tinha apenas quatro anos) reuniu várias peças do vestuário, adereços e objetos pessoais da cantora, e criou uma sala que abriga o acervo de sua obra em um espaço físico com cerca de 120 metros, anexado à creche que leva o seu nome em Caetanópolis.
Em 1989, a gravadora EMI-Odeon produziu a coletânea "Clara Nunes, O Canto da Guerreira".[7] Também naquele ano, o selo WEA lançou para o mercado estadunidense o álbum "O Samba: Brazil Classics 2", com vários artistas e incluindo Clara Nunes.
Três anos depois, a EMI-Odeon lançou "Série 2 em 1", compilação em CD de dois LPs: "Brasil Mestiço" e "Nação", e a gravadora norte-americana World Pacific lançou "Best of Clara Nunes" no mercado dos Estados Unidos. Em 1993, o selo Som Livre lançou "Clara Nunes - 10 anos" - em lembrança ao décimo aniversário de morte da cantora - e a EMI-Odeon lançou pela "Série 2 em 1" os discos "Adoniran Barbosa" e "Adoniram Barbosa e Convidados", este último também contou com a participação de Clara Nunes. Esta mesma gravadora lançaria em 1994 as coletâneas "O Canto da Guerreira", "O Canto da Guerreira Volume 2" e "Meus Momentos". Também naquele ano, a gravadora Saci lançou o álbum "Homenagem a Mauro Duarte", que contou com a voz de Clara Nunes, uma de suas maiores amigas e a sua principal intérprete.
Em 1995, a Odeon lançou "Clara Nunes com Vida", álbum produzido por Paulo César Pinheiro e José Milton, no qual foram acrescidas as vozes de outros artistas - Emílio Santiago, Martinho da Vila, Chico Buarque, Nana Caymmi, Roberto Ribeiro, João Bosco, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Alcione, Marisa Gata Mansa, Paulinho da Viola, Ângela Maria e João Nogueira - fazendo duetos com Clara Nunes, e "O Talento de Clara Nunes", outra coletânea.
Em No ano seguinte, a EMI-Odeon reeditou a obra completa de Clara Nunes, que incluíam 16 discos com as capas reproduzidas do original, remasterizados no Estúdio Abbey Road, em Londres, considerado o melhor do mundo. Três anos depois, a cantora Alcione gravou "Claridade", uma álbum com os maiores sucessos da carreira da amiga. Em 2001, foi apresentado no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, o musical "Clara Nunes Brasil Mestiço", e no ano seguinte foi lançado o livro "Velhas Histórias, Memórias Futuras" de Eduardo Granja Coutinho, no qual o autor faz várias referências à cantora.
Em comemoração aos seus 60 anos, que seriam completados em 2003, a gravadora DeckDisc lançou "Um Ser de Luz - Saudação à Clara Nunes", álbum produzido por Paulão Sete Cordas e que contou a participação de diversos artistas interpretando parte de seu repertório, como Mônica Salmaso ("Alvorecer"), Élton Medeiros ("Lama"), Rita Ribeiro ("Morena de Angola"), Mar'tnália ("Ijexá"), Fafá de Belém ("Sem Compromisso"), Renato Braz ("Menino Deus" e "Nação"), Falamansa ("Feira de Mangaio"), Monarco e Velha Guarda da Portela ("Peixe com Coco"), Cristina Buarque ("Derramando Lágrimas"), Dona Ivone Lara ("Juízo Final"), Nilze Carvalho ("A Deusa dos Orixás"), Teresa Cristina ("As Forças da Natureza"), Pedro Miranda ("Candongueiro"), Alfredo Del Penho ("Coisa da antiga"), Wilson Moreira ("O Mar Serenou"), Helen Calaça ("Basta um Dia") e ainda participações de Seu Jorge, Walter Alfaiate e Elza Soares, entre outros.[8]
Em agosto de 2006 a Prefeitura Municipal de Caetanópolis lançou o 1º Festival Cultural Clara Nunes. com o objetivo de desenvolver a cultura no município e região, e também resgatar a obra da cantora. Em 4 de agosto de 2007, na abertura do 2º Festival Cultural Clara Nunes, a Prefeitura Municipal de Caetanópolis inaugurou a Casa de Cultura Clara Nunes, onde havia sido o cinema da cidade e onde a Clara se apresentou pela primeira vez. O Instituto Clara Nunes foi fundado em 19 de maio de 2005 pela irmã de Clara, Maria Gonçalves (a Dindinha), conhecida na cidade como Mariquita, e está instalado no mesmo prédio onde funciona a Creche Clara Nunes e o Artesanato Ponto de Luz, que produz tapetes cuja venda ajuda na manutenção da Creche. O Festival Cultural Clara Nunes faz parte dos eventos culturais da cidade e todo ano é realizado no mês de agosto, mês de nascimento de Clara Nunes. Em 2010 foi realizado o 5º Festival Cultural Clara Nunes. A Casa de Cultura Clara Nunes, administrada pela Secretaria Municipal de Cultura, é local onde se realizam oficinas de dança, música, pintura e teatro, oferecidas gratuitamente à população. O Instituto Clara Nunes foi criado para administrar e zelar pelo acervo da cantora. Ainda neste ano de 2011 será inaugurado o Memorial Clara Nunes com a exposição do acervo.
No ano seguinte, a mesma gravadora lançou "Clara Nunes canta Tom e Chico", coletânea na qual compilou algumas gravações de discos anteriores da cantora, entre elas "Apesar de Você", "Umas e Outras", "Desencontro", "Morena de Angola" e "Novo Amor" (todas de Chico Buarque), "Insensatez" e "A Felicidade" (de Tom Jobim e Vinícius de Moraes), além de "Sabiá" (da dupla Tom e Chico).
Em 2006 foi encontrada mais uma interpretação inédita de Clara Nunes. A composição "Quem Me Dera" (de Maurício Tapajós e Hermínio Bello de Carvalho) foi incluída no álbum póstumo de Maurício Tapajós, "Sobras Repletas", que também trouxe uma outra composição, também em sua homenagem, desta vez feita em sua homenagem, "Surdina" (de Maurício Tapajós e Cacaso). Em 2007, o jornalista Vagner Fernandes lançou a biografia "Clara Nunes - Guerreira da Utopia", que trouxe entrevistas com vários compositores e intérpretes, entre os quais Chico Buarque, Paulinho da Viola, Alcione, Hermínio Bello de Carvalho, Hélio Delmiro, Milton Nascimento, Monarco e Paulo César Pinheiro, além de familiares e amigos.[5][6][9][10]



Discografia



Obra

Ao Vivo

[editar] Coletâneas

  • 1979 - Sucessos de Ouro (EMI-Odeon) 573.568 cópias vendidas
  • 1983 - Clara Morena (EMI-Odeon) 489.656 cópias vendidas
  • 1984 - Alvorecer (Som Livre) 501.254 cópias vendidas
  • 1984 - A Deusa dos Orixás (Som Livre) 415.074 cópias vendidas
  • 1985 - Clara (EMI-Odeon) 480.081 cópias vendidas
  • 1989 - O Canto da Guerreira (EMI) 400.456 cópias vendidas
  • 1990 - O Canto da Guerreira Vol.2 (EMI) 500.125 cópias vendidas
  • 1993 - 10 Anos (Som Livre) 200.425 cópias vendidas
  • 2003 - Para Sempre Clara
  • 2005 - Clara Nunes Canta Tom e Chico
  • 2007 - Mestiça (EMI)
  • 2008 - Sempre (Som Livre)

[editar] Tributos

  • 1995 - Clara Nunes Com Vida (EMI) - Vários Artistas 205.855 cópias vendidas
  • 1999 - Claridade (Globo/Universal) - Alcione
  • 2003 - Um Ser de Luz - Uma Saudação a Clara Nunes - Vários Artistas

[editar] DVD

  • 2008 - Clara Nunes (EMI - Globo Marcas) - Coletânea com alguns dos videoclipes da cantora exibidos no programa Fantástico - Rede Globo