2 de fevereiro de 2009

João de Deus Menna Barreto




João de Deus Menna Barreto, o general



(1874 - 1933)



Militar e político brasileiro nascido em Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul, integrante como general da Junta Militar Governativa Provisória (1930) com o contra-almirante Almir José Isaías de Noronha e o também general, Augusto Tasso Fragoso, quando o presidente Washington Luís foi deposto e seu sucessor eleito Júlio Prestes foi impedido de tomar posse. De uma família de tradição militarista, era filho de um general de carreira e iniciou a sua própria por volta dos seus 16 anos (1890). Combateu (1893-1895) a Revolução Federalista deflagrada em seu estado contra o presidente Floriano Peixoto e, posteriormente, ingressou na Escola Militar do Rio de Janeiro (1898). Promovido a major, tornou-se (1911) adjunto do seu tio marechal, o então Ministro da Guerra, Antônio Adolfo da Fontoura Mena Barreto. Como comandante da 2ª Brigada de Infantaria, participou (1922) da repressão ao levante militar ocorrido no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, contra o surgente movimento político-rebeldista conhecido como tenentismo. Também participou da repressão a rebelião em Manaus (1924) e, em seguida, foi o comandante da 1ª Região Militar (1924-1926), cargo que deixou para ser inspetor do 1º Grupo de Regiões Militares, ano em que, também, foi eleito presidente do Clube Militar (1926). Durante a crise no processo de sucessão presidencial (1930), liderou na capital federal o golpe militar contra o presidente Washington Luís e o conseqüente impedimento da posse de seu sucessor eleito Júlio Prestes. Integrou a Junta Militar Governativa Provisória (1930) que governou o país por dez dias, antes de dar posse ao futuro ditador Getúlio Vargas. Vale observar historicamente, que a Junta Governativa não deixou registros de sua investidura no Livro de Posse do governo federal. Retomou suas funções de inspetor do 1º Grupo de Regiões Militares, até que foi nomeado interventor federal no Estado do Rio de Janeiro (1931). Renunciou ao cargo três meses depois por discordar dos temos do Código dos Interventores, mas ainda homem de confiança do Governo Vargas, em seguida foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Militar (1931). Integrante das fileiras do Partido Trabalhista Brasileiro, procurou cumprir o papel de mediador no confronto então surgido entre os constitucionalistas de São Paulo e o governo federal (1932) e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, aos 58 anos. Não confundir com o homônimo e também militar, Visconde de São Gabriel (1769-1849).
Figura copiada do


CONTEXTO POLÍTICO:





João de Deus Menna Barreto, o visconde
(1769 - 1849)
Militar e político brasileiro nascido em Rio Pardo, no Estado do Rio Grande do Sul, primeiro e único visconde de São Gabriel. Filho de Francisco Barreto Pereira Pinto e de Francisca Veloso, assentou praça no regimento dos dragões, em Rio Pardo, tomando parte da campanha (1801) quando, devido a atos de heroísmo, foi promovido a sargento. Participou da campanha (1811) como tenente-coronel, guarnecendo o território das missões. Na guerra contra Artigas (1816), derrotou inicialmente a tropa do próprio Jose Artigas e depois derrotou definitivamente o caudilho José Antonio Berdún que mantinha domínio sobre Quaraí, Ibirocaí e Inhaduí, na Batalha de Carumbé. onde ele foi ferido em combate, porém sem muita gravidade. Recuperado, participou também das vitórias militares nas batalhas de Catalão e do arroio Gabiju (1817) e foi promovido a marechal. Foi presidente da província do Rio Grande do Sul (1822-1823) e participou na Guerra Cisplatin, porém sem comando formal, coordenando trapas mercenárias e voluntárias, tendo como principal vitória a no Passo Sarandi. Com problemas de saúde, desligou-se oficialmente do exército (1832), mas voltou as batalhas durante a Revolução Farroupilha (1836), participando da retomada de Porto Alegre pelos legalistas. Depois da Paz de Ponche Verde retirou-se definitivamente para Rio Pardo, onde faleceu aos 80 anos. Foi dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro, comendador da Imperial Ordem de Avis e foi agraciado visconde de São Gabriel (1836). Casado com Rita Bernarda Cortes de Figueiredo Menna e pai de Gaspar Francisco Menna Barreto e João Manuel Menna Barreto, tornou-se o patriarca da família Menna Barreto, ao retirar o seu sobrenome Pereira Pinto e reconstituir seu nome completo com o Menna da esposa. Não confundir com o homônimo general integrante da Junta Militar Governativa Provisória (1930). João Manuel Menna Barreto foi comandado do pai, morreu em combate durante a Guerra do Paraguai e tornou-se Patrono do 2º Regimento de Cavalaria.

Augusto Tasso Fragoso




Augusto Tasso Fragoso



(1869 - 1945)



Historiador e militar nascido em São Luís, Estado do Maranhão, chefe da Junta Governativa Provisória (1930), cuja atuação foi decisiva na deposição de Washington Luís. Diplomado em artilharia pela Escola Militar (1885-1889), depois cursou a Escola Superior de Guerra, onde foi discípulo de Benjamin Constant. Ainda jovem travou conhecimento, no Rio de Janeiro, com as idéias positivistas divulgadas por Constant e participou como alferes-aluno da operação militar pela proclamação da República (1889). Escolhido, contra a sua vontade, deputado à Assembléia Nacional Constituinte (1890) pelo Maranhão, renunciou ao mandado sem tomar parte de qualquer sessão parlamentar. Recusou o convite do presidente Floriano Peixoto para assumir a Prefeitura do Distrito Federal, no entanto aceitou a intendência do Departamento de Obras e Viação Geral daquela prefeitura, exercendo o cargo até o mês de abril do ano seguinte. Durante a revolta da armada que pretendia derrubar o governo de Floriano Peixoto, foi gravemente ferido no combate da ponta de Armação, em Niterói, Estado do Rio de Janeiro (1894), mas recuperou-se. Viajou (1908) à Europa como membro do estado-maior do ministro da Guerra, Hermes da Fonseca, a fim de comprar armamentos para o Exército. Foi nomeado chefe da Casa Militar (1914) pelo presidente Venceslau Brás, permanecendo nessa função nos três anos seguintes. Nesse período, desempenhou papel importante na implantação do serviço militar obrigatório e na remodelação do Exército. Alcançou o generalato (1918) e exerceu o cargo de chefe do Estado-Maior do Exército (1922-1929), onde destacou-se no processo de remodelação do Exército orientada por uma missão militar francesa e saiu por discordar de pontos de vista do governo sobre a reestruturação do ensino militar no país. Na chamada Revolução de 30, integrou, a comissão que se dirigiu à residência de Washington Luís para forçar seu afastamento do poder central. Depois que Washington Luís foi deposto em 24 de outubro (1930), assumiu o governo do Brasil com os generais João de Deus Mena Barreto e Alfredo Malan d'Angrogne. O golpe de estado liderado por ele, foi desenvolvido para impedir que o presidente eleito Júlio Prestes assumisse a presidência da república. Garantindo o chamado movimento getulista, dez dias depois a presidência foi entregue a Getúlio Vargas, que contava com o apoio popular e de movimentos militares de Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Com Vargas no poder voltou novamente à chefia do Estado-Maior do Exército e, depois, tornou-se ministro do Supremo Tribunal Militar (1933) onde ficou até se aposentar compulsoriamente por limite de idade (1939). Casado com dona Josefa Graça Aranha, morreu no Rio de Janeiro, aos 76 anos. Destacado historiador militar, escreveu História da guerra entre a Tríplice Aliança e o Paraguai (1934) e A revolução farroupilha (1938).
Figura copiada do PROJETO VIP:


Almirante Almir José Isaías de Noronha




Almirante Almir José Isaías de Noronha



(1873 - 1963)



Militar da Marinha do Brasil nascido no Rio de Janeiro, então capital imperial brasileira, integrante como contra-almirante da Junta Militar Governativa Provisória (1930) com os generais Augusto Tasso Fragoso e João de Deus Menna Barreto, quando o presidente Washington Luís foi deposto e seu sucessor eleito, Júlio Prestes, impedido de tomar posse. De uma família de tradição militarista, era filho do general-de-divisão Manuel Muniz de Noronha e de Zulmira Augusta Aguiar, era sobrinho de Júlio César de Noronha, Ministro da Marinha (1902-1906), e primo de Sílvio de Noronha, ministro da Marinha (1946-1951). Ingressou no curso preparatório da Escola Naval (1887), seguindo o exemplo de muitos membros da sua família que se destacaram na carreira militar e alcançou a patente de contra-almirante (1923). Assumiu então a direção da Escola Naval por dois períodos não consecutivos (1923-1925 / 1926-1927) e foi nomeado comandante-em-chefe da esquadra brasileira (1927-1928). Dois anos depois (1930), com o início do movimento revolucionário promovido pelas forças de oposição ao governo federal, membros da alta oficialidade das Forças Armadas anteciparam-se aos revoltosos e depuseram o presidente Washington Luís.e inviabilizaram a posse de seu sucessor eleito, Júlio Prestes. Foi indicado como representante da Marinha, acumulava, ainda, o cargo de ministro da Marinhapara compor uma junta governativa que governou o país quando da eclosão da Revolução (1930), constituída assim que o presidente foi deposto. Vale observar historicamente, que a Junta Governativa não deixou registros de sua investidura no Livro de Posse do governo federal. A junta mesmo com poucos dias de governo (24/10-03/11), organizou um novo ministério, do qual faziam parte, entre outros, o general José Fernandes Leite de Castro como Ministério da Guerra, Isaías de Noronha como Ministério da Marinha, e Afrânio de Melo Franco como Ministério das Relações Exteriores. Com a situação na capital sob controle, a junta entregou o poder para Getúlio Vargas, comandante das forças revolucionárias, que assumiu a presidência em 3 de novembro (1930) com o apoio popular e de movimentos militares de Minas Gerais e Rio Grande do Sul garantindo a suspensão total das hostilidades em todo o país. Pediu demissão da pasta da Marinha no mês seguinte e no ano seguinte, foi promovido a vice-almirante e elegeu-se para a presidência do Clube Naval ( 1931). Morreu em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, aos 89 anos e meio, e seu nome foi dado ao primeiro navio rebocador de porto da Marinha do Brasil construído no Brasil (1972).
Figura copiada de página da WIKIPÉDIA:


http://en.wikipedia.org/wiki/Isa%C3%ADas_de_Noronha

Washington Luís Pereira de Sousa




Washington Luís Pereira de Sousa



(1869 - 1957)



Presidente da república brasileira (1926-1930) nascido em Macaé, RJ, conhecido como o último presidente do período da República Velha, deposto, 21 dias antes do término do mandato. Estudou no Rio de Janeiro como aluno interno do Colégio Pedro II e bacharelou-se (1891) pela Faculdade de Direito de São Paulo. Nomeado promotor público em Barra Mansa, RJ, depois passou a se dedicar à advocacia em Batatais, SP, onde iniciou a carreira política. Elegeu-se vereador (1897), prefeito (1898) e deputado estadual para a legislatura (1904). Foi secretário estadual de Justiça e Segurança Pública (1906-1914), assumiu o cargo de prefeito da capital paulista (1914) e à presidência do estado (1920). Filiado ao Partido Republicano Paulista, o PRP, foi eleito para o Senado Federal (1925) e no ano seguinte, presidente da república, substituindo um período de agitações políticas no governo de Artur da Silva Bernardes. Libertou presos políticos, não prorrogou o estado de sítio, enfrentou a crise internacional do café e com seu ministro da Fazenda, Getúlio Vargas, buscou estabilizar o câmbio e equilibrar a economia nacional. Construiu a rodovia Rio-Petrópolis (1928), mais tarde Rodovia Washington Luís. As eleições de 1º de março (1930) deram a vitória a Júlio Prestes, contra Getúlio Vargas, porém as denuncias de fraude nas eleições e o assassinato, em Recife, de João Pessoa, companheiro de chapa de Getúlio, desencadeou a revolução em 3 de outubro 3 e, no dia 24 de outubro as forças armadas depuseram o presidente, que se exilou na Europa e só retornou ao país (1947) após a queda da ditadura Vargas. Além de político, foi historiador e publicou diversos trabalhos, entre os quais um importante estudo, Na capitania de São Vicente (1956) e morreu em São Paulo.
Figura copiada do site oficial da


PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:


Artur da Silva Bernardes




Artur da Silva Bernardes



(1875 - 1955)



Presidente da república brasileira (1922-1926) nascido em Viçosa, MG, cujo governo foi marcado por revoltas militares e crises políticas que o levaram a governar quase que durante todo o mandato, sob estado de sítio. De formação básica no colégio do Caraça, trabalhou como comerciário para continuar os estudos em Ouro Preto, onde se matriculou na Faculdade Livre de Direito. Transferiu-se posteriormente para São Paulo onde formou-se (1900). Voltando a Viçosa foi eleito vereador e presidente da Câmara Municipal (1906) e no ano seguinte deputado estadual. Eleito deputado federal (1909), ocupou o cargo de secretário das Finanças do estado de Minas Gerais. Novamente eleito para a Câmara dos Deputados, foi conduzido ao governo de Minas (1918-1922). Numa campanha histórica por sua violência concorreu à presidência da república contra Nilo Peçanha. Antes da sua posse ocorreu o episódio das cartas falsas, a ele atribuídas, com grosseiros insultos às forças armadas e alusões desabonadoras ao marechal Hermes da Fonseca, publicadas pelo jornal Correio da Manhã. A questão levantou acirrada polêmica e protestos entre os militares, sobretudo a oficialidade jovem, e deu origem ao histórico levante do Forte de Copacabana (1922). Essa primeira manifestação do tenentismo foi debelada e ele assumiu a presidência em 15 de novembro. Para conter o surto revolucionário e as agitações operárias, o presidente muniu-se de poderes especiais por meio do Decreto no 4.743 (1923), chamado lei infame pela imprensa oposicionista. Decretou novo estado de sítio (1924) para combater a revolução chefiada pelo general Isidoro Dias Lopes, em São Paulo. Dominado o levante em São Paulo, o capitão Luís Carlos Prestes sublevou a guarnição de Santo Ângelo, RS, para se reunir em Foz do Iguaçu, PR, com os revolucionários paulistas, dando início ao movimento denominado Coluna Prestes, que percorreu 36.000km no interior do país e travou uma série de combates com as forças legalistas. Após o mandato presidencial foi eleito senador por Minas Gerais (1927), pela Aliança Liberal. Apoiou a revolução constitucionalista de São Paulo (1932) e foi preso em Viçosa, remetido para o Rio de Janeiro e deportado para a Europa, onde permaneceu durante quase dois anos. Novamente no Brasil, elegeu-se deputado federal (1935), mas o golpe de novembro (1937) afastou-o da ação política durante o governo comandado por Getúlio Vargas. Eleito deputado à Assembléia Nacional Constituinte (1946) fundou o novo Partido Republicano, após divergências com a União Democrática Nacional (UDN). Foi presidente da Comissão de Segurança Nacional da Câmara dos Deputados (1947) e assumiu a liderança no debate sobre o petróleo, em defesa do monopólio estatal. Ainda como deputado, combateu a internacionalização da Amazônia e morreu no Rio de Janeiro.
Figura copiada do site oficial da


PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:


Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa




Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa



(1865 - 1942)



Presidente da república brasileira (1919-1922) nascido em Umbuzeiro, Estado da Paraíba, tornando-se o único paraibano a chegar ao mandato máximo da nação brasileira, cujas ações de governo centraram-se no desenvolvimento siderúrgico, na recuperação econômica do Nordeste e no incentivo a produção do café. Descendente de importantes proprietários rurais pernambucanos, ficou órfão dos pais, José da Silva Pessoa e Henriqueta Barbosa de Lucena, após uma epidemia de varíola (1873) e foi educado pelo tio materno Henrique de Lucena, então governador de Pernambuco. Ingressou na Faculdade de Direito de Recife, bacharelou-se (1886) e, um mês depois, foi nomeado promotor público na cidade de Bom Jardim. Depois foi promotor na cidade de Cabo (1887-1889) e professor de Direito na FDR. Após uma breve passagem pelo Rio de Janeiro, com a proclamação da República retornou à Paraíba (1889), convidado pelo então presidente da província, Venâncio Neiva, para assumir o cargo de secretário-geral do Estado. Elegeu-se deputado à Assembléia Constituinte (1890-1891), mas na oposição a Floriano Peixoto, abandonou temporariamente a política. Neste período esteve na Europa e casou-se com Maria da Conceição de Manso Saião. Voltou a cena política nomeado ministro da Justiça (1898) pelo presidente Campos Sales. Com grande prestígio junto ao presidente, revelou-se um administrador competente e ganhou o respeito até da imprensa oposicionista e marcou sua passagem pelo ministério, apresentando o Projeto do Código Civil, elaborado com a coordenação de Clóvis Beviláqua, e o encaminhando ao Congresso Nacional (1901) e que seria sancionado anos depois (1916). Exerceu simultaneamente o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal e procurador-geral da República (1902-1905). Aposentado como ministro do Supremo Tribunal Federal (1911), voltou à Paraíba e elegeu-se para o Senado. Depois de passar algum tempo na Europa, com a eclosão da I Guerra Mundial (1914) voltou a Paraíba e elegeu-se para o governo do estado (1915). Com o fim da Primeira Guerra Mundial, foi nomeado delegado do Brasil na Conferência de Versalhes (1919) e, neste mesmo ano, foi eleito presidente da república, tomando posse em 28 de julho. Disputou a sucessão de Delfim Moreira pela presidência da República com Rui Barbosa, vencendo as eleições sem precisar sair da França. Eleito pelo Partido Republicano Mineiro, na presidência enfrentou um dos períodos políticos mais conturbados da Primeira República, com a Revolta do Forte de Copacabana, a crise das cartas falsas e a revolta do clube militar e o surgimento do Tenetismo, além de muitas greves operárias e a pressão do empresariado e dos então poderosos produtores de café. Como administrador inovou nomeando civis para as pastas militares, como a do historiador Pandiá Calógeras como Ministro da Guerra. Fechou um contrato pioneiro com a Itabira Iron para a instalação de uma usina siderúrgica de 150.000 toneladas, fortaleceu as exportações de matérias-primas, ampliou o parque industrial do país, fabricando aqui produtos antes importados, e deu impulso sem precedentes ao combate à seca no Nordeste, com a construção de mais de 200 açudes na região, certamente a maior de suas obras sociais. Construiu mais de 1000 km de ferrovias no sul do país, criou a Universidade do Rio de Janeiro. Fez a primeira transmissão radiofônica do país como parte das comemorações oficiais do centenário da proclamação da Independência: um discurso comemorativo do presidente transmitido para os visitantes da Exposição Internacional do Rio, nas instalações pioneiras daquela que seria inaugurada no ano seguinte como a primeira estação de rádio do Brasil (1923), a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada por Edgard Roquete Pinto e Henry Morize. Sua sucessão foi marcada por uma agitação da campanha presidencial e um clima altamente agitado nas Forças Armadas, que culminou com o levante dos 18 do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, sufocada pelo poder central. Após deixar a presidência em 15 de novembro, substituiu Rui Barbosa na Corte Internacional de Haia (1922-1930). Com forte prestígio na política nacional, indicou o sobrinho João Pessoa para a presidência da Paraíba e apoiou Getúlio Vargas, na campanha presidencial (1930). Sofreu grande golpe emocional ao ser surpreendido em Haia da trágica notícia do assassinato de seu sobrinho. A morte de João Pessoa, o desmotivou politicamente, deixou Haia e a atividade pública e, acometido do mal de Parkinson (1936), morreu em 13 de fevereiro, no sítio Nova Betânia, nos arredores de Petrópolis, interior do Estado do Rio de Janeiro. Seus restos mortais, como os da sua esposa, foram transportados para João Pessoa, Paraíba, e inumados na cripta do Fórum Epitácio Pessoa. Em vida publicou o livro Pela verdade (1925).
Figura copiada da página ESPECIAL:


BANDEIRA E REPÚBLICA / NM:


Delfim Moreira da Costa Ribeiro




Delfim Moreira da Costa Ribeiro



(1868 - 1920)



Presidente militar da república brasileira (1918-1919) nascido em Cristina, MG, que deu especial atenção aos problemas educacionais. Estudou no seminário de Mariana, MG, e diplomou-se (1890) pela Faculdade de Direito de São Paulo. Promotor público em Santa Rita do Sapucaí e em Pouso Alegre, MG, onde iniciou a carreira política como vereador e foi eleito deputado estadual (1894-1902). Foi secretário do Interior de Minas Gerais no governo de Francisco Sales, e eleito para a Câmara Federal (1909), mas voltou à secretaria do Interior no governo de Júlio Bueno Brandão, a quem sucedeu na presidência do estado (1914-1918). Vice-presidente da república eleito (1918), assumiu de imediato a presidência da república em 15 de novembro do mesmo ano, em virtude do impedimento do presidente Rodrigues Alves, que contraíra a gripe espanhola. Com a morte de Rodrigues Alves em 16 de janeiro (1919), e também com problemas de saúde, confiou praticamente os encargos do governo ao ministro da Viação, Afrânio de Melo Franco, e presidiu novas eleições (1919) em que foi eleito seu candidato, o senador Epitácio da Silva Pessoa. Morreu em 1º de julho, em Santa Rita de Sapucaí e para cumprimento do restante de seu mandato de vice-presidente, foi eleito o senador mineiro Francisco Álvaro Bueno de Paiva.
Figura copiada do site oficial da


PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA: