Morreu
na noite de domingo, por volta das 23h50, o cantor Cauby Peixoto,
aos 85 anos, em São Paulo. Ele estava internado no hospital Sancta Maggiore, no
Itaim Bibi. A informação foi confirmada ao EGO pela
assessoria de imprensa do cantor. "É verdade, infelizmente. Em breve,
soltaremos um comunicado oficial com todas as informações", disse o
responsável.
Segundo
a assessoria de imprensa do hospital, a causa da morte foi pneumonia. O cantor
permaneceu no centro médico desde o dia 9.
Na
página oficial de Cauby no Facebook, foi colocado um comunicado sobre a morte
do músico: "Com muita dor e pesar informamos aos amigos e fãs que nosso
ídolo Cauby Peixoto acaba de falecer as 23:50 do dia 15 de maio . Foi em paz e
nos deixa com eterna saudades. Pra sempre Cauby!".
Comunicado na página oficial de Cauby Peixoto no
Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)
Shows cancelados
Em setembro de 2015, Cauby chegou a cancelar um show por
conta d euma gripe. Sua assessoria, na ocasião, garantiu que não
era nada grave. "A gripe que anda derrubando muita gente por aí é a grande
culpada pelo cancelamento do show que Cauby Peixoto faria no Teatro Rival
Petrobras, neste sábado, dia 12. O cantor de 85 anos, que mora em São Paulo,
não foi autorizado pelo médico a viajar com a saúde debilitada", avisava o
comunicado.
EGO NAS REDES SOCIAIS
De
acordo com a assessoria de imprensa do hospital, Cauby estava internado há três
semanas, o que foi negado pela empresária na ocasião. "O Cauby tem todo o
direito de ter sua vida pessoal preservada", disse Nancy. Dias antes, o
assistente da empresária também havia tranquilizado os fãs sobre o estado de
saúde do cator."Ele está superbem. Cauby está internado para fazer check
up como faz todos os anos. Como ele já é de idade, é complicado ir e voltar do
hospital. No ano passado foi a mesma coisa", disse Celso, que desmentiu
notícias veiculadas nos últimos dias.
O
intérprete do clássico “Conceição” tinha 85 anos de idade e 65 de carreira e
nunca se casou ou teve filhos.
Cauby Peixoto (Foto: Isac Luz/EGO)
Carreira
Cauby Peixoto iniciou sua carreira na década de 1950. Gravou
seu primeiro disco em 1951, mas começou mesmo a chamar a atenção quando
conheceu Edson Collaço Veras, o Di Veras, em 1954. O empresário, que faleceu em
2005, foi responsável pelo marketing da carreira do cantor e inventou noivados
e histórias que fizessem com que ele não saísse das páginas dos jornais, além
de bolar os trajes, o repertório e maneira de Cauby agir perante o público.
De
acordo com o site oficial do cantor, foram 49 álbuns lançados e dezenas de
sucessos, entre originais e reinterpretações, como “Conceição”, “Blue
Gardênia”, "A pérola e o rubi”, “Tarde fria", "Lábios que eu
beijei", “Solidão”, “A noiva”, “Molambo”, “É tão sublime o amor”,
"Bastidores", de Chico Buarque, e "New York, New York”, famosa na
voz de Frank Sinatra.
Cauby Peixoto (Foto: CEDOC
/ Globo)
Cauby
também conquistou fama internacional. Em 1959 chegou a ser chamado de ‘Elvis
Presley brasileiro’ pela revista “Time” e gravou um álbum em inglês, com nome
artístico de Ron Coby. Sua música “Blue gardênia" foi tema do filme de
Hollywood de igual título, que lhe abriu as portas para o estrelato. Ele também
ficou conhecido na Itália, onde venceu, em 1970, o Festival de San Remo com a
canção "Zíngara".
Em
1964, abriu a famosa boate Drink, no Leme, em Copacabana, ao lado dos irmãos
Moacyr, pianista, Arakén, trompetista e Andyara, cantora, apresentando-se em
seu palco por quatro anos.
Sua
grande parceira de palco foi sua amiga Ângela Maria, com quem gravou três
discos, “Ângela e Cauby”, “Ângela e Cauby ao vivo", e “Reencontro”
Cauby Peixoto (Foto: CEDOC
/ Globo)
Em
1995, Cauby gravou pela Som Livre o CD "Cauby canta Sinatra" ao
lado de grandes nomes da MPB como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Zizi
Possi, e de uma estrela internacional, Dionne Warwick, interpretando clássicos
da carreira do cantor norte americano.
Em
1980, Cauby grava o LP "Cauby! Cauby!", em comemoração aos seus 25
anos de carreira. No disco, destaque para a gravação de "Bastidores",
de Chico Buarque e "Loucura", de Joanna e Sarah Benchimol. A música
título do disco foi composta especialmente para ele por Caetano Veloso e a
partir de então, voltou a receber convites para se apresentar em palcos de
maior prestígio.
Cauby, o mito
Ao completar 80 anos de vida e 60 de carreira, Cauby
lançou seu último trabalho: um box comemorativo intitulado "Cauby, o
Mito" com 3 CD's, sendo um com músicas dos Beatles
("Caubeatles") o segundo em conjunto com o violonista Ronaldo Rayol
("A Voz do Violão"” e o terceiro, “Cauby ao Vivo – 60 anos de
música", com registros de show captado nos dias 9 e 10 de abril/2011 ao
lado de convidados como Ângela Maria, Fafá de Belém, Agnaldo Rayol, Emílio
Santiago, Agnaldo Timoteo e Vânia Bastos.
Cauby Peixoto com Ângela Maria em show no dia 31 de março
(Foto: ROBERTO FILHO/BRAZIL NEWS)