13 de novembro de 2014

Aqui e Agora

 Aqui e Agora


Às vezes, sinto que gostavas de apagar, para sempre, todos os traços do meu passado como se nunca tivessem existido, da mesma forma que me pedes para guardar debaixo do forro de papel da gaveta, as fotografias das mulheres que conheci. Sei que o meu passado te pesa cada vez que o presente o resgata, em telefonemas rápidos e cordiais que vou recebendo de outras mulheres que já passaram pela minha vida e com quem criei esse laço raro e difícil que sucede à desordem do amor quando este se extingue depois da dor e o segredo da pele já se esgotou. Em vão te explico que essas mulheres passaram com a leveza de uma pena ou a intensidade de uma tempestade. Nunca as vejo, mas também não preciso, primeiro porque a minha vida és tu, e por isso não fazem parte dela e depois porque em todas elas descobri coisas de que não gostava e foi isso que me ajudou a amar-te melhor.
Mas vocês não percebem isto nos homens; chamam-nos predadores, animais, insensíveis, como se não tivéssemos honra nem princípios nem coração. Nenhum homem quer magoar uma mulher, olhamo-vos com um misto de medo, admiração e incompreensão e se pudéssemos, construíamos um pedestal e uma escada para vocês subirem, mesmo que seja por escassas semanas. O que damos é o que temos de melhor, sem pensar porquê, nem como, nem até quando.
Mas vocês não, têm sempre que questionar tudo, inventar segredos e intenções em cada movimento que fazemos.
O que conta é o que vivo contigo, aqui e agora, que a pureza de sentir é não ter que pensar que amanhã ficarei triste se partires, e feliz se ainda me quiseres guardar, por isso, esquece o passado e não temas o futuro, porque tudo e nada está nas nossas mãos e é por isso que para nós o amor é uma coisa fácil, simples e transparente. Ou se ama, ou não se ama, e se eu sinto que te amo, sem ter de pensar se é verdade ou não, é porque deve mesmo ser, não achas?

Artista de Circo, Margarida Rebelo Pinto




Anjos De Luz

 Anjos De Luz

Hoje eu estava aqui no meu canto, pensando na vida, quando resolvi conversar com aquele amigo que está sempre a nosso lado o Anjo da Guarda:
- Meu querido e amado Anjo, como é a vida ai em cima?

Respondeu - me, o Anjo:
- Querido amigo sonhador, quem foi que te disse, que vivo aqui em cima?

- Mas, Anjos não vivem no céu, ao lado de Deus?

- Sim? Os Anjos de luzes vivem no céu ao lado de Deus, mas eu sou um Anjo da Guarda, e Anjos da Guarda, vivem ao lado de quem nós protegemos.

- Hum, então tu caminhas lado a lado comigo, nas minhas aventuras, no meu dia-a-dia?

- Exatamente, eu não descuido um só segundo da tua vida, dos teus afazeres, vivo iluminando o teu caminho, estou sempre a tua frente, preparando a tua chegada, desviando você dos perigos que ora, estejam em sua passagem.

- E como é o meu dia-a-dia, dou - lhe, muito trabalho?

- Meu caro amigo, desde que, foi me dada esta missão, procuro cumprir a risca todos os ensinamentos do mestre, para proteger - te, das horas difíceis, dos momentos alegres, tristes, de sua louca vida de aventuras e
quando recolhes para o teu sono, ainda dou - lhe, um beijo em seu coração, sem que uma palavra sua, venha-me, agradecer.

- Mas, meu amado Anjo, todas as noites quando eu vou deitar-me, faço minhas orações aos céus, agradecendo a graça recebida, por ter respirado em mais um dia.

- É Verdade, tu agradece aos céus, mas, esquece-se de que eu não vivo lá, vivo aqui, o agora, ao teu lado.
- Como faço então, para agradecê-lo?

- Simples... feche os olhos e diga: "Meu Anjo da Guarda, fazei com que eu não sofra nenhum tipo de ameaça, protege-me, dos ciúmes e dos olhos do mal, amém.

- Meu amado Anjo, só mais uma pergunta: quando um Anjo da Guarda, passa a ser um Anjo de luz
- Quando você meu amigo, subires aos céus, eu serei o teu Anjo de Luz.


Anjo amigo


Anjo amigo "
 


Só tu tens o dom de me fazer feliz
Tu és a razão do meu viver
És tudo que eu sempre quis
Minha luz, meu caminho, meu querer

A imagem de um anjo que desce
Que me ilumina, em todas as direções
E nas noites de frio me aquece
Ouço sua voz nas canções

Um anjo do céu que escolheu
A minha alma entre outras mil
O mundo todo ele me deu
E meu coração assim o sentiu

A Lua e as Estrelas, todas minhas
O Sol e o Mar em sua imensidão
Os Montes e a Estrada por onde caminhas
Não há tristeza, nem escuridão

Meu anjo, feliz eu sou contigo
E foi Deus que um dia escreveu
Que em você acharia um amigo
Que acharia meu destino, meu eu.

(Clarissa Watanabe)

Alberto Santos do Dumont

Alberto Santos do Dumont
Pai da Aviação
Estas notas são dedicadas aos meus patrícios que desejarem ver o nosso céu povoado pelos Pássaros do Progresso
Uma manhã, em São Paulo, com grande surpresa minha, convidou-me meu pai a ir à cidade e, dirigindo-se a um cartório de tabelião, mandou lavrar escritura de minha emancipação. Tinha eu dezoito anos. De volta à casa, chamou-me ao escritório e disse-me: "Já lhe dei hoje a liberdade; aqui está mais este capital", e entregou-me títulos no valor de muitas centenas de contos. "Tenho ainda alguns anos de vida; quero ver como você se conduz: vai para Paris, o lugar mais perigoso para um rapaz. Vamos ver se você se faz um homem; prefiro que não se faça doutor; em Paris, com o auxílio de nossos primos, você procurará um especialista em física, química, mecânica, eletricidade, etc., estude essas matérias e não se esqueça que o futuro do mundo está na mecânica. Você não precisa pensar em ganhar a vida; eu lhe deixarei o necessário para viver..."
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14-BIS
"Haverá hoje, talvez, quem ridicularize minhas previsões sobre o futuro dos aeroplanos. Quem viver, porém, verá..."
Paris, França - 1905
Em 1906, Utilizando a barquinha do seu dirigível n°14 para equipar o seu "avião", SANTOS DUMONT, fez construir um velame celular biplano (Kit-Box) se aproveitando das tecnicas desenvolvidas pelo australiano Lawrence Hargrave,. À frente, uma célula cúbica realizada sobre o mesmo princípio é orientável para servir de leme e profundor, Duas rodas e um suporte, formam o tren de aterrissagem afixado a uma viga na fuselagem, que eh de um comprimento aproximado de dez metros. A hélice, situada na parte traseira, inicialmente impulsionada por um motor Antoinette de 24cv, o que sendo insuficiente para permitir a decolagem fora substituido posteriormente por um de 50cv. Após ensaios feitos com o 14-bis pendurado de cordas e de o dirigível, n°14, SANTOS DUMONT teve êxito ao fazer um primeiro salto de uma dezena de metros o dia 13 de Setembro de 1906.
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1906
- Santos Dumont nº 12, helicóptero, 2 hélices. - Santos Dumont nº 14.
- Constrói um tipo de aeroplano aquático, com asas do tipo do papagaio celular de Hargrave. Experimenta o aparelho como planador, conseguindo, para isso, prende-lo a uma corda e esta a um barco-automóvel, que o impulsiona.
- Constrói novo aparelho um biplano e para testar seu equilíbrio e direção, prende-o sob o dirigível
nº 14, desprendendo, depois, deste. Mas o biplano fica conhecido por 14-Bis.
SET, 7. - Campo de Bagatelle. Consegue elevar-se no biplano por um segundo.
SET, 13. - Campo de Bagatelle. Faz no biplano (14-Bis) um pequeno vôo de 8 metros.
SET, 30. - Participa da Taça Gordon Bennet para balões livres, mas ferindo o braço numa transmissão teve que aterrissar perto de Bernay.
OUT, 23. - Campo de Bagatelle. Consegue elevar-se do solo a uma altura de cerca de um metro e a uma distância de 60 metros, ganhando a Taça Archdeacon, ofertada ao piloto que em sua máquina, e por seus próprios recursos, conseguisse voar através de um percurso de 25 metros.
Testemunhado e certificado pelo capitão FERBER, Ernest Archdeacon, e oficiais do Aéroclube da França.
NOV, 12. - Campo de Bagatelle. Novamente pilotando o seu 14-Bis consegue voar 220 metros. Estabeleceu os primeiros recordes de aviação do mundo.
Este foi o primeiro "VÔO HUMANO, OFICIALMENTE HOMOLOGADO", do mais pesado que o ar.
"Criei um aparelho para unir a Humanidade e não para destruí-la."
(Santos Dumont)
Beijnhos da te... no seu coração!