5 de julho de 2008

O DIREITO DE VIVER


O DIREITO DE VIVER

Quanto tempo perdido:
rotina, mais rotina, sempre rotina
pelas horas, dias e anos
trabalhar, comer, dormir
em eterna repetição
em busca do dinheiro, do sucesso
sem sonhar, sem saber, sem sentir
e assim se vai a vida....
No cárcere sombrio do materialismo
até que um dia
como por milagre ou predestinação
um fato simples:
o por do sol, uma paisagem
uma criança que nos sorrí.
O sofrimento, a dor
são como uma revelação
como a luz que varresse a cegueira em que vivíamos
e nos pusesse em contato com o mundo que nos cerca.
Tudo nos parece belo, maravilhoso, claro
e de surpresa em surpresa
sentimos o encontro da natureza
aleegria da vida, a grandeza das coisas simples
sobretudo quando nos identificamos com elas.
Vamos:
Abre a janela de tua alma para a vida
e vive-a natural e simplesmente
olha para todos os lados e ama tudo que te cerca
sem restrições nem críticas
mas com alegria
e serás feliz.

Glácia Daibert

Namorar


Namorar

Que fascínio é namorar!
Andar abraçadinhos a passear,
Beijar na boca, se acariciar,
Agradar, só por agradar.

O namoro é a maga fase
Da puberdade da relação,
É quando palmilhamos a nossa
Mais íntima e intrínseca descoberta.

É o sentimento do firmamento,
A formação da convicção
De que somos um par, ou não.
Em verdade, a corte é o tempo
E o templo da contemplação.

É o coração de porta aberta,
Como semideus da adoração,
Enfim, é a prefação da paixão

O namoro é ainda, a câmara
Que ensaia o romantismo,
Que nos checa o proceder,
Que nos revela um ao outro,
Que mostra como vamos ser:
Como vamos nos portar e
Importar com aquela a quem
Vamos amar.

O ideal seria noivar sem perder o cativar, E casar sem perder o entusiasmar
O namoro não devia, jamais terminar.
O noivar, seria o namoro maduro,
O casar, o namoro eterno
As bodas de prata e as de ouro,
Seriam apenas, aniversários do namorar!

(Autoria: Antônio Poeta)



Me faça sentir

derreter o sangue de meu corpo
sua boca me aquecendo,
os passeios da sua língua
a explorar cada canto do meu corpo.
Sentir você dentro de mim
me enlouquecendo
sentir você por inteiro
Ouvir seus gemidos de prazer
sentir seu corpo, sentir seu calor
Deixa o meu corpo delirar de prazer
Fazer-lhe meu homem, ser sua fêmea
Me faça amanhecer
em gozo, serena e mulher.

Glácia Daibert

MÃOS À OBRA


MÃOS À OBRA

''Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais ,
cada um de vós tem salmo, tem doutrina,
tem revelação, tem língua, tem interpretação.
Faça-se tudo para edificação. (I Coríntios, 14:26)





A Igreja de Coríntio lutava com certas dificuldades mais fortes, quando Paulo lhe escreveu a observação aqui transcrita.
O conteúdo da carta apreciava diversos problemas espirituais dos companheiros do Peloponeso, mas podemos insular o versículo e aplicá-lo a certas situações dos novos agrupamentos cristãos, formados no ambiente do Espiritismo, na revivescência do Evangelho.
Quase sempre notamos intensa preocupação nos trabalhadores, por novidades em fenomenologia e revelação.
Alguns núcleos costumam paralisar atividades quando não dispõem de médiuns adestrados.
Por quê?
Médium algum solucionará, em definitivo, o problema fundamental da iluminação dos companheiros.
Nossa tarefa espiritual seria absurda se estivesse circunscrita à frequência mecânica de muitos, a um centro qualquer, simplesmente para assinalarem o esforço de alguns poucos.
Convençam-se os discípulos de que o trabalho e a realização pertencem a todos e que é imprescindível se movimente cada qual no serviço edificante que lhe compete. Ninguém alegue ausência de novidades, quando vultosas concessões da esfera superior aguardam a firme decisão do aprendiz de boa- vontade, no sentido de conhecer a vida e elevar-se.
Quando vos reunirdes, lembrai a doutrina e a revelação, o poder de falar e de interpretar de que já sois detentores e colocai mãos à obra do bem e da luz , no aperfeiçoamento indespensável.




Enmanuel


Do livro Pão Nosso
Francisco Cândido Xavier.

MÃE CANSADA



MÃE CANSADA

Mãe cansada, que sempre dorme quando canta para o filho dormir
Não tem tempo para se alimentar quando o filho quer mamar.
Mãe que brinca com lágrimas num rosto feliz
E é sempre mãe, professora, amiga, aprendiz!
Que não guarda o choro nem a dor quando o filho vai partir
para bem longe vai seu coração, mundo afora!
Ela sabe que chegou a hora...
Sua emoção vai disparar sempre que o filho voltar!
E quantas horas de sono perdidas quando ele sair!
Sofre calada, não reclama
mas quando o filho bate à porta, seu coração inflama
seus olhos brilham e então dorme seu sono de paz!
E assim, toda uma vida se faz!
Assim, só pode ser você, mãe!

Feliz dia das mães!!

EXISTENCIA


EXISTENCIA

Não cantarei a sorte, nem maldirei a morte
não gritarei Paz
nem direi: homens para trás... não se matem
Não tentarei eregir casa, porque um dia terei asas
e voltarei ao que era...
Não falarei da bomba, nem lamentarei
mais um corpo que tomba;
Não lançarei novas idéias
porque muitas dúvidas virão ee novas dúvidas
mais guerras trarão e com novas guerras
muitos idiotas morrerão, com novas mortes
mais pessoas chorarão e se todos morrerem
não haverá ninguém a chorar por ninguém
e tudo virá a ser o que era antes...
Serei talvez o aço que fere
ou a mão que diz espere, a alguém que parte...
terei apenas do dom de ser e não existir
e nada hei de sentir, serei perfeita
porque nada terei feito
haverá em meu lugar, apenas o vácuo,
imenso, frio, inexistente ao dizer
gritar, onde está você, seu demente?

GLÁCIA DAIBERT

EM SILÊNCIO


EM SILÊNCIO

"Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos do
Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus." - Paulo. (EFÉSIOS, 6:6.)




Se sabes, atende ao que ignora, sem ofuscá-lo com a tua luz.

Se tens, ajuda ao necessitado, sem molestá-lo com tua posse.

Se amas, não firas o objeto amado com exigências.

Se pretendes curar, não humilhes o doente.

Se queres melhorar os outros, não maldigues ninguém.

Se ensinas a caridade, não te trajes de espinhos, para que teu contacto não dilacere os que sofrem.

Tem cuidado na tarefa que o Senhor te confiou.

É muito fácil servir à vista. Todos querem fazê-lo, procurando o apreço dos homens.

Difícil, porém, é servir às ocultas, sem o ilusório manto da vaidade.

É por isto que, em todos os tempos, quase todo o trabalho das criaturas é dispersivo e enganoso. Em geral, cuida-se de obter a qualquer preço as gratificações e as honras humanas.

Tu, porém, meu amigo, aprende que o servidor sincero do Cristo fala pouco e constrói, cada vez mais, com o Senhor, no divino silêncio do espírito...

Vai e serve.

Não te dêem cuidado as fantasias que confundem os olhos da carne e nem te consagres aos ruídos da boca.

Faze o bem, em silêncio.

Foge às referências pessoais e aprendamos a cumprir, de coração, a vontade de Deus.


EMMANUEL

Do livro: Vinha - de - Luz
Por Francisco Cândido Xavier