Thomas Edison
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Thomas Alva
Edison (Milan, Ohio, 11
de fevereiro de 1847 — West Orange, Nova
Jérsei, 18
de outubro de 1931)[2] foi
um empresário dos Estados
Unidos que patenteou e financiou o desenvolvimento
de muitos dispositivos importantes de grande interesse industrial. O
Feiticeiro de Menlo Park (The Wizard of Menlo Park), como era
conhecido, foi um dos primeiros a aplicar os princípios da produção maciça ao
processo da invenção.[3]
Na sua vida,
Thomas Edison registrou 2 332 patentes.[2] O fonógrafo foi
uma de suas principais invenções. Outra foi o cinematógrafo,
a primeira câmera cinematográfica bem-sucedida, com o equipamento para mostrar
os filmes que fazia. Edison também aperfeiçoou o telefone, inventado por Antonio
Meucci, em um aparelho que funcionava muito melhor. Fez o
mesmo com a máquina de escrever.[4]Trabalhou em projetos variados, como
alimentos empacotados a vácuo, um aparelho de raios
X e um sistema de construções mais baratas
feitas de concreto.
Entre as suas
contribuições mais universais para o desenvolvimento tecnológico e científico
encontra-se a lâmpada elétrica incandescente,[5]o fonógrafo, o cinescópio ou cinetoscópio,
o ditafone e
o microfone de
grânulos de carvão para o telefone.
Edison é um dos precursores da revolução tecnológica do século
XX. Teve também um papel determinante na indústria
do cinema.
Biografia
Thomas Alva
Edison nasceu numa família de classe média, em 11 de fevereiro de 1847, em
Milan Ohio, Estados
Unidos. O pai, Samuel Edison, canadense de origens holandesas,
usava a mão com o que podia: vendia bugigangas, era marceneiro, carpinteiro e
negociante de imóveis. A mãe, Nancy Eliot Edison, ex-professora canadense,
tinha a cargo sete crianças, das quais três faleceram ainda pequenas.[2] Thomas é o mais novo, e, por
isso, sua mãe lhe dedicava especial atenção.
Em 1853, a
família mudou-se para Port Huron. Na escola, a única da cidadezinha, o rapaz
tinha problemas. Seu professor, o padre Engle, dizia que ele "tem o bicho
no corpo, que é um coça-bichinhos estúpido, que não para de fazer perguntas e
que lhe custa a aprender". Além disso, o garoto recusava-se a fazer as
lições. Vão-se três meses de aulas e Thomas Edison deixa a classe. Nunca mais
voltaria a frequentar uma escola. A mãe toma a seu cargo a educação do menino e
ele, por seu lado, aprende o que mais lhe interessa. Acaba por devorar todos os
livros da mãe com temas sobre ciência. Monta um laboratório de química no sótão
e, de vez em quando, faz tremer a casa.
Arranja,
entretanto, um emprego como ardina no
comboio que faz a ligação entre Port
Huron e Detroit.
Vende jornais, sanduíches, doces e frutas dentro dos trens. O guarda da estação
local deixa-o guardar os doces e os jornais num vagão vazio. Sobrava tempo para
leituras e para experiências no laboratório que, sorrateiramente, Edison havia
instalado num dos vagões.[6][7]
Thomas aprendeu
no código Morse e
construiu telégrafos artesanais.
Havia mais tarde de apelidar como "Dot" (ponto) a filha e
"Dash" (traço) o filho.[8] Frequentava um curso e
tornava-se telegrafista na terra natal. Mas, como não dispensa a companhia dos
instrumentos, provoca outro acidente e quase faz explodir o gabinete.
Carreira
Durante cinco
anos trabalhou por toda a parte. Aproveitou um emprego que tinha, à noite, para
se entreter com as suas engenhocas. Para evitar surpresas (às vezes mete-se a
dormir), inventa um sistema elétrico que envia de hora a hora um sinal aos
vigilantes. Inventa também uma ratoeira elétrica para caçar os ratos no quarto
da pensão.
Edison registrou
seu primeiro invento - uma máquina de votar, pela qual ninguém se interessou -
quando tinha 21 anos. Muda-se para Nova
Iorque em 1869 para se estabelecer como inventor
independente. Chega esfomeado e sem dinheiro. Dois anos mais tarde, inventou um
indicador automático de cotações da bolsa de valores. Vendeu-o por 40 mil
dólares e ainda assinou um contrato com a Western
Union, situação que lhe permitiu estabelecer-se por
conta própria em Newark,
subúrbio de Nova York.
No Natal de
1871, casou-se com uma jovem de 16 anos, Mary Stilwell, uma de suas empregadas,
que era perfuradora de fitas telegráficas. Ele a pediu em casamento batendo uma
moeda em código Morse. Diz-se que, terminada a cerimônia, o noivo esqueceu as
núpcias, enfiou-se na oficina e de lá só voltaria de madrugada. Mary morreria
doze anos depois, de febre
tifóide. Edison se casaria mais uma vez, com Mina Miller.[4] Nos dois casamentos, teve seis
filhos, três de cada um.
Em 1876, já
famoso, a grandeza de seus recursos e a amplitude de suas atividades motivaram
a construção de um verdadeiro centro de pesquisas em Menlo Park. Era quase uma
cidade industrial, com oficinas, laboratórios, assistentes e técnicos
capacitados. Nessa época, Edison chegou a propor-se a meta de produzir uma nova
invenção a cada dez dias.[4] Não chegou a tanto, mas é
verdade que, num certo período de quatro anos, conseguiu patentear 300 novos inventos,
o que equivale praticamente a uma criação a cada cinco dias.
Em 1877 inventou
o fonógrafo. O aparelho consistia em um cilindro coberto com papel de alumínio.
Uma ponta aguda era pressionada contra o cilindro. Conectados à ponta, ficavam
um diafragma (um disco fino em um receptor onde as vibrações eram convertidas
de sinais eletrônicos para sinais acústicos e vice-versa) e um grande bocal. O
cilindro era girado manualmente conforme o operador ia falando no bocal (ou
chifre). A voz fazia o diafragma vibrar. Conforme isso acontecia, a ponta aguda
cortava uma linha no papel de alumínio.
Quando a
gravação estava completa, a ponta era substituída por uma agulha; a máquina
desta vez produzia as palavras quando o cilindro era girado mais uma vez.
Thomas Edison trabalhou nesse projeto em seu laboratório enquanto recitava a
conhecida canção infantil "Maria tinha um carneirinho" (Mary had a
little lamb), e reproduzia-a.
Em 1878, com 31
anos, propôs a si mesmo o desafio de obter luz a partir da energia elétrica.
Outros pesquisadores já haviam tentado construir lâmpadas elétricas. Nernst e
Swan, por exemplo, haviam obtido alguns resultados, mas seus dispositivos
tinham vida bastante curta.
Edison tentou
inicialmente utilizar filamentos metálicos. Foram necessários enormes
investimentos e milhares de tentativas para descobrir o filamento ideal: um fio
de algodão parcialmente carbonizado. Instalado num bulbo de vidro com vácuo,
aquecia-se com a passagem da corrente elétrica até ficar incandescente, sem
porém derreter, sublimar ou queimar. Em 1879, uma lâmpada assim construída
brilhou por 48 horas contínuas e, nas comemorações do final de ano, uma rua
inteira, próxima ao laboratório, foi iluminada para demonstração pública.
Alguns anos se passaram e conta-se que Thomas Edison, antes de conseguir fazer
a ideia da lâmpada funcionar, admitiu que havia criado 100 maneiras erradas de
se construir uma lâmpada[9].
Edison ainda
aperfeiçoou o telefone (com o microfone a carvão empregado até hoje), o
fonógrafo, e muitas outras invenções. Em conjunto, essas realizações
modificaram os hábitos de vida em todo o mundo e consagraram definitivamente a
tecnologia.
Em 1903, houve
uma disputa comercial entre Edison e o inventor Nikola
Tesla. Um defendia o uso da corrente alternada e, o
outro, da corrente contínua. Edison teve, então, a desumana ideia de
eletrocutar animais, dentre eles uma elefanta, para convencer o público dos
perigos da corrente alternada.
Vídeo Eletrocutando um elefante, 1903,
gravado pelo próprio Thomas Edison, no qual a elefanta Topsy é
friamente eletrocutada.
Thomas Alva
Edison morreu a 18 de outubro de 1931. Encontra-se sepultado em Edison
National Historic Site, West Orange, Condado de Essex, Nova
Jersey nos Estados
Unidos.[10]
Invenções
O fonógrafo de Edison
Em 1868
patenteia seu primeiro invento, um contador automático de votos. Dois anos
depois, funda uma empresa em Newark, Nova
Jersey. Inventa um equipamento electromecânico que
transmite telegraficamente as cotações da bolsa de valores. Enriquece com a
comercialização do aparelho e inventa outros dispositivos sem aplicações
comerciais. Cria um aparelho que facilita as transmissões em código
Morse: uma pena elétrica que simplifica a duplicação
em mimeógrafo.
O microfone de carvão, outro invento, torna possível as transmissões
telefônicas.[11]
Muda-se para
Menlo Park, Nova Jersey.
Diversifica suas pesquisas, abordando as mais diversas tecnologias.
Aplica-se na investigação em telefonia,
aperfeiçoa o fonógrafo, cria a
primeira lâmpada incandescente com filamento de carvão.
Trabalha já com uma grande equipe de profissionais, constrói o primeiro dínamo de
alta potência. Patenteia muitas invenções, como o gerador de alto
vácuo para a fabricação de lâmpadas, o contador de
electricidade, o regulador de corrente para máquinas de soldar elétricas.
Fotografia de Thomas Edison
Em outubro de
1879 a Edison Electric Light Company é já uma potência
económica dominando a época da electricidade nos Estados
Unidos. Patenteia a lâmpada incandescente
de filamento fino de carvão a alto vácuo. O produto, devido à nova tecnologia,
permite aumento substancial da vida útil do produto. Em 1883, após ter
descoberto o efeito
Édison, regista o primeiro dispositivo termiónico,
um díodo termiônico ou válvula de
Edison, precursora da válvula de rádio, ou válvula termiônica.
A Edison
General Electric é fundada em 1888. Será um dos maiores conglomerados
industriais do planeta. Fabrica todos
os tipos de dispositivos elétricos, como geradores, motores,
gigantescas válvulas solenóides.
A empresa transforma-se num dos maiores fabricantes multinacionais.
Durante a Primeira Guerra
Mundial, a General
Electric entra no campo de metalurgia naval,
produzindo gigantescas máquinas e novos equipamentos para os navios construídos
em diversos estaleiros americanos.
A GE entra no ramo da indústria química,
aperfeiçoando os métodos de fabrico de novos produtos e substâncias.
Edison é
considerado um dos inventores mais prolíficos do seu tempo, registrando
2.332 patentes em seu
nome. Esse número é discutivel, sendo que todos os inventos feitos pelos
empregados da "Edison General Eletric" eram registrados em seu nome.
A maioria desses inventos não é completamente original, mas as patentes
compradas por Edison foram melhoradas e desenvolvidas pelos seus numerosos
empregados. Edison tem sido criticado por não compartilhar os seus créditos.
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