Ronaldinho Gaúcho
Ronaldinho nasceu em 21 de março de 1980 na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Brasil. Na infância, a sua principal diversão era brincar com a bola, junto dos seus melhores amigos.Com sete anos começou a jogar na escola de futebol infantil do Grêmio Football Porto-Alegrense. Aos oito anos teve que suportar o falecimento do seu pai e recebeu apoio de sua mãe, irmã e de seu irmão mais velho como figura paterna.
Desde pequeno, Ronaldinho já demonstrava habilidade com a bola , como se pode ver em vídeos caseiros da sua família. Entre seus ídolos, além do seu irmão Assis, encontram-se Rivaldo e Ronaldo (com os quais ganhou a Copa do Mundo de 2002), Valdo, Romário, Maradona e Pelé.
Carreira
O início no Grêmio
A carreira profissional de Ronaldinho iniciou-se no time do Grêmio, tendo como seu primeiro treinador Celso Roth. Em 1997 havia ganho o título sub-17 jogando pelo time. Sua primeira aparição como profissional ocorreu em 1998 na Copa Libertadores, onde logo sua habilidade e seu grande domínio de bola começaram a ser notados pelos clubes.
Além da consagração no jogo contra a Seleção Venezuelana pela Copa América, Ronaldinho também brilhou nas finais do Campeonato Gaúcho de 1999, quando fez o gol do título para o Grêmio contra o Internacional (time arqui-rival do Grêmio), além de, audaciosamente, ter realizado dribles maliciosos sobre o tetracampeão Dunga. Sua atuação nessa final foi um importante fator para sua convocação à Seleção Brasileira pelo então técnico Vanderlei Luxemburgo. Um fato curioso sobre a convocação é que Ronaldinho foi convocado depois que o técnico da seleção cortou Edilson da equipe nacional por ter provocado e se envolvido em uma briga pelo Corinthians na final do Campeonato Paulista contra o Palmeiras.
Disputou 141 partidas e marcou 68 gols pelo Grêmio, contando partidas oficiais e amistosos. Alguns o consideram a maior revelação do Grêmio desde Renato Gaúcho. A seguir um depoimento do zagueiro Scheidt:
Eu vi o Ronaldinho crescer e se tornar profissional no Grêmio. Estava lá em 1998 e todos no clube falavam que ele seria craque um dia. Ele tinha até um tratamento diferenciado. Já mostrava habilidade com a bola nos pés, mas ainda faltava a experiência.
—Scheidt
A transferência para a Europa
O PSV Eindhoven já tinha levado Romário e Ronaldo rumo ao sucesso na Europa. Cabia a Ronaldinho Gaúcho a tarefa de seguir os mesmos passos dos craques quando o clube francês Paris Saint-Germain fez uma proposta de 7 milhões de euros pelo jogador. Mas, com o craque na equipe, o Grêmio tinha aumentado a venda de camisas, bilhetes e lugares-cativos no estádio; assim, recusou a proposta, tendo recusado também posteriormente as recebidas de empresários italianos de 60 milhões e de 75 milhões de reais do Leeds United, da Inglaterra.
Ronaldinho e Deco.
O clube gaúcho conseguiu segurar o jogador até 2001, quando o contrato ia só até Fevereiro desse ano e a família, juntamente com o jogador, decidiram que estava na hora de ir para a Europa. Enquanto as propostas continuavam a chegar ao clube, o Grêmio insistia em manter Ronaldinho no clube, fazendo questão de, inclusive, colocar uma faixa no Estádio Olímpico dizendo que o craque não estava à venda. Sem o aval do clube, o jogador assina um pré-contrato às escondidas e parte para o Paris Saint-Germain sem o Grêmio obter qualquer contrapartida pelo seu passe, mesmo tendo dito que adoraria ficar no clube neste mesmo período em que já tinha assinado o pré-contrato com o Paris Saint-Germain. Tal disputa faz com que Ronaldinho seja visto como o maior prejudicado perante o clube e os adeptos, tendo-se iniciado uma longa batalha judicial entre o Grêmio e o clube francês, o que deixa Ronaldinho sem jogar durante meses, voltando a jogar só em Agosto, pelo Paris Saint-Germain.
Paris Saint-Germain
Durante sua passagem pelo Paris Saint-Germain, Ronaldinho teve problemas com o treinador Luis Fernández, pois este alegava que Ronaldinho estava freqüentando demais a vida noturna parisiense, e deixando o futebol de lado. Ele desenvolveu uma reputação de obter desempenho brilhante contra as maiores equipes, mas de não jogar bem contra as equipes pequenas.
Depois de 2002 da Copa do Mundo, tendo demonstrado o seu valor na cena internacional, não houve falta de interesse de grandes clubes. Em 2003, Ronaldinho deixou claro que queria deixar o PSG, depois do time não ter conquistado nenhum título. Após várias propostas de clubes europeus, dentre eles estava o Manchester United, mas o clube que acabou ganhando a batalha para ter os seus serviços foi o Barcelona.
Barcelona
Ronaldinho no Barcelona.
Em 19 de julho de 2003, o presidente do Barcelona, Joan Laporta, adquiriu o passe de Ronaldinho por € 21 000 000,00 (vinte e um milhões de euros). Ronaldinho disse também ter assinado com o Barcelona em vez do Manchester United por causa de sua amizade com o ex-executivo da Nike no Brasil e em Barcelona o então vice - presidente encarregado de esportes, Sandro Rosell. Ao assinar com o Barcelona, Ronaldinho seguiu os passos de vários ilustres jogadores que já tiveram carreiras bem sucedidas no clube, como Evaristo de Macedo, Romário, Ronaldo e Rivaldo.
Logo o Barcelona promoveu um amistoso para mostrar sua nova contratação e o clube escolhido foi o Milan. Em sua estréia, Ronaldinho ajudou seu time fazendo 1 gol na vitória de 2 a 0. Durante a temporada 2003-2004 suas jogadas levaram o Barcelona a terminar em 2° lugar na liga espanhola, mas foi na temporada 2004-2005 que o craque se consagrou realizando jogadas fantásticas conquistando a Liga Espanhola e o título de melhor jogador do mundo da FIFA, sendo considerado até hoje um dos maiores ídolos do Barcelona, em 2006 repetiu o feito conquistando novamente a Liga Espanhola. No Barcelona ainda conquistou os títulos da Liga dos Campeões da UEFA (2005-06) e Supercopa da Espanha (2005 e 2006).
Em 2004 e em 2005, defendendo o Barcelona e a seleção brasileira, consagrou-se como o Melhor Jogador do Mundo, segundo a FIFA. Em 2005 ganhou a Ballon d'or ("Bola de Ouro"), da revista esportiva francesa France Football, que elege o melhor jogador atuando na Europa a cada temporada.
Com esses prêmios e mostrando um futebol cada vez mais surpreendente, Ronaldinho já tem sido comparado com os maiores da história como Pelé e Maradona.
Em 2005, Ronaldinho descobriu que tinha um filho, de nome João, com uma dançarina carioca. Ele logo assumiu a paternidade e já declarou que gostaria muito que seu filho seguisse seus passos no futebol.
No dia 29 de março de 2006, um estudo apontou Ronaldinho como o jogador com mais valor comercial no mundo, deixando para trás os ingleses David Beckham e Wayne Rooney. Sua imagem foi avaliada em €47 milhões, a de Beckham, €44,9 milhões e a de Rooney, €43,7 milhões.
Milan
Ronaldinho atuando
pelo Milan
Ronaldinho Gaúcho transferiu-se para o Milan. Na estreia, fez um bom cruzamento que resultou em gol, mas o clube milanês perdeu de virada, dois a um para o Bologna em pleno San Siro. Passou algumas partidas no banco de reservas, mas voltou no clássico milanês frente ao Internazionale, arqui-rival do Milan. O Milan recuperou-se, então, de uma série de derrotas, após derrotar a Lazio do artilheiro Zárate e, consequentemente, o Inter, com um gol de cabeça do Ronaldinho Gaúcho. Após uma série de jogadas com o também brasileiro Kaká, Ronaldinho abriu o placar de cabeça. O craque lançou Kaká, que dominou, esperou o momento certo e cruzou com precisão para a cabeça de Ronaldinho, que marcou.
Depois, na Copa da UEFA, Carlo Ancelotti entrou com os reservas mas lançou Ronaldinho, que precisava ganhar ritmo de jogo. Ronaldinho ajudou a equipe na vitória sobre o Zurique e na classificação para a fase de grupos após um belo passe para Shevchenko.
No Milan, Ronaldinho atua com a camisa número 80, em referência ao fato de ter nascido no ano de 1980.[2]
Em 10 de Dezembro de 2009, foi eleito o futebolista da década pela revista inglesa World Soccer, ficando a frente de jogadores como Lionel Messi e Ronaldo.
O dia 17 de Janeiro de 2010 foi com certeza um dia marcante para Ronaldinho. O craque que já vinha jogando bem nas últimas partidas,deu um verdadeiro show de bola com belos passes e três gols na goleada do Milan de 4 a 0 em cima do Siena, sendo uma das principais notícias dos últimos dias.
Seleção Brasileira
Estreou na Seleção Brasileira em um jogo contra a Letônia, em junho de 1999. Porém, foi na Copa América de 1999, disputada no Paraguai, que se destacou pela primeira vez na seleção, marcando um gol na goleada contra a Venezuela (7 a 0), ao dar um chapéu no zagueiro e em seguida chutar forte no canto do goleiro.
Na Copa do Mundo de 2002, Ronaldinho teve relevância na conquista do quinto título brasileiro em Copas do Mundo ao marcar um gol de falta contra a Inglaterra na vitória de 2 a 1 do Brasil, pelas quartas-de-final em Shizuoka, no Japão.
Alguns avaliam que o goleiro inglês Seaman falhou de forma grotesca no referido lance. Após o gol, Ronaldinho fez uma falta grave em um jogador inglês e foi expulso, não participando do jogo da semifinal contra a Turquia, na cidade japonesa de Saitama.
Ronaldinho cobrando um escanteio na Copa 2006.
Copa do Mundo de 2006
O melhor jogador da Europa e do mundo era a maior promessa brasileira para a Copa do Mundo FIFA de 2006, realizada na Alemanha. Porém, demonstrou um futebol aquém do que se esperava e recebeu várias críticas dos torcedores brasileiros. Fãs do futebol do craque alegaram que Ronaldinho foi prejudicado pelo esquema tático da seleção brasileira. Ronaldinho jogava de atacante no Barcelona, sem grandes preocupações defensivas. Porém, por determinação do então técnico da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira, Ronaldinho atuou durante o Mundial de 2006 como um meia-atacante, mais afastado da área e tendo que participar defensivamente. O único jogo em que ele atuou na mesma posição em que jogava no Barça foi na partida contra a França, e mesmo assim Ronaldinho teve um péssimo desempenho, chegando inclusive a tropeçar na bola.
Uma estátua de Ronaldinho com 7,25 metros de altura, construída pela artista plástica Kattielly Lanzini especialmente para a Copa, que estava instalada na Avenida Getúlio Vargas, na cidade de Chapecó, em Santa Catarina, chegou a ser incendiada, um dia após a eliminação da Seleção Brasileira pela França, com uma atuação notável do meia Zinedine Zidane. A obra custou R$ 5,5 mil e a artista pretendia vendê-la por R$ 7 mil. A artista autora da obra abriu um Boletim de Ocorrência para punir os responsáveis pelo vandalismo.
Sua última partida pela seleção principal foi nas eliminatórias para a Copa 2010. Foi no jogo entre Brasil e Peru, no Beira-Rio, onde o Brasil venceu por 3x0, ele entrou no intervalo tempo e não participou de nenhum gol.
Ronaldinho atuando pela seleção brasileira nas Olimpíadas 2008.
Jogos Olímpicos de 2008
Recebeu uma nova chance na seleção brasileira nas Olimpíadas de 2008, na China. Foi convocado pelo técnico Dunga e comandou a equipe, já que era o jogador mais velho do elenco.
O Brasil fez uma campanha razoável no torneio, se classificando com 100% de aproveitamento na primeira fase e sendo eliminado pela maior rival, a Argentina, comandada por Lionel Messi (ex-companheiro de Ronaldinho no Barcelona), nas semi-finais.
Os argentinos viriam a conquistar mais uma vez a medalha de ouro olímpica, título ainda não conquistado pelo Brasil.
Copa do Mundo de 2010
Muitas eram as expectativas sobre a convocação da Seleção para a Copa do Mundo FIFA de 2010. Dos que não vinham sendo chamados recentemente, Ronaldinho era um dos jogadores mais pedidos pela população brasileira[3] e por profissionais.[4][5][6]
Porém, no dia 11 de maio, apenas apareceu na lista suplente de Dunga, que consiste na lista de jogadores para substituir outros em caso de lesão ou alguma ocorrência.[7]
Grêmio
• Campeonato Gaúcho: 1999
• Copa Sul: 1999
Paris Saint-Germain
• Copa Intertoto da UEFA: 2001
Barcelona
• Liga dos Campeões da UEFA: 2005-06
• Campeonato Espanhol: 2004-05, 2005-06
• Supercopa da Espanha: 2005 e 2006
Seleção Brasileira
• Mundial Sub-17: 1997
• Copa América: 1999
• Copa do Mundo: 2002
• Copa das Confederações: 2005
• Jogos Olímpicos: Bronze em 2008
Prêmios individuais
• Revelação do ano no Campeonato Gaúcho: 1999
• Melhor jogador da Copa das Confederações: 1999
• Bola de Prata: 2000
• Time da Copa do Mundo FIFA: 2002
• FIFA 100
• Melhor jogador do mundo pela FIFA: 2004 e 2005
• World Soccer: 2004 e 2005
• Melhor atacante da UEFA: 2004-05
• Time do ano da UEFA: 2004, 2005 e 2006
• FIFPro Word XI: 2004-05, 2006-06 e 2006-06
• FIFPro World Player of the Year: 2004-05, 2006-06
• Ballon d'Or: 2005
• Onze d'Or: 2005
• Melhor jogador da UEFA: 2005-06
• Jogador da década da revista World Soccer: 2009
• Golden Foot: 2009
Artilharias
• Campeonato Gaúcho: 1999 (15 gols)
• Copa das Confederações: 1999 (6 gols)
• Torneio Pré-Olimpico: 2000 (9 gols)
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