29 de abril de 2008

tentação e remedio


Tentação e remédio

Reunião pública de 12/1/59
Questão nº 712

Qual acontece com a árvore, a equilibrar-se sobre as próprias raízes, guardamos o coração na tela do pre¬sente, respirando o influxo do passado.
É assim que o problema da tentação, antes que nascido de objetos ou paisagens exteriores, surge funda¬mentalmente de nós — na trama de sombra em que se nos enovelam os pensamentos...
Acresce, ainda, que essas mesmas ondas de força ex¬perimentam a atuação dos amigos desenfaixados da car¬ne que deixamos a distância da esfera física, motivo por que, muitas vezes, os debuxos mentais que nos incomo¬dam levemente, de inicio, no campo dessa ou daquela idéia infeliz, gradualmente se fazem quadros enormes e inquietantes em que se nos aprisionam os sentimentos, que passam, muita vez, ao domínio da obsessão mani¬festa.
Todavia, é preciso lembrar que a vida é permanen¬te renovação propelindo-nos a entender que o cultivo da bondade incessante é o recurso eficaz contra o assédio de toda influência perniciosa.
E o trabalho, por essa forma, o antídoto adequado, capaz de anular toda enquistação tóxica do mundo ín¬timo, impulsionando-nos o espírito a novos tipos de su¬gestão, nos quais venhamos a assimilar o socorro dos Emissários da Luz, cujos braços de amor nos arreba¬tam ao nevoeiro dos próprios enganos.
Assim, pois, se aspiras à vitória sobre o visco da treva que nos arrasta para os despenhadeiros da loucura ou do crime, ergue no serviço à felicidade dos semelhan¬tes o altar dos teus interesses de cada dia, porqüanto, ainda mesmo o delinqüente confesso, em se decidindo a ser o apoio do bem na Terra, transforma-se, pouco a pouco, em mensageiro do Céu.


Chico Xavier

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