5 de abril de 2008

PERDOA


Perdoa A mão calejada e cansada Que não mais sabem acariciar Perdoa Os lábios secos e gastos Que desaprenderam a te beijar.Perdoa O braço esquecido Dos abraços comovidos Que esqueceram como afagar.Perdoa Os olhos cansados e sem brilhos Que por vezes eram compreendidos Sem que os lábios precisassem murmurar. Perdoa O corpo que foi teu abrigo E agora o repugna como a um inimigo No qual encontras sempre a porta fechada Sem direitos a toques Palmas ou palmadas. Perdoa Esse coração desencantado Que hoje te deixa em prantos Por descobrir não estar mais apai

NILCÉIA

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