9 de julho de 2018

BIOGRAFIA DE FAFA DE BELEM

BIOGRAFIA de Fafá de Belém










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Fafá de Belémnascida Maria de Fátima Palha de Figueiredo (Belém9 de agosto de 1956), é uma cantoracompositora e atriz brasileira. Fafá ganhou reconhecimento nacional quando, em 1975, a música "Filho da Bahia", cantada por ela, foi introduzida na trilha sonora da telenovela Gabriela.[2][3]Em 19 de outubro de 2011 foi condecorada com a Medalha de Mérito Turístico de Portugal,[4] no Palácio São Clemente, na Zona Sul do Rio de Janeiro, tendo sido entregue pela Secretária de Estado do Turismo de Portugal, Cecília Meireles, em representação do Ministro da Economia e do Emprego de Portugal e pelo cônsul-geral de Portugal no Rio de Janeiro, Antonio de Almeida Lima


Biografia[editar | editar código-fonte]

Filha do advogado e bancário Joaquim de Figueiredo (Seu Fefê) - falecido em 1997 - e de Eneida Palha, filha de uma família de políticos da região , Fafá pertencia a uma família de classe média-alta da capital paraense e desde a infância destacava-se nas reuniões familiares com a voz afinada. Na adolescência já gostava de música e, em parceria com amigos, fez alguns espetáculos em bares e casas noturnas, fugindo de casa para realizar tal fato.
Em 1973 conheceu o baiano Roberto Santana, produtor do grupo Quinteto Violado e musical da Polygram, que a aconselhou a investir na carreira fonográfica. Incentivada por este, apresentou-se em alguns lugares como Rio de JaneiroSalvador e em Belém.

Carreira

1973–79: Início e primeiros trabalhos

Em 1973 estreou como atriz no musical Tem Muita Goma no meu Tacacá, que satirizou o cenário político da época no principal teatro de Belém, o Theatro da Paz. Em 1974 esteve também na peça Os Sete Gatinhos. Em 1975 estreou sua carreira como cantora ao assinar com a Polydor Records e lançar seu primeiro sucesso, Filho da Bahia (Walter Queiroz), que estourou nas rádios. A música, gravada exclusivamente para a trilha sonora da novela global Gabriela, também originou um clipe no programa Fantástico, da mesma emissora. Na mesma época lançou o primeiro compacto, que continha as músicas Naturalmente (de Caetano Veloso e João Donato) e Emoriô (de Gilberto Gil e João Donato). O primeiro discoTamba-Tajá, foi lançado em 1976 pela gravadora Polydor, e nos mostrou um repertório eclético, mas essencialmente brasileiro e que trouxe à cantora ainda muito ligada às suas raízes nortistas; no repertório, destaque, dentre outras músicas para os forrós Haragana(Quico Castro Neves) e Xamego (Luiz Gonzaga e Miguel Lima), as modinhas Pode entrar (Walter Queiroz) e a faixa-título (Waldemar Henrique) e o carimbó Este rio é minha rua (Paulo André e Ruy Barata). O álbum, que obteve excelente aceitação de crítica e público, arrebatou críticos como o normalmente exigente José Ramos Tinhorão, colunista do Jornal do Brasil, que a apontou como uma das melhores cantoras daquela geração.
O segundo trabalho, Água, de 1977, vendeu mais de cem mil cópias[6] e consagrou a cantora nacionalmente, a bordo de vários sucessos, dentre os quais a regravação do clássico Ontem ao luar (Catulo da Paixão Cearense e Pedro Alcântara), Raça e Sedução (ambas de autoria da dupla Milton Nascimento e Fernando Brant), e principalmente Foi assim e Pauapixuna(ambas dos compositores paraenses Paulo André e Ruy Barata). No ano seguinte veio Banho de cheiro, com destaque, dentre outras, para Dentro de mim mora um anjo (Sueli Costa e Cacaso), Maria Solidária (Milton Nascimento e Fernando Brant), e Moça do Mar (Octávio Burnier e Ivan Wrigg). Conquistou ao longo da carreira muitos fãs, tendo como marcas registradas a apresentação descalça e com intensas interpretações que sempre animavam o público. Em 1979 lançou seu maior sucesso até hoje, a música Sob medida (Chico Buarque).
A música integrou o repertório de um dos discos considerados melhores em sua carreira: o eclético Estrela radiante, onde se alternou entre canções regionais e urbanas; outro grande sucesso deste disco foi a faixa-título, de autoria de Walter Queiroz. Fafá de Belém é uma artista consagrada e reconhecida tanto no Brasil como no estrangeiro, em especial, Portugal, onde tem imensa popularidade. Aclamada e acarinhada pelos portugueses, que a consideram um icone e uma verdadeira embaixadora de música brasileira, chamando-a de " A Cantora Brasileira mais Portuguesa do Brasil".[7]

1980–84: Reconhecimento e Diretas Já

Em 1980 Fafá participou do especial Mulher 80 (Rede Globo), um desses momentos marcantes da televisão; o programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então, abordando esta temática no contexto da música nacional e da inegável preponderância das vozes femininas, com Maria Bethânia, Fafá de Belém, Zezé MottaMarina LimaSimoneRita LeeJoannaElis ReginaGal Costa e as participações especiais das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizaram o seriado Malu Mulher. Em 1980 lançou o disco Crença, com destaque para a faixa-título (de Milton Nascimento e Márcio Borges), as canções Sexto sentido (Beto Fogaça e Hermes Aquino), Bicho homem (Milton Nascimento e Fernando Brant), Carrinho de linha (Walter Queiroz), Me disseram(Joyce) e Para um amor no Recife (Paulinho da Viola). Poucos meses após o nascimento da filha, posou seminua em 1981 para a extinta revista Status Plus, em uma entrevista com Tom Jobim, mostrando toda sua boa forma, tendo tido filho há pouco tempo, mesmo sem ter feito dietas ou exercícios, o que surpreendeu positivamente o público. No ano seguinte, em 1982, do disco Essencial (faixa-título de Joyce): Fafá se tornou famosa pela interpretação de duas músicas: Bilhete (Ivan Linse Vitor Martins), da trilha da novela Sol de Verão de Manoel Carlos, e Nos bailes da vida (Milton Nascimento e Fernando Brant).
Fafá de Belém participou ativamente de todos os 32 comícios realizados no movimento das Diretas-Já . Se apresentou gratuitamente em passeatas e comícios, cantando os temas Menestrel das Alagoas, em homenagem a Teotônio Vilela, e de forma magistral e muito original, o Hino Nacional Brasileiro. Menestrel das Alagoas foi lançado em 1983 no seu álbum intitulado Fafá de Belém e o Hino Nacional Brasileiro lançado em 1985 no álbum Aprendizes da Esperança. O repertório deste último também incluiu as canções Doce magiaCoração aprendiz (Ronaldo Bastos) e um pot-pourri de lambadas (Lambadas I - Ovelha desgarrada/ O remador/ Não chore não/ Bom barqueiro), assim como Lambadas II e Lambadas III nos dois discos subsequentes - este ritmo se tornaria unanimidade no final daquela década. A célebre interpretação do Hino Nacional Brasileiro diante das câmeras para uma multidão que clamava pela redemocratização do país foi muito contestada pela Justiça, mas ao mesmo tempo foi ovacionada e aclamada pelo público. Durante a campanha pelas eleições diretas, no final de suas apresentações, Fafá soltava uma pomba branca, gesto que se tornou símbolo do movimento e transformou a mesma na musa das Diretas Já. Numa entrevista dada ao jornal Folha de S. Paulo em 2006, Fafá declarou que Montoro e outros políticos do PMDB não queriam sua participação no movimento e que ela só passou a se apresentar por insistência de Lula. Na mesma entrevista, Fafá declarou ter sido muito próxima a políticos do PT, mas que sua relação com estes se definhou após ela ter declarado seu apoio a Tancredo Neves, a cuja candidatura o partido se opôs. Fafá foi de suma importância para o comício realizado em 10 de abril de 1984, pois foi ela quem conseguiu fazer com que Dante de Oliveira subisse ao palco do evento, alegando para os policiais presentes que ele era o percussionista de sua banda.
Em 1984 transferiu-se para a independente Som Livre; o disco que marca sua estreia na nova gravadora leva seu nome. No repertório deste, destaque para as canções Menestrel das Alagoas (Milton Nascimento e Fernando Brant), composta em homenagem ao senador Teotônio Vilela, falecido naquele mesmo ano, e ainda Você em minha vida (Roberto e Erasmo Carlos), Aconteceu você (Guilherme Arantes) e Promessas (Tom Jobim e Newton Mendonça). Esta última foi o tema de abertura da última novela de Janete ClairEu Prometo.

1985–99: Sucesso comercial e crítica


Belém em 2007.
Fafá tomou um rumo em sua carreira, que foi bastante criticado pelos mais conservadores; ela passou a incluir no repertório gêneros mais popularescos, como sertanejobrega e principalmente lambada, apesar de nessa década ela ter-se consagrado como cantora romântica, de timbre grave, forte, quente, encorpado e sedutor, e ter gravado outros estilos, como forróbolero e guarânia. Alheia às críticas, ela emplacou um sucesso atrás do outro. Nesse caminho prosseguiu com Atrevida (1986), que vendeu mais de 500 mil cópias [] graças ao sucesso da canção Memórias(Leonardo Sullivan), e trouxe também Meu homem (versão da própria Fafá para a balada "Nobody does it better", gravada originalmente por Carly Simon) e um samba-enredo (Rei no bagaço coisas da vida - de Osvaldo e Robertino Garcia, com citação de Samba do jubileu de ouro).
No ano seguinte veio Grandes amores, cujo maior sucesso foi a canção Meu dilema(Michael Sullivan e Leonardo Sullivan). No ano seguinte voltou à Polygram onde lançou o também criticado Sozinha, com destaque para Meu disfarce (Chico Roque e Carlos Colla). Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura e feminismo, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We Are the World. O projeto Nordeste Já (1987) procurou angariar fundos para combater a enchente que se abatera sobre a região, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, o compacto foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.
Em 1989 assinou com a gravadora BMG que lançou Fafá, que trouxe as lambadas Chorando se foi e Conversa bonita (Chico Roque e Carlos Colla), os sucessos românticos Nuvem de lágrimas (Paulo Debétio e Resende) e Amor cigano (Michael Sullivan e Paulo Massadas) e ainda Coração do agreste (Moacir Luz e Aldir Blanc); esta última integrou a trilha de Tieta, de Aguinaldo SilvaAna Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares. Dois anos depois, veio o disco Doces palavras, com destaque para Águas passadas e Coração xonado. A versão deste em CD trouxe três faixas-bônus, Eu daria minha vida (Martinha), A luz é minha voz e Dê uma chance ao coração (Michael Sullivan e Paulo Massadas). Estas não haviam entrado no LP original por problemas de espaço. Em 1990, Foi lançada a faixa Saudade de Portugal e Fafá foi compositora ao lado de Ed Wilson no LP do Trem da Alegria (álbum de 1990), com a participação especial de Gugu Liberato.
Em 1992 gravou em Portugal o disco Meu Fado. Seguem-se os discos Do Fundo do Meu Coração (1993) e Cantiga Para Ninar Meu Namorado (1994).
1996 é o ano de Pássaro Sonhador que foi um grande sucesso em Portugal. Segue-se o álbum Coração Brasileiro em 1998.

2000–presente: Reinvenção e televisão


Fafá em 2015.
Na década de 2000, lançou Maria de Fátima Palha Figueiredo (2000), que trouxe diversas canções consagradas românticas da MPB e ainda as regravações de Meu nome é ninguém (Haroldo Barbosa e Luiz Reis - já havia sido gravada anteriormente com Miltinho), Foi assim e Sob medida, assim como Piano e voz (2002), na mesma linha de Fafá ao vivoFafá de Belém do Pará - O Canto das águas (2003), que trouxe um repertório essencialmente brasileiro, destacando culturas nortistas onde todas as canções são de autoria de compositores conterrâneos seus, sendo que algumas músicas ela já havia gravado anteriormente (Pauapixuna, Este rio é minha rua e Bom dia Belém - espécie de hino da capital paraense, composta Edyr Proença e Adalcinda), e Tanto mar (2004), um tributo a Chico Buarque que contou com a participação do próprio na canção Fado tropical.
Em 2007, lançou Fafá de Belém ao vivo, que rendeu seu primeiro DVD, e foi lançado pela gravadora EMI - única multinacional que ainda não havia editado um disco de Fafá. Há pouco tempo aceitou o desafio de ser atriz e atuou como a personagem Ana Luz na telenovela da Rede Record Caminhos do Coração, do autor Tiago Santiago. Em 2012, Fafá fez parte da bancada de jurados da última temporada do programa Ídolos, exibido na Rede Record, ao lado de Marco Camargo e Supla.[8] Inicialmente, a cantora havia recusado o convite por motivo não divulgado (embora uma sondagem para participação na telenovela Gabriela na Rede Globo tenha sido apontada como um deles), mas depois mudou de ideia e assinou o contrato.
No ano de 2015, "Do tamanho certo para o meu sorriso" marca seus 40 anos de carreira. Lançado após 10 anos sem gravar em estúdio. É um álbum que celebra o brega paraense, reunindo músicas clássicas e algumas inéditas, como a faixa "Asfalto Amarelo"(Felipe Cordeiro, Manoel Cordeiro e Zeca Baleiro). Recebeu prêmio de melhor álbum de música popular no Prêmio da Música Brasileira.

Vida pessoal

No dia 5 de março de 1981capital paulista, aos 24 anos, Fafá deu à luz sua única filha, Mariana de Figueiredo Mascarenhas Pereira, conhecida por Mariana Belém, nascida do relacionamento com saxofonista Raul Mascarenhas – com quem nunca chegou a se casar. Com pouco tempo de namoro, Fafá engravidou, e eles foram viver juntos, mas poucos meses após o nascimento da filha, se separaram. Depois dele, e em pouco tempo, a cantora apareceu com outros namorados na mídia. O nascimento de Mariana foi considerada a primeira "produção independente" às claras do Brasil, segundo alguns sexólogos e psicólogos, já que Fafá mesmo afirma que nunca quis casar-se oficialmente, apenas morar junto para ter um filho, mas não pensava em ficar numa mesma relação por muito tempo, apenas queria ser feliz no momento que deveria durar. Em 1998, grávida de seu namorado, com quem vivia junto há alguns anos, Fafá sofreu um aborto espontâneo após o abalo de ler a notícia de sua gravidez em um jornal, fato este que ela ainda escondia, que também questionava se ela sabia quem era o pai. Durante os anos seguintes, tentou engravidar, mas não estava conseguindo devido a fatores hormonais e a idade.
Se tornou avó da Laura em 2011 e da Julia, em 2016.[9] Em 2013, Fafá de Belém, pediu nacionalidade portuguesa (dupla nacionalidade).[1] A cantora, sempre demonstrou o carinho que tem por Portugal, não só por ser proveniente de uma família de portugueses mas pelo enorme sucesso e grande popularidade que tem naquele país, sendo considerada, uma das cantoras brasileiras mais admiradas e respeitadas pelos portugueses[10] tendo até sido homenageada, em 2011, e condecorada com a Medalha do Turismo de Portugal[5]

Características artísticas

Como as cantoras de sua geração, foi fortemente influenciada por cantores consagrados da MPB como MaysaRoberto CarlosCauby Peixoto e os grupos Jovem Guarda e Beatles, ouvindo-os com entusiasmo, além de outros gêneros, como jazz, música clássica, e os grandes ídolos do rádio.

Discografia

Ver artigo principal: Discografia de Fafá de Belém
Álbuns de estúdio
Álbuns ao vivo
Extended play (EPs)

  • 2013 - Fafá, Frevo e Folia - Coração Pernambucano
  • 2013 - Amor e Fé

Filmografia

Televisão[ed

AnoTítuloPersonagem / CargoNotas
1983Plunct, Plact, ZuuumSereiaEspecial de Fim de Ano
2007Caminhos do CoraçãoAna Gabriela dos Santos Luz
2008Os Mutantes
2012ÍdolosJurada / MentoraTemporada 7
2017A Força do QuererAlmerinda dos Anjos (Mere Star)
Show dos FamososParticipanteTemporada 1

Cinema

AnoTítuloPersonagem
2004Garotas do ABCSolange[11]
2014EncantadosAlaci

Teatro

AnoTítuloPersonagem
1973Tem Muita Goma no Meu TacacáFátima
1974Os Sete GatinhosSilene
2011Paixão de Cristo de Nova JerusalémMaria

Prêmios

  • 1990 - Troféu Imprensa: Melhor Música (Nuvem de Lágrima)
  • 1991 - Troféu Imprensa: Melhor Cantora
  • 2008 - Prémio Tim - categoria canção popular: Melhor Disco "Fafá de Belém Ao Vivo".
  • 2008 - Prémio Tim - categoria canção popular: Melhor Cantora.
  • 2016 - Prêmio da Música Brasileira: Melhor Álbum Popular: "Do Tamanho Certo para o Meu Sorriso"
  • 2016 - Prêmio da Música Brasileira: Melhor Cantora Popular
Homenagens
  • 1979 - Arrombou a Festa II (Rita Lee) - Citação nos versos: "...No meio disso tudo; a Fafá vem dá um jeito; Além de muita voz, ela; Também tem muito peito..." - Álbum: Rita Lee
  • 1987 - Gente Tem Sobrenome (Toquinho) - Citação nos versos: "...Quem tem apelido; Dedé, Zacharias, Mussum e a Fafá de Belém; Tem sempre um Nome e depois do nome; Tem sobrenome também..." - Álbum: Canção de Todas as Crianças
  • 1992 - 40 anos (Altay Veloso e Paulo César Feital) de Emílio Santiago (citação indireta, à interpretação da Fafá ao Hino nacional brasileiro, nos versos: "...Mas também já chorei de medo; Como chorei ouvindo o Hino; Quando morreu Tancredo...") - Álbum: Aquarela Brasileira 5
  • 2002 - Samba Enredo: Estrela do Norte em Fá Maior - Rancho Não Posso Me Amofiná (Campeã Especial - Belém do Pará) / Carnavalesco: Cláudio Rêgo de Miranda
  • 2011 - Medalha de Mérito Turístico de Portugal
  • 2013 - Coroada Rainha do Baile dos Artistas - Recife, Pernambuco.

VIOGRAFIA DE SANDRA DE SA

Sandra de Sá









Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Sandra Cristina Frederico de Sá (Rio de Janeiro27 de agosto de 1955) é uma cantora e compositora brasileira, expoente da música popular brasileira, com denso enfoque em black music mundial.

Biografia e carreira

Carioca do subúrbio ferroviário de Pilares, a música está em sua genética, já que seu pai era baterista.[1]
Sua voz grave e potente vem de sua africanidade, pois é neta de um caboverdiano. Acompanhando seu pai em shows, em sua adolescência, Sandra frequentava os bailes de gafieirasamba e soul, em Pilares e adjacências, bem como a quadra da Caprichosos de Pilares, escola onde desfila até hoje. Gostando cada vez mais do universo musical, aprendeu sozinha a tocar violão e começar a compor suas letras. Com o incentivo dos pais, começou a se apresentar em escolas de samba e em pouco tempo, Sandra de Sá tornou-se considerada a rainha do soul brasileiro.[2]
É chamada por alguns de "Tim Maia de saias", por se identificar com o cantor no balanço e no timbre grave da voz, além de por suas histórias juntos, como o famoso clipe do hit "Vale Tudo" (Tim escolheu Sandra para fazer o dueto com ele). Ficaram grandes amigos e fizeram muitos shows juntos pelo Brasil afora. Cazuza dizia que ela era a "Billie Holliday brasileira". Por suas letras de forte conscientização social, ganhou prêmios como cantora e compositora em diversos festivais de música popular brasileira, nos quais, em geral, era inscrita pela amiga Fafy Siqueira. Em 1977, começou a estudar psicologia na Universidade Gama Filho, curso que teve de abandonar quase no momento de concluir,[1] pois despontou como compositora, tendo uma de suas composições da época, "Morenando", gravada por Leci Brandão.[1] Logo depois, também despontou como intérprete.
O sucesso para valer, como cantora, veio já no começo de 1980. No MPB 80, da Rede Globo, Sandra Sá (como então era chamada: o "de Sá", seu sobrenome de fato, só foi incluído no nome artístico alguns anos depois[1]) classificou "Demônio Colorido" entre as dez finalistas e a música obteve repercussão nacional.[3]
Sua inscrição nesse festival já foi resultado da amizade entre ela e a família Araújo, João e Lucinha, pais de Agenor, o Cazuza, que ainda não era cantor profissional. Após o festival, Sandra foi contratada pela gravadora RGE,[4] onde Cazuza trabalhava como divulgador. Com essa convivência, Sandra e Cazuza se tornaram grandes amigos, tanto que o chá de bebêde Jorge de Sá, filho de Sandra, foi na casa dos Araújos, coordenado por Lucinha, mãe de Cazuza. Cazuza foi o padrinho de batismo do bebê.
Esse filho ela teve com Tom Saga, um compositor que ela conheceu em um show em Muriaé, em Minas Gerais. Começaram a namorar na mesma noite que se conheceram e vieram para o Rio de Janeiro juntos. Sandra já havia deixado claro que não queria nada sério, apesar de ele insistir em um namoro fixo. Sandra nunca quis casar-se e, desde que começou a se apresentar e ganhar seu dinheiro, com menos de vinte anos, saiu de casa e foi viver sozinha, já que queria sua independência. Por descuido, engravidou e, na mesma hora, quis terminar a relação, já que nunca quis se prender a ninguém. Tom Saga aceitou, mas com a condição que também participasse da vida do filho. Assim, o acordo foi feito. Por estar na mídia grávida e sempre aparecendo sozinha, foi acusada de ter feito inseminação, mas desmente boatos de que teve um filho por produção independente e afirma que todos os amigos e familiares sabem quem é o pai de Jorge, seu filho, e que ele conviveu com o pai e com os meio-irmãos durante toda a sua vida. Mesmo com a agenda cheia de shows, ela amamentou o filho até os dois anos de idade e cuidava dele, sem babá. Até hoje mantém namoros, mas jamais quis um casamento. Seu maior sonho atualmente é se tornar avó.[5] No início de 2015 assumiu sua bissexualidade, e afirmou que as diferentes formas de sexualidade, como a homossexualidade e a bissexualidade, são dons que a pessoa desenvolve com o tempo, mas que não é uma escolha: Nasce-se assim.[6]
Da amizade entre ela e Cazuza, também resultou momentos marcantes na carreira profissional, pois o primeiro show grande com a banda de Cazuza, Barão Vermelho, foi o show de abertura de Sandra no Morro da Urca, RJ. A trajetória de Sandra, nos anos 80, foi fulminante, novos discos de sucessos, composições próprias e de grandes autores, apresentações por todo o país. Além de se tornar uma das maiores cantoras de trilha e aberturas de novelas, como "Enredo do Meu Samba", "Picadinho de Macho", entre outras. Nessa época, surgiram os maiores hits de sua carreira, as músicas "Retratos e Canções", "Joga Fora no Lixo", "Bye Bye Tristeza", e "Solidão".
Nos anos 1990, Sandra marca presença forte no mercado por gravações com DjavanMarina LimaCarlinhos BrownTitãs, coral gospel Monte Mariah (USA), Herbert Viana, entre outros. E pelos sucessos como: "Sozinha" (foi a primeira a transformar a composição de Peninha em hit, seguida por Tim Maia e Caetano Veloso), "Vamosa viver", "Soul de Verão", etc. Gravou um álbum em homenagem ao amigo "Tim Maia", sucesso de crítica. Nessa década, Sandra criou a expressão "Música Preta Brasileira"[1], brincando com a sigla MPB - Música Popular Brasileira. Segundo Sandra, "a nossa música é essencialmente preta (suingada/balançante), pois começa e termina no tambor, no suingue. Não há ritmo que cantemos ou toquemos aqui que não contenha um toque de brasilidade. Isto é a nossa pretitude. Até porque se é popular, é do nosso povo, que é altamente miscigenado." Em 2000, entre shows e eventos, gravou o seu álbum Momentos que Marcam Demaiscom a participações especiais de Falcão (O Rappa), o rapper Gabriel Pensador e Cássia Eller.[3] Foi escolhido o seu showpara a festa "Brasil 500 anos" em Miami, Estados Unidos. Em 2001, dentre os shows da turnê do álbum, fez um dos showsmais comentados do festival Rock in Rio pela sua participação na Tenda Brasil. Também participou do evento "Independence Day" em Nova Iorque. O termo "Música Preta Brasileira" também deu nome ao projeto musical alternativo que desenvolveu de 2001 a 2005 ao lado de Toni Garrido e Zé Ricardo.[4] No projeto, cantavam músicas de Tim Maia (da fase Racional) e de Jorge Benjor (do disco A Tábua de Esmeralda). Em 2002, gravou um álbum em homenagem à Motown[3] com uma seleção de grandes sucessos, todos versionados em português, com participações de Djavan, Smokey Robinson e do rapper Rappin Hood. E participou ativamente das do palco música - formato "Jam sessions" do evento Telefônica Open Air.
No fnal de 2003, nas comemorações de seus 25 anos de carreira, lançou seu primeiro álbum ao vivo que teve participações de AlcioneToni GarridoLuciana Mello e do parceiro de composições Gabriel o Pensador.[3] Assim, excursiona pelo Brasil e esteve em alguns países como PortugalCabo Verde e Estados Unidos. Foi homenageada pela Prefeitura do Rio de Janeiro sendo escolhida para dar nome a maior Lona Cultural do Rio de Janeiro, espaço para entretenimento, educação em Santa Cruz, zona oeste da cidade. Foi escolhida pela população, por sua representatividade e ações sociais. A inauguração foi com uma apresentação para a comunidade local.
Em 2005, além dos shows pelo Brasil, fez sua estreia no teatro ao lado do diretor e escritor Miguel Falabella e da atriz Stella Miranda, além de grande elenco no Auto de Natal "No Pé da Árvore de Natal". Nesse mesmo ano, participou do seriado Sob Nova Direção, com as atrizes Ingrid Guimarães e Heloísa Périssé. No final do ano, após uma grande demora com trâmites de gravadora e editora, é lançado o seu primeiro DVD, que fora gravado em 2003. Em Portugal, reforçando o vínculo com a terra, após gravar algumas canções de Pedro Abrunhosa, desde 1997, Sandra chega a Portugal com o sucesso do dueto com Abrunhosa, "Eu não sei quem te perdeu", e não só canta em dueto no show dele como também participa do evento "Optimus Open Air", que reúne cinema e música. Depois parte para França para shows no evento "Ano do Brasil na França".
Sandra também despontou como atriz no seriado Antônia, sobre cantores de rap da periferia de São Paulo, uma produção independente do cineasta Fernando Meirelles, veiculada a partir de novembro de 2006 pela Rede Globo. Nesse mesmo ano, participou do festival Rock in Rio Lisboa e durante a Copa do Mundo de 2006, em BerlimAlemanha, ela não só deu canja com Ivete Sangalo como fez show no "projeto Copa da Cultura" ao lado de Gilberto Gil, do qual faz parte do Carnaval do Expresso 2222 a dez anos no Carnaval da Bahia. Em 2007, além dos shows pelo Brasil, iniciou o projeto e pesquisa "Batucofonia", com o qual fez uma temporada de shows pelo Rio; promoveu pelo Brasil, juntamente com o elenco e equipe, o filme Antônia que foi fonte do seriado lançado no ano anterior pela TV Globo. Fez shows com Monobloco, Toni Garrido, SimoninhaCarlinhos Brown, Alcione, Roberto FrejatMargareth MenezesMV BillSérgio Loroza, Dora Vergueiro, Sampa Crew entre muitos outros. Participou do DVD do Meninos do Morumbi e do Sampa Crew, ambos em São Paulo.
Fez o show de encerramento dos Jogos Parapan-Americanos.[7] Trabalhou no projeto "Quilombola"[3] , visitando quilombospelo Brasil e participando ativamente das ações da Fundação Palmares e do SEPPIR. No final de 2007, continuou o processo de pesquisa e composições para o seu novo álbum, entrou em estúdio a pedidos do público. Em 2008, Sandra foi convidada pelo presidente da Fiocruz e pelo Ministro da Saúde, para fazer parte da CNDSS - Comissão Nacional de Determinantes Sociais da Saúde [8] e também fundou com um grupo de artistas, intelectuais e formadores de opinião a AABRARTE[9], Academia Afro-brasileira de Arte, que tem reuniões, com regularidade quase mensal, no espaço cedido pelo CCC - Centro Cultural Cartola, por essa ação e pelo seu destaque no universo artístico e cultural, recebeu mais um prêmio da Afrobrás e foi escolhida ao lado de Margareth Menezes como representante da Festa da Consciência Negra, promovida pela Prefeitura de União dos PalmaresAlagoas.[4]
Participou da exposição "Mulheres", interpretando Chiquinha Gonzaga. Como diretora, produziu e desenvolveu o show do compositor e parceiro Macau que resultou num show no "Festlip", ao lado de nomes da música africana no Circo Voador. Ainda na Lapa, Sandra cantou com Arlindo Cruz na Fundição Progresso. Participou no show e gravação do DVD Cazuza 50 anos na Praia de Copacabana.[3] Teve seu show escolhido para a Inauguração da Casa de Arte de Quissamã e para o aniversário da cidade de Petrópolis. Sempre envolvidas com ações sociais, sejam voltadas para a Sociedade Viva Cazuza ou na sua Lona Cultural, Sandra está sempre participativa. Em 2003, também desenvolveu, com a atriz Danielle Suzuki, a ação social "Natal + Colorido", quando arrecadavam brinquedos e livros para distribuição em comunidades carentes, feita por ela. Nos últimos anos, tem apoiado o projeto de música com crianças e adolescentes do CCC (Centro Cultural Cartola) na montagem da turma de flautas. Apoia ativamente ações da "CUFA" como o lançamento "Falcão - Mulheres do tráfico".
No final de 2008, fez alguns shows marcantes pelo caráter social, o show promovido pela Rede Globo, "Natal Sem Fome dos Sonhos" - parte do movimento Ação da Cidadania contra a Fome - e o show "Natal Alles Blau Blu", quando reuniu alguns artistas em uma apresentação em Blumenau para ajudar às vítimas das enchentes. Em 2009, Sandra inicia o ano priorizando a continuação do processo de pesquisa e gravação do seu álbum, esteve direto em estúdio nas férias, fazendo sempre paralelos com a agenda de shows. Depois, seguiu pelo Brasil, entre shows e eventos diversos. Torcedora do Flamengo[10], Sandra declarou em uma entrevista para a SporTV, que, no dia em que o Flamengo decidia o Campeonato Brasileiro de 1992 contra o Botafogo, ela estava em São Paulo, e, ao ver, na televisão, a grade de proteção da arquibancada do setor destinado à torcida do Flamengo quebrar e vários torcedores despencarem sobre outras tantas pessoas que estavam na geral, que sua primeira reação foi levantar da cadeira e fazer um gesto de tentar agarrar as pessoas que caíam, como se realmente fosse possível.

Sandra de Sá em 2010.
Em janeiro de 2010, dividiu-se entre os ensaios das Escolas de Samba do Rio (Mangueira) e São Paulo (Leandro de Itaquera). Em fevereiro, na semana de lançamento para as lojas do seu álbum AfricaNatividade - Cheiro de Brasil (Universal Music em parceria com a Nega Produções), Sandra sentiu algumas dores e foi internada, no Hospital São Lucas, com diagnóstico de diverticulite[11] mas recebeu alta após 5 dias. Foi uma das homenageadas por uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro, a Mangueira, sob o enredo "Mangueira É Música do Brasil", no 6º Setor - "Tropicália", tendo uma ala sobre os Festivais de Música com a fantasia "Demônio Colorido", nome da composição de Sandra que ela "defendeu" no Festival da TV Globo MPB 80, assim Sandra veio ao lado de Milton Nascimento no carro alegórico que representa os Festivais de Música e a Tropicália. Já no Carnaval de São Paulo, estreou como intérprete oficial da Leandro de Itaquera, ao lado de Betto Muniz. Apesar de a escola ter tido problemas durante o desfile, como carros quebrados, que levaram a um resultado bastante ruim na apuração, levando a escola a descer do Grupo Especial, a participação especial de Sandra foi um dos pontos altos durante a passagem da Leandro pelo Sambódromo do Anhembi.

Prêmios

  • Troféu Imprensa: Melhor Música: Solidão (1987)
  • Prêmio Sharp: Melhor Cantora (1988)
  • Prêmio Sharp: Melhor Disco (1988)
  • Troféu Imprensa: Melhor Cantora (1990)
  • Prêmio Sharp: Melhor Cantora (1993)
  • Prêmio Sharp: Melhor Cantora (1995)
  • Prêmio Sharp: Melhor Música: Sozinha (1996)
  • 16º Prêmio da Música Brasileira: Melhor Cantora de Pop/Rock (2005)

Discografia

Álbuns de estúdio

Coletâneas

Álbuns ao vivo

Participações

Videografia[

  • Música Preta Brasileira (2006)